sábado, 30 de junho de 2012

SÃO PEDRO E SÃO PAULO




SÃO PEDRO E SÃO PAULO

RECONHECER E TESTEMUNHAR QUE JESUS É O MESSIAS

Ano – B; Cor – Vermelho; Leituras: At 12,1-11; Sm 33; 2Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19.

Diácono Milton Restivo

Celebramos, neste domingo, a festa dos Apóstolos que consideramos as duas colunas mestras da nossa Igreja: Pedro e Paulo. Para ambos, o chamamento de Cristo para o apostolado foi diferente, em épocas diferentes, de modo diferente e viveram seus apostolados de maneira diferente, mas com todo o fervor, culminando por dar a sua vida para testemunharem os ensinamentos de Cristo e o grande amor que Jesus teve por todos e cada um de nós, e isso para confirmar a desigualdade dentro da unidade da Igreja de Jesus Cristo.

Conheçamos Pedro.
Pedro, inicialmente pescador da Galiléia, se tornou discípulo e depois apóstolo de Jesus, quando Jesus “andava à beira do mar da Galiléia, quando viu dois irmãos, Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. Jesus disse para eles: ‘Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens’. Eles deixaram imediatamente as redes e seguiram a Jesus”. (Mt 4,18-20).

OS PRIMEIROS MÁRTIRES DA SANTA IGREJA ROMANA - SÉCULO I


30 DE JUNHO
OS PRIMEIROS MÁRTIRES DA SANTA IGREJA ROMANA - SÉCULO I


Certo dia, um pavoroso incêndio reduziu Roma a cinzas. Em 19 de julho de 64, a poderosa capital virou escombros e o imperador Nero, considerado um déspota imoral e louco por alguns historiadores, viu-se acusado de ter sido o causador do sinistro. Para defender-se, acusou os cristãos, fazendo brotar um ódio contra os seguidores da fé que se espalharia pelos anos seguintes. Nero aproveitou-se das calúnias que já cercavam a pequena e pouco conhecida comunidade hebraica que habitava Roma, formada por pacíficos cristãos. Na cabeça do povo já havia, também, contra eles, o fato de recusarem-se a participar do culto aos deuses pagãos. Aproveitando-se do desconhecimento geral sobre a religião, Nero culpou os cristãos e ordenou o massacre de todos eles.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

MARTÍRIO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO




29 DE JUNHO
MARTÍRIO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo. Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SANTA VICÊNCIA GEROSA - 1784-1847




28 DE JUNHO
SANTA VICÊNCIA GEROSA - 1784-1847

Fundou o Instituto das Irmãs de Maria Menina.

Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias. Os anos seguintes à invasão napoleônica da Itália mudaram sua vida. A crise econômica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência. Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas atividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO


27 DE JUNHO
NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO



Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um dos títulos conferidos a Maria, Mãe de Jesus, representada em um ícone  de estilo bizantino. Ela é a Senhora da morte e a Rainha da Vida, o Auxílio de nos cristãos, nosso porto seguro quando invocamos seu auxílio com amor filial. Com um semblante melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz.  devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi e continua sendo difundida pelos padres da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. No Brasil, a devoção alcançou uma grande popularidade. Foi no ano de 1870 que a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada e espalhou-se por todo o mundo.
A pintura do quadro é do século XIII, no estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão. Um ícone célebre é venerado desde 1865  em Roma, na igreja de Santo Afonso dos redentoristas, na Via Merulana.
Desde o ano de 1499 é venerada na Igreja de São Mateus, que segundo contam, veio de Creta, Grécia, pelas mãos de um negociante. O quadro foi levado num oratório dos padres Agostinianos em 1812, quando o velho Santuário foi totalmente demolido.
No ano de 1865 os Redentoristas obtiveram das mãos do Papa Pio IX, o quadro da imagem milagrosa. O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocado na Igreja de Santo Afonso, em Roma. A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está presente no repertório da pintura bizantina desde, no mínimo, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de ícones. A tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rígido panejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assustado do menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a comovente ternura do rosto da mãe.
O ícone é uma variante do tipo hodigítria cuja representação clássica é Maria em posição frontal: num braço ela segura o menino Jesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha para o quadro, aludindo no gesto à frase “é ele o caminho”. Na representação da Virgem da Paixão, os arcanjos Gabriel e Miguel , na parte superior, de um lado e do outro de Maria, apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz e o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (Jo 19,29). Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se à mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé. Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.
O ícone da Mãe de Deus da Paixão é muito difundido no Oriente Bizantino. Exemplares desta representação encontram-se nos museus de Atenas, Moscou, Creta, Leningrado e no Instituto Helênico de Estudos Bizantinos e Pós-bizantinos de Veneza.
A devoção no Ocidente à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro deve-se à ação dos Missionários Redentoristas que difundiram esta prática religiosa em suas áreas de atuação.
Outros nomes são atribuídos a esse ícone, como Virgem da Paixão, Madona de Ouro, Mãe dos Missionários Redentoristas, Mãe dos Lares Católicos. O mais difundido no ocidente é Mãe do Perpétuo Socorro.
São comemorados também neste dia: São Cirilo de Alexandria, São Ladislau e Santa Madalena Fontaine.

terça-feira, 26 de junho de 2012

SÃO JOSÉ MARIA ROBLES HURTADO - 1888-1927




26 DE JUNHO
SÃO JOSÉ MARIA ROBLES HURTADO - 1888-1927

Fundou a Congregação Religiosa das Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado.

