domingo, 31 de janeiro de 2016

“NENHUM PROFETA É BEM RECEBIDO EM SUA PÁTRIA”

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM -  ANO “C”


“NENHUM PROFETA É BEM RECEBIDO EM SUA PÁTRIALc 4,24

Diácono Milton Restivo

A liturgia da Palavra de hoje versa sobre a vocação do profeta. Muitas vezes entende-se profeta como a pessoa que é capaz de predizer acontecimentos futuros. Profeta, na Bíblia é uma pessoa que fala por inspiração divina ou em nome de Deus.
Os profetas ou profetisas foram homens e mulheres escolhidos por Yahweh para serem canais da manifestação de sua vontade, no Antigo Testamento, ao povo israelita. Deve-se entender que, no termo “profeta”, não há nada que implique previsão de acontecimentos. Pode um profeta predizer ou não o futuro segundo a mensagem que Deus lhe determinar.
Muitas vezes, pelo passado mal vivido do povo e pelo presente que é vivido de modo a não cumprir as orientações de Deus, o profeta, como qualquer pessoa responsável, pode prever um futuro desastroso, nem sempre por uma pré-visão mística, mas pela sequência lógica e natural dos acontecimentos.
Profeta, antes de tudo, é alguém que tem uma profunda experiência de Deus em sua vida. Movido por essa experiência de Deus, o profeta a profetiza e acaba mudando o seu modo de ver e de pensar, de sentir e de julgar, de portar-se e de falar, e procura transmitir isso a todos, quer seja bem recebido ou não, correndo o risco de não ser bem interpretado entre os seus mais próximos, como aconteceu com Jesus, o que motivou a suas queixa: “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria”. (4,24), e João, no seu Evangelho ratifica isso: “O próprio Jesus havia testemunhado que um profeta não é honrado em sua própria pátria”. (Jo 4,44). 

sábado, 30 de janeiro de 2016

SER CRIANÇA NO COLO DE MARIA

SER CRIANÇA NO COLO DE MARIA

Quando éramos pequenos, quando éramos crianças, quantos de nós aprendemos as primeiras orações no colo de nossas mães ou avós. Íamos ao catecismo, e a catequista, com muito amor, carinho e paciência, repetia conosco as orações do Pai Nosso, da Ave Maria e pegava em nossas mãos de crianças para nos ajudar a aprender e a fazer o Sinal da Cruz. 
Quando éramos crianças rezávamos e tínhamos a certeza de que o Papai do Céu nos ouvia e nos atendia. 
Depois fomos crescendo, crescendo e passamos a achar que éramos auto-suficientes, que não precisaríamos mais de rezar, que poderíamos muito bem viver sem orações e sem Deus, que, afinal de contas, rezar era para crianças e mulheres que tinham que cuidar dos maridos e dos filhos. 
Fomos nos tornando pessoas adultas e maduras e começamos  a achar que poderíamos resolver os nossos próprios problemas e passamos a ficar descrentes no poder da oração. 
Se fizermos uma retrospectiva na nossa vida, vamos notar que, a partir do momento em que deixamos de rezar, passamos a dar cabeçadas por esse mundo a fora. 
Deixando de rezar, começamos a nos afastar de Deus e da sua Igreja e, fazendo isso e olhando para traz, notamos quantas coisas que fizemos e não deveríamos ter feito e que não faríamos se ainda tivéssemos mantido o contato com Deus, ou ainda, quantas coisas que fizemos e que poderíamos tê-las feito melhor. Muitos de nós tivemos apenas uma iniciação na vida religiosa, na vida cristã, apenas uma iniciação na vida de oração, de conversa amigável e amorosa com Deus, nosso Pai. 
Quando éramos crianças o nosso respeito, o nosso amor para com Deus, com sua Igreja, com os irmãos e com os mais velhos estavam sempre presentes em nossas vidas, em nossos atos e pensamentos. Crescemos, começamos a achar que rezar e ir à Igreja era perda de tempo, coisas de crianças e mulheres. Desaprendemos de rezar. 
Quando éramos crianças aprendemos a rezar orações decoradas e também orações espontâneas, numa conversa amigável com Deus com as nossas próprias palavras e sentimentos como se estivéssemos conversando com o nosso próprio pai ou mãe, e fazíamos isso com confiança total na bondade e misericórdia de Deus.
Quando a criança deixa de ser criança e passa a se julgar adulto, proclama a sua independência de tudo e de todos, inclusive de Deus e se esquece de quem Jesus amava de verdade era das crianças, perde o contato com a família do Pai Nosso. 
Ser criança, no Evangelho, não é pertencer a uma determinada faixa etária; ser criança, para Jesus, é um estado de espírito e se não voltarmos a ser crianças e a nos tornarmos crianças, não alcançaremos o Reino do Céu: “Eu lhes garanto: se vocês não se converterem e não se tornarem como crianças, vocês nunca entrarão no Reino do Céu”. (Mt 18,3). 
Eram as crianças que Jesus queria perto de si para abraçá-las e abençoar: “Deixem as crianças e não lhes proíbam de vir a mim, porque o Reino do Céu pertence a elas”. (Mt 19,14). 
O Reino do Céu foi feito para as crianças, não importa a idade que elas tenham: de um a cem anos. Nós envelhecemos quando queremos, quando deixamos de ser crianças, quando nos julgamos auto-suficientes e não necessitamos de mais ninguém, nem de Deus. 
Se quisermos, seremos sempre crianças e o Reino do Céu não fugirá de nós, será sempre nosso, das crianças. Enquanto confiarmos em Deus e colocarmos em suas mãos a nossa vida, os nossos anseios, as nossas realizações, o nosso presente, o nosso futuro, acreditando que Deus só quer o nosso bem, ai somos ou voltamos a ser crianças. 
Caso contrário, se passarmos a querer resolver os nossos problemas sozinhos e nos negarmos ao amor do Pai, deixamos de ser crianças e nos afastamos da possibilidade de nos entregar-mos ao amor da mãe.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

