sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

MUITAS CASAS... MUITAS RESIDÊNCIAS... POUCOS LARES...

MUITAS CASAS... MUITAS RESIDÊNCIAS... POUCOS LARES...


Vivemos hoje num mundo cheio de violência, de intolerância, de agressão. Por onde quer que vamos ou andamos, respiramos insegurança e instabilidade.               
Os nossos jornais, muitos deles, só trazem manchetes de violência e sangue; os noticiários de rádio e televisão só transmitem guerras, revoluções, mortes, insatisfações e desordem por toda parte.     Os homens não se entendem. Os filhos se queixam dos pais e os pais dizem que já não entendem mais os filhos. Muitas coisas estão erradas e estudando cada mal, verificando cada insatisfação, vamos encontrar suas raízes no sei da família. A educação que os pais não receberam na sua infância, adolescência e maturidade não permitem que eles transmitam  uma boa educação para os seus filhos, porque ninguém dá daquilo que não tem. Os pais não foram bem educados por seus pais e por sua época, e, em consequência, por essa deficiência, não podem transmitir uma boa educação para os seus filhos.
                Um dos grandes males da família moderna é que, dentro de casa, dentro da família, cada um não se coloca no seu devido lugar: os pais não foram educados para serem pais, e por isso, por essa deficiência de educação, não podem exigir dos filhos que sejam realmente filhos como deveriam ser. Não quer dizer que não exista, mas, dificilmente encontramos pais que eduquem seus filhos através do amor; o que vemos são educações através da chantagem, da violência e da opressão. As vidas nos lares correm paralelamente, sem se encontrarem.   
Os pais vivem o ontem, e os filhos querem viver o amanhã, e ninguém vive o hoje.
Existem muitas, casas, muitas residências, mas... poucos lares.
Lar é o local onde vivem pessoas que se amam, que se doam, que se aceitam.
Um lar ideal é sustentado por quatro colunas principais: a primeira coluna é o pai, que é o chefe, o responsável pela manutenção e a autoridade constituída perante Deus e a sociedade, o que não o impede de ser um verdadeiro amigo para seus filhos e sua esposa.      
A segunda coluna é representada pela mãe, que é o símbolo do amor, é o amor personificado, é a figura de Maria no lar, e é o elo de ligação entre os membros da família e entre o céu e a terra. A terceira coluna é representada pelos filhos, que são o fruto do amor do casal, e, entre os filhos, deve reinara a fraternidade, o espírito de conjunto e a união das vontades.
E a quarta coluna é o espírito de família, é o calor humano que deve reinar dentro do lar e que deve unir todos os membros da família.                       
Se não houver esse calor humano não existirá o lar, mas sim uma casa com quatro paredes onde se agrupam pessoas que podem até pertencer a uma mesma família, mas que são estranhos entre si. Lar é a casa onde  vivem pessoas que se amam de verdade; e, para que esse amor seja constante, todos os membros da família devem se interessar uns pelos outros, um sentir o problema do outro, um auxiliar o outro e todos se amarem, lutando juntos pela sobrevivência.                
Todos devem se valorizar e valorizar um ao outro. No lar deve reinar a ajuda gratuita, se ajudando mutuamente sem esperar trocas ou recompensas e sem chantagens.                       
Quem ama perdoa, e onde existe o verdadeiro amor, deve existir o verdadeiro perdão, e o perdão é indispensável para a harmonia do lar. Onde não há amor, não há perdão, e onde não há perdão, a vida se transforma num inferno. Onde não há amor, não há perdão, não há harmonia, não há paz, não há segurança, não há compreensão. Na família deve existir o espírito de renúncia visando sempre o bem de todos. Um lar feliz é um lar onde está Deus, porque um lar feliz é um lar onde reina o amor, e Deus é Amor. A religião é um elo muito importante no seio da família.     
Os pais, antes de impor a religião aos seus filhos, devem viver a religião, devem dar o exemplo da vida cristã, seguindo sempre o exemplo de Cristo que, antes de ensinar, ele viveu o que ensinou. Se existissem verdadeiros lares, verdadeiras famílias, verdadeiros pais que transmitissem amor aos seus filhos, não existiria no mundo tanta violência, tanto desamor, tanta crueldade. É no seio da família bem organizada que nascem os santos, mais é também no seio da família mal estruturada e mal organizada que nascem e se forma os facínoras, os assassinos, os maníacos, e os ladrões. A nossa família está nas nossas mãos.        
O futuro de nossos filhos depende do nosso modo de vida e do nosso exemplo de pais.

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