sexta-feira, 29 de abril de 2016

SANTA CATARINA DE SENA

SANTA CATARINA DE SENA - 1347-1380


Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. 
Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. 
Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. 
Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. 
Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo. 
Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. 
Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. 
Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

SANTA JOANA BERETTA MOLLA – A MÃE QUE DEU A VIDA POR SUA FILHA.

SANTA JOANA BERETTA MOLLA – A MÃE QUE DEU A VIDA POR SUA FILHA.


"Teremos que submetê-la a uma intervenção cirúrgica, ou do contrário sua vida está em risco mortal". Talvez estas tenham sido as palavras do médico que atendeu a Gianna Beretta, uma italiana, que estando doentes de câncer, decidiu continuar adiante com a gravidez de seu quarto filho antes de submeter-se a uma operação que poderia tê-la salvo, às custas da vida do bebê não nascido.
Transcorridos 31 anos, o Papa João Paulo II beatificou no dia 24 de abril de 1994 a Gianna, convertendo-a em um símbolo da defesa da vida, e em 2.004 o próprio Papa João Paulo II a canonizou no dia 16 de maio de 2004, onde recebeu o sugestivo título de “Mãe de Família”..

Quem foi Gianna?
Gianna foi a sétima de trezes filhos, de uma família de classe média de Lombardia (norte da Itália), estudou medicina e se especializou em pediatria, profissão que atuou junto com sua tarefa de mãe de família.
Quem a conhecia diz que foi uma mulher ativa e cheia de energia, que conduzia seu próprio carro algo pouco comum nesses tempos, tocava piano e desfrutava indo com seu esposo aos concertos no conservatório de Milão.
O marido de Gianna, o engenheiro Pietro Molla, recordou há alguns anos a sua esposa como uma pessoa completamente normal, mas com uma indiscutível confiança na Providência.
Segundo o engenheiro Molla, o último gesto heróico de Gianna foi uma consequência coerente de uma vida gasta dia a dia na busca do cumprimento do Plano de Deus. "Quando se deu conta da terrível consequência de sua gestação e o crescimento de um fibroma lembra os esposo de Gianna sua primeira reação, racional, foi pedir que se salvasse a criança que tinha em seu ventre".

quarta-feira, 27 de abril de 2016

SANTA ZITA DE LUCCA, A EMPREGADA DOMÉSTICA QUE FOI SANTA

SANTA ZITA DE LUCCA, A EMPREGADA DOMÉSTICA QUE FOI SANTA


Santa Zita foi empregada doméstica durante trinta anos em Luca, na Itália. 
Hoje em dia, as comunidades de baixa renda sofrem grande injustiça social, principalmente quando trabalham em serviços domésticos, como ela, mas no século XIII as coisas eram bem piores. 
Zita nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, próximo a Luca, e, como tantas outras meninas, ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. 
Era a única forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. 
Zita não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela e tivesse interesse em vê-la casada. 
Zita tinha apenas doze anos quando isso aconteceu. E a família para quem foi servir não costumava tratar bem seus criados. Ela sofreu muito, principalmente nos primeiros tempos. 
Era maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém agüentou tudo com humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos necessitados.

terça-feira, 26 de abril de 2016

NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO

NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO


A devoção que comemoramos hoje, remonta a Igreja Primitiva, de forma que não temos dados precisos sobre sua origem. Tão antiga é a devoção que a Mãe do Bom Conselho é invocada na Ladainha Lauretana.  
Sabemos, contudo,  que entre os anos de 432 e 440,  o Papa Xisto III mandou construir uma Igreja dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho na cidade de Genezzano, Itália, ao lado de um convento fundado por Santo Agostinho. 
Esta cidade havia sido doada à Igreja com o advento dos imperadores cristãos, sucessores do Imperador Constantino que, convertido, decretara o fim da perseguição aos cristãos e da crucifixão (ano 312). 
Genezzano iria ser agraciada, cerca de mil anos depois,   com um presente milagroso de Nossa Senhora, como veremos a seguir:  Havia,  na idade média, também uma outra igreja,  na cidade de Scutari - Albânia, onde o povo venerava com ardor uma imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho, a que eram atribuídos  muitos milagres.  
A devoção crescia vertiginosamente, até que  no ano de 1467, maometanos turcos invadiram e dominaram a Albânia, culminando em sérias conseqüências aos cristãos. 
A perseguição implacável, colocou a Igreja numa situação dificílima, de forma que muitos cristãos tiveram de abandonar o país e, os que ficaram, tiveram de permanecer na clandestinidade. 
Foi nessa ocasião,  que dois albaneses de nomes Solavis e Georgi, ao entrarem no santuário,  testemunharam um grande milagre, a princípio, muito intrigante.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

