quarta-feira, 31 de agosto de 2016

SÃO RAIMUNDO NONATO - 1200-1240

SÃO RAIMUNDO NONATO - 1200-1240

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Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. 
Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. 
O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela. 
Dotado de grande inteligência, fez com certa tranqüilidade seus estudos primários. 
O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. 
Com isso, queria demovê-lo da idéia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário. 
Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. 
A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. 
Nessa missão, dedicou-se de coração e alma. Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. 
Ordenou-se sacerdote e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se nessa missão de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. 
Conseguiu libertar cento e cinqüenta escravos e devolvê-los às suas famílias.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

``NÃO VIM PARA SER SERVIDO, MAS PARA SERVIR``.

``NÃO VIM PARA SER SERVIDO, MAS PARA SERVIR``.

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Maria é a nossa mãe e o nosso modelo. Diante do Anjo Gabriel Maria se declarou ``a serva do Senhor`` = ``Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra. (Lc 1, 38). 
Toda a vida de Maria seria um longo serviço como tinha sido até aquele momento, mas, a partir do momento da anunciação, Maria iria servir a Deus e aos homens de maneira diferente. 
A partir da anunciação e do nascimento do Senhor Jesus, naquela casa pobre, mas cheia de Deus, Maria iria servir a Jesus, seu filho, e a José, seu esposo. 
Mais tarde Jesus diria - ``Não vim para ser servido, mas para servir``. (Mt 20,28), colocando nessa afirmativa, sem dúvida, o modo de proceder de Maria que, em toda a sua vida não fizera outra coisa senão servir, servir a Deus e ao próximo. 
A dedicação de Maria não se limitava em dispensar atenção apenas a Jesus, seu filho e José, seu esposo. A dedicação de Maria estendia-se mais longe, estendia-se a todos os habitantes de Nazaré, e depois, a todos os que Maria encontraria até o fim de sua existência nesta terra. Tudo o que interessava a Jesus, seu filho, interessava a Maria. 
E, aos poucos, Maria foi observando, inspirada pelo Espírito Santo, de que o mundo inteiro ficaria aos seus cuidados de Mãe.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

