segunda-feira, 31 de agosto de 2015

SÃO RAIMUNDO NONATO - 1200-1240


SÃO RAIMUNDO NONATO - 1200-1240



Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. 
Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. 
O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela. 
Dotado de grande inteligência, fez com certa tranqüilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. 
Com isso, queria demovê-lo da idéia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário. 
Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. 
A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma. Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador.

domingo, 30 de agosto de 2015

“ESTE POVO ME HONRA COM OS LÁBIOS, MAS O CORAÇÃO DELE ESTÁ LONGE DE MIM”. (Mc 7,6).


XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM

“ESTE POVO ME HONRA COM OS LÁBIOS, MAS O CORAÇÃO DELE ESTÁ LONGE DE MIM”. (Mc 7,6).


Diácono Milton Restivo

Depois de refletir o capítulo sexto do Evangelho de João, retornamos ao Evangelho de Marcos. Damos continuidade, através de Marcos, ao conhecimento da pessoa e da doutrina de Jesus. Marcos aborda problemas entre fé e tradição, ensinamento divino e ensinamentos humanos.
Lemos no evangelho de Marcos (7,1-23) que os fariseus acusaram os discípulos de Jesus de comerem com as mãos impuras, isto é, sem as ter lavado segundo a tradição dos antigos, o que ia de encontro com o ritualismo religioso que eles, os fariseus, diziam cumprir rigorosamente e impunham ao povo sob pena de, se o povo não a cumprisse, seria maldito.
Quem eram estes fariseus e por que Jesus se opunha tanto a eles?
Os fariseus eram um grupo religioso que se originou dois séculos antes de Jesus. Eram líderes de um movimento religioso para trazer o povo de volta a uma submissão estrita à palavra de Deus e eram considerados geralmente como os servos mais espirituais e observadores da Lei de Moisés e adoradores de Deus. 

sábado, 29 de agosto de 2015

MARTIRIO DE JOÃO BATISTA


MARTÍRIO DE JOÃO BATISTA



Aproximadamente setecentos anos antes do nascimento de João Batista, o profeta Isaías já falava dele, profetizando: “Uma voz grita: ‘Abram no deserto um caminho para Yahweh; na região da terra seca, aplainem uma estrada para o nosso Deus. Que todo vale seja aterrado, e todo monte e colina sejam nivelados; que o terreno acidentado se transforme em planície, e as elevações em lugar plano.” (Is 40,3-4). 
No seu Evangelho Mateus confirma a veracidade dessa profecia, quando afirma: “Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: ‘Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo’. João foi anunciado pelo profeta Isaias, que disse: ‘Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas’.” (Mt 3,1-3). 
A figura de João Batista começa a ser delineada através da profecia de Isaías. Como Isaías, João Batista é personagem indispensável neste Tempo do Advento. É o mensageiro da Boa Nova. 
O profeta Malaquias, também, anuncia o mensageiro que haveria de vir antes da Boa Nova: “Vejam! Estou mandando o meu mensageiro para preparar o caminho à minha frente. De repente, vai chegar ao seu Templo o Senhor que vocês procuram, o mensageiro da Aliança que vocês desejam. Olhem! Ele vem! – diz Yahweh dos Exércitos.” (Ml 3,1).

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SANTO AGOSTINHO DE HIPONA


SANTO AGOSTINHO DE HIPONA


Bispo e doutor da Igreja (354-430).
Aurélio Agostinho nasceu, no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos, como santa Mônica, no dia 27 de agosto. 
Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.
Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