SÃO MARCOS EVANGELISTA

SÃO MARCOS EVANGELISTA


De origem pouco conhecida, reconhecido como autor do segundo evangelho e considerado fundador da igreja do Egito e também fundador da cidade italiana de Veneza. Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém.
Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. 
Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição. Seu nome aparece nas epístolas de Paulo, que se refere a ele como um de seus colaboradores que enviavam saudações de Roma. 
A principal fonte de informações sobre sua vida está no livro Atos dos Apóstolos. 
Filho de Maria de Jerusalém e primo de Barnabé, já se havia convertido ao cristianismo quando Paulo e Barnabé chegaram a Jerusalém (ano de 44) trazendo os auxílios da Igreja de Antioquia (At 11,30). 
Acompanhou Barnabé e Paulo a Antioquia (At 12,25), na hoje Turquia, onde atuou como auxiliar de Paulo, mas voltou à Jerusalém quando chegaram a Perge, na Panfília. 
Depois ele e Barnabé teriam embarcado para a ilha de Chipre (At 13,4-5), na sua primeira viagem apostólica, porém o apóstolo não voltou a ser mencionado nos Atos. 
De Chipre passou a evangelizar a Ásia Menor e, em decorrência de alguns conflitos, separou-se de Paulo e Barnabé em Perge (Panfília) e voltou para Jerusalém (At 13,13).

domingo, 24 de abril de 2016

“EU VOS DOU UM NOVO MANDAMENTO...” - (Jo 13,34).

V DOMINGO DA PÁSCOA

“EU VOS DOU UM NOVO MANDAMENTO...” - (Jo 13,34).


Diácono Milton Restivo

O texto do Evangelho desta liturgia divide-se em duas partes. Na primeira parte aconteceu a saída de Judas, que acabou de deixar a sala onde o grupo estava reunido, para ir entregar o “mestre” aos seus inimigos: “Depois que Judas saiu do cenáculo...”. (Jo 13,31a).  A morte é, portanto, uma realidade bem próxima.
Jesus explica, na sequência, que a sua morte na cruz será a manifestação da sua glória e da glória do Pai: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo e o glorificará logo”. (Jo 13,31b-32).
A entrega de Jesus na cruz vai manifestar a todos os homens a lógica de Deus e mostrar a todos como Deus é amor radical, que se faz dom até às últimas consequências.
Na segunda parte acontece, então, a apresentação do “mandamento novo”: “Filhinhos, por pouco tempo estou ainda com vocês. Eu dou a vocês um novo mandamento: amem-se uns aos outros. Como eu amei vocês, assim também vocês devem amar-se uns aos outros. Nisso conhecerão que vocês são meus discípulos, se tiverem amor uns pelos outros”. (Jo 13,33-35).
Jesus começa com a expressão afetiva “filhinhos”, colocando-nos num quadro de solene emoção e levando-nos ao “testamento” de um pai que, à beira da morte, transmite aos seus filhos a sua sabedoria de vida e aquilo que é verdadeiramente fundamental. 

sábado, 23 de abril de 2016

MARIA É POBRE E DOS POBRES DE DEUS.

MARIA É POBRE E DOS POBRES DE DEUS.


É muito comum  a gente ouvir dizer: “pobre não tem vez.” E as Sagradas Escrituras nos dizem: “O rico comete uma injustiça e toma ares de importante; o pobre sofre uma injustiça e ainda pede desculpas.” (Eclo 13,4).        
De fato, os pobres nunca tiveram vez, apesar das promessas dos grandes e poderosos. E, nas Sagradas Escrituras, já no fim do Antigo Testamento, próximo da chegada de Jesus Cristo, os fariseus encheram a medida. Os ricos tinham tirado todo dinheiro dos pobres. 
Os poderosos tiraram do povo o dinheiro, o poder e a participação. Os fariseus, os chamados doutores da lei, acabaram de completar o roubo e tiraram dos pobres também o saber: os fariseus diziam que somente eles é quem sabiam tudo e os pobres eram uns ignorantes que deveriam seguir os seus ensinamentos. 
Os fariseus diziam que o povo pobre não sabia de nada, diziam que o povo pobre, além de ignorante, era maldito. (cf Jo 7, 49 e 9, 34).       
Só eles, os fariseus, os ricos, é quem podiam saber das coisas. De tanto ouvir essas coisas, o povo pobre acabou acreditando no que diziam  os doutores da lei e achava que era ignorante mesmo. Assim, um número bem grande de gente, grande maioria do povo, ficou sem voz e sem vez. Por isso, já, antes de Jesus Cristo, os pobres foram perdendo por completo a fé nas palavras e nas promessas dos homens, dos grandes, dos poderosos. 
O povo dizia: “Não adianta confiar nos grandes, nos poderosos, no homem que não pode salvar ninguém.” (Sl 145, 3). O único apoio que sobrava e sobra para os pobres são as palavras e as promessas de Deus. E isso até hoje, nos nossos dias.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

