segunda-feira, 5 de setembro de 2016

MADRE TERESA DE CALCUTÁ, A MÃE DOS POBRES - 1910-1997

MADRE TERESA DE CALCUTÁ, A MÃE DOS POBRES - 1910-1997

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Fundou a Congregação das Missionárias da Caridade. Agnes Gouxha Bojaxhiu, que é conhecida na vida religiosa com o nome de madre Teresa de Calcutá, nasceu, no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses. Seus pais, Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, 
Agnes tornou-se membro de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu em ambiente cristão. 
Aos doze anos, já estava convencida de sua vocação religiosa, atraída pela obra dos missionários. Agnes pediu para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como missionárias em sua região. 
Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. 
Feitos os votos, adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários. 
Primeiramente, irmã Teresa foi incumbida de ensinar história e geografia no colégio da Congregação, em Calcutá. Essa atividade exerceu por dezessete anos. Cercada de crianças, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: pobreza generalizada, crianças e velhos moribundos e abandonados, pessoas doentes sem a quem recorrer. 
O dia 10 de setembro de 1946 ficou marcado na sua vida como o "dia da inspiração". Numa viagem de trem ao noviciado do Himalaia, percebeu que deveria dedicar toda a sua existência aos mais pobres e excluídos, deixando o conforto do colégio da Congregação. 
E assim fez. Irmã Teresa tomou algumas aulas de enfermagem, que julgava útil a seu plano, e misturou-se aos pobres, primeiro na cidade de Motijhil. A princípio, juntou cinco crianças de um bairro miserável e passou a dar-lhes escola.
               Passados dez dias, já se somavam cinquenta crianças.
O seu trabalho começou a ficar conhecido e a solidariedade do povo operava em seu favor, com donativos e trabalho voluntário. Para irmã Teresa, o trabalho deveria continuar a dar frutos sem depender apenas das doações e dos voluntários. Seria necessário às suas companheiras que tivessem o espírito de vida religiosa e consagrada.  
Logo, uma a uma ouviram o chamado de Deus para entregarem-se ao serviço dos mais pobres. Nascia a Congregação das Missionárias da Caridade, com seu estatuto aprovado em 1950. E ela se tornou madre Teresa, a superiora. As missionárias saíram às ruas e passaram a recolher doentes de toda espécie. Para as irmãs missionárias, cada doente, cada corpo chagado representava a figura de Cristo, e sua ajuda humanitária era a mais doce das tarefas. 
Somente com essa filosofia é que as corajosas irmãs poderiam tratar doentes de lepra, elefantíase, gangrena, cujos corpos, em putrefação, eram imagens horrendas que exalavam odores intoleráveis. Todos eles tinham lugar, comida, higiene e um recanto para repousar junto às missionárias. 
Certo dia Madre Teresa de Calcutá estava dando banho em um leproso que, em seu corpo, não tinha mais lugar para ter chagas. Chegou-se a ela um turista inglês e ficou enojado de ver aquela cena e disse: “Irmã, nem por um milhão de dólares eu daria banho num leproso”, ao que Teresa de Calcutá respondeu: “O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso”. 
Quando alguém chamava a atenção de Tersa de Calcutá para que ela descansasse, ela respondia: “Quando descanso? Descanso no amor”. E dizia para as suas irmãs que a ajudavam no atendimento aos pobres: “Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”, e mais: “Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você decepciona-se... Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação!”. 
Quando Madre Teresa de Calcutá recebeu o Prêmio Nobel, perguntaram-lhe: “O que podemos fazer a fim de promover a paz mundial?”. Ela respondeu: “Voltem para seus lares e amem suas famílias.” 
Reconhecido universalmente, o trabalho de madre Teresa rendeu-lhe um prêmio Nobel da Paz, em 1979. Esse foi um dos muitos prêmios recebidos pela religiosa devido ao seu trabalho humanitário. Nesse período, sua obra já se havia espalhado pela Ásia, Europa, África, Oceania e Américas. 
No dia 5 de setembro de 1997, madre Teresa veio a falecer, na Índia. 
A comoção foi mundial. Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma semana, o corpo da madre foi trasladado ao estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano, celebrou a missa de corpo presente. 
Em 2003, o papa João Paulo II, seu amigo pessoal, ao comemorar o jubileu de prata do seu pontificado, beatificou madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como a "Mãe dos Pobres". 
E ontem, dia 04 de setembro de 2016, o Papa Francisco, a canoniza e leva Teresa de Calcutá às honras dos altares, determinando que ela seja Santa Teresa de Calcutá. 
Na emocionante solenidade, o sumo pontífice disse: "Segue viva em minha memória sua diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia interior: a energia do amor de Cristo".

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