ORAÇÃO A MARIA PELAS MÃES


ORAÇÃO A MARIA PELAS MÃES


Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe! A senhora é virgem e é mãe, única na história da humanidade a ter essa dignidade. Única escolhida por Deus para uma missão específica: a de ser virgem e ao mesmo tempo mãe do Filho de Deus. 
O Senhor Nosso Deus que escolheu a Senhora para essa missão divina, continua a convidar todas as mulheres também para essa missão tão importante quanto a sua: a de serem mães. 
Para ser mãe, o Senhor não faz acepção de mulheres: são mães as mulheres ricas e são mãe as mulheres pobres; são mães as mulheres que moram nos palacetes e são mães as mulheres que moram em favelas; são mães as mulheres de todas as raças, credos e cores. Faz parte do divino ser mãe. 
Um poeta já disse: “Ser mãe é padecer no paraíso”. Concordo em parte com esse poeta porque, ser mãe é sempre sofrer, mas nem sempre no paraíso, porque um coração de mãe está sempre apreensivo pela educação, segurança e bem estar de seus filhos, assim como esteve o coração da Senhora desde o momento da concepção de Jesus no seu ventre sacrossanto e depois pela vida toda, até a sua morte na cruz. 
E hoje, Senhora, estamos aqui para lembrar todas as mães, para pedir por todas as mães, para que a Senhora não desampare as mães nas suas aflições e compartilhe com elas sempre de suas alegrias.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

SANTO TOMÁS DE AQUINO



SANTO TOMÁS DE AQUINO

Era, sem dúvida, a hora sazonada para as grandes sínteses: a síntese artística que é a catedral gótica; síntese poética da Divina Comédia; a síntese política do regime representativo - "Rex et regnum" - , que então nascia com as Cortes e os Parlamentos; e a síntese teológico-filosófica das grandes "summas". 
Na revolução intelectual, havia o precedente do "renascimento científico" do século XII - um dos muitos renascimentos que de século em século precederam ao denominado Renascimento, Isto não quer dizer que o ambiente para a grande obra de Tomás de Aquino fosse propício, nem sequer pacífico. 
As mais acerbas controvérsias acompanharam constantemente seu labor de magistério e de pesquisador. Podemos lembrar, como exemplo, a violenta polêmica entre regulares e seculares que marcou seus primeiros anos de professorado na universidade de Paris, e, sobretudo, a mortal oposição de averroístas e antiaverroístas. A curta vida de Santo Tomás (1225-1274) não foi, de modo algum, tranqüila, como poderia faze-nos pensar a magnitude de sua obra.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

SANTA ÂNGELA DE MÉRICI - 1470-1540


SANTA ÂNGELA DE MÉRICI - 1470-1540



Fundou a Congregação das irmãs de Santa Úrsula. Ângela Mérici nasceu em 1470, na cidade de Desenzano, no norte da Itália. 
O período histórico era o do Renascimento e da Reforma da Igreja, provocada pela doutrina luterana. 
Os pais eram camponeses pobres e muito religiosos. E desde pequena, ela teve seu coração inclinado pela vida religiosa, preferindo a leitura da vida dos Santos. 
De fato, sua provação começou muito cedo, na infância, quando ficou órfã de pai. Logo em seguida perdeu a mãe e a irmãzinha, com quem se identificava muito. 
Assim, ela foi viver na casa de um tio, que a havia adotado, mas que também veio a falecer. Voltou à terra natal. Depois de passar dias e dias chorando, com apenas treze anos, pediu para ingressar num convento, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis. 
Ângela tinha apenas o curso primário e chegou a ser "conselheira" de governadores, bispos, doutores e sacerdotes. 
Os seus sofrimentos, sua entrega à Deus e a vida meditativa de penitência lhe trouxeram, através do Espírito Santo, o dom do conselho, que consiste em saber ponderar as soluções adequadas para todas as situação da vida.
 Ela também, percebeu que naquele momento histórico, as meninas não tinham quem as educassem e livrassem dos perigos morais, e que as novas teorias levavam as pessoas a querer organizar a vida como se Deus não existisse. 
Para lutar contra o paganismo, era preciso restaurar a célula familiar. Inspirada pela Virgem Maria, fundou a Comunidade das irmãs Ursulinas, em homenagem a santa Úrsula, a mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade. Ângela acabou se tornando a portadora de uma mensagem inovadora para sua época.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

SÃO TITO E SÃO TIMÓTEO


SÃO TITO E SÃO TIMÓTEO



Hoje a Igreja comemora a festa de dois dos discípulos de Paulo: Timóteo e Tito. 
Tito veio do mundo pagão e Timóteo veio do mundo judeu. Trabalharam com o apóstolo Paulo, que os liderou sem lhes tirar o brilho. E deu à eles "a gloria de uma perene lembrança", como disse Eusébio de Cesarea no primeiro milênio, e será ainda assim nos outros que se seguirão: toda a Igreja os veneram juntos.
Mas suas trajetórias foram tão distintas, que são relatadas em páginas individuais. 
As únicas informações concretas nos são dadas pelas cartas do apóstolo Paulo. Tito era grego e pagão. Ainda jovem se converteu ao cristianismo e se tornou companheiro e inestimável colaborador do apóstolo. Quando Paulo disse a Tito: "Isto deves ensinar, recomendar e reprovar com toda autoridade", fez surgir um outro grande evangelizador, que permaneceu trabalhando ao seu lado. 
Encarregado pelo apóstolo para executar importantes missões, foi uma vez a Jerusalém para entregar a importância duma coleta em favor dos cristãos pobres. "Meu companheiro e colaborador" como escreveu o apóstolo na segunda carta aos Corintos. 
Companheiro dos momentos importantes, como a famosa reunião do concílio de Jerusalém, que tratou da necessidade de renovação e diversificação dos ritos devido a evangelização no mundo pagão. Tito, porém, foi também um mediador persuasivo, e entusiasmou Paulo resolvendo uma grave crise entre ele e os Corintos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CONVERSÃO DE SÃO PAULO