SANTA MÔNICA – MÃE DE SANTO AGOSTINHO


SANTA MÔNICA – MÃE DE SANTO AGOSTINHO


Mônica, nascida em 331 e falecida em 386, é mãe de Santo Agostinho..
Monica nasceu na cidade de Tegaste, na Argélia, que fica no norte da África.
Filha de família abastada, foi criada por uma escrava que criava os filhos dos senhores. Os manuscritos que recolheram a tradição oral sobre Santa Mônica dizem que desde criança ela era muito religiosa e disciplinada. Sempre que podia, Mônica ajudava os mais pobres e demonstrava muita paciência e mansidão.
Casou-se aos dezessete ou dezoito anos com um nobre chamado Patrício.   
O casal ocupava razoável posição social. mas apesar disso Patrício era um decurião, (membro do conselho de Tegaste). Possuía terras, escravos e uma boa posição social. Patrício, porém, era homem rude e violento. Por isso, foi motivo de muito sofrimento e orações de Mônica. Mônica não era feliz no casamento, pois sofria com a infidelidade do marido. Por isso começou a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia embora sofresse.
Mônica teve três filhos: Agostinho, Navigio e Perpétua, que se tornou religiosa.
Agostinho era o mais velho e lhe causou muitas tristezas. A dificuldade com Agostinho chegou a tal ponto que, para ensiná-lo que nossas ações neste mundo tem consequências, Mônica o proibiu de entrar  em casa. Mas ela nunca deixou de rezar pela conversão do filho.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

CARDEAL HELDER CÂMARA –1909-1999


CARDEAL HELDER CÂMARA –1909-1999


Helder Pessoa Câmara nasceu na cidade de Fortaleza, Brasil, no dia 7 de fevereiro de 1909.

A sua família era simples e católica, seus pais tiveram treze filhos e ele era o décimo primeiro. 
Sua vocação religiosa despontou na tenra idade, por influência da Escola dos Padres Lazaristas de Fortaleza, também conhecida como Seminário da Prainha de São José. 
Aos quatorze anos de idade, ingressou naquele seminário, onde estudou filosofia e teologia. Foi tão brilhante que a Santa Sé autorizou sua ordenação sacerdotal em 1931. 
No dia da Assunção de Nossa Senhora, Helder foi ordenado sacerdote e celebrou sua primeira missa no dia seguinte, com apenas vinte e dois anos de idade. Logo foi nomeado diretor do Departamento de Educação do Estado do Ceará. 
Cinco anos depois, foi transferido para o Rio de Janeiro, onde morou e trabalhou por vinte e oito anos. Em 1952, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB elegeu-o bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Exerceu o cargo de secretário-geral da CNBB, implantou os ideais da organização, promoveu a interação entre os bispos do Brasil, participou de congressos para atualização e adaptação da Igreja Católica aos tempos modernos, sobretudo integrando a Igreja na luta em defesa da justiça e da cidadania. 
Dom Helder Câmara foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife em 1964, cargo em que ficou por vinte anos. Nessa época, o Brasil vivia em plena ditadura militar.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

SÃO BARTOLOMEU – APÓSTOLO


SÃO BARTOLOMEU – APÓSTOLO



Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos. 
Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. 
No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. 
Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias. 
Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus. 
Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

SANTA ROSA DE LIMA


SANTA ROSA DE LIMA


Terciária dominicana, padroeira da América Latina (1586-1617).
Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos treze filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena.

domingo, 23 de agosto de 2015

“A QUEM IREMOS, SENHOR? TU TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA”. (Jo 6,68).


XXI DOMINGO DO TEMPO COMUM

“A QUEM IREMOS, SENHOR? TU TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA”. (Jo 6,68).


Diácono Milton Restivo

A leitura do Evangelho deste domingo conclui o grande discurso de Jesus sobre “O Pão da Vida” contido no capítulo 6 do Evangelho de João.
Tanto a leitura do livro de Josué, primeira leitura, como a do Evangelho desta liturgia deixa claro que diante de Deus, diante de Jesus e das suas palavras, tem que ser tomada uma atitude radical. Não existe meio termo: ou se é frio, ou se é quente, Jesus não permite que seja morno.
O livro do Apocalipse não deixa dúvida a respeito disso, e alerta: “Conheço sua conduta: você não é frio nem quente. Quem dera que fosse frio ou quente! Porque é morno, nem frio nem quente, estou para vomitar você de minha boca”. (Apo 3,15-16).
Não há nada mais que possa revoltar o estômago do que um alimento mal temperado: ao cair no estômago queremos colocá-lo de imediato para fora, vomitá-lo. E é isso que Jesus deixa claro no livro do Apocalipse: a apatia espiritual, a pregação demagógica, o louvor indiferente, a oração sem fé, a comunhão sem compromisso. Isso faz Jesus vomitar... E Jesus vai mais a fundo, quando diz: “Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa.” (Lc 11,23). 