A condição da Igreja no México foi muito difícil desde que entrou em vigor, em 5 de fevereiro de 1917, a nova Constituição anticlerical e anti-religiosa, depois do longo período de ditadura que a antecedeu. O clero católico foi objeto de perseguições, ora mais ora menos intensas, com muitos religiosos, leigos e sacerdotes sendo brutalmente assassinados, exclusivamente por serem cristãos. Diga-se, mesmo, que não existia processo, o julgamento era instantâneo e a sentença sumária. Dentre esses mártires encontramos padre José Maria Robles Hurtado. Ele nasceu em Mascota, Jalisco, na diocese de Tepic, no dia 3 de maio de 1888. Foi pároco de Tecolotlán, em Jalisco, onde difundia a fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

SÃO GUILHERME DE VERCELLI - 1085-1142




25 DE JUNHO
SÃO GUILHERME DE VERCELLI - 1085-1142

Fundou a Congregação Beneditina de Montevergine.

Guilherme nasceu em Vercelli, no ano de 1085, de uma rica família da nobreza francesa. Aos quinze anos, já vestia o hábito de monge e era um fervoroso peregrino. Percorreu toda a Europa visitando os santuários mais famosos e sagrados, pretendendo tornar-se um simples monge peregrino na Terra Santa. Foi dissuadido ao visitar, na Itália, João de Matera, hoje santo, que lhe disse, profeticamente, que Deus não desejava apenas isso dele. Contribuiu também, para sua desistência, o fato de ter sido assaltado por ladrões de estrada, que lhe aplicaram uma violenta surra. O incidente acabou levando-o a procurar a solidão na região próxima de Avellino, na montanha de Montevergine. Era uma terra habitada apenas por animais selvagens, onde, segundo a tradição, um lobo teria matado o burro que lhe servia de transporte. Guilherme, então, teria domesticado toda a matilha, que passou a prestar-lhe todo tipo de auxílio. Vivia como eremita, dedicando-se à oração e à penitência, mas isso durou pouco tempo. Logo começou a ser procurado por outros eremitas, religiosos e fiéis.

domingo, 24 de junho de 2012

NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA


24 DE JUNHO
NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA

A Bíblia nos diz que Isabel era prima e muito amiga de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: "Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus. Assim os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da Salvação". É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo. Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avançada. Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício".

sábado, 23 de junho de 2012

NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA - O PRECURSOR




NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA,            O PRECURSOR DO MESSIAS.
Ano – B; Cor – Branco; Leituras: Jr 1,4-10; Sl 70 (71); 1Pd 1,8-12; Lc 1,5-17.

Diácono Milton Restivo

A Igreja comemora, do dia 24 de junho, a festa do nascimento do João Batista, exatamente três meses depois da Anunciação do Anjo a Maria, e a Encarnação da Palavra no ventre de Maria, e seis meses antes do Natal, nascimento de Jesus. João Batista é o único santo, excluindo Maria, que a Igreja comemora o dia do nascimento e de sua morte: nascimento em 24 de junho e seu martírio em 29 de agosto. Os demais santos são comemorados no dia de sua morte.
João Batista teve seu nascimento e ministério anunciado por Isaias, setecentos anos antes do nascimento de Jesus: “Uma voz grita: ‘Abram no deserto um caminho para Yahweh; na região da terra seca, aplainem uma estrada para o nosso Deus. Que todo vale seja aterrado, e todo monte e colina sejam nivelados; que o terreno acidentado se transforme em planície, e as elevações em lugar plano. Então se revelará a glória de Yahweh, e todo mundo junto a verá, pois assim falou a boca de Yahweh’.” (Is 40,3-5), No seu Evangelho Mateus confirma a veracidade dessa profecia, quando afirma: “Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: ‘Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo’. João foi anunciado pelo profeta Isaias, que disse: ‘Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas’.” (Mt 3,1-3), o que foi ratificado no Evangelho segundo Lucas 3,4-6. 

SÃO JOSÉ CAFASSO - 1811-1860


23 DE JUNHO
SÃO JOSÉ CAFASSO - 1811-1860


José Cafasso nasceu em Castelnuovo d'Asti, em 1811, quatro anos antes do conterrâneo João Bosco, o Apóstolo dos Jovens e também santo da Igreja. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. Mas enquanto João Bosco era eloqüente com os estudantes, um verdadeiro farol a iluminar os caminhos tormentosos da adolescência, Cafasso dedicava-se à contemplação e a ouvir seus fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões. Estava determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los mesmo fora da confissão. Era uma figura magra e encurvada devido a um defeito na coluna que o fazia manter-se nessa posição mesmo nas horas em que não estava no confessionário. Padre Cafasso freqüentou o curso de teologia de Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Difícil predizer que seria um grande predicador, mas com sua voz mansa e suave era muito requisitado pelos companheiros de sacerdócio, que procuravam os seus conselhos. Formado, passou a dar aulas e acabou tendo João Bosco como aluno. Apoiou Bosco em todas as suas empreitadas, inclusive quando lotou a escola de jovens pobres de toda a região que não tinham dinheiro para a educação.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