CONVERSÃO DE SÃO PAULO


A conversão de Saulo se deu por volta dos anos 33 ou 34 d.C. e é narrada três vezes (At 9,1-19; 22,3-21; 26,12-20) e mencionada pelo próprio Paulo nas suas cartas (Gl 1,12-24; 1Cor 9,1; 15,8s; Fl 3,4-12; 1Tm 1,3). 
Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, Paulo converteu-se sem a pregação do evangelho por parte de outro homem: “Irmãos, eu declaro a vocês: o Evangelho por mim anunciado não é invenção humana. E, além disso, não o recebi nem aprendi através de um homem, mas por revelação de Jesus Cristo.” (Gl 1,11-12).
Afinal, quem pregaria para Saulo? O próprio Ananias ficou temeroso quando Deus lhe enviou a orar por aquele que era conhecido como o grande perseguidor da igreja: “Ananias respondeu: ‘Senhor, já ouvi muita gente falar desse homem e do mal que ele fez aos teus fiéis em Jerusalém. E aqui em Damasco ele tem plenos poderes que recebeu dos chefes dos sacerdotes, para prender todos os que invocam o teu nome’.” (At 9,13-14).
Uma conversão sem pregação constitui-se exceção. O normal é que alguém pregue o evangelho para que outros se convertam, como Paulo mesmo disse: “Ora, como poderão invocar aquele no qual não acreditam? Como poderão acreditar, se não ouviram falar dele? E como poderão ouvir, se não houver quem o anuncie?”  (Rm 10,14).
A conversão de Paulo não se deu de uma hora para outra, conforme está narrado e é entendido nos Atos dos Apóstolos; foi um processo longo e demorado. Paulo vai mudando de mentalidade; Paulo, como fariseu, tinha uma visão de Deus, das pessoas e das coisas; como cristão ele passa a ter uma visão totalmente diferente com relação a Deus, às pessoas e às coisas, mas o Deus que ele adorava antes, como fariseu, é o mesmo Deus que ele continuou a adorar como cristão, mas, só que, agora, um Deus mais próximo dele que o amou e que se entregou por ele (cf Gl 2,20b), e que morreu por ele quando ele ainda era pecador (cf Rm 5,8). 

domingo, 24 de janeiro de 2016

“O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM...” (Lc 4,18).


“O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM...” (Lc 4,18).


Diácono Milton Restivo

A liturgia de hoje é muito rica de ensinamentos.
Em primeiro lugar Lucas nos transmite a veracidade dos seus escritos e inicia o seu Evangelho com humildade e com a preocupação de deixar clara a seriedade do testemunho dos Evangelhos.
Os Evangelhos são testemunhos de fé e não fábulas ou trabalhos literários que foram escritos para serem lidos, admirados e acondicionados nas estantes.
Os Evangelhos são testemunhos de fé de quem crê e que trabalha para que, através de sua vivência e testemunho, outros venham a crer com razão e fé profunda.
O início do Evangelho de Lucas tem uma dedicatória “ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo” (Lc 1,3). Não sabemos quem foi Teófilo: se foi uma pessoa física, se foi uma comunidade, ou se são todos os que aderiram ao Evangelho de Jesus Cristo. Realmente, não sabemos se se trata de uma pessoa ou se Lucas escreveu o seu Evangelho para todos aqueles que creram e aderiram à sua mensagem que retrata os ensinamentos de Jesus, pois que, “Teófilo” quer dizer exatamente “amigo de Deus”, e quem assimila e vive a mensagem torna-se “Teófilo”, “amigo de Deus”.
Lucas foi cuidadoso no que escreveu. Tinha conhecimento de que muitos já haviam escrito sobre Jesus, “muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós” (Lc 1,1), mas Lucas mostra que não ficaria satisfeito com o que conhecia e já havia lido. Aquilo não era o suficiente. 

sábado, 23 de janeiro de 2016

ORAÇÃO A MARIA PELAS MÃES


ORAÇÃO A MARIA PELAS MÃES


Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe! A senhora é virgem e é mãe, única na história da humanidade a ter essa dignidade. Única escolhida por Deus para uma missão específica: a de ser virgem e ao mesmo tempo mãe do Filho de Deus. 
O Senhor Nosso Deus que escolheu a Senhora para essa missão divina, continua a convidar todas as mulheres também para essa missão tão importante quanto a sua: a de serem mães. 
Para ser mãe, o Senhor não faz acepção de mulheres: são mães as mulheres ricas e são mãe as mulheres pobres; são mães as mulheres que moram nos palacetes e são mães as mulheres que moram em favelas; são mães as mulheres de todas as raças, credos e cores. Faz parte do divino ser mãe. 
Um poeta já disse: “Ser mãe é padecer no paraíso”. Concordo em parte com esse poeta porque, ser mãe é sempre sofrer, mas nem sempre no paraíso, porque um coração de mãe está sempre apreensivo pela educação, segurança e bem estar de seus filhos, assim como esteve o coração da Senhora desde o momento da concepção de Jesus no seu ventre sacrossanto e depois pela vida toda, até a sua morte na cruz. 
E hoje, Senhora, estamos aqui para lembrar todas as mães, para pedir por todas as mães, para que a Senhora não desampare as mães nas suas aflições e compartilhe com elas sempre de suas alegrias.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