MARIA, RAINHA, MAS SEM MANTO E SEM COROA

MARIA, RAINHA, MAS SEM MANTO E SEM COROA


O povo tem o costume de engrandecer todos aqueles que é admirado, se destaca de alguma maneira em qualquer setor e atividade. 
Assim o povo faz, também com Maria. Maria merece todo o respeito, toda veneração e, qualquer coisa que dissermos de Maria para a engrandecer ou para proclamá-la  Rainha do mundo, ainda é pouco por tudo aquilo que ela é e representa. 
Tentando engrandecer Maria, incorremos no perigo de perdermos a originalidade de Maria. Fazendo isso o povo perde a sua identidade com Maria. 
Em quase todas as imagens de Maria que temos, vemos ou que estão em nossas igrejas, normalmente Maria está com uma coroa na cabeça e com belos mantos de veludo nos ombros. 
Se for para tentarmos agradecer Maria por tudo o que ela é e representa para nós, isso é muito pouco, porque ela merece muito mais. 
O povo simples, humilde e pobre, se defrontando com uma Maria coroada e cheia de mantos, sente que ela se distancia demais dele. 
Maria foi e é, e sempre será rainha, mas não essa rainha que o povo tenta fazer, entende e pinta, não uma rainha coberta das riquezas da terra, não uma rainha que senta no alto de seu trono e olha o povo de cima para baixo, não uma rainha de coroa de ouro e pérolas e mantos de veludos. 
Queiramos ou não, isso afasta Maria da realidade dos pobres, ela que sempre se proclamou pobre, ela que sempre foi  pobre, ela que foi a musa inspiradora de seu filho, quando Jesus proclamou o Sermão da Montanha enaltecendo a pobreza, a humildade e a mansidão que, sem dúvida, ele, como filho, enalteceu as virtudes de sua mãe. 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

COMO GOSTARIA QUE MARIA FOSSE MELHOR CONHECIDA

COMO GOSTARIA QUE MARIA FOSSE MELHOR CONHECIDA



Todos nós, vossos filhos, vos amamos, Maria, e através de vós amamos a Deus e desejamos amá-lo mais ainda e cada vez mais.
O nosso amor por vós nos dá forças para lutarmos para a maior glória de Deus. 
Todos nós, que desejamos alguma coisa, alguma melhora na nossa vida ou na vida de alguém, todos nós que desejamos a vinda de melhores dias, um emprego, uma graça para vencermos um defeito particular, ou um pedido para a conversão de um filho, do marido, da esposa, do pai, irmãos ou amigos, quando precisamos de uma grande graça não exitamos e logo corremos aos vossos pés, doce Mãe, e dificilmente alguém de nós sai de perto de vós sem que a Senhora tenha atendido o nosso pedido. 
Quantas vezes recorremos à vós, doce Mãe, quando notamos tristemente que a nossa fé vacila, quando esfriamos na nossa dedicação para com a Igreja de Deus, ou porque nos afligimos por termos que carregar uma grande cruz que parece muito pesada para a nossa fraqueza na fé, ou ainda, quando temos no seio de nossa família perturbações e infelicidades domésticas que nos parecem dificultar até a nossa própria salvação eterna, e, para todos nós que recorremos aos vossos pés, a oração parece trazer tão pouco alívio. 
Nós não sabemos rezar, Senhora. Ainda não aprendemos suficientemente o vosso ensinamento de como se deve pedir e agradecer ao Senhor Nosso Deus.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

AMANDO MARIA, AMAMOS JESUS...



Como é gostoso a gente falar de quem amamos de verdade. Maria é a nossa mãe, o nosso modelo, a mãe do Senhor Nosso Deus. 
Se amamos realmente Maria, chegamos com mais facilidade até Jesus, porque Maria é o meio mais seguro para chegarmos ao Senhor Jesus. A devoção que temos por Maria deve, cada vez mais, nos levar até Jesus. 
São Luiz Maria Grignon de Montfort escreveu no seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”:

terça-feira, 19 de abril de 2016

SANTO EXPEDITO

SANTO EXPEDITO


Santo Expedito foi possivelmente um cristão martirizado no século IV em Melitenena Armênia. Nada se sabe sobre sua vida nem onde foi sepultado, e muitos pesquisadores questionam se ele de fato existiu.
Contudo, formou-se um folclore ao seu redor e ele é objeto de grande devoção popular em muitos países como o santo das causas urgentes, às vezes em sincretismo com figuras de outros credos.
[O nome Expeditus (Expedito) pode ser uma corruptela de Elpidius, conforme sugerem os beneditinos de Paris. 
Outra hipótese é de que o nome tenha derivado de spedito, palavra inscrita numa caixa com relíquias de um santo desconhecido retiradas das catacumbas de Roma de e enviada a Paris no século XVII.
Contudo, spedito em italiano significa "enviado" ou "rápido", e pode significar simplesmente que a caixa havia sido marcada como despachada ou que devia ser enviada com presteza ao seu destino.
As freiras interpretaram a inscrição como se fosse o nome do santo e passaram a divulgar sua devoção, latinizando o nome para Expeditus. Esta história, relatada pelo religioso inglês Alban Butlerenem sua famosa obra hagiografia The Lives of the Fathers, Martyrs and Other Principal Saints (1756–1759), tampouco tem fonte segura, e circulam várias outras versões mais ou menos parecidas, que mudam datas e locais. Assinale-se que expeditus também era uma categoria militar do exército romano, correspondente ao soldado da infantaria ligeira, e daí pode ter derivado seu nome.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