sábado, 22 de agosto de 2015

VIRGEM MARIA RAINHA


VIRGEM MARIA RAINHA



"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc 1,37-38). 
Ainda Lucas, nos Atos dos apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. 
Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo.
Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. 
E, através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho. Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz Dante na Divina Comédia. 
Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos vêem em Maria a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os bens. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

SÃO PIO X – PAPA - 1835-1914


SÃO PIO X – PAPA - 1835-1914



Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. 
Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835. Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. 
Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.
Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. 
Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. 
Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 1090-1153


SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 1090-1153



Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. 
Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. 
Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. 
Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia. 
Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. 
Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

SÃO JOÃO EUDES - 1601-1680


SÃO JOÃO EUDES - 1601-1680


Fundou a Congregação de Jesus e Maria e a Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor "Irmãs do Bom Pastor". 
João Eudes nasceu, em 14 de novembro de 1601, na pequena vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da França.
Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso.  Inicialmente, estudou no Colégio Real de "Dumont", em Caen, dos padres jesuítas. 
Nos intervalos das aulas, costumava ir à capela rezar, deixando as brincadeiras para o segundo plano. Na adolescência, por sua grande devoção a Maria, secretamente consagrou-se a ela. Depois, sentindo sua vocação religiosa, foi aconselhado a terminar os estudos antes de ordenar-se sacerdote. 
Em 1623, com o consentimento dos pais, foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório, sendo recebido pelo próprio fundador, o cardeal Pedro de Bérulle. 
Dois anos depois, recebeu sua ordenação, dedicando-se integralmente à pregação entre o povo. Pleno do carisma dos oratorianos, centrados no amor a Cristo, e de sua especial devoção a Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas e cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de origem, a Normandia.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

SANTA HELENA


SANTA HELENA


Flávia Júlia Helena, esse era o seu nome completo. Nasceu em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor. Era descendente de uma família plebéia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa. 
Trabalhava numa importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio Cloro. Apaixonados, casaram-se. Mas quando o imperador Maximiano nomeou-o co-regente, portanto seu sucessor, exigiu que ele abandonasse Helena e se casasse com sua enteada Teodora. 
Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus. 
O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada do filho por quatorze anos. 
Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado uma cristã fervorosa e piedosa. 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

SÃO ROQUE


SÃO ROQUE


São Roque, Protetor contra pestes e epidemias.
“... Olho para direita e vejo: não há ninguém que cuide de mim. Não existe para mim um refúgio ninguém que se interesse pela minha vida, eu vos chamo Senhor, vós sois meu refúgio, sois meu quinhão na terra dos vivos. Atendei o meu clamor...” (Salmo 141, 5-7).
Montpellier, na França, foi no ano de 1295, cenário e berço do nascimento de um de seus mais ilustres filhos; Roque! O nobre Fidalgo João e sua esposa Libéria, aguardavam com ansiedade a chegada dessa criança, era afinal, uma benção desejada.
Roque foi levado a pia Batismal, já nos primeiros dias de vida; sua mãe Libéria, era mulher virtuosa, mulher de fé e piedosa, que via naquele frágil bebê, um sinal de amor de Deus.
O pequeno Roque teve uma educação primorosa, estudou nos melhores colégios e herdou de sua mãe os mais vivos sentimentos de fé, e vida de oração.
Quando completou vinte anos, foi duramente provado com a morte repentina de seus pais, vendo-se sozinho e com uma herança invejável, sentiu em seu coração um forte apelo ao despojamento. Dispos de todos os seus bens móveis em favor dos mais necessitados e os imóveis foram entregues aos cuidados de seu tio; Roque em condições de pobre peregrino, dirigiu-se a Roma.
Quando Roque chegou a Aguapendente, na Toscana, um terrível epidemia (Peste Negra) se alastrava, e nosso jovem peregrino ofereceu-se prontamente para tratar dos doentes que lotavam as enfermarias dos hospitais. 

domingo, 16 de agosto de 2015

ASSUNÇÃO DE MARIA, A MÃE DE JESUS, AOS CÉUS


ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

“A MINHA ALMA ENGRANDECE O SENHOR”. (Lc 1,46).