NOSSA SENHORA DO Ó - NOSSA SENHORA DA EXPECTAÇÃO DO Ò


NOSSA SENHORA DO Ó - NOSSA SENHORA DA EXPECTAÇÃO DO Ò



Nossa Senhora do Ó é uma devoção mariana surgida em Toledo, na Espanha, remontando à época do X Concílio, presidido pelo arcebispo Santo Eugênio, quando se estipulou que a festa da Anunciação fosse transferida para o dia 18 de Dezembro. 
Sucedido no cargo por seu sobrinho, Santo Ildefonso, este determinou, por sua vez, que essa festa se celebrasse no mesmo dia, mas com o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria. 
Pelo fato de, nas vésperas, se proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou suspiro) “Oh!”, o povo teria passado a denominar essa solenidade como  Nossa Senhora do Ó. Em Portugal, o culto à Expectação do Parto, ou a Nossa Senhora do Ó, teria se iniciado em Torres Novas (SANTA MARIA, Frei Agostinho de. Santuário Mariano), onde uma antiga imagem da Senhora era venerada na Capela-mor da Igreja Matriz de Santa Maria do Castelo. 
Esta imagem era conhecida à época de D. Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almonda (devido ao rio Almonda, que banha aquela povoação), à época de D. Sancho I por Nossa Senhora da Alcáçova (c. 1187) ou, a partir de 1212, quando se lhe edificou (ou reedificou) a igreja, por Nossa Senhora do Ó. 
Esta imagem é descrita pelo mesmo autor como: "É esta santa imagem de pedra mas de singular perfeição. Tem de comprimento seis palmos. No avultado do ventre sagrado se reconhecem as esperanças do parto. Está com a mão esquerda sobre o peito e a direita tem-na estendida. Está cingida com uma correia preta lavrada na mesma pedra e na forma de que usam os filhos de meu padre Santo Agostinho." 
No Brasil o culto iniciou-se à época desde o início da colonização, com o Capitão donatário Duarte Coelho, na Capitania de Pernambuco. Tendo fundado a vila de Olinda, nessa povoação erigiu-se uma Igreja sob a invocação de São João Batista, administrada por militares, onde era venerada uma imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó. 
De acordo com Frei Vicente Mariano, também se tratava de uma imagem pequena com cerca de dois palmos de altura, entalhada em madeira e estofada, de autoria e origem desconhecida. A tradição reputa esta imagem como milagrosa, tendo vertido lágrimas em 28 de Julho de 1719. 
A partir dessa primitiva imagem em Olinda, a devoção se espalhou em terras brasileiras graças a cópias na Ilha de Itamaracá, em Goiana, em Ipojuca e em São Paulo, nesta última em casa da família de Amador Bueno e na do bandeirante Manuel Preto que fundou a igreja e o bairro Frequesia do Ó. 
Os bandeirantes, por sua vez, levaram a devoção para Minas Gerais, onde, em Sabará, se erige a magnífica Capela de Nossa Senhora do Ó, em estilo indo-europeu. Iconografia - A imagem de Nossa Senhora do Ó sempre apresenta a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez. A mão direita pode também aparecer em simetria à outra ou levantada. Encontram-se imagens com esta mão segurando um livro aberto ou também uma fonte, ambos significando a fonte da vida. 
Em Portugal essas imagens costumavam ser de pedra e, no Brasil, de madeira ou argila. 
Devoção 
A Festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída na Igreja Católica, em 656, durante o Concílio de Toledo, chamando-se Festa da Expectação do Parto Divino. 
No início, a santa era homenageada no sétimo dia antes do Natal, ou seja, em 18 de dezembro. Em cada um dos dias se cantava uma das sete grandes antífonas que começavam com “Ó”, como suspirando. Daí veio o nome ‘Nossa Senhora do Ó’. 
Por diversas razões a Festa de Nossa Senhora do Ó é realizada no mundo inteiro, por mais de 200 anos, no primeiro domingo de fevereiro. 
Em Ipojuca, essa tradição se deu pela falta de sacerdotes na região em dezembro. Desde o século XIX, as festividades acontecem do final de janeiro ao início de fevereiro.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

SANTA INÊS, VIRGEM, MÁRTIR



SANTA INÊS, VIRGEM E MÁRTIR

Entre as heroínas da Igreja primitiva, que derramaram o sangue em testemunho da fé é Santa Inês aquela a que os Santos Doutores da Igreja tecem os maiores elogios. 
São Jerônimo, em referência a esta santa, escreve: “Todos os povos são unânimes em louvar Santa Inês, porque vencendo a fraqueza da idade e o tirano, coroou a virgindade com a morte do martírio”. 
De modo semelhante se exprimem Santo Ambrósio e Santo Agostinho. 
Com Maria Santíssima e Santa Tecla, Santa Inês é invocada para obter-se a virtude da pureza. Inês nasceu em Roma, descendente de família nobre. Logo que soube avaliar a excelência da pureza virginal, ofereceu-a a Deus, num santo voto. 
A riqueza, formosura e nobre origem de Inês fizeram com que diversos jovens, de famílias importantes de Roma a pedissem em casamento. A todos  Inês respondia que seu coração já pertencia a um esposo invisível a olhos humanos. Do amor ao ódio é só um passo.
As declarações de amizade e afeto dos pretendentes seguiu-se a denúncia, que arrastou a donzela ao tribunal, para defender-se contra a acusação de ser cristã.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

“NÃO PODE ESPERAR A MISERICÓRDIA DE DEUS QUEM OFENDE A SUA MÃE”


“NÃO PODE ESPERAR A MISERICÓRDIA DE DEUS QUEM OFENDE A SUA MÃE”


Ignoramos o que Maria fez e faz por nós, por isso não a amamos como deveríamos e como ela merece ser amada.
São Maximiliano Maria Kolbe, grande devoto de Maria, sempre dizia a seus frades: “Ame Maria o quanto você quiser e mais do que você puder”. Maria é do povo. 
Mas, infelizmente, muitos não entendem a humildade, a simplicidade, a pureza de Maria, e a afasta do povo simples e humilde. 
Colocam mantos de veludos em seus ombros e coroas riquíssimas em sua  cabeça, dando-lhe uma riqueza que ela nunca teve e nunca pretendeu ter, porque ela sempre foi a humilde serva do Senhor; essa riqueza material nada significa para Maria: a riqueza de Maria está no coração, na humildade, na pobreza, na simplicidade, no silêncio, se igualando em tudo ao povo pobre, simples e oprimido. 
Para conhecermos bem Maria, para encontrarmos em sua humildade todo o esplendor da graça que Deus Pai sempre a cumulou, além dos Santos Evangelhos, precisamos  ler muito sobre o que os santos que a amaram de verdade Maria disseram e dizem a respeito dela, e como eles descobriram e descobrem nela virtudes incalculáveis, tesouros com valores infinitos e proteção materna que só Maria, sendo a Mãe de Deus e nossa Mãe pode ter e nos dar. 
São Maximiliano Maria Kolbe nos orienta sobre a devoção a Maria, dizendo: “Quando você procurar ler alguma coisa sobre Maria, não se esqueça que você está entrando em contato com uma pessoa viva, que lhe ama e que é perfeita e sem mancha alguma.” A nossa inteligência é por demais pequena, os nossos conhecimentos sobre Maria são escassos...

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

MARIA, OBRA PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO.


MARIA, OBRA PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO.


            “Tudo o que se realizou em Maria foi por obra do Espírito Santo. A Virgem Maria é aquela mulher que, à sombra da potência da Santíssima Trindade, foi a criatura mais estreitamente  associada à obra da salvação. A Encarnação do Verbo verificou-se sob o coração virginal de Maria por obra do Espírito Santo. Em Maria começou a raiar a aurora da nova humanidade que, com Cristo, se apresentava ao mundo para levar a termo o plano original da aliança com Deus que foi infringida pela desobediência do primeiro homem. E Jesus Cristo foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria. Maria, dando o seu consentimento à palavra divina, se tornou Mãe de Jesus, e abraçando de todo o seu coração e sem impedimento algum de pecado a vontade de salvação de Deus, se consagrou totalmente como serva do Senhor à pessoa e à obra de seu Filho. E por isso Maria não foi utilizada como instrumento passivo, meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou livremente, pela fé e obediência, na salvação dos homens.” (LG 56). 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

“ELES NÃO TÊM MAIS VINHO” (Jo 2,3).



“ELES NÃO TÊM MAIS VINHO” (Jo 2,3).