NOSSA RAINHA, NOSSA MÃE, NOSSA ADVOGADA

NOSSA RAINHA, NOSSA MÃE, NOSSA ADVOGADA

Maria é a nossa mãe, a nossa defensora, a nossa advogada, a nossa Rainha. Maria é a mulher mais pura, mais bela, mais santa que já pisou o nosso chão. 
Tão bela,  tão pura e tão santa que foi a escolhida por Deus, desde o princípio dos tempos, para ser a Mãe do Cristo, do Filho de Deus, daquele que viria para resgatar o homem das trevas do pecado e elevá-lo, novamente à condição de filho de Deus. 
Maria foi a única mulher deste mundo que mereceu tão sublime escolha.
Quando o Anjo Gabriel  lhe veio anunciar que ela fora escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, o Anjo a chamou de ``Cheia de Graça`` - e ser ``cheia de graça``  quer dizer, cheia de Deus, morada de Deus, templo da Santíssima Trindade, porta do céu, a que vive realmente a vida de Deus e em Deus. 
A vida de Maria era e sempre foi a vida de Deus, e por isso o Anjo continuou em sua saudação - ``o Senhor está contigo``, o Senhor mora no teu coração,  o Senhor te ama desde antes de tu te formares no ventre de tua mãe, o Senhor te ama desde antes de tua Imaculada Conceição, o Senhor te ama e está contigo em todos os momentos de tua vida. 
E depois, na visita que Maria fez à sua prima Isabel, que também estava grávida por  uma graça especial do Senhor apesar de sua velhice, Maria ouviu de Isabel a complementação daquilo   que o Anjo começara a lhe dizer - ``Bendita és tu entre as mulheres``. 

domingo, 17 de abril de 2016

“AS MINHAS OVELHAS ESCUTAM A MINHA VOZ...” (Jo 10,27).

IV DOMINGO DA PÁSCOA

“AS MINHAS OVELHAS ESCUTAM A MINHA VOZ...” (Jo 10,27).


Diácono Milton Restivo

Na primeira leitura da Liturgia da Palavra deste domingo Paulo e Barnabé tentam levar a Palavra de Deus aos judeus que residiam fora da Palestina, na cidade de Antioquia da Pisídia, mas foram rejeitados por eles e deixaram de levar a palavra aos judeus e se voltaram para os outros povos que não tinham compromisso com a Lei de Moisés: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vocês (judeus). Mas como vocês a rejeitaram e se consideram indignos da vida eterna, saibam vocês que vamos dirigir-nos aos pagãos”. (At 13,46).
Dito isto, os judeus “provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território. Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés e foram para a cidade de Icônio”. (At 13,50-51).
O Salmo responsorial aclama Yahweh como Deus e Pastor, e nós somos o seu rebanho: “Saiba que somente Yahweh é Deus; ele nos fez e a ele pertencemos, somos seu povo e ovelha do seu rebanho.” (Sl 100 (99),2).
O quarto domingo da Páscoa é conhecido como o domingo do Bom Pastor porque todos os anos Jesus é apresentado, neste domingo, como o Bom Pastor. No Antigo Testamento a imagem do pastor aparece com muita frequência, e grandes personagens que marcaram a história do povo israelita foram pastores, como Abel, Abraão, Moisés, Davi e muitos outros. 

sábado, 16 de abril de 2016

SANTA BERNADETE SOUBIROUS – A VIDENTE DE LOURDES

SANTA BERNADETTE SOUBIROUS – A VIDENTE DE LOURDES

Adicionar legenda
Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. 
A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em conseqüência da asma. 
Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa. Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. 
Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. 
Era o dia 11 de fevereiro de 1858. Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá. 
A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: "Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro". Voltou mais dezoito vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

NOSSA SENHORA DAS DORES

NOSSA SENHORA DAS DORES


Todo cristão, filho de Maria e que a ama realmente, já, desde a manhã a tem no pensamento e a venera como a Rainha do Céu, Rainha da terra e Rainha de todos os lares. 
E nesta Semana Santa, mais do que em qualquer outro tempo do ano, devemos venerar Maria como a Mãe das Dores e, nesta semana santa devemos acompanhar passo a passo o sofrimento de uma mãe condenada a assistir a crucificação e morte de seu próprio filho. 
Quando um Anjo do Senhor perguntou à Maria se ela aceitava ser a mãe do Salvador, Maria bem sabia que estava sendo convidada a trilhar um caminho repleto de espinhos e lágrimas. Maria conhecia os homens, Maria conhecia o seu povo, Maria conhecia  os dirigentes de sua nação, Maria conhecia o coração dos homens. 
Maria sabia que estava unindo a sua sorte à sorte do Filho de Deus. E a profecia do velho Simeão nos portais do templo, quando da apresentação do Menino Jesus, ainda ressoava em seus ouvidos e Maria, trinta anos depois, ainda ressoava em seus ouvidos as palavras do velho profeta que dizia e repetia sem cessar: “Uma espada de dor traspassará teu coração” (Lc 2,3).            
Naquela oportunidade Maria poderia ter-se surpreendido pela franqueza e honestidade de um homem temente a Deus, mas aquela profecia, de maneira nenhuma desencorajou Maria e nem tão pouco lhe deu razões para temer alguma coisa no futuro, porque ela já tinha se colocado inteiramente nas mãos de seu Deus e Senhor quando havia dito: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade.” 
O seu Divino Filho viera para pregar a Boa Nova, para formar um novo povo de Deus.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