SÃO TOMÁS MORE - 1478- 1535


22 DE JUNHO
SÃO TOMÁS MORE - 1478- 1535

Tomás More nasceu em Chelsea, Londres, na Inglaterra, no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo. Aos treze anos de idade, ele foi trabalhar como mensageiro do arcebispo de Canterbury, que, percebendo a sua brilhante inteligência, o enviou para a Universidade de Oxford. Seu pai, que era um juiz, mandava apenas o dinheiro indispensável para seus gastos. Aos vinte e dois anos, já era doutor em direto e um brilhante professor. Como não tinha dinheiro, sua diversão era escrever e ler bons livros. Além de intelectual brilhante, tinha uma personalidade muito simpática, um excelente bom humor e uma devoção cristã arrebatadora. Chegou a pensar em ser um religioso, vivendo por quatro anos num mosteiro, mas desistiu. Tentou tornar-se um franciscano, mas sentiu que não era o seu caminho. Então, decidiu pela vocação do matrimônio. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Mas sua vocação ia além, estava na política e literatura. Contudo Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua casa sempre estava repleta de intelectuais e pessoas humildes, preferindo a estes mais que aos ricos, evitando a vida sofisticada e mundana da corte.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

SÃO LUÍS GONZAGA - 1568-1591




21 DE JUNHO
SÃO LUÍS GONZAGA - 1568-1591

Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia. Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

BEM-AVENTURADA MARGARIDA EBNER - 1291-1351


20 DE JUNHO
BEM-AVENTURADA MARGARIDA EBNER - 1291-1351


Margarida pertencia à família Ebner, muito rica e respeitada, da aristocracia alemã. Ela entrou no Mosteiro de Maria Santíssima em Medingen, da diocese de Augusta, e tinha apenas quinze anos de idade quando vestiu o hábito dominicano. Depois, de 1314 até 1326, sofreu diversas e graves enfermidades, as quais quase a levaram ao fim da vida. Mais tarde, por causa da guerra, a comunidade monástica dispersou-se e Margarida voltou para a casa paterna, na qual continuou a viver totalmente reclusa, dedicada à oração e à penitência. Quando tudo retornou ao normal, ela voltou para a clausura daquele mesmo mosteiro. Em 1332, conheceu o sacerdote Henrique Susso, hoje também santo, que logo se tornou o seu diretor espiritual. As duras provações físicas por que passou lhe proporcionaram adquirir os dons das revelações, das visões e das profecias. Tanto assim que ela escreveu em seu diário que no dia 1o de novembro de 1347 foi recebida em matrimonio espiritual por Jesus. Margarida Ebner foi, sem dúvida, a figura central do movimento espiritual alemão dos "amigos de Deus". A sua espiritualidade segue o ano litúrgico e concentra-se na pessoa de Jesus Cristo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

SANTA JULIANA FALCONIERI - 1270-1341




19 DE JUNHO
SANTA JULIANA FALCONIERI - 1270-1341

Fundou a Congregação Servas de Maria.

Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade. Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria. Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

SÃO GREGÓRIO JOÃO BARBARIGO - 1625-1697




18 DE JUNHO
SÃO GREGÓRIO JOÃO BARBARIGO - 1625-1697

Fundou a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e Antonio
Gregório João Barbarigo nasceu em Veneza, no dia 16 de setembro de 1625, numa família rica da aristocracia italiana. Aos quatro anos de idade ficou órfão de mãe, sendo educado pelo pai, que encaminhou os filhos no seguimento de Cristo. Foi tão bem sucedido que Gregório, aos dezoito anos de idade, era secretário do embaixador de Veneza. Em 1648, acompanhou o embaixador à Alemanha para as negociações do Tratado de Vestefália, referente à Guerra dos Trinta Anos. Na ocasião, conheceu Fábio Chigi, o núncio apostólico, que o orientou nos estudos e o encaminhou para o sacerdócio. Quando o núncio foi eleito papa, com o nome de Alexandre VII, nomeou Gregório Barbarigo cônego de Pádua; em 1655, prelado da Casa pontifícia e dois anos mais tarde foi consagrado bispo de Bérgamo. Finalmente, em 1660, tornou-se cardeal. O papa sabia o que estava fazendo, pois as atividades apostólicas de Gregório Barbarigo marcaram profundamente a sua época. Dotou o seminário de Pádua com professores notáveis, provenientes não só da Itália, mas também de outros países da Europa, aparelhando a instituição para o estudo das línguas orientais. E fundou uma imprensa poliglota, uma das melhores que a Itália já teve. Pôde desenvolver plenamente seu trabalho pastoral, fundando escolas populares e instituições para o ensino da religião, para orientação de pais e educadores. Num período de peste, fez o máximo na dedicação ao próximo. Cuidou para estender a assistência à saúde para mais de treze mil pessoas. Gregório Barbarigo fundou, ainda, inúmeros seminários, que colocou sob as regras de são Carlos Borromeu, e constituiu a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e Antônio. Foi um dos grandes pacificadores do seu tempo, intervindo, pessoalmente, nas graves disputas políticas de modo que permanecessem apenas no campo das idéias. Depois de executar tão exuberante obra reformista, morreu em Pádua no dia 18 de junho de 1697. Foi canonizado por seu conterrâneo, o papa João XXIII, em 1960, que, como afirmou no seu discurso na solenidade, elevou são Gregório João Barbarigo ao posto que ele merecia ocupar na Igreja.
São comemorados também neste dia: São Armando de Bordéus, Santa Isabel da Alemanha e Santa Marina.