DECAPITAÇÃO DE SÃO JOÃO BATISTA

DECAPITAÇÃO DE SÃO JOÃO BATISTA


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Hoje, 29 de agosto, a Igreja comemora a morte de João Batista. Aproximadamente setecentos anos antes do nascimento de João Batista, o profeta Isaías já falava dele, profetizando: “Uma voz grita: ‘Abram no deserto um caminho para Yahweh; na região da terra seca, aplainem uma estrada para o nosso Deus. Que todo vale seja aterrado, e todo monte e colina sejam nivelados; que o terreno acidentado se transforme em planície, e as elevações em lugar plano.” (Is 40,3-4). 
No seu Evangelho Mateus confirma a veracidade dessa profecia, quando afirma: “Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: ‘Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo’. João foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse: ‘Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas’.” (Mt 3,1-3). 
A figura de João Batista começa a ser delineada através da profecia de Isaías. Como Isaías, João Batista é personagem indispensável neste Tempo do Advento. É o mensageiro da Boa Nova.
O profeta Malaquias, também, anuncia o mensageiro que haveria de vir antes da Boa Nova: “Vejam! Estou mandando o meu mensageiro para preparar o caminho à minha frente. De repente, vai chegar ao seu Templo o Senhor que vocês procuram, o mensageiro da Aliança que vocês desejam. Olhem! Ele vem! – diz Yahweh dos Exércitos.” (Ml 3,1). 
Malaquias compara João Batista ao profeta Elias pela sua coragem e destemor em acusar os pecados dos reis e das autoridades de sua época: “Vejam, eu mandarei a vocês o profeta Elias, antes que venha o grandioso Dia de Yahweh. Ele há de fazer que o coração dos pais volte para os filhos e o coração dos filhos para os pais; e assim, quando eu vier, não condenarei o país à destruição total.” (Ml 3,23-24). João Batista começa a sua missão identificando-se: “Eu não sou o Messias.” (Jo 1,20), e declara ser  aquela voz que prepara o caminho do rei: “Eu sou uma voz gritando no deserto: ‘Aplainem o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaias.” (Jo 1,23).  
O anjo Gabriel, no Evangelho de Lucas, quando anunciava o nascimento de João Batista ao seu pai, reafirma a profecia de Malaquias a respeito de João: “Caminhará à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto.” (Lc 1,17). 
No Evangelho de Mateus, Jesus, falando sobre João Batista, diz: “É de João que a Escritura diz: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti. [...] E se vocês o quiserem aceitar, é este o Elias que devia vir.” (Mt 11,10.14). 
João Batista, que teria nascido aproximadamente seis meses antes do Messias (cf Lc 1,26.36), foi esse mensageiro enviado por Yahweh para abrir as cortinas do Novo Testamento, de uma Nova Aliança, e apontar aos seus discípulos a chegada da Salvação e proclamar a presença do Cordeiro de Deus no meio do seu povo: “No dia seguinte, João viu Jesus, que se aproximava dele. E disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. Este é aquele de quem eu falei; Depois de mim vem um homem que passou na minha frente, porque existia antes de mim’. (Jo 1,29.35). 
João declarou sua insignificância diante do Messias que já estava no meio do povo, e antecipou a missão do Messias: “Eu batizo vocês com água. Mas vai chegar alguém mais forte do que eu. Eu não sou digno nem sequer de desamarrar a correia das sandálias dele. Ele é quem batizará vocês com o Espírito Santo e com fogo. Ele terá na mão uma pá; vai limpar sua eira, e recolher o trigo no seu celeiro; mas a palha ele vai queimar no fogo que não se apaga.” (Lc 3,16-17). 
Mais tarde, o próprio Jesus destacaria a importância do ministério profético de João Batista, quando disse: “Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum me maior que João Batista.” (Mt. 11,11). João Batista foi um homem de aspecto rude e caráter firme. Era austero, com hábitos aparentemente anti-sociais; sua vestimenta era primária e seu alimento era apenas aquilo que a natureza lhe oferecia: “João usava roupas de pelos de camelo, e cinto de couro na cintura; comia gafanhotos e mel silvestre.” (Mt 3,4; Mc 1,6). Não tinha papas na língua, jamais vacilou em falar clara e contundentemente quando se fizesse necessário e, para ele não importava quem estivesse cometendo algum delito, fosse gente do povo, fosse autoridade ou até rei. 
Às pessoas simples do povo, os publicanos, que eram considerados pecadores públicos, aos soldados e ao povo em geral, que buscavam a verdade, o amor, o perdão e a reconciliação com Deus, e que perguntavam a João Batista: “O que é que devemos fazer?” (Lc 3,10), João recomendava a partilha e a generosidade: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa.” (Lc 3,10-11). Para aqueles que tinham cargos públicos e que podiam se aproveitar dos impostos que cobravam do povo, João recomendava a honestidade: “Não cobrem nada além da taxa estabelecida.” (Mt 3,13). 
Para aqueles que eram responsáveis pela segurança do povo, os soldados, João recomendava a não violência e o contentamento pelo salário recebido: “Não maltratem ninguém; não façam acusações falsas, e fiquem contentes com o salário de vocês.” (Lc 3,14). 