Em certas ocasiões dos Evangelhos não é tão importante o que está escrito, mas o que está contido nas entrelinhas. 
Imaginemos a situação no casamento de Caná, na Galiléia, onde Jesus e sua mãe Maria estavam presentes. 
Com que confiança, amor e carinho Maria se aproxima de seu Filho para pedir, na certeza que seria atendida, e, com que olhar de amor, carinho e respeito Jesus dirigiu à sua mãe chamando-lhe à realidade que ainda não havia chegado a sua hora, mas, na certeza de que atenderia sua mãe, qualquer que fosse o pedido que ela lhe fizesse, seguro de que ela não pedia para si e sim para alguém em dificuldades, ele anteciparia a sua hora por um pedido de sua mãe. 
O momento do Filho Único de Deus se manifestar com toda a sua glória, o momento de Jesus mostrar a que veio, de derramar a misericórdia e os poderes de Deus a todos os necessitados ainda não havia chegado, e assim, taxativamente, ele se expressa: “Minha hora ainda não chegou.” (Jo 2,4), e, essa hora,  não era outra, senão a hora da cruz. 
Mas aquele era um momento especial; era a sua mãe que estava pedindo.

domingo, 17 de janeiro de 2016

AS BODAS DE CANÁ - A MÃE DE JESUS ESTAVA LÁ


SEGUNDO DOMINGO DE TEMPO COMUM – ANO “C”

“ELES NÃO TÊM MAIS VINHO”.  (Jo 2,3).


Diácono Milton Restivo

Ainda, e por algum tempo, a liturgia continua ligada aos acontecimentos do Natal, quando aconteceu a primeira manifestação de Jesus no nosso meio. A história da liturgia da Igreja mostra-nos que, antigamente, na mesma oportunidade, de uma só vez e no mesmo dia, eram festejados os três momentos da epifania de Jesus, ou seja, a manifestação de Jesus no nosso meio: a visita dos magos, o batismo de Jesus e as bodas da Caná. 
Aos magos Jesus se manifestou como “o rei dos Judeus” sob a luz radiante e o brilho da estrela que conduziu os magos até ele: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para prestar-lhe homenagem”. (Mt 2,2).
Por ocasião do batismo de Jesus o Pai revelou a identidade definitiva de Jesus: “Este é o meu Filho amado que muito me agrada” (Mt 3,17), e nessa oportunidade, Jesus foi ungido pelo Espírito Santo: “O Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele” (Mt 3,16) e, a seguir, João Batista apresenta Jesus ao mundo, na pessoa de seus discípulos: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. (Jo 1,29). E, finalmente, em Caná da Galiléia onde, participando de uma festa de casamento, Jesus manifestou a sua glória ao transformar a água em vinho, e os seus discípulos creram nele: “Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele”. (Jo 2,11).
Portanto, estamos ainda em clima de manifestação, de epifania daquele que veio do Pai para nossa salvação. É neste contexto que as leituras desta liturgia devem ser interpretadas. 

sábado, 16 de janeiro de 2016

MARIA, ESTRELA DA MANHÃ


MARIA, ESTRELA DA MANHÃ



Na Ladainha que rezamos a Nossa Senhora, a Igreja lhe dá o belo título de Estrela da manhã.  Maria é aquela estrela que brilha muito, muito, e permanece a noite toda brilhando, e pela manhã o seu brilho ainda é mais intenso, e só desaparece quando nasce o sol. 
João, o Evangelista, o filho que Maria gerou nas dores da cruz, no seu livro do Apocalipse, nos diz que Jesus é a Estrela brilhante da manhã, e, realmente, da maneira que Jesus é o sol, a estrela que brilha todas as manhãs e que ilumina o nosso dia, Maria é a estrela matutina, aquela estrela que aparece assim que o sol se põe no horizonte, e passa a noite toda refletindo para o mundo a luz do sol. Jesus, como Deus, tem luz própria; Maria reflete a luz de Jesus e não nos deixa na escuridão da noite, servindo-se como estrela guia.   
Jesus é o nosso sol de fulgurante beleza; Maria é a nossa estrela que nos reflete a luz do solo. 
Deviam dizer de Jesus, como dizemos ainda em nossos dias: - “ele é o retrato da mãe”. 
Assim como Jesus, fisicamente, parecia com sua mãe, também Maria se parecia e se parece com Jesus no plano espiritual.  
E como Maria quer que nós, seus filhos, nos pareçamos também com o seu filho Jesus.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

DEUS NOSSO PAI


DEUS NOSSO PAI


Ó tu, Pai de todos nós, nós nos alegramos porque finalmente te encontramos. 
Nossas almas estão tranquilas porque não mais precisamos de nos curvar perante ti como escravos amedrontados, procurando aplacar a tua ira com sacrifícios e autoflagelações. 
Nós nos chegamos a ti, Deus de amor, como crianças confiantes e felizes. 
Tu é o único Pai verdadeiro, e toda a delicada e beleza do nosso amor, da mesma forma com a lua reflete o sol, é também reflexo radiante da tua bondade e amor. 
Permite que cresçamos espiritualmente, e com o passar dos anos possamos alcançar a plenitude dessa fé. Porque és nosso Pai, que não escondamos de ti os nossos pecados, mas que possamos superá-los com o conforto da tua presença. 
Sustenta-nos em nossos momentos de tristeza e dá-nos paciência em meio aos mistério não resolvidos que os anos trazem. 
Revela-nos a grandeza da bondade e do amor que se mostram através das leis inflexíveis deste teu mundo. E através dessa fé faze com que aceitemos alegremente a nossa condição de irmãos de todas as outras criaturas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

DOENTES, OS AMADOS DO PAI


DOENTES, OS AMADOS DO PAI


Quando lemos os Santos Evangelhos, verificamos que Jesus Cristo jamais passou por um doente sem lhe dirigir uma palavra, sem olhar para ele com carinho sem procurar aliviar as suas dores, sem lhe dar esperanças de dias melhores. 
Quando Jesus Cristo encontrava um doente, ou um doente o procurava, jamais o doente partia da mesma maneira como chegara; Jesus Cristo o transformava, o consolava, o curava. Podia ser tanto doente do corpo como da alma.; e normalmente somos mais doentes da alma do que do corpo. 
Cristo sempre procurou estar com os doentes para restabelecer a saúde, para dar a vida, porque foi ele mesmo quem falou: “Eu vim para que vocês tenham vida, e a tenham em abundância...” “...quem crer em mim, viverá eternamente...”. 
É muito difícil existir uma família onde não se tenha uma pessoa doente. 
Doente é uma pessoa amada por Deus, é uma pessoa que sofre por aqueles que não sabem sofrer; é uma pessoa que sofre  para a salvação de sua família, para a salvação de pessoas que ele conhece e até de pessoas que ele não conhece, que ele nunca ouviu falar. 
Os doentes são as pessoas que mantém a humanidade unida a Deus, porque, é através do sofrimento que nos purificamos e é através do sofrimento dos nossos doentes que todos nos elevamos até Deus.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