MÃES, PRESENÇA DE MARIA NA FAMÍLIA

MÃES, PRESENÇA DE MARIA NA FAMÍLIA


Maria é virgem e mãe. Única na história da humanidade a ter essa dignidade. Única escolhida por Deus para uma missão específica: a de ser virgem e, ao mesmo tempo, ser mãe do Filho de Deus.
O Pai, que escolheu Maria para essa missão divina, continua a convidar todas as mulheres para essa missão: a vocação da maternidade. 
Para a vocação da maternidade o Pai não faz acepção de mulheres: são mães as mulheres ricas e as mulheres pobres; são mães as mulheres que moram nos palacetes e as mulheres que moram nas favelas. São mães as mulheres de todas as raças, cores, credos. 
Faz parte do divino ser mãe. Um poeta já disse: “ser mãe é padecer no paraíso”. Concordo em parte com esse poeta porque, ser mãe é sempre padecer, mas nem sempre no paraíso, porque um coração de mãe está sempre apreensivo pela educação, bem estar e segurança de seu filho, assim como esteve o coração de Maria desde a concepção de Jesus no seu ventre virginal, depois por toda a vida, até a sua morte na cruz. 
Lembramos hoje das mães que estão esperando os seus bebês, numa expectativa alegre e emocionante de poder, por uma primeira vez, dar à luz a alguém e depois dar a vida por esse alguém que nascerá do seu ventre. 
Quando vejo uma mulher grávida eu me lembro de Maria esperando o seu Menino Jesus já, com o ventre bastante crescido e acariciando o seu ventre como que acariciando aquele que viria para a salvação do mundo. Cada criança que nasce é mais uma esperança que o Pai nos dá de que o mundo pode ser modificado para melhor. 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

SÃO MARTINHO I – PAPA - SÉCULO V

SÃO MARTINHO I – PAPA - SÉCULO V


O papa Martinho I sabia que as consequências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. 
Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. 
Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas. São Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. 
Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. 
Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador. Um ano antes, 
Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. 
Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. 
Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II. 
Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I.

terça-feira, 12 de abril de 2016

MARIA, A MÃE DO DIVINO AMOR, QUE NOS OUVE

MARIA, A MÃE DO DIVINO AMOR, QUE NOS OUVE


Todos nós, vossos filhos, vos amamos, Maria, e através de vós amamos a Deus e desejamos amá-lo mais ainda e cada vez mais.           
O nosso amor por vós nos dá forças para lutarmos para a maior glória de Deus. 
Todos nós, que desejamos alguma coisa, alguma melhora na nossa vida ou na vida de alguém, todos nós que desejamos a vinda de melhores dias, um emprego, uma graça para vencermos um defeito particular, ou um pedido para a conversão de um filho, do marido, da esposa, do pai, irmãos ou amigos, quando precisamos de uma grande graça não exitamos e logo corremos aos vossos pés, doce Mãe, e dificilmente alguém de nós sai de perto de vós sem que a Senhora tenha atendido o nosso pedido. 
Quantas vezes recorremos à vós, doce Mãe, quando notamos tristemente que a nossa fé vacila, quando esfriamos na nossa dedicação para com a Igreja de Deus, ou porque nos afligimos por termos que carregar uma grande cruz que parece muito pesada para a nossa fraqueza na fé, ou ainda, quando temos no seio de nossa família perturbações e infelicidades domésticas que nos parecem dificultar até a nossa própria salvação eterna, e, para todos nós que recorremos aos vossos pés, a oração parece trazer tão pouco alívio. 
Nós não sabemos rezar, Senhora. Ainda não aprendemos suficientemente o vosso ensinamento de como se deve pedir e agradecer ao Senhor Nosso Deus. 
Não seguimos o vosso conselho quando, carinhosamente, vós nos apontais o vosso Divino Filho e nos diz, maternalmente: “Façam tudo o que ele vos disser” e, por isso, julgamos que as nossas orações não alcançam o seu objetivo. 
Nós não procuramos suficientemente o vosso amparo maternal. 
Nós nem nos preocupamos em ouvir a revelação dos grandes santos e santas, vossos filhos queridos e devotos, quando dizem que o refúgio no vosso manto maternal nos livra de todos os males e nos dá a certeza de ancorarmos em porto seguro.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

SANTA GEMA GALGANI - 1878-1903

SANTA GEMA GALGANI - 1878-1903


Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos. 
A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade. 
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. 
Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. 
Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. 
Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação. Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. 
Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres.

domingo, 10 de abril de 2016

“JÁ AMANHECERA, JESUS ESTAVA DE PÉ, NA PRAIA...” (Jo 21,4).

III DOMINGO DA PÁSCOA

“JÁ AMANHECERA, JESUS ESTAVA DE PÉ, NA PRAIA...”     (Jo 21,4).