Diácono Milton Restivo

Hoje, festivamente, a Igreja comemora, liturgicamente, a Assunção de Maria, a Mãe de Jesus, aos céus. O Senhor nosso Deus não permitiu o corpo daquela mulher que ele escolhera para, no seu ventre, o seu Filho Unigênito assumisse a natureza humana, fosse entregue à decomposição, como são todos os demais corpos dos seres viventes.
O corpo dessa mulher foi o primeiro sacrário de seu Filho, e não somente isso; foi no ventre desse corpo que o Seu Filho recebeu a forma humana, corpo e sangue, para que se concretizasse nele o assumir a natureza humana.
É essa mulher que nós, cristãos, precisamos conhecer bem.
Devemos ver Maria como a viram os primeiros cristãos com os dados que os Santos Evangelhos lhes forneceram: Maria mulher, Maria esposa, Maria dona de casa, Maria humilde, Maria doce, Maria meiga, Maria pobre. 

sábado, 15 de agosto de 2015

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE - 1894-1941


SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE - 1894-1941



Fundou o apostolado mariano "Milícia da Imaculada". 
Maximiliano Maria Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1894, na Polônia, e foi batizado com o nome de Raimundo. Sua família era pobre, de humildes operários, mas muito rica de religiosidade. Ingressou no Seminário franciscano da Ordem dos Frades Menores Conventuais aos treze anos de idade, logo demonstrando sua verdadeira vocação religiosa. 
No colégio, foi um estudante brilhante e atuante. Na época, manifestou seu zelo e amor a Maria fundando o apostolado mariano "Milícia da Imaculada". 
Concluiu os estudos em Roma, onde foi ordenado sacerdote, em 1918, e tomou o nome de Maximiliano Maria. Retornando para sua pátria, lecionou no Seminário franciscano de Cracóvia. 
O carisma do apostolado de padre Kolbe foi marcado pelo amor infinito a Maria e pela palavra: imprensa e falada. 
A partir de 1922, com poucos recursos financeiros, instalou uma tipografia católica, onde editou uma revista mariana, um diário semanal, uma revista mariana infantil e uma revista em latim para sacerdotes. Os números das tiragens dessas edições eram surpreendentes. Mas ele precisava de algo mais, por isso instalou uma emissora de rádio católica.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

BEM-AVENTURADA IRMÃ DULCE DOS POBRES - 1914-1992


BEM-AVENTURADA IRMÃ DULCE DOS POBRES - 1914-1992



Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu no dia 26 de maio de 1914, na Bahia, Brasil. Era a segunda filha do casal, Augusto Lopes Pontes, e Dulce Souza Brito, que já tinha quatro outros filhos. 
Sua mãe morreu aos vinte e seis anos, quando ela tinha apenas seis anos de idade, porém, teve uma infância feliz, com os irmãos e os parentes, que procuravam compensar a grande perda. 
Certo dia, a menina foi com uma tia materna visitar os pobres de um convento. Foi diante de tanta privação e sofrimento que a pequena decidiu: "Quero ser freira e dedicar minha vida aos pobres". 
E isso ela nunca esqueceu. Maria Rita se desenvolveu pouco fisicamente, tornou-se uma mulher pequenina e de aparência muito frágil. 
Mas aos dezenove anos, após diplomar-se professora, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe e, aos vinte anos, fez sua profissão religiosa, assumindo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe. Determinada a atender os mais carentes, voltou à Bahia em 1934, iniciando um trabalho de assistência à comunidade pobre de Alagados e Itapagipe. 
Nesse mesmo ano funda a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário de Salvador.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