CASAMENTO FELIZ




CASAMENTO FELIZ

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do Chefe, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo. - Amamo-nos... e queremos casar - disse o jovem. - Sim!... nós amamo-nos tanto, que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... qualquer coisa que nos garanta que vamos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos sempre um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?... 
- E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por um sinal, disse: - Há uma coisa a fazer..., mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia e tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva! 
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam, ansiosos, cada um com a sua ave dentro de um saco. De imediato, o velho sábio pediu que, com cuidado, as tirassem dos sacos... (eram verdadeiramente grandes e lindos exemplares). - E agora o que fazemos? - perguntou o jovem - matamo-las e depois bebemos a honra de seu sangue?  

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

AME PERDOANDO... PERDOE AMANDO...


AME PERDOANDO... PERDOE AMANDO...



            Jesus disse: “Buscai primeiro o reino de Deus e o resto virá por acréscimo.”       
Ame a Deus, o resto virá por acréscimo, tudo o mais acontecerá normalmente. 
O Senhor Deus nos dá todo o seu amor e simplesmente pede que o amemos; Ele não nos obriga, Ele pede. 
O Senhor respeita a nossa liberdade, mas Ele nos pede que O amemos em primeiro lugar e acima de tudo; além dos nossos entes queridos, o Senhor não quer dividir o nosso amor com o mundo, com as riquezas, com as futilidades, com as coisas que nos trazem um conforto momentâneo e enganador que não nos dá a paz interior. 
O Senhor nos pede que o amemos através da pessoa que amamos, esposa, marido, dos nossos filhos, dos nossos pais, dos nossos irmãos, nossos amigos e até dos que não gostam de nós ou nós não nos simpatizamos com eles. 
O Senhor Nosso Deus quer que O amemos através do nosso próximo.  “E se alguém diz: “Amo a Deus” mas odeia o seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, não é possível que ame a Deus, a quem não vê. Quem ama a Deus, ame seu irmão.” (1Jo 4,19-21). Jesus nos diz no seu Evangelho: Este é o meu mandamento: amai-vos um aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.” (Jo 15,12-13), e “Amarás o teu próximo...” Mas... quem é o meu próximo? perguntaria você...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A EXPECTATIVA DE MARIA.



A EXPECTATIVA DE MARIA.


Durante nove meses a Santíssima Virgem Maria trouxe consigo, dentro de seu ventre, o Filho de Deus que se fazia homem. Durante nove meses a Santíssima Virgem Maria foi o sacrário vivo  da Majestade Infinita. 
O Filho de Deus se fez homem no seio da Virgem, e por isso, o Filho de Deus é também o Filho da Virgem Maria. 
O Filho de Deus formou-se no seio de Maria como qualquer ser humano forma-se no seio de sua mãe. 
O Filho de Deus alimentou-se do sangue da Virgem Maria, formou sua carne no ventre de Maria e fez com que a Virgem tivesse as indisposições normais de uma gravides normal; pulou no ventre da Virgem como qualquer criança sadia pula no ventre de sua mãe, fez com que o corpo da Virgem sofresse as alterações normais do corpo de uma mulher quando está grávida: o ventre cresceu, as pernas, em determinados períodos se incharam , o andar da Virgem durante a gravides foi cuidadoso, a respiração ofegante, tendo sempre mal estar e precisando repousar com frequência, como qualquer mulher grávida. 
Então nada foi diferente a gravides da Virgem com a gravides de qualquer mulher que espera seu filho. Durante nove meses a Virgem Maria viveu a expectativa do nascimento de seu Filho, que era também o Filho de Deus. 
Podemos imaginar os colóquios amorosos, as conversas carinhosas da Santíssima Virgem com o Tesouro que ela portava e trazia dentro de si.

domingo, 10 de janeiro de 2016

BATISMO DO SENHOR


BATISMO DO SENHOR 

“TU ÉS O MEU FILHO AMADO QUE MUITO ME AGRADA” (Lc 3,22).


Diácono Milton Restivo

A festa do Batismo de Jesus faz parte das celebrações da manifestação do Senhor: Natal, Epifania, Batismo, Apresentação de Jesus aos discípulos por João Batista e as bodas de Caná, e é também o Primeiro Domingo do Tempo Comum.
Em todas as manifestações de Jesus a todos os homens houve festa, houve alegria, houve participação; muitas pessoas foram convidadas para essas manifestações de alegria e esperança.
Quando Jesus nasceu no curral à beira da estrada, na cidade de Belém os Anjos vieram dos céus porque os céus também estavam em festa, e a alegria nos céus era tamanha que transbordou, derramou sobre a terra e os Anjos que participavam dessa festa nos céus, radiantes de alegria, desceram cantando, alegres e felizes, anunciando a Boa Nova que a humanidade esperava desde o início dos tempos: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Lc 2,14).
Depois houve a grande festa na visita dos magos, servindo-se, como guia desses homens sábios, uma reluzente estrela no firmamento enviada pelo Senhor Nosso Deus para conduzi-los até onde estava o menino Jesus, e chegaram perguntando: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Porque nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” (Mt 2,2).
E os magos manifestaram a sua alegria em presentes porque, quem ama dá presentes.  
A terceira manifestação pública de Jesus, antes de iniciar a sua evangelização, também foi uma grande festa, tão grande que o céu se abriu, o Espírito Santo manifestou-se e o próprio Pai identificou quem era Jesus: “Ora, aconteceu que recebendo o batismo todo o povo, batizado também Jesus, e estando em oração, abriu-se o céu, e desceu sobre ele o Espírito Santo em forma corpórea como uma pomba; e ouviu-se do céu esta voz:” “Tu és meu filho dileto; em ti pus as minhas complacências.” (Lc 3,21-22). 