A preparação feita por João Batista para receber a Salvação que vinha de Deus, foi para um caminho de santidade, e o povo de Deus deve andar nesse caminho, conforme dissera o profeta Isaias: “Haverá ai uma estrada, um caminho, que chamarão de caminho santo. Impuro nenhum passará por ele, e os bobos não vão errar o caminho. [...] Por ele andará os que foram redimidos e os que foram resgatados por Yahweh.” (Is 35,8.9b.10a). 
Mas, voltando-se para os fariseus e saduceus que eram as autoridades religiosas e civis do povo judeu, que se julgavam superiores a tudo e a todos, que exploravam o povo simples e humilde, que se julgavam já salvos simplesmente por se acharem filhos de Abraão, 
João Batista denunciou a religiosidade aparente deles, que eram as classes sociais abastadas, assim os condenou, dizendo: “Quando viu muitos fariseus e saduceus vindo para o batismo, João disse-lhes: ‘Raça de cobras venenosas, quem lhes ensinou a fugir a ira que vai chegar? Façam coisas que provem que vocês se converteram. Não pensem que basta dizer: ‘Abraão é nosso pai’. Porque eu lhes digo: até destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão. O machado já está posto na raiz das árvores. E toda árvore que não der bom fruto, será cortada e lançada no fogo.” (Mt 3,7-10; Lc 3,7-9). 
Ao rei Herodes, que era um homem sanguinário, mas fraco e acovardado, que fora influenciado por Herodíades, que fora esposa de seu irmão e a quem o rei havia tomado-a para si, João Batista não se intimidou e o condenou abertamente, o que lhe custou a própria vida: “João dizia a Herodes: ‘Não é permitido você se casar com a mulher do seu irmão’. Por isso, Herodíades ficou com raiva de João e queria matá-lo, mas não podia. Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.” (Mc 6,18-20) mas, o resultado disso tudo foi a decapitação de João Batista a pedido da própria Herodíades (cf Mc 6,17-29; Mt 14,1-12). 
Mais tarde, talvez corroído pelo remorso, como se isso fosse possível, o rei Herodes viu em Jesus a ressurreição de João Batista: “Herodes, governador da Galiléia, ouviu falar da fama de Jesus. Disse então aos seus oficiais: ‘Ele é João Batista que ressuscitou dos mortos. É por isso que os poderes agem nesse homem.” (Mt 14,1-2). 
As Sagradas Escrituras não informam se João Batista e Jesus se conheciam antes de se encontrarem no rio Jordão, por ocasião do batismo de Jesus, mas o próprio João Batista afirma que: “Eu mesmo não o conhecia...”. (Jo 1,31). João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel (Lc 1,15-25). 
O mesmo Lucas diz que Isabel era “parenta” de Maria, possivelmente prima (cf Lc 1,36). Jesus se dirige ao rio Jordão para ser batizado por Jesus, muito embora não precisasse desse ritual para se lavar dos pecados, porque ele, Jesus, não os tinha; Jesus não precisava do batismo de João Batista, pois não tinha qualquer culpa, a não ser a culpa da humanidade que ele assumira. Quis, entretanto, nos deixar o exemplo do que fazer e a lição de que ninguém é puro, a não ser ele próprio, Jesus. 
A princípio, João, conhecedor dessa realidade, se recusa a batizar Jesus, conforme narra Mateus no seu Evangelho: “Jesus foi da Galiléia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, e ser batizado por ele. Mas João procurava impedi-lo, dizendo: ‘Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim’. Jesus, porém, lhe respondeu: ‘Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a justiça’. E João concordou.” (Mt 3,13-15).
E, nessa oportunidade, acontece uma teofania: pela primeira vez e publicamente, a Santíssima Trindade se manifesta: “Logo que Jesus saiu da água, viu o céu se rasgando, e o Espírito como pomba, desceu sobre ele. E do céu veio uma voz: ‘Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado’.” (Mc 1,10-11), fato esse testemunhado pelo próprio João Batista: “Eu vi o Espírito descer do céu, como uma pomba, e pousar sobre ele.” (Jo 1,32). ” 
A vida pública de Jesus tem início com seu Batismo por João, no rio Jordão: “Jesus tinha cerca de trinta anos quando começou sua atividade pública.” (Lc 3,23). Até para o povo e para os próprios discípulos de Jesus, a figura de João Batista, depois de sua morte, ainda permanecia entre todos porque, quando Jesus perguntou aos discípulos quem os homens diziam que ele era, eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista...” (Mt 16,14). 
A vaidade, o orgulho, a soberba, jamais estiveram presentes na vida de João Batista. Por sua austeridade e fidelidade ao seu Deus, João Batista foi confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, retruca: “Eu não sou o Cristo” (Jo 3,28) e ainda “não sou digno de desatar a correia de sua sandália”. (Jo 1,27; Mc 1,7). 
Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, João Batista apontava em direção ao único caminho, demonstrando o rumo certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29). 
A pregação de João Batista foi totalmente cristológica. Como faltam profetas como João Batista nos nossos dias... 
São comemorados também, neste dia: Bem-aventurada Joana Maria da Cruz, Santa Sabina, São Nicéias e Santo Hipácio, Santos Nicéia e Paulo (mártires), Santo Osório Gutierrez (fundador do mosteiro de Loernzana), Santa Sabina de Roma (mártir), Santa Sabina de Troyes (virgem).