SÃO RANIERI DE PISA 1118-1161


17 DE JUNHO
SÃO RANIERI DE PISA 1118-1161

A cidade de Pisa era, nos séculos XI e XII, um importante pólo comercial marítimo da Itália, que contribuía também no combate aos piratas sarracenos. Assim, paralelamente, ao burburinho dos negócios, a vida mundana da corte era exuberante e tentadora, principalmente para os mais jovens. Foi nessa época, no ano 1118, que Ranieri Scacceri nasceu em Pisa. Era filho único de Gandulfo e Emengarda, ambos de famílias tradicionais de nobres mercadores riquíssimos. A sua educação foi confiada ao bispo de Kinzica, para que recebesse boa formação religiosa e para os negócios. Porém Ranieri, mostrando forte inclinação artística, preferiu estudar lira e canto. E para desgosto dos pais e do bispo, seu tutor, ele se entregou à vida fútil e desregrada, apreciando as festas da corte onde se apresentava. Com isso, tornou-se uma figura popular e conhecida na cidade de Pisa. Aos dezenove anos de idade, impressionado com a vida miserável dos pobres da cidade e percebendo a inutilidade de sua vida, decidiu mudar. Contribuiu para isso o encontro que teve com o eremita Alberto da Córsega, que o estimulou a voltar para a vida de valores cristãos e a serviço de Deus. Foi assim que Ranieri ingressou no Mosteiro de São Vito, em Pisa, apenas como irmão leigo.

SANTOS JULITA E CIRO - +304


16 DE JUNHO
SANTOS JULITA E CIRO - +304

Julita vivia na cidade de Icônio, na Licaônia, atualmente Turquia. Ela era uma senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo após ter dado à luz um menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro, mas também atendia pelo diminutivo Ciríaco ou Quiríaco. Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a perseguir, prender e matar cristãos. Julita, levando o filhinho Ciro e algumas servidoras, fugiu para a Selêucia e, em seguida, para Tarso, mas ali acabou presa. O governador local, um cruel romano chamado Alexandre, tirou-lhe o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais para sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo. Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: "Também sou cristão! Também sou cristão!"

sexta-feira, 15 de junho de 2012

“O REINO DE DEUS É COMO UMA SEMENTE DE MOSTARDA, QUE É A MENOR DE TODAS AS SEMENTES DA TERRA”. (Mc 4,26-34).


XI DOMINGO DO TEMPO COMUM

A FORÇA DO REINO – O GRÃO DE MOSTARDA
Ano – B; Cor – Verde; Leituras: Ez 17,22-24; Sl 91 (92); 2Cor 5,6-10; Mc 4,26-34.

“O REINO DE DEUS É COMO UMA SEMENTE DE MOSTARDA, QUE É A MENOR DE TODAS AS SEMENTES DA TERRA”. (Mc 4,26-34).

Diácono Milton Restivo


Com a festa de Pentecostes, a Liturgia concluiu o tempo Pascal. Assim, na segunda-feira depois do Pentecostes, retomamos o Tempo Comum, interrompido com a Quaresma seguido da Páscoa. Agora terminamos o ciclo da Páscoa e retomamos o Tempo Comum dentro da liturgia da Igreja, que se encerra, neste ano, no último domingo de novembro, dia 25, com a festa de Cristo, Rei do Universo, dando início ali, ao Ciclo do Advento. 
Todo o ano litúrgico gira em torno de um único mistério: a morte e ressurreição de Jesus em sua plenitude.  No tempo comum, como nos demais tempos litúrgicos, damos continuidade à celebração desse mistério de Cristo. Em cada domingo, fazemos memória dos relatos da vida pública de Jesus. Celebrando diferentes acontecimentos narrados nas Sagradas Escrituras, vamos nos aproximando mais e mais do mistério de amor de Deus pela humanidade.
Tendo como ponto de referência a Páscoa, cada domingo é o fundamento e o núcleo do próprio ano litúrgico (SC aa106). Até porque de acordo com o testemunho das Escrituras, a assembléia cristã de culto acontece no primeiro dia da semana: “No primeiro dia da semana, estávamos reunidos para a fração do pão.” (At 20,7); “Todo primeiro dia da semana, cada um coloque de lado aquilo que conseguiu economizar...” (1Cor 16,2).