sábado, 9 de janeiro de 2016

A MISSÃO DA ESTRELA DE BELÉM É A MESMA DO CRISTÃO


A MISSÃO DA ESTRELA DE BELÉM É A MESMA DO CRISTÃO



A sua segunda manifestação, de maneira não menos maravilhosa, se deu tendo uma estrela servindo de guia aos magos que vieram de regiões longínquas e, desta feita, o Senhor se manifesta ao mundo todo nas pessoas dos magos que eram estrangeiros, vieram de longe, do oriente, de outras nações. 
Em todos esses fatos que se seguiram ao nascimento do Senhor Jesus muitas coisas nos chamam a atenção: a cidade de Belém cheia de pessoas e não sendo possível a José e Maria encontrarem lugar para eles em pensões, hotéis, hospedarias ou mesmo em casas particulares, se vendo obrigados de se recolherem num abrigo de animais (Lc 2,7); os pastores que cuidavam de seus rebanhos ali nas proximidades; os Anjos que anunciam aos pastores o nascimento do Senhor (Lc 2,8-15); os magos que vem de longe, do oriente, para adorarem o “recém-nascido Rei dos Judeus” (Mt 2,1, 12). 
Mas, outras coisas nos passam desapercebidas e até julgamos  que servem apenas para enfeitar a narrativa dos Evangelistas e, na maioria das vezes, não nos preocupamos em parar e refletir os seus verdadeiros significados. Na passagem, por exemplo, dos magos do Oriente que vieram adorar o Menino Deus, nos deparamos com uma estrela: “...nós vimos a sua estrela no oriente...” (Mt 2,2), e essa estrela para nós, à primeira vista, não passa de uma coisa romântica e poética, que serve apenas para deixar a narrativa mais bonita, mais emocionante.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

OS MAGOS E O REI HERODES


OS MAGOS E O REI HERODES



Os magos, ao chegarem em  Jerusalém, perguntaram: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Porque nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo.” (Mt 2,2).  
A chegada dos magos em Jerusalém com seu séquito provocou um grande alvoroço na cidade e na coorte real. 
O rei Herodes ficou surpreso e, “ao ouvir isso, o rei Herodes turbou-se, e toda a Jerusalém com ele. E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Messias. E eles disseram: “Em Belém de Judá, porque assim foi escrito pelo profeta (Miquéias, 5, l): “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe, que apascentará Israel, meu povo.” (Mt 2,3-6). 
O rei Herodes, além de perturbado e surpreso, ficou também alarmado: como poderia ter nascido o rei dos judeus, se os judeus só tinha um rei que era ele próprio? Sentiu-se ameaçado no seu poder e o seu trono estava ameaçado de ser usurpado por um inocente menino recém-nascido. Como isso poderia ter acontecido se ele, Herodes, o rei dos judeus, não havia sido notificado a respeito? 
Herodes pressentiu seu trono ameaçado e abalado e isso Maria, a mãe de Jesus já havia prenunciado e cantado quando de sua visita à sua parenta Isabel: “Agiu com a força de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso. depôs poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.” (Lc 1,51-52).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

OS PRESENTES DOS MAGOS E A ESTRELA DE BELÉM, OS INOCENTES

OS PRESENTES DOS MAGOS E A ESTRELA DE BELÉM, OS INOCENTES


Os magos, depois de se inclinarem por terra e adorarem o menino no colo de sua mãe, ofereceram-lhe ouro, incenso e mirra, e esses presentes retratam um simbolismo todo especial: o ouro é o símbolo dos reis, da majestade, do poder, da riqueza e glorifica a realeza divina de Jesus Cristo com um símbolo material; presenteando ao Senhor Jesus com ouro os magos reconhecem em Jesus o Rei dos reis, o Imperador de todas as nações. 
O incenso é a homenagem e o reconhecimento da onipotência do Senhor Jesus. 
Através do ouro reconheceram em Jesus “O HOMEM”, a sua humanidade e através do incenso reconheceram a sua natureza divina, o Filho do Pai Eterno, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. 
A mirra  é uma planta do oriente de onde se extrai uma goma aromática que os antigos usavam  para embalsamar os corpos de seus entes queridos falecidos; a mirra foi, portanto, um preito àquele que “Foi oferecido em sacrifício, porque ele mesmo quis, e não abriu a sua boca; como uma ovelha que é levada ao matadouro, como um cordeiro diante do que o tosquia, guardou silêncio e não abriu  sequer a boca.” (Isaías, 53, 7). “Verdadeiramente ele foi   o que tomou sobre si as nossas fraquezas, ele mesmo carregou as nossas dores; nós o reputamos como um leproso, como um homem ferido por Deus e humilhado.  Mas foi ferido por causa das nossas iniquidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre ele, e nós fomos sarados  com as suas pisaduras. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se extraviou por seu caminho; e o Senhor carregou sobre ele a iniquidade de todos nós.” (Isaías, 53, 4-6).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

DIA DE REIS E DA EPIFANIA DO SENHOR


DIA DE REIS E DA EPIFANIA DO SENHOR


O "Dia de Reis" é uma das festas tradicionais mais singelas celebrada em todo o mundo católico. 
Neste dia se comemora a visita de um grupo de reis magos (Mt 2,1-12), vindos do Oriente, para adorar a "Epifania do Senhor". Ou seja, o nascimento de Jesus, o Filho por Deus enviado, para a salvação da humanidade. 
O termo "mago" vem do antigo idioma persa e serviu para indicar o país de suas origens: a Pérsia. Eram reis, porque é um dos sinônimos daquela palavra, também usada para nomear os sábios discípulos de uma seita que cultuava um só Deus.
Portanto, não eram astrólogos nem bruxos, ao contrário, eram inimigos destas enganosas artes mágicas e misteriosas. 
Esses soberanos corretos, esperavam pelo Salvador, expectativa já presente mesmo entre os pagãos. Deus os recompensou pela retidão com a maravilhosa estrela, reconhecida pela sabedoria de suas mentes como o sinal a ser seguido, para orientação dos seus passos até onde se achava o Menino Deus. Foram eles que mostraram ao mundo o cumprimento da profecia de séculos, chegando no palácio do rei Herodes, de surpresa e perguntando "pelo Messias, o recém-nascido rei dos judeus". Nesta época aquele tirano reprimia a população pelo medo, com ira sanguinária.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O SANTÍSSIMO NOME DE JESUS


O SANTÍSSIMO NOME DE JESUS


 “Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.” (Fil 2, 9-11). 
A Igreja celebra em 3 janeiro, de acordo como “ Diretório da Liturgia” da CNBB, a festa do Santíssimo Nome de Jesus; porque oito dias depois de seu nascimento, o Natal, 
São José o circuncidou e lhe colocou o nome de Jesus, conforme o Anjo tinha dito à Virgem Maria: “O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. (Lc 1, 30-31). 
E assim foi cumprido conforme a Lei de Moisés: “Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o Nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno”. (Lc 2, 21). 
O nome de Jesus foi dado pelo céu; tanto assim que o Arcanjo Gabriel o confirma em sonho a José: “Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. (Mt 1, 20-21).

