segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

AMA-SE O FILHO RESPEITANDO A MÃE

AMA-SE O FILHO RESPEITANDO A MÃE


Como é gostoso falar de Maria, a mãe do Verbo Divino que se fez carne e veio habitar entre nós. Falar da Mãe do Filho de Deus, falar da nossa querida Mãe. 
Jamais poderemos deixar de amar a nossa Mãe, que, antes que nós, foi amada pelo próprio Deus feito homem e, como dizia São Maximiliano Maria Kolbe – “Procure amar a Nossa Senhora o tanto que você quiser e mais do que você puder.” 
Santa Terezinha do Menino Jesus nos deixa escrito em seu livro, História de uma Alma, que o menor caminho que nos leva a Jesus Cristo, é Maria. 
São Bernardo dizia em suas pregações que jamais ouvira dizer que qualquer pessoa que tenha recorrido à proteção da Virgem Maria, não tivesse sido atendida. 
Maria é o nosso socorro, é o refúgio dos pecadores, é o auxílio dos cristãos, é a saúde dos enfermos. 
Se lermos as histórias de todos os santos ou santas, nas histórias dessas vidas sempre vamos encontrar a presença marcante de Maria, e todos os santos e santas atestam com convicção que chegaram mais facilmente até Jesus conduzidos pelas mãos imaculadas, virginais e maternais de Maria. 
No casamento de Caná, na Galiléia, Maria havia dito aos que serviam vinho na festa = ``Façam tudo o que ele vos disser.`` =  façam tudo o que o meu Filho vos mandar fazer. Esta foi uma ordem de Maria aos serventes. 
E os serventes fizeram o que Maria havia determinado, e Jesus transformou a água em vinho. E Maria continua a nos dizer ainda hoje, todos os dias, todas as horas, todos os minutos da nossa vida = ``faça tudo o que o meu Divino Filho vos disser``. 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

“EU SOU AQUELE QUE SOU”. (Ex 3, 14)

III DOMINGO DA QUARESMA – ANO “C”

“EU SOU AQUELE QUE SOU”.  (Ex 3, 14)


Diácono Milton Restivo

Não devemos entender o livro do Êxodo como apenas um relato de um fato que se passou séculos atrás. Neste livro encontramos um modelo inspirador da busca da liberdade, o amor que Deus tem por seu povo Israel, e como esse povo lutou para encontrar seu espaço e se tornar realmente um povo, e mais do que isso, o povo eleito de Yahweh. O livro do Êxodo continua existindo e aberto para todos os tempos e lugares onde possa existir um povo com o mesmo anseio de libertação, como disse Pedro na sua carta: “Mas vocês são a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo conquistado da escravidão, para que anunciem as virtudes daquele que chamou vocês das trevas para a sua maravilhosa luz”. (1Pd 2,9). Acredito que todos conhecem a história do povo israelita no Egito, como chegaram até lá, como foram recebidos lá, como lá se estabeleceram, e quais foram as consequências do seu crescimento em terras estrangeiras.
Todos conhecem, também, o período de escravidão desse povo no Egito: “Ai nessa terra eles ficarão como escravos e serão oprimidos durante quatrocentos anos.” (Gn 15,13), e mais: “A estada dos filhos de Israel no Egito durou quatrocentos e trinta anos. No mesmo dia em que terminaram os quatrocentos e trinta anos, os exércitos de Israel saíram do Egito”. (Ex 12,40-41).
A história de Moisés está intrinsecamente vinculada a esses acontecimentos.
Devido ao crescimento vertiginoso dos israelitas em terras egípcias, e a preocupação das autoridades de que aumentando demais o povo israelita esse pudesse dominar os egípcios, o faraó ordenou às parteiras que poupassem somente as meninas quando nascessem, devendo sacrificar os meninos: “O rei do Egito ordenou às parteiras dos hebreus, que se chamavam Sefra e Fuá: ‘Quando vocês ajudarem as hebréias a dar à luz, observem se é menino ou menina: se for menino, matem; se for menina, deixem viver’ [...] ‘Joguem no rio Nilo todo menino que nascer; e se for menina, deixem viver’. (Ex 1,16.22). Pelo menos, desta feita, vemos as mulheres serem preferidas e tirarem vantagens aos homens nas Sagradas Escrituras, principalmente no Antigo Testamento. 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 1838-1862

SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 1838-1862


No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. 
Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com frequência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico. 
Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa.
Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. 
Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. 
Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália. As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

EIS AQUI A ESCRAVA DO SENHOR

“EIS AQUI A ESCRAVA DO SENHOR”.


Por mais que lemos as Sagradas Escrituras nos é difícil entender, realmente a fundo, a sua mensagem, o seu recado. 
Se pegarmos as Sagradas Escrituras todos os dias e lermos uma mesma frase, um mesmo versículo, todos os dias nós tiraremos uma mensagem diferente e veremos a realidade daquela mensagem por um outro ângulo. 
Para cada dia uma mesma frase, um mesmo versículo nos transmite alguma coisa de diferente, nos diz algo de novo. Isso apenas uma frase, um versículo; agora imagine um capítulo inteiro, ou um livro inteiro, ou toda a Bíblia.
Através das Sagradas Escrituras tomamos conhecimento de que Maria, quando foi consultada pelo Anjo Gabriel para ser a Mãe do Filho de Deus, respondeu ao Anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.” Será que já paramos para pensar, para meditar sobre esta frase dita por Maria ao Anjo e que está contida na Bíblia, mais precisamente no Evangelho de Lucas? 
Maria, quando consultada pelo Anjo se declara “Escrava do Senhor”, e se coloca à disposição de Deus para que a vontade do Altíssimo fosse realizada nela da maneira como o Senhor quisesse. 
Para os nossos dias que não existe mais escravidão, não entendemos bem o significado da palavra “escrava”.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

“A ORAÇÃO DA FÉ SALVARÁ O DOENTE...” (Tg 5,15).