BEM-AVENTURADA ALBERTINA BERKENBROCK - 1919-1931


15 DE JUNHO
BEM-AVENTURADA ALBERTINA BERKENBROCK - 1919-1931

"Albertina foi uma menina que ousou ser santa." Foi com essas palavras que Dom Jacinto Bergmann, bispo da diocese de Tubarão - Santa Catarina -, referiu-se a ela na cerimônia de sua beatificação. Albertina Berkenbrock nasceu dia 11 de abril de 1919, no povoado de São Luís, município de Imaruí no Estado de Santa Catarina, Brasil. Filha de um casal de agricultores - Henrique Berkenbrock e Josefa Boeing - fervorosos católicos oriundos de famílias alemães, com eles ela aprendeu as verdades da fé, a rezar, a freqüentar a igreja e a respeitar os mandamentos de Deus. Cultivou especial devoção a Virgem Maria e a São Luiz Gonzaga. Recitava diariamente o rosário com a família. Preparou-se com alegria para a Primeira Eucaristia que recebeu no dia 16 de agosto de 1928. Foi neste ambiente simples, belo e cristão de sua família que Albertina cresceu. Ajudava os pais nos trabalhos da roça e em casa. Era dócil, obediente, incansável, e paciente. Sua caridade era grande. Gostava de acompanhar as meninas mais pobres, de jogar com elas e com elas dividir o pão que trazia de casa para comer no intervalo das aulas. Teve especial caridade com os filhos do seu assassino, que trabalhava na casa do seu pai. Muitas vezes Albertina deu de comer a ele e aos filhos pequenos, com os quais se entretinha alegremente. Albertina, apesar de seus 12 anos, aparentava mais idade e tinha um corpo já bastante desenvolvido. Era alta e forte, acostumada ao sol e aos trabalhos da roça. Tinha cabelos louros tendendo ao castanho, olhos verde-escuros. Era uma bonita moça. Tudo corria normalmente até que chegou o dia 15 de junho de 1931.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

BEM-AVENTURADA IOLANDA DA POLÔNIA - 1235-1299




14 DE JUNHO
BEM-AVENTURADA IOLANDA DA POLÔNIA - 1235-1299
Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos súditos poloneses, nasceu no ano de 1235, filha de Bela IV, rei da Hungria, que era terciário franciscano, e irmã da bem-aventurada Cunegundes. Além disso, era sobrinha de santa Isabel da Hungria, também da Ordem Terceira. Aliás, a tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus primórdios, pois a família descendia de santa Edwiges, santo Estêvão e são Ladislau. Porém é claro que Iolanda não se tornou santa só porque vinha de toda essa tradição extremamente católica e repleta de santos. Não basta ter o caminho da fé apontado para entrar-se nele. É preciso que todo o ser o aceite e o corpo se disponha a caminhar por uma trilha de entrega total e muito árdua, como ela fez. Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se casara, então, com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, o Casto.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA E DE LISBOA - 1195-1231


13 DE JUNHO
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA E DE LISBOA - 1195-1231

Protetor dos pobres, o auxílio na busca de objetos ou pessoas perdidas, o amigo nas causas do coração. Assim é Santo Antônio de Pádua, frei franciscano português, que trocou o conforto de uma abastada família burguesa pela vida religiosa. Contam os livros que o santo nasceu em Lisboa, em 15 de agosto de 1195, e recebeu no batismo o nome de Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Ele era o único herdeiro de Martinho, nobre pertencente ao clã dos Bulhões y Taveira de Azevedo. Sua infância foi tranquila, sem maiores emoções, até que resolveu optar pelo hábito. A escolha recaiu sobre a ordem de Santo Agostinho. Os primeiros oito anos de vida do jovem frei, passados nas cidades de Lisboa e Coimbra, foram dedicados ao estudo. Nesse período, nada escapou a seus olhos: desde os tratados teológicos e científicos às Sagradas Escrituras. Sua cultura geral e religiosa era tamanha que alguns dos colegas não hesitavam em chamá-lo de "Arca do Testamento". Reservado, Fernando preferia a solidão das bibliotecas e dos oratórios às discussões religiosas. Bem, pelo menos até um grupo de franciscanos cruzar seu caminho. O encontro, por acaso, numa das ruas de Coimbra marcou-o para sempre.

terça-feira, 12 de junho de 2012

SÃO GASPAR BERTONI - 1777 - 1853




12 DE JUNHO
SÃO GASPAR BERTONI - 1777 - 1853

Fundou a Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo "Estigmatinos".