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

JOSÉ, O HOMEM JUSTO – MARIA, A NOIVA FIEL


JOSÉ, O HOMEM JUSTO – MARIA, A NOIVA FIEL


José ficou numa situação difícil depois que Maria ficou grávida de Jesus. 
Sem uma explicação aparente e razoável, de repente, vê a sua noiva grávida. 
Mateus narra assim esse drama terrível vivido por José: sua “A origem de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, achou-se ter concebido (por obra) do Espírito Santo, antes de coabitarem. José, seu esposo, sendo justo, e não a querendo difamar, resolveu repudiá-la secretamente. Andando ele com isto no pensamento, eis que um Anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: ‘José, filho de Davi, não temas  receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é (obra) do Espírito Santo.  Ela dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: ‘Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porão o nome de Emanuel, que quer dizer: ‘Deus conosco’.  Ao despertar José de seu sono, fez como lhe tinha mandado o Anjo do Senhor, e recebeu em sua casa (Maria),  esposa. Não a conheceu até que deu à luz um filho, e pôs-lhe o nome de Jesus.” (Mt 1,18-25). 

domingo, 3 de janeiro de 2016

OS REIS MAGOS


OS REIS MAGOS - EPIFANIA DO SENHOR

“VIMOS SUA ESTRELA NO ORIENTE” (Mt 2,2)


Diácono Milton Restivo

Epifania quer dizer manifestação. Epifania é uma festa religiosa cristã que, antigamente, celebrava-se no dia 6 de janeiro, ou seja, doze dias após o natal; porém, a partir da reforma do calendário litúrgico, acontecida em1969, passou a ser comemorada no segundo domingo após o natal. É Jesus apresentando-se como homem, assumindo a sua natureza humana e dando-se a conhecer aos homens. Em várias ocasiões as Sagradas Escrituras nos apresentam as oportunidades que Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos.
A Igreja celebra como epifanias três eventos: a manifestação propriamente dita perante os magos do oriente (Mt 2,1-12), que celebramos nesta oportunidade; a manifestação a João Batista no rio Jordão (Mc 1,9-11; Mt 3,13-17; Lc 3,21-22 e Jo 1,32-34); e a manifestação aos seus discípulos e o início de sua vida pública com o milagre de Caná quando começa o seu ministério (Jo 2,1-12). 
Estas três manifestações: aos magos, a João Batista e aos seus discípulos, serão comemoradas na sequência, nos três domingos que se seguem depois da comemoração da festa de Maria, Mãe de Deus. É claro que não podemos deixar de citar a primeira manifestação de Jesus na noite do seu nascimento em Belém, quando aconteceram coisas maravilhosas como o anúncio do nascimento do Salvador feita pelos anjos aos pastores e outras coisas que, anteriormente, já haviam sido anunciadas pelos Profetas do Antigo Testamento.

sábado, 2 de janeiro de 2016

MARIA, MÃE DA SAGRADA FAMÍLIA.


MARIA, MÃE DA SAGRADA FAMÍLIA.


            Maria, a Virgem de Nazaré, quando foi consultada por Deus, através do Anjo Gabriel para ser a mãe do Salvador, foi convidada, também, por extensão, para ser a Mãe da Sagrada Família, a família cristã por excelência, a família que seria o modelo de todas as famílias cristãs de todos os tempos. 
E por isso, de uma maneira especial, nos voltamos para a mãe da Sagrada Família, louvando-a e pedindo: “Maria de Jesus e de José, Mãe da Sagrada Família, sê também  a Mãe da Igreja doméstica, que são as nossas famílias cristãs. Graças ao teu auxílio materno, mãe, cada família possa tornar-se uma pequena igreja, na qual se manifesta e revive o mistério da Igreja de Jesus Cristo. 
Com o teu exemplo de escrava do Senhor a serviço da redenção dos homens,  ensina aos nossos familiares, ensina a todos os pais e mães a acolherem humilde e generosamente a vontade de Deus! Como hospedaste em teu seio virginal  o filho dado pelo Pai para a salvação do mundo, ajuda a todos os esposos a acolherem  com amor, respeito e gratidão cada nova vida. 
Que eles entendam o matrimônio como vocação à fecundidade e à vida e saibam dizer sim , colocando-se responsavelmente a serviço da vida.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

MARIA, MÃE DE DEUS.


MARIA, MÃE DE DEUS.



No dia primeiro de janeiro, no primeiro dia de cada ano, a primeira festa litúrgica comemorada pela nossa Santa Igreja é dedicada à Maria, sob o título de “Mãe de Deus”. 
A Igreja começa o ano festejando Maria e invocando-a sob o título de “Mãe de Deus”. Não poderia a Igreja ter feito uma escolha melhor. Quando festejamos Maria como a “Mãe de Deus”, estamos adorando ao Senhor Nosso Deus, estamos agradecendo ao Senhor pela mulher que ele mais amou e que escolheu para ser a sua própria mãe. Muitos querem negar esse título a Maria. 
Os que negam Maria como sendo verdadeiramente a Mãe de Deus, ainda não foram tocados pela graça de Deus, porque somente quem é tocado pela graça de Deus pode dizer que Jesus é o Senhor e que Maria é a mãe do Senhor Jesus, e, portanto, a Mãe de Deus. 
Quem nega que Maria é a Mãe de Deus está negando a divindade do próprio Senhor Jesus, porque Maria é a Mãe de Jesus nas suas duas naturezas, humana e divina, e Maria, sendo mãe de Jesus homem é também Mãe de Jesus Deus, e, portanto, Maria é Mãe de Deus, porque o Senhor Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus, porque, na pessoa de Jesus estão contidas as suas duas naturezas: a divina e a humana.
       Se Maria é a mãe de Jesus é mãe também de suas duas naturezas, porque, em Jesus não pode ser separado o divino do humano. 
Maria foi escolhida por Deus desde toda a eternidade para ser a ponte que ligaria o Criador às criaturas e, através desta ponte nos viria a salvação.