SANTA EDITH STEIN OU TEREZA BENEDITA DA CRUZ - 1891-1942


SANTA EDITH STEIN OU TEREZA BENEDITA DA CRUZ - 1891-1942


Edith Stein nasceu na cidade de Breslau, Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. 
Aos dois anos, ficou órfã do pai. A mãe e os irmãos mantiveram a situação financeira estável e a educaram dentro da religião judaica. 
Desde menina, Edith era brilhante nos estudos e mostrou forte determinação, caráter inabalável e muita obstinação. Na adolescência, viveu uma crise: abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença consciente em Deus. Depois, terminou os estudos com graduação máxima, recebendo o título de doutora em fenomenologia, em 1916. 
A Alemanha só concedeu esse título a doze mulheres na última metade do século XX. Em 1921, ela leu a autobiografia de santa Teresa d'Ávila. Tocada pela luz da fé, converteu-se e foi batizada em 1922. Mas a mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao catolicismo.
A exceção foi sua irmã Rosa, que se converteu e foi batizada no seio da Igreja, após a morte da mãe, em 1936. Edith Stein começou a servir a Deus com seus talentos acadêmicos. Lecionou numa escola dominicana, foi conferencista em instituições católicas e finalizou como catedrática numa universidade alemã. 
Em 1933, chegavam ao poder: Hitler e o partido nazista. Todos os professores não-arianos foram demitidos. Por recusar-se a sair do país, os superiores da Ordem do Carmelo a aceitaram como noviça. Em 1934, tomou o hábito das carmelitas e o nome religioso de Teresa Benedita da Cruz.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL - 1572-1641


SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL - 1572-1641



Fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria.
Filha de um político bem posicionado na França, Joana recusou matrimônio com um fidalgo milionário, por ser ele protestante calvinista. 
Casou-se, então, com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma vida profundamente religiosa e feliz. Joana nasceu em Dijon, França, em 28 de janeiro de 1572, filha de Benigno Frèmiot, presidente do parlamento de Borgonha. 
Após seu casamento, foi morar no castelo de Bourbillye, e sua primeira ordem na nova casa sinalizou qual seria o estilo de vida que se viveria ali. Mandou que, diariamente, fosse rezada uma missa e que todos os servidores domésticos participassem. 
Ocupou-se, pessoalmente, da educação religiosa dos serviçais, ajudando-os em todas as suas necessidades materiais. Quando o barão feriu-se gravemente durante uma caçada, no castelo só se rezava por sua saúde. 
Mas logo veio a falecer. Joana ficou viúva aos vinte e oito anos de idade, com os filhos para criar. Dedicou-se, inteiramente, à educação das suas crianças, abrindo espaço em seus horários apenas para a oração e o trabalho. 
Nessa época, conheceu o futuro são Francisco de Sales, então bispo de Genebra. Escolheu-o para ser seu diretor espiritual e fez-se preparar para a vida de religiosa.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

SANTA CLARA DE ASSIS - 1193-1253


SANTA CLARA DE ASSIS - 1193-1253



Fundou a Ordem das Clarissas. 
Clara nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica, onde possuía de tudo.
Porém o que a menina mais queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. 
Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano. 
Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito. 
No dia 18 de março de 1212, aos dezenove anos de idade, fugiu de casa e, humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. 
Francisco, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. 
Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

SÃO LOURENÇO



SÃO LOURENÇO

Nós festejamos, neste dia, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. 
Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.
Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: “Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?”. 
E o Papa respondeu: “Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!”. São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.
Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos… Todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo – com bom humor – disse: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte”. 

domingo, 9 de agosto de 2015

“EU SOU O PÃO QUE DESCEU DO CÉU”. (Jo 6,41).


XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

“EU SOU O PÃO QUE DESCEU DO CÉU”. (Jo 6,41).


Diácono Milton Restivo

Quando participamos do Santo Sacrifício da Missa e, durante a oração eucarística, o celebrante toma em suas mãos a hóstia, levanta-a sobre o altar para que todos os participantes possam contemplá-la, e diz em voz alta, para que todos possam ouvi-lo: “Na véspera de sua paixão, durante a última ceia, Jesus tomou o pão, deu graças e o partiu, e deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomai, todos, e comei: isto é o meu corpo, que será entregue por vós.” Depois, do mesmo modo, ao fim da ceia, Jesus tomando o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou aos seus discípulos, dizendo: “Tomai, todos, e bebei: Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.” (1Cor 11,23-25). 
Todas as vezes que participamos da Santa Missa e todas as vezes em que o sacerdote presidente da celebração repete essa atitude, estamos participando da ceia sagrada e estamos vivendo o maior mistério da nossa fé, chamados que somos à atenção pelo sacerdote que complementa: “Eis o mistério da fé”, e respondemos orientados por Paulo Apóstolo: “Toda vez que se come deste pão, toda vez que se bebe deste vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando a sua volta.” (1Cor 11,26).  