domingo, 28 de agosto de 2016

“QUEM SE ELEVA SERÁ HUMILHADO E QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO”.

XXII DOMINGO DE TEMPO COMUM

“QUEM SE ELEVA SERÁ HUMILHADO E QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO”. (Lc 14,11).

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Diácono Milton Restivo

A primeira leitura da liturgia de hoje é tirada do livro do Eclesiástico, também chamado “Sirácida”, “Sirácide” ou ainda, “Sabedoria de Jesus, filho de Sirac” em algumas tradições da Bíblia. Na Igreja primitiva Latina o Eclesiástico  era chamado “Livro da Igreja” porque era utilizado com frequência para a instrução, a catequese dos fiéis. Está relacionado entre os “livros sapicienciais” da Bíblia como o Eclesiastes, com o qual não se confunde, além de Salmos, Provérbios, Cântico dos Cânticos, Jó e Sabedoria.
Desde os primeiros séculos do Cristianismo o nome mais comum para designar este livro foi “Eclesiástico” (do latim “Ecclesiasticus liber”), o que significa o livro da igreja ou da assembléia.
São Cipriano (200-258), bispo da cidade de Cartago e mártir, parece ter sido o primeiro a usar esse nome, devido ao uso que dele se fazia na Igreja primitiva para a catequese dos catecúmenos, ou seja, dos que estavam sendo preparados para o batismo.
Com efeito, de entre os Livros Sapienciais, é o Eclesiástico o mais rico de ensinamentos práticos, apresentados de um modo paternal e persuasivo.
Apesar de se lhe chamar também, como vimos acima, de “Sirácide” ou “Sirácida”, derivado de uma forma alternativa de “Sirac”, os principais manuscritos gregos usam o título de “Sabedoria de Jesus, filho de Sirac” (Eclo 50,27) ou então, simplesmente, “Sabedoria de Sirac”: “Jesus, filho de Sirac de Jerusalém, escreveu neste livro uma doutrina de sabedoria e ciência, e derramou nele a sabedoria de seu coração. Feliz aquele que se entregar a essas boas palavras; aquele que as guardar no coração será sempre sábio; pois, se ele as cumprir, será capaz de todas as coisas, porque a luz de Deus guiará os seus passos”. (Eclo 50,29-31). 

sábado, 27 de agosto de 2016

SANTO AGOSTINHO, O BISPO DE HIPONA - 354-430

SANTO AGOSTINHO, O BISPO DE HIPONA - 354-430

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Aurélio Agostinho, filho de Patrício e Mônica, nasceu no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. 
Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. 
Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos, como santa Mônica, no dia 27 de agosto. 
Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. 
Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz. 
Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. 
Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. 
Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. 
Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à filosofia. Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. 
O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

SANTA MÔNICA, MÃE DE SANTO AGOSTINHO - 331-387

SANTA MÔNICA, MÃE DE SANTO AGOSTINHO - 331-387

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Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 331, no seio de uma família cristã. 
Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com freqüência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. 
Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. 
Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. 
E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer. 
Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. 
Porém Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. 
Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o sacramento. E teria acontecido, porque Agostinho, aos dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. 
O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. 
Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

SÃO JOSÉ CALASANZ - 1558-1648

SÃO JOSÉ CALASANZ - 1558-1648

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Fundou a Congregação dos Clérigos Pobres Regulares da Mãe de Deus das Pias Escolas. José Calasanz nasceu num castelo de Peralta de La Sal, em Aragão, na Espanha, em 31 de julho de 1558. 
Procedente de uma família nobre e muito religiosa, ele foi educado no rigor do respeito aos mandamentos de Deus. 
Desde cedo, mostrou sua vocação religiosa, mesmo contrariando seu pai, que o queria na carreira militar. José tanto insistiu que foi enviado para estudar teologia na Universidade de Valência, para concluir seu propósito de servir a Deus. 
Ao terminar os estudos, aplicou-se nos exercícios de piedade e práticas de penitência a fim para manter-se longe das tentações e no seguimento de Cristo. 
Recebeu a ordenação sacerdotal em 1583, embora sem a presença do pai, que ainda não cedera à sua vocação. Inicialmente, foi para um mosteiro, desejando uma vida de solidão. 
Mas seu bispo, percebendo nele um alto grau de inteligência, disse-lhe que sua missão era a pregação. Assim, dedicou-se à atividade pastoral, sendo muito querido por todos os fiéis e bispos, que lhe davam vários encargos importantes a serem executados junto à Santa Sé. 
Em 1592, José Calasanz encontrou o caminho para a sua vocação: a educação e formação de jovens pobres e abandonados. 
Inicialmente, como membro da Confraria da Doutrina Cristã, atuando junto aos jovens pobres da paróquia de Santa Dorotéia, onde era vigário cooperador. 
Em 1597, fundou a primeira escola gratuita para crianças pobres, seguindo entusiasmado pelo grande número de voluntários que se agregavam à obra.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