Nascido em Verona (Itália), em 9 de outubro de 1777, viveu num tempo em que a cidade era disputada entre franceses e austríacos. O povo sofria a fome, feridos lotavam os hospitais, crianças sem escola, juventude desorientada, o próprio clero sofria. Gaspar cresceu nesse ambiente, enfrentando também problemas familiares: morte da irmã, separação dos pais. Entrou no Seminário e ordenou-se sacerdote, com 23 anos de idade, em 20 de setembro de 1800. Ainda seminarista, dedicava-se ao cuidado dos doentes, ao trabalho com a juventude, sendo reconhecido como "Apóstolo dos jovens". A pedido do Bispo, resgatou a dignidade do clero, e o Seminário tornou-se exemplo de ordem e disciplina.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - SÉCULO I




 11 DE JUNHO
SÃO BARNABÉ APÓSTOLO - SÉCULO I
Barnabé não fez parte dos primeiros doze apóstolos escolhidos por Jesus. Mas acompanhou o Senhor e os apóstolos naqueles primeiros dias. Quando assistiu a um milagre realizado por Jesus Cristo, que diante de seus olhos curou um paralítico, aquele bondoso judeu resolveu pedir admissão entre seus discípulos. Aceito, vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiro aos apóstolos, como conta Lucas nos Atos. Assim era Barnabé, homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé, segundo narram as Sagradas Escrituras. Ele era da tribo de Levi e veio ao mundo na ilha de Chipre. Foi ali que estudou, na companhia de Paulo, com o célebre mestre Gamaliel, com quem aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Chamava-se José e, quando foi admitido entre os apóstolos, recebeu o nome de Barnabé, que significa "filho da consolação", devido ao seu maravilhoso dom de acalmar e de consolar os aflitos. No quarto capítulo do Ato dos Apóstolos, Barnabé também é chamado de o "filho da exortação".

domingo, 10 de junho de 2012

BEM-AVENTURADO EDUARDO POPPE - 1890-1924


 10 DE JUNHO
BEM-AVENTURADO EDUARDO POPPE - 1890-1924

Eduardo João Maria Poppe nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores. Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico. Aos quinze anos, entrou para o seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa. Aos vinte e dois anos, ele ingressou no Seminário Filosófico Leão XIII, de Louvain. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado a servir o exército, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos. Em 1915, foi transferido para Gand e, no ano seguinte, era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da paróquia de Santa Colete, naquela diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à eucaristia e à Virgem Maria. Preocupado em preparar as crianças para a primeira comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção eucarística. Logo esse trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, padre Eduardo elaborou e escreveu "O manual do catequista eucarístico", em 1917, idealizado segundo os decretos do papa são Pio X.

sábado, 9 de junho de 2012

“QUEM BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO NUNCA SERÁ PERDOADO”. (Mc 3,29).


X DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano – B; Cor – Verde; Leituras: Gn 3,9-15; Sl 129 (130); 2Cor 4,15 – 5,1; Mc 3,20-35.

“QUEM BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO NUNCA SERÁ PERDOADO”. (Mc 3,29).

Diácono Milton Restivo

Terminamos o tempo da Páscoa e retornamos ao Tempo Comum da liturgia da nossa Igreja. Voltamos a caminhar com Jesus na sua jornada de evangelização.
O Tempo Comum é um período do Ano Litúrgico de trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade, os mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. O Tempo Comum convida-nos a descobrir, nas pequenas coisas do dia-a-dia aparentemente comuns, a sua ligação com Jesus Cristo: a oração, o trabalho, as obras de misericórdia, a ação social. De segunda a sábado devemos estar atentos para percebermos os grandes dons de Deus em nossas vidas. Se agirmos assim, os domingos do Tempo Comum se tornarão momentos fortes em nossa vida de fé. O Tempo Comum, portanto, é um período de vigilância e de esperança; daí a escolha da cor litúrgica: verde.

BEM-AVENTURADO JOSÉ DE ANCHIETA - 1534-1597




09 DE JUNHO
BEM-AVENTURADO JOSÉ DE ANCHIETA - 1534-1597
José de Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534, na cidade de São Cristóvão da Laguna, na ilha de Tenerife, do arquipélago das Canárias, Espanha. Foi educado na ilha até os quatorze anos de idade. Depois, seus pais, descendentes de nobres, decidiram que ele continuaria sua formação na Universidade de Coimbra, em Portugal. Era um jovem inteligente, alegre, estimado e querido por todos. Exímio escritor, sempre se confessou influenciado pelos escritos de são Francisco Xavier. Amava a poesia e mais ainda, gostava de declamar. Por causa da voz doce e melodiosa, era chamado pelos companheiros de "canarinho". Mas também tinha forte inclinação para a solidão. Tinha o hábito de recolher-se na sua cela ou de retirar-se para um local ermo a fim de dedicar-se à oração e à contemplação. Certa vez, isolou-se na catedral de Coimbra e, quando rezava no altar de Nossa Senhora, compreendeu a missão que o aguardava.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

BEM-AVENTURADO PACÍFICO DE CERANO - 1424-1482


08 DE JUNHO
BEM-AVENTURADO PACÍFICO DE CERANO - 1424-1482

Pacífico Ramati nasceu no ano de 1424 em Cerano, na cidade de Novara, Itália. Muito cedo ficou órfão dos pais, sendo educado e formado pelo superior dos beneditinos do Mosteiro de São Lorenzo de Novara. Após a morte do seu benfeitor beneditino, ele decidiu seguir a vida religiosa, mas preferiu ingressar na Ordem dos Irmãos Menores Franciscanos, no Convento de São Nazário, dos ilustres João Capristano e Bernardino de Siena, hoje ambos santos da Igreja. Em 1444, com vinte anos de idade e no ano da morte de são Bernardino, tomou o hábito franciscano. Em seguida, foi enviado para completar os estudos na Universidade de Sorbone, em Paris, regressando para a Itália com o título de doutor. esde então se dedicou à pregação e percorreu inúmeras regiões da Itália entre os anos de 1445 e 1471, com tal êxito que era considerado "um novo são Bernardino". O seu apostolado era combater a ignorância religiosa, tanto entre os leigos como no meio do clero, especialmente em relação ao sacramento da penitência. E não se contentou apenas com as pregações verbais.

SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 1789-1846




07 DE JUNHO
SANTO ANTÔNIO MARIA GIANELLI - 1789-1846
Fundou as congregações: Filhas de Maria Santíssima do Horto e Oblatos de Santo Alfonso Maria de Ligório
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de Chiavari, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. A seu modo, foi também um revolucionário, pois sacudiu as instituições da Igreja no período posterior ao "furacão" Napoleão Bonaparte. Sua família era de camponeses pobres e nesse ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no seminário de Genova, onde ingressou em 1807. Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado para recepcionar o novo bispo de Genova, monsenhor Lambruschini. Intitulou o recital de "Reforma do Seminário". Assim, tranqüilo, direto e com poucos rodeios; defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. A repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da restauração pós-napoleônica.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

SÃO GERALDO TINTORI




06 DE JUNHO
SÃO GERALDO TINTORI
Até o ano do seu nascimento 1135, os hospitais que surgiram na Europa foram a maioria por obra de religiosos. Mas o de Monza, sua cidade natal, em 1174, quem o fez nascer foi ele, Gerardo Tintori. Ele investiu toda a fortuna que herdou do seu pai, um nobre muito rico, nos doentes abandonados. Colocou a Obra sob o controle da Prefeitura e dos religiosos da igreja de São João Baptista, e reservou para si o trabalho mais exaustivo: carregar nas costas os doentes recolhidos nas ruas, banha-los, alimentá-los e serví-los. Alguns voluntários se juntaram a ele, que os organizou como um grupo de leigos, unidos entretanto por uma disciplina de vida celibatária. Gerardo era considerado Santo ainda em vida por todos os habitantes da cidade. A tradição diz que ele conseguiu impedir uma enchente do rio Lambro, salvando o hospital da inundação; que também enchia as despensas prodigiosamente com alimentos, e a cantina com vinho.

SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT - 1789-1840


06 DE JUNHO
SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT - 1789-1840
Fundou a congregação dos Irmãos Maristas

Marcelino José Benedito Champagnat nasceu na aldeia de Marlhes, próxima de Lion França, no dia 20 de maio de 1789, nono filho de uma família de camponeses pobres e muito religiosos. O pai era um agricultor com instrução acima da média, atuante e respeitado na pequena comunidade. A mãe, além de ajudar o marido vendendo o que produziam, cuidava da casa e da educação dos filhos, auxiliada pela cunhada, que desistira do convento. A família era muito devota de Maria, despertando nos filhos o amor profundo à Mãe de Deus. Na infância, logo que ingressou na escola, Marcelino sofreu um grande trauma quando o professor castigou um dos seus companheiros. Ele preferiu não freqüentar os estudos e foi trabalhar na lavoura com o pai. E assim o fez até os quatorze anos de idade, quando o pároco o alertou para sua vocação religiosa. Apesar de sua condição econômica e o seu baixo grau de escolaridade, foi admitido no seminário de Verrièrres. Porém, a partir daí, dedicou-se aos estudos enfrentando muitas dificuldades. Aos vinte e sete anos, em 1816, recebeu o diploma e foi ordenado sacerdote no seminário de Lion. Talvez por influência da sua dura infância, mas movido pelo Espírito Santo, acabou se dedicando aos problemas e à situação de abandono por que passavam os jovens de sua época, no campo da religião e dos estudos.

SÃO BONIFÁCIO, APÓSTOLO DOS GERMANOS - 672/673-754




05 DE JUNHO
SÃO BONIFÁCIO, APÓSTOLO DOS GERMANOS - 672/673-754
Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa. Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig. Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes. Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano. Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões.

SÃO FRANCISCO CARACCIOLO - 1563-1608


04 DE JUNHO
SÃO FRANCISCO CARACCIOLO - 1563-1608
Fundou a Ordem dos Clérigos Regulares Menores

Ascânio Caracciolo era um italiano descendente, por parte de mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes. Na adolescência, decidiu pela carreira militar. Mas foi acometido por uma doença rara na pele, parecida com a lepra e incurável também. Quando todos os tratamentos se esgotaram, Ascânio rezou com fervor a Deus, pedindo que ele o curasse e prometendo que, se tal graça fosse concedida, entregaria a sua vida somente a seu serviço. Pouco depois a cura aconteceu. Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois anos, foi para Nápoles, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Começou seu trabalho junto aos "Padres Brancos da Justiça", que se dedicavam ao apostolado dos encarcerados, doentes e pobres abandonados. Entretanto, Deus tinha outros planos para ele. Na organização dos "Padres Brancos" havia um outro sacerdote que tinha exatamente o seu nome: Ascânio Caracciolo, só que era mais velho. Certo dia de 1588, o correio cometeu um erro, entregando uma carta endereçada ao Ascânio mais velho para o mais jovem, no caso ele.