Diácono Milton Restivo

O Evangelho segundo João termina no capítulo 20,31 com as seguintes palavras: “Jesus realizou diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes sinais foram escritos para que vocês acreditem que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, acreditando, vocês tenham a vida em seu nome.” (Jo 20,30-31). Com estas palavras João termina o seu evangelho. Mas, a seguir, vem o capítulo 21. Todo o capítulo 21 do Evangelho segundo João é um acréscimo, isto é, acrescentado depois de terminado o Evangelho propriamente dito e, em todas as Bíblias que manuseamos, o capítulo 21 é antecedido pela palavra “apêndice” ou “epílogo”.  
No rodapé da Bíblia de Jerusalém encontramos a explicação: “Acrescentado pelo próprio evangelista ou por um de seus discípulos”. No rodapé da Bíblia do Peregrino consta: “Este capítulo é acréscimo evidente; provavelmente acrescentado por um membro da escola de João, e muito cedo, pois consta em todos os manuscritos”. No rodapé da Bíblia TEB, temos: “Situado após o epílogo de 20,30-31, este último capítulo representa o apêndice”. Na Bíblia Edição Pastoral encabeçando o capítulo 21 encontra-se apenas a palavra “apêndice”.
O capítulo 21 do Evangelho de João é claramente um acréscimo no Evangelho segundo João. Não sabemos se depois de terminado o seu Evangelho João achou por bem colocar um adendo ou se foi um de seus discípulos o tenha feito para fortalecer a igreja da comunidade joanina. Muito menos sabemos em que época isso possa ter acontecido.

sábado, 9 de abril de 2016

BEATA LINDALVA JUSTO DE OLIVEIRA – MÁRTIR BRASILEIRA


BEATA LINDALVA JUSTO DE OLIVEIRA – MÁRTIR BRASILEIRA
religiosa Filha da Caridade


Lindalva nasceu em 20 de outubro de 1953, no pequeno povoado Sítio Malhada da Areia, município de Açu, Rio Grande do Norte. Filha do segundo matrimonio de João Justo da Fé (viúvo) e Maria Lúcia da Fé, de cujas núpcias nasceram 12 filhos.
Lindalva, a sexta filha do casal, já dava sinais de uma especial predestinação divina, pois entregava-se com naturalidade ás práticas de piedade.
Cresceu como menina normal, de aspecto gracioso, piedosa e muito sensível para com os pobres, de tal forma que ainda jovem surpreendeu a família doando as próprias roupas aos necessitados. Transferindo-se para Natal, estudava e trabalhava para se manter e ajudar a família, e todos os dias visitava os idosos do Instituto Juvino Barreto.
Após concluir o segundo grau passou a cuidar do pai, idoso e doente, com todo carinho e paciência. Quando este faleceu, Lindalva, aos 33 anos, entrou para a Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo: queria servir a Cristo nos pobres.
Não foi fácil adaptar-se à nova vida, mas com a graça de Deus foi progredindo na sua caminhada espiritual, passo a passo, renúncia após renúncia. Dizia sempre: “Amo mais a Jesus Cristo do que a minha família”.
Foi superando as etapas de sua formação religiosa na prática das virtudes, no amor à oração, à obediência alegre, sincera e compreensiva. Lutava para corrigir seus próprios defeitos e crescer no caminho da perfeição. Suas superioras estavam muito contentes com ela, notando sua disponibilidade e grande amor aos pobres. 

sexta-feira, 8 de abril de 2016

NOSSA SENHORA DA PENHA

NOSSA SENHORA DA PENHA


Nossa Senhora da Penha de França ou Nossa Senhora da Penha é um dos nomes que recebe Maria, Mãe de Jesus, que acreditam os católicos, apareceu à Simão Vela no norte da Espanha, numa serra chamada Penha de França. 
Lá, sua festa é comemorada no dia 8 de abril. Em São Paulo ocorre a cada 8 de setembro e em Resende Costa, onde é padroeira, comemora-se no dia 1° de setembro. 
Existia no norte da Espanha uma serra muito alta e íngreme chamada Penha de França, na província de Salamanca, na qual o rei Carlos Magno teria lutado contra os mouros. 
Por volta de 1434, segundo algumas fontes históricas no dia 19 de maio, certo monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que estava enterrada no topo de escarpada montanha,em razão de uma guerra entre franceses e muçulmanos, na qual os católicos escondiam suas imagens para não serem destruídas, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. 
Simão Vela, assim se chamava o monge, durante cinco anos andou procurando a mencionada serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu. 

quinta-feira, 7 de abril de 2016

SÃO JOÃO BATISTA DE LA SALLE - 1651-1719

SÃO JOÃO BATISTA DE LA SALLE - 1651-1719


Fundou a Congregação Irmãos das Escolas Cristãs.
A tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. 
No século XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651, na casa da rua de L'Arbatete, que ainda existe, na cidade de Reims. 
O casal não era nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João Batista era o mais velho deles. 
Dos demais, uma das filhas tornou-se religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais. 
Desde pequeno a vocação se apresentava no garoto, que gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor. 
Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na casa dos de La Salle, uma "tarde musical", onde se apresentavam os melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas famílias mais prestigiadas de Reims. 