SÃO BARTOLOMEU – (OU NATANAEL) – APÓSTOLO

SÃO BARTOLOMEU – (OU NATANAEL) – APÓSTOLO

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Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. 
É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos. 
Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. 
No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. 
Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias. Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus. 
Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".

terça-feira, 23 de agosto de 2016

SANTA ROSA DE LIMA, A PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA

SANTA ROSA DE LIMA,  A PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA


Terciária dominicana, padroeira da América Latina (1586-1617). Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. 
A décima dos treze filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. 
Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria. 
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. 
Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. 
Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena. 
Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa, aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou os cabelos e engrossou as mãos, trabalhando na lavoura com os pais. 
Aos vinte anos, pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária dominicana. 
Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria, passando a ser chamada Rosa de Santa Maria. 
Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. 
A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor às penitências.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A ESCRAVA QUE DEUS FEZ RAINHA

A ESCRAVA QUE DEUS FEZ RAINHA



"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc 1,37-38). 
Ainda Lucas, nos Atos dos apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. 
Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho. Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. 
Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz Dante na Divina Comédia. 
Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos vêem em Maria a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os bens. 
A Igreja convida o povo a invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de Rainha, porque ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de maternidade divina. A Virgem Maria Rainha resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de esperança segura para todos os cristãos, já cobertos pela dignidade real do Senhor através do Batismo.

domingo, 21 de agosto de 2016

ASSUNÇÃO DE MARIA AOS CÉUS

ASSUNÇÃO DE MARIA – ANO “C”

“FELIZ O VENTRE QUE TE TROUXE E OS SEIOS QUE TE AMAMENTARAM” (Lc 11,27).

Diácono Milton Restivo

Celebramos hoje a festa da Assunção de Maria aos céus. Assunção de Maria é a crença tradicional realizada pelos cristãos católicos, ortodoxos, anglicanos, e algumas denominações protestantes que a Virgem Maria, no final de sua vida, foi fisicamente assunta para o céu; é uma das festas mais antigas do Oriente onde é conhecida, também, como “Dormição de Maria”.
A Igreja Católica ensina esta crença como um dogma de que a Virgem Maria “ao concluir o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma para a glória celestial.”
Esta doutrina foi dogmaticamente definida pelo Papa Pio XII em 01 de novembro de 1950, na sua  Constituição Apostólica Munificientissimus Deus.
A festa da assunção para o céu da Virgem Maria é celebrada como a “Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria” pelos católicos, e como a “Dormição de Maria” pelos cristãos ortodoxos. O Novo Catecismo da Igreja Católica declara: “A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (CIC 966). O Frei Clodovis Boff, na entrevista que deu à revista Ave Maria de agosto de 2010, diz que “o dogma da Assunção mostra o destino último  do nosso corpo, que é a glória. E já que se trata do corpo de uma mulher, corpo aviltado de tantos modos, mostra como Deus se “vinga” disso, exaltando o corpo da Virgem numa apoteose suprema.”
As festas em honra de Maria, a mãe de Jesus, surgiram depois do século VI. Por influência das Ordens Religiosas elas multiplicaram-se na Idade Média.
Nessa época surgiu, também, a dedicação de templos, catedrais e santuários a Maria, as aparições e intensa literatura mariana. Deu-se início às devoções marianas como o Rosário, a Ave Maria, a Salve Rainha, o Ofício pequeno de Nossa Senhora, as Missas votivas aos Sábados e outras.            

sábado, 20 de agosto de 2016

SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 1090-1153

SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 1090-1153


Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. 
A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. 
Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia. 
Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. 
Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos. 
Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada. 
A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ALEGRAI-VOS E REGOZIJAI-VOS, PORQUE SERÁ GRANDE A VOSSA RECOMPENSA NOS CÉUS.

ALEGRAI-VOS E REGOZIJAI-VOS, PORQUE SERÁ GRANDE A VOSSA RECOMPENSA NOS CÉUS.