domingo, 3 de junho de 2012

SANTOS CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES - + 1886

http://www.istitutoaveta.it/23250.JPG

03 DE JUNHO

SANTOS CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS MÁRTIRES - + 1886

O povo africano talvez tenha sido o último a receber a evangelização cristã, mas já possui seus mártires homenageados na história da Igreja Católica. O continente só foi aberto aos europeus depois da metade do século XIX. Antes disso, as relações entre as culturas davam-se de forma violenta, principalmente por meio do comércio de escravos. Portanto, não é de estranhar que os primeiros missionários encontrassem, ali, enorme oposição, que lhes custava, muitas vezes, as próprias vidas. A pregação começou por Uganda, em 1879, onde conseguiu chegar a "Padres Brancos", congregação fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, somaram-se a eles os padres combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram catequizados, até mesmo pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei assumiu o trono em 1886.

sábado, 2 de junho de 2012

SANTÍSSIMA TRINDADE

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMXeTQK1F558NwgnratiEB12Z7KDsf600DHgMft5SzCWrc-Kdhl9FRwpqxfVU3lO-yivggh_Cp7ZnCIX-acXPMMzwABCyqX0SKun5qVphq4bcC1DIEloR9a_HAtYbjDroCXklWgHCxYEk/s1600/trindade.jpg

SANTÍSSIMA TRINDADE

Leituras: Dt 4,32-34.39-40; Sl 32; Rm 8,14-17; Mt 28,16-20.

“...BATIZANDO-OS EM NOME DO PAI, E DO FILHO, E DO ESPÍRITO SANTO” (Mt 28,19).

Diácono Milton Restivo

No primeiro livro, Gênesis, no primeiro capítulo e no primeiro versículo, as Sagradas Escrituras começam exatamente citando a onipotência, a onipresença, a onisciência de Deus, dizendo: “No princípio, Deus criou o céu e a terra”. (Gn 1,1).

João, ao iniciar o seu Evangelho, começa com a revelação de Deus aos homens através de sua Palavra: “No começo (ou no princípio, como no Gênesis), a Palavra já existia: a Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus”. (Jo 1,1).

Deus existe, e a sua existência se impõe como um fato inicial, que dispensa qualquer explicação. Deus não tem origem: nem passado nem futuro; O tempo de Deus é o presente. Deus é “o primeiro e o último” (Is 41,4), “o alfa e o ômega” (Ap 1,8). “Quem fez e executou tudo isso? Aquele que anuncia o futuro de antemão; eu, Iahweh, que sou o primeiro e estou com os últimos (Is 41,4). “Assim diz Iahweh, o rei de Israel, seu redentor, Iahweh dos exércitos: ‘Eu sou o primeiro, eu sou o último; fora de mim não existe outro Deus.Existe alguém como eu? Que fale, que explique e o exponha a mim. Quem anunciou o futuro de antemão, quem nos predisse o que vai acontecer? Não tenham medo, não tremam: por acaso, desde aqueles tempo eu já não predisse e anunciei? Vocês são as minhas testemunhas: existe outro Deus além de mim? Que eu saiba não existe nenhuma outra rocha’”. (Is 44,6-8).

SANTOS MARCELINO E PEDRO - SÉCULO IV

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiByxFAzIgPQAvefCH_Rt0S3qJeAKzv1vR_SnJwOI84A8OL-wma5R3ZG9eF-Yu1ph5M4WluQJ4-aDdPR7zQRPLwoQX9RUHoqAF__YfTnK7GcgT4G1LSDn0ZAacMejozDiNhznNtZoFsUMv8/s1600/MARCELINO_PEDRO.JPG
02 DE JUNHO

SANTOS MARCELINO E PEDRO - SÉCULO IV

Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou. Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão. Alguns dias depois notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

SANTO ANÍBAL MARIA DI FRANCIA - 1851-1927

http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/339772/mn/1230123149.jpg

01 DE JUNHO

SANTO ANÍBAL MARIA DI FRANCIA - 1851-1927

Fundou duas Congregações religiosas: Filhas do Divino Zelo e os Rogacionistas do Coração de Jesus.

Filho de nobres da aristocracia siciliana, Aníbal Maria di Francia nasceu na cidade italiana de Messina no dia 5 de julho de 1851. Terceiro de quatro filhos, aos quinze meses ficou órfão de pai. A dura experiência de não conviver com a figura paterna desenvolveu-lhe um especial amor e compreensão às necessidades das crianças órfãs, pobres e abandonadas. Para elas dedicou toda a sua vida de apostolado e por elas nunca deixou de ser um simples padre, embora as oportunidades no clero não lhe faltassem. Aos dezoito anos recebeu o forte chamado à vida religiosa e ordenou-se sacerdote em 1878. O contato com o terrível mundo dos miseráveis e pobres deu-se poucos meses antes de sua consagração, quando conheceu a Casa de Avignon, o pior e mais esquecido local da cidade. Local que depois se tornou o campo de atuação do seu ministério.