quarta-feira, 6 de abril de 2016

MARIA, PUPILA DOS OLHOS DE DEUS

MARIA, PUPILA DOS OLHOS DE DEUS


“E hoje, por meio de Maria, a Mãe de Misericórdia, queremos elevar a Deus o clamor dos nossos irmãos oprimidos e as angústias, e o sofrimento de todos os homens.
Mãe querida, santa Mãe de Deus, colocamos em tuas mãos o clamor dos nossos irmãos oprimidos, arrasados pelas injustiças e incompreensões dos poderosos. Mãe dos aflitos, doce Maria. 
Em Canaã da Galiléia a Senhora percebeu a falta de vinho, e falou pessoalmente com Cristo. (cf Jo 2, 3). 
A Senhora convidou os serventes a fazer tudo o que Jesus lhes dissesse (cf Jo 2, 5), e as águas das talhas se transformaram  no vinho bom (cf Jo 2, 9-10).
Ó Mãe de Bondade, escuta o nosso pedido. Os seus filhos estão numa grande aflição, com fome de amor e sede de justiça. “Os nossos ossos se desconjuntam , o nosso coração se derrete como cera, a nossa garganta está seca como o barro cozido e a nossa língua se pega ao nosso paladar; estamos reduzidos ao pó da morte.” (Sl 21, 15-16). 
Mãe de Misericórdia, nossa vida, doçura nossa e nossa esperança.

terça-feira, 5 de abril de 2016

PADRE MARIANO DE LA MATA APARÍCIO - 1905-1983

PADRE MARIANO DE LA MATA APARÍCIO - 1905-1983


Padre Mariano de la Mata Aparício nasceu em 31 de dezembro de de 1905 em Palência, norte da Espanha, de uma família profundamente cristã. Como seus três irmãos tinham ingressado na Ordem Agostiniana, ele também sentiu-se atraído para essa mesma vida sacerdotal. 
Ordenado sacerdote, em 25 de julho de 1930, foi destinado a vir para o Brasil, em 21 de agosto de 1931, para a paróquia de Taquaritinga. 
Foi professor e vigário da paróquia Santo Agostinho, em São Paulo. Foi superior da vice-província dos agostinianos e diretor espiritual das "Oficinas de Santa Rita de Cássia". 
Distinguiu-se pela bondade. Era amável, mensageiro do amor. Sempre dava a Unção dos Enfermos às pessoas doentes. Distinguia-se pelo amor à Eucaristia e a Nossa Senhora da Consolação. 
Amava a natureza, cultivava com amor as plantas, emocionava-se com as beleza das flores. Era de caráter firme e generoso, coração aberto e sensível. Apesar da deficiência auditiva e visual, levava aos doentes o conforto da esperança e da Eucaristia. Dava assistência aos doentes e às suas famílias. 
Distinguia-se pelo amor à Eucaristia, a Nossa Senhora, aos pobres, carentes e necessitados. Suas grandes paixões: natureza, família, as Oficinas de Santa Rita de Cássia, as vocações agostinianas.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

FRANCISCO MARTO – UM DOS VIDENTES DE FÁTIMA

FRANCISCO MARTO – UM DOS VIDENTES DE FÁTIMA


Francisco Marto nasceu em Aljustrel, aldeia de Fátima, na diocese de Leiria-Fátima, Portugal, no dia 11 de junho de 1908. 
Ainda pequeno acompanhou, com sua irmã Jacinta e sua prima Lúcia, também crianças, as aparições de Fátima, onde aprendeu a conhecer e a louvar a Deus e à Virgem Maria. 
Em 13 de maio de 1917, enquanto pastoreavam o rebanho, eles tiveram a graça singular de ver a Santíssima Mãe de Deus, que, por desígnio divino, veio à procura dos pequeninos privilegiados do Pai na Cova da Iria. Fala-lhes com voz e coração de mãe e convida-os a rezarem pelos pecadores e pela conversão da humanidade. 
Foi então que das suas mãos maternas saiu uma luz que os penetrou intimamente, sentindo-se imersos em Deus. Mais tarde, Francisco, um dos três privilegiados, exclamava: "Nós estávamos a arder naquela luz que é Deus e não nos queimávamos". A Francisco, o que mais o impressionava e absorvia era Deus naquela luz imensa que penetrara no íntimo dos três. Só a ele, porém, Deus se dera a conhecer, tão triste, como Francisco dizia. 

domingo, 3 de abril de 2016

“VOCÊ ACREDITOU PORQUE ME VIU? BEM-AVENTURADOS OS QUE ACREDITARAM SEM TEREM VISTO.”

SEGUNDO DOMINGO DA PÁSCOA

“VOCÊ ACREDITOU PORQUE ME VIU? BEM-AVENTURADOS OS QUE ACREDITARAM SEM TEREM VISTO.”