           

A responsabilidade dos que aderem totalmente a Jesus Cristo é muito grande. 
A responsabilidade do cristão autêntico pesa-lhe nos ombros porque, por onde quer que ele viva, esteja ou ande, existem sempre centenas de olhos a observar as suas ações e atitudes e a verificar se, o que ele faz, está em conformidade com aquilo que ele fala e prega. 
Somente com a sua presença, o cristão autêntico incomoda os que não agem direito; somente a presença do cristão verdadeiro incomoda os que não andam de acordo com o modo de agir e pensar do Senhor Jesus, pois com age de maneira pecaminosa e dúbia não pode se sentir bem na presença de quem irradia luz e verdade, a exemplo do Mestre. 
O cristão consciente reprova as transgressões que os ímpios fazem contra a lei, a normas de boa conduta e o respeito aos irmãos, e, a voz do cristão, é sempre uma condenação e acusação contra a imoralidade reinante na sociedade e em todos os lugares onde os maus se fazem presentes; e é por isso que o cristão autêntico está sendo sempre observados por aqueles que não observam as leis do Senhor, porque os maus não toleram os bons que, com o seu modo de vida de conformidade com os ensinamentos do Mestre, condenam o modo de vida e de procedimento dos maus. 
A responsabilidade dos cristãos autênticos e fieis aos ensinamentos, aos mandamentos e às leis do Senhor, promulgadas através das Sagradas Escrituras e ratificadas pelo Divino Mestre, é muito grande, porque o mundo e os maus estão sempre observando os seus atos, e os maus fazem festas quando o cristão comete falhas, caem, porque assim os maus se sentem mais aliviados e dirão que os cristãos, seguidores do Mestre, não são coerentes com o que falam e pregam.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

SANTO ALBERTO HURTADO CRUCHAGA - (1901-1952)

SANTO ALBERTO HURTADO CRUCHAGA - (1901-1952)


Nasceu em Viña del Mar (Chile), no dia 22 de janeiro de 1901. Aos quatro anos ficou órfão de pai. 
Foi obrigado a experimentar a pobreza durante sua infância. Recebeu de sua mãe a fé e a coragem para enfrentar os desafios de uma vida árdua. Graças a uma bolsa de estudos, pôde frequentar o Colégio dos Jesuítas em Santiago. 
Trabalhando para sustentar a mãe e o irmão, conseguiu formar-se em direito. 
Desde cedo, preocupou-se com os mais necessitados. Com 22 anos, entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Chillán, realizando o sonho de ser jesuíta. 
Em 1925, foi mandado para Córdoba (Argentina) para completar os estudos humanísticos. 
Recebeu a ordenação sacerdotal em Louvain (Bélgica) no dia 24 de agosto de 1933. Estudou na Bélgica e na Espanha, formando-se em filosofia, teologia, pedagogia e psicologia. 
Retornou ao Chile em 1936, distinguindo-se como professor na universidade e guia espiritual da juventude. Escritor, publicou três livros sobre a doutrina social da Igreja. 
Para atender os pobres, abriu uma obra exemplar, "El Hogar de Cristo", Lar de Cristo, oferecendo aos desabrigados um ambiente digno e acolhedor. 
Em plena atividade sacerdotal, padre Alberto suportou fortes dores e, aceitando seus sofrimentos com plena conformidade, veio a falecer, vítima de um câncer, em 18 de agosto de 1952. 
A meditação constante sobre a vida do Divino Mestre explica o ardor com que se dedicava a todos e a paixão pelos pobres. Revelou um notável equilíbrio, conforme a espiritualidade inaciana, sabendo ser "contemplativo na ação". 
Era da adoração do Cristo presente na eucaristia que hauria sua força, seu discernimento e seu incansável zelo apostólico. 
No dia 23 de outubro de 2005 foi proclamado santo pelo papa Bento XVI. 
São lembrados também, neste dia: Santa Helena, Santo Ângelo d’Agostini, São Firmino de Metz (bispo), Santo Agapito da Palestina (mártir), Santo Alípio de Tagaste (bispo), São Dagano de Iniskin (bispo), Santo Ivan de Ayrshire (eremita).

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

“EU SOU YAHWEH, O TEU DEUS, O SANTO DE ISRAEL, O TEU SALVADOR...”

“EU SOU YAHWEH, O TEU DEUS, O SANTO DE ISRAEL, O TEU  SALVADOR...”