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

SANTA AFRA E SUAS COMPANHEIRAS - SÉCULO IV



SANTA AFRA E SUAS COMPANHEIRAS - SÉCULO IV


Afra era uma jovem pagã de costumes levianos, que vivia com sua mãe, Hilda, e três criadas: Digna, Eunômia e Eprepria. 
Orientada por sua mãe. Afra gostava de prestar culto e render homenagens a Vênus, uma das muitas deusas pagãs. Porém o que ela não poderia prever é que seria tocada pela fé cristã. Isso ocorreu quando descobriu que os dois desconhecidos que estavam hospedados em sua casa eram o bispo Narciso e seu diácono Félix. 
Na época, ano 304, o imperador romano Diocleciano impunha uma severa perseguição aos cristãos. 
Esse foi o motivo que levou Narciso e Félix a fugir da fúria sangrenta que assolava a Espanha, indo parar em Augsburgo, na Baviera, Alemanha, quando foram acolhidos na residência de Afra, que, como sua mãe, nunca os tinha visto. 
Mas, na hora da refeição, à mesa, os dois começaram uma oração que chamou a atenção das duas e também das criadas ali presentes. Foi então que descobriram que os hóspedes eram cristãos e um deles era bispo da Igreja Católica. 
Afra, a princípio, ficou confusa com os estrangeiros cristãos. Depois, mesmo sem conhecer o bispo Narciso, caiu aos seus pés e confessou sua vida de pecados. Ele, percebendo que Afra estava realmente arrependida e que sua alma clamava pelo perdão do Senhor, resolveu absolvê-la, desde que se convertesse e fosse batizada no cristianismo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR


TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR



A festa da "Transfiguração do Senhor" acontece no mundo cristão desde o século V. 
Ela nos convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus, como o fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua transfiguração no alto do monte Tabor, localizado no coração da Galiléia. 
O episódio bíblico é relatado distintamente pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Assim, segundo São Mateus 9,2-10, temos: "Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. 
E transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia fazer assim tão brancas. 
Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. Pedro tomou a palavra: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados. Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu Filho muito amado; ouvi-O".

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

MUDANÇA DE VIDA E MENTALIDADE


MUDANÇA DE VIDA E MENTALIDADE



Quando Jesus se deparava com pessoas que viviam vida pouco digna, que se intitulavam santos e exploravam o povo, que viviam mergulhados no pecado, na injustiça e que não tinham qualquer intenção ou interesse de mudarem o seu modo de vida e mentalidade,
Jesus era duro, chamando-os de geração adúltera, raça de víboras, sepulcros caiados: “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês bloqueam o Reino dos Céus diante dos homens! Pois vocês mesmos não entram, nem deixam entrar os que querem fazê-lo.” (Mt 23,13-14), e, na sequência, Jesus profere outras seis maldições contra os escribas e fariseus e, dentre estas está esta terrível, que suscita em cada um de nós motivo de reflexão: (Mt 23,27-28). “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Vocês são semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Assim também vocês: por fora parecem justos aos homens, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e iniquidade.”

terça-feira, 4 de agosto de 2015

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY – O CURA DE ARS


SÃO JOÃO MARIA VIANNEY – O CURA DE ARS


Jean-Marie Baptiste Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, dez quilômetros ao noroeste da cidade de Lyon, França. Seus pais, Mateus e Maria, tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de frequentar a igreja e desde a infância dizia que desejava ser um sacerdote.
Vianney só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na sua aldeia, escola que frequentou por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Foi quando aprendeu a língua francesa, pois em sua casa se falava um dialeto regional.
Para seguir a vida religiosa, teve de enfrentar muita oposição de seu pai. Mas com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade ele foi para o seminário de Écully, onde surgiram os obstáculos por causa de sua falta de instrução.
Foram poucos os que vislumbraram a sua capacidade de raciocínio. Para os professores e superiores, era considerado um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os outros seminaristas, especialmente de filosofia e teologia. Entretanto era um verdadeiro exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo.
Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote. Mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. Porém para Deus ele era um homem extraordinário e foi por meio desse apostolado que o dom do Espírito Santo manifestou-se sobre ele. Transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja já teve. 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