“A ORAÇÃO DA FÉ SALVARÁ O DOENTE...” (Tg 5,15).


            Escreveu Tiago na sua carta: “Sofre alguém dentre vós um contratempo? Recorra à oração. Está alguém alegre? Cante. Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; e se tiver cometido pecados, estes serão perdoados... A oração fervorosa do justo tem grande poder.” (Tg 5,13-15.16). 
Jesus, nos Santos Evangelhos, jamais deixou um doente que o procurasse partir da maneira como estava; Jesus os transformava, consolava e os curava, tanto doente do corpo como doente da alma. 
Jesus sempre atendeu ao chamamento dos que o procuravam para curar algum doente e jamais deixou alguém que o procurasse implorando pelo restabelecimento de um doente voltar sem uma esperança, como aconteceu com o leproso (Mt 8,1-4), com o centurião romano, (Mt 8,5-13), com a sogra de Pedro, (Mt 8,14-18), como aconteceu a muitos endemoniados, (Mt 8,16-17), e a centenas de outros paralíticos, cegos, surdos, mudos, lunáticos, para que se cumprisse o que havia sido dito e escrito pelo profeta Isaías, se referindo ao Messias: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor.” (Mt 4,18-19).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

MARIA VIVEU A QUARESMA

MARIA VIVEU A QUARESMA.


Quando meditamos sobre a quaresma, quando meditamos o recolhimento de Jesus no deserto por quarenta dias em completo jejum, penitência e oração, quando meditamos o seu afastamento de sua pequena Nazaré para dar início a uma vida totalmente nova e diferente daquela que levara por trinta anos em companhia de sua mãe, Maria, na pobreza da casa de Nazaré, talvez ainda não nos tenha ocorrido pensar em uma figura de suma importância em tudo isso e que foi responsável pela realização dos planos de Deus Pai para a salvação de toda a humanidade.
Quando chegou o tempo em que o Senhor Jesus deveria deixar sua casa, seus amigos, seu trabalho, para dedicar-se inteiramente ao serviço do Senhor, essa figura, que nos referimos, deve tê-lo acompanhado com os olhos até ele se perder no horizonte, com os olhos marejados de lágrimas e com o coração acompanhando Jesus em todos os seus passos e minutos da vida que ele se propusera viver para que a misericórdia de Deus atingisse todos os homens.
Essa figura não é outra senão Maria.
Durante toda a infância de Jesus, os santos evangelhos nos dizem que Maria observava tudo e guardava e meditava tudo em seu coração.
E nessas meditações lhe fora revelado tudo o que o seu Divino Filho deveria passar, sofrer, ser perseguido e até morrer pela salvação de todos os homens a quem ele viera para salvar. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

MARIA, MÃE DE DEUS

MARIA, MÃE DE DEUS


O calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua divina maternidade, chamada, reconhecida, venerada e verdadeiramente a Mãe de Deus, pois Maria é a Mãe de Jesus Cristo que, tomando a natureza humana não abdicou a sua natureza divina, sendo, portando, homem e Deus, e Maria é a Mãe da Pessoa de Jesus Cristo na sua natureza humana e divina. Esta festa, a de Maria, a Mãe de Deus é a primeira festa que surgiu na Igreja do Oriente, que proclama que Maria é verdadeiramente a Mãe de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. 
Esta verdade de fé foi proclamada solenemente no Concílio Ecumênico de Éfeso, em 431. 
Nesse Concílio foi dado a Maria o título de “Theotokos”, isto é, geradora de Deus. Deus se fez carne no ventre de Maria, por meio de Maria e começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história. Maria é o ponto de união entre o céu e a terra. 
Maria, que deu a vida humana ao Filho de Deus, continua a apresentar para as pessoas a vida divina. É por isso que Maria é considerada mãe de cada pessoa que nasce para a vida da graça, a vida de Deus, e mãe de todos. É em nome de Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, que no dia primeiro de Janeiro, o primeiro dia do calendário anual, se celebra no mundo inteiro “o dia da paz”, aquela paz que Maria, uma de nós, encontrou no abraço infinito do amar divino. 
Aquela paz que Jesus veio trazer às pessoas que creram no amor. Tudo isso começou a mais de dois mil anos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

CÁTEDRA DE SÃO PEDRO

CÁTEDRA DE SÃO PEDRO


A Cátedra de São Pedro era comemorada em duas datas, que marcaram as mais importantes etapas da missão deixada ao apóstolo pelo próprio Jesus. 
A primeira, em 18 de janeiro se comemorava a sua posse em Roma, a segunda, em 22 de fevereiro, marca o aparecimento do Cristianismo na Antioquia, onde Pedro foi o primeiro bispo. 
Por se tratar de uma das mais expressivas datas da Igreja o martirológio