Diácono Milton Restivo

Na liturgia do domingo anterior Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus e lá não o encontrou como esperava. Ficou desesperada julgando que haviam roubado o corpo do Mestre. Ofegante foi até onde estavam escondidos os discípulos para lhes levar a notícia. Ainda não sabiam ou não acreditavam que Jesus havia ressuscitado, conforme ele mesmo dissera: “O Filho do Homem vai ser entregue na mão dos homens. Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará.” (Mt 17,22; Mc 9,31; Lc 18,33).
Na liturgia de hoje é o próprio Jesus quem se manifesta. E nessa manifestação Jesus põe em prática aquilo que já havia ensinado: “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele.” (Jo 317). 
Nessa oportunidade, segundo nos conta Lucas, Cristo pede alguma coisa para comer: “Vocês têm aqui alguma coisa para comer?’. Eles ofereceram a Jesus um pedaço de peixe grelhado. Jesus pegou o peixe e comeu diante deles.” (Lc 24,41-43). Ao se dirigir aos seus discípulos apavorados, não existem palavras de reprovação nem queixa apesar da infidelidade de todos eles, mas somente a alegria e a paz que Jesus havia prometido no último discurso.
Por duas vezes Jesus proclama o seu desejo para a comunidade dos seus discípulos; por duas vezes Jesus repete seu desejo: – “A paz esteja com vocês”. Com certeza, Jesus teria dito “Shalôm”, que foi traduzido para na nossa língua como “paz” o que empobreceu muito o significado verdadeiro de “Shalôm”. Shalôm expressa o melhor desejo que se pode ter em relação a uma pessoa: estima-se a paz, a harmonia, o melhor que se pode desejar a alguém.  Shalôm é a paz que vem da presença de Deus, da justiça do Reino, e não das armas. 

sábado, 2 de abril de 2016

SÃO FRANCISCO DE PAULA

SÃO FRANCISCO DE PAULA - 1416-1507


Fundou a Ordem dos Irmãos Mínimos. Tiago era um simples lavrador que extraia do campo o sustento da família. Muito católico, tinha o costume de rezar enquanto trabalhava, fazia seguidos jejuns, penitências e praticava boas obras. 
Sua esposa chamava-se Viena e, como ele, era boa, virtuosa e o acompanhava nos preceitos religiosos.
Demoraram a ter um filho, tanto que pediram a são Francisco de Assis pela intercessão da graça de terem uma criança, cuja vida seria entregue a serviço de Deus, se essa fosse sua vontade. 
E foi o que aconteceu: no dia 27 de março de 1416, nasceu um menino que recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao Pobrezinho de Assis. Aos onze anos, Francisco foi viver no convento dos franciscanos de Paula, dois anos depois vestiu o hábito, mas teve de retornar para a família, pois estava com uma grave enfermidade nos olhos.
Junto com seus pais, pediu para que são Francisco de Assis o ajudasse a ficar curado. Como agradecimento pela graça concedida, a família seguiu em peregrinação para o santuário de Assis, e depois a Roma. Nessa viagem, Francisco recebeu a intuição de tornar-se um eremita.
Assim, aos treze anos foi dedicar-se à oração contemplativa e à penitência nas montanhas da região. Viveu por cinco anos alimentando-se de ervas silvestres e água, dormindo no chão, tendo como travesseiro uma pedra. Foi encontrado por um caçador, que teve seu ferimento curado ao toque das mãos de Francisco, que o acolheu ao vê-lo ferido. Depois disso, começou a receber vários discípulos desejosos de seguir seu exemplo de vida dedicada a Deus. Logo Francisco de Paula, como era chamado, estava à frente de uma grande comunidade religiosa.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

MÃE DE MISERICÓRDIA

MÃE DE MISERICÓRDIA


Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, doçura da vida, esperança nossa, salve... Com muita justiça, a nossa santa Igreja chama Maria de Mãe de Misericórdia, porque Maria é a Mãe de Jesus, e Jesus é a Misericórdia de Deus personificada, encarnada no seio puríssimo da Virgem Maria.        
Maria é a Mãe de  Misericórdia, porque a misericórdia de Deus se manifestou esplendorosamente nela quando o Senhor Nosso Deus enviou seu mensageiro até Nazaré para consultar a Virgem Pura e Bela para perguntar-lhe se ela aceitaria ser a Mãe do Filho do Altíssimo. 
Mãe de Misericórdia, porque a misericórdia de Deus se fez carne e veio habitar entre nós, ``O Verbo se fez carne e habitou entre nós`` (Jo 1, 14), se tornando ``no bendito fruto do sacrossanto e virginal ventre de Maria.  Maria, tão privilegiada por Deus, escolhida entre as demais mulheres, merece toda a nossa veneração. É opinião de santo Anselmo e de muitos outros santos que criatura alguma, em tempo algum, alcançou tão alta dignidade como Maria Santíssima, sendo a Mãe do Altíssimo, (e, por conseguinte, Mãe de Misericórdia.)   Como Mãe de Jesus Cristo, (a Misericórdia de Deus encarnada), Maria está acima de todos os Anjos e Santos do céu (e da terra) que nela reconhecem e veneram sua gloriosa Rainha (a Mãe de Misericórdia). (Itálico do livro - Na Luz Perpétua, pg. 186). 
Por meio de Maria se realizaram todas as promessas do Altíssimo no sentido de fazer o homem retornar ao seu verdadeiro destino.