BEM-AVENTURADO EUSTÁQUIO VAN LIESHOUT - 1890-1943



BEM-AVENTURADO EUSTÁQUIO VAN LIESHOUT - 1890-1943


Humberto van Lieshout, mais tarde conhecido como Padre Eustáquio, nasceu no dia 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda. 
Em 1913 ingressou na Congregação dos Sagrados Corações e, no dia 10 de agosto de 1919, foi ordenado sacerdote. 
Foi Mestre de Noviços, vigário paroquial, cuidando de famílias belgas que, em l914, tiveram que deixar a Pátria por causa da invasão alemã. 
Foi enviado como missionário,em 1924, na Espanha e, no ano seguinte, no Rio de Janeiro, Brasil. 
Em 1925, assumiu, com outros missionários, a pastoral do Santuário da Abadia de Água Suja e outras paróquias de Diocese de Uberaba, e atendimento a outras comunidades. 
Em 26 de março de 1926, foi nomeado Reitor do Santuário Nossa Senhora da Abadia e Conselheiro da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil. 
Em suas orientações e curas físicas, Padre Eustáquio falava da disposição de Deus de curar a pessoa integralmente. Indicava medicamentos. Servia-se de folhas e raízes e muitos procuravam sua ajuda.

domingo, 2 de agosto de 2015

"EU SOU O PÃO DA VIDA." (Jo 6,24-35).



XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano – B; Cor – Verde; Leituras: Ex 16,2-4.12-15; Sl 77; Ef 4,17.20-24; Jo 6,24-35.

"EU SOU O PÃO DA VIDA." (Jo 6,24-35).


Diácono Milton Restivo

É interessante ver na vida de Jesus como que, apesar de muitos estarem interessados em suas mensagens de vida eterna, da vida que não se acaba, da vida em abundância (cf Jo 10,10), outros se preocuparem apenas com a parte material e seguirem-no à busca do alimento material, como vimos no Evangelho da Liturgia do domingo passado, e como dirá Jesus mais adiante: “Eu garanto a vocês: vocês estão me procurando, não porque viram os sinais, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos”. (Jo 6,26).
É interessante. O povo somente julgava ser Jesus alguém especial, "o profeta que deve vir ao mundo" (Jo 6,14), depois de saciados, depois de barriga cheia, e aí, depois de verem as suas necessidades materiais satisfeitas, obrigando a Jesus a se refugiar na montanha porque quiseram fazer de Jesus, um rei (f Jo 6,15).
Jesus teve de se refugiar na montanha para fugir a essa honraria mundana considerando que, o Reino que ele veio trazer e propagar não seria deste mundo: “Meu reino não é deste mundo... Meu reino não é daqui... Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz.” (Jo 18,36-37). 

sábado, 1 de agosto de 2015

BEM-AVENTURADO ZEFERINO GIMENEZ MALLA - 1861-1936



BEM-AVENTURADO ZEFERINO GIMENEZ MALLA - 1861-1936


Zeferino Gimenez Malla nasceu na Catalunha, Espanha, em 26 de agosto de 1861. Descendia do povo cigano daquela localidade, que chamava o menino de "El Pelé". 
A família vivia na pobreza, que se intensificou quando o pai a abandonou para ficar com outra mulher. Por isso Zeferino não pôde ir à escola, precisou ajudar no sustento da casa, confeccionando e vendendo cestas de vime. 
Quando completou vinte anos, transferiu-se para Barbastro e ali se casou com Teresa Gimenez Castro, ao modo cigano, sem rito religioso. O casal não pôde ter filhos, então resolveu adotar Pepita, uma sobrinha de Teresa. Zeferino não tinha uma profissão fixa, era habilidoso com cavalos e mulas, mas tornou-se um comerciante autônomo depois de um episódio que encantou toda Barbastro. 
Um homem tuberculoso, vertendo sangue contaminado pela boca, estava agonizando na estrada. Todos tinham receio de ajudá-lo, afinal a tuberculose era extremamente contagiosa. 
Porém isso não intimidou Zeferino, que o ajudou prontamente, abrigando-o em sua casa e tratando de sua doença.