Desde toda a eternidade o Senhor Nosso Deus amou o homem. Amou-o tanto que fez o homem à sua  imagem e semelhança: “Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...” (Gn 1,26). 
O Senhor criou o homem num estado de graça  de extrema perfeição que,  enquanto o homem permaneceu  no paraíso para ele feito por Deus, vivia a própria vida  de Deus, a vida de felicidade total. 
Mas o homem não soube se manter nesse estado de vida. Preferiu seguir as suas próprias idéias, caprichos, inclinações, os seus próprios impulsos e cometeu o pecado da desobediência, da soberba, tentando ser igual a Deus, o seu Criador, deixando-se iludir  pelo demônio que, segundo as Sagradas Escrituras, investido na figura de uma serpente,  o tentou, através de sua companheira:  “A serpente então disse à mulher:  não, não morrereis!  Mas Deus sabe que no dia em que dele (o fruto) comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como deuses, versados no bem e no mal.” (Gn 3,4-5). 
O capítulo terceiro do livro do Gênesis narra a degradação e a expulsão do homem, como casal,  do paraíso, perdendo, com isso a participação da vida da graça, da felicidade plena, a participação da vida divina: “E Yahweh Deus expulsou o homem do jardim do Éden para cultivar o solo de onde fora tirado.  Ele baniu o homem e colocou, diante do jardim do Éden, os Querubins e a chama da espada fulgurante para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gn 3, 23-24). 
Apesar de toda a ingratidão por parte do homem em relação ao seu Criador, o Senhor jamais abandonou o homem.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

SÃO ROQUE

SÃO ROQUE


São Roque, Protetor contra pestes e epidemias. “... Olho para direita e vejo: não há ninguém que cuide de mim. Não existe para mim um refúgio ninguém que se interesse pela minha vida, eu vos chamo Senhor, vós sois meu refúgio, sois meu quinhão na terra dos vivos. Atendei o meu clamor...” (Salmo 141, 5-7). 
Montpellier, na França, foi no ano de 1295, cenário e berço do nascimento de um de seus mais ilustres filhos; Roque! 
O nobre Fidalgo João e sua esposa Libéria, aguardavam com ansiedade a chegada dessa criança, era afinal, uma benção desejada. 
Roque foi levado a pia Batismal, já nos primeiros dias de vida; sua mãe Libéria, era mulher virtuosa, mulher de fé e piedosa, que via naquele frágil bebê, um sinal de amor de Deus. 
O pequeno Roque teve uma educação primorosa, estudou nos melhores colégios e herdou de sua mãe os mais vivos sentimentos de fé, e vida de oração. 
Quando completou vinte anos, foi duramente provado com a morte repentina de seus pais, vendo-se sozinho e com uma herança invejável, sentiu em seu coração um forte apelo ao despojamento. 
Dispôs de todos os seus bens móveis em favor dos mais necessitados e os imóveis foram entregues aos cuidados de seu tio; Roque em condições de pobre peregrino, dirigiu-se a Roma. Quando Roque chegou a Aguapendente, na Toscana, um terrível epidemia (Peste Negra) se alastrava, e nosso jovem peregrino ofereceu-se prontamente para tratar dos doentes que lotavam as enfermarias dos hospitais.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ASSUNÇÃO DE MARIA

ASSUNÇÃO DE MARIA


Assunção de Maria torna-se para nós um sinal de esperança certa e de consolação! “Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade...” (Lc 1,39). 
As palavras deste trecho evangélico fazem-nos vislumbrar, com os olhos do coração, a jovem de Nazaré a caminho da cidade da Judeia, onde morava a sua prima, para lhe oferecer os seus serviços. 
Aquilo que nos surpreende acima de tudo, em Maria, é a sua atenção repleta de ternura pela sua parente idosa. Trata-se de um amor concreto, que não se limita a palavras de compreensão, mas que se compromete pessoalmente numa verdadeira assistência. 
À sua prima, a Virgem não dá simplesmente algo que lhe pertence; Ela dá-se a si mesma, sem nada exigir como retribuição. Ela compreendeu de maneira perfeita que, mais do que um privilégio, o dom recebido de Deus constitui um dever, que a empenha no serviço aos outros, na gratuidade que é própria do amor. “A minha alma proclama a grandeza do Senhor...” (Lc 1,46)
No seu encontro com Isabel, os sentimentos de Maria brotam com vigor no cântico do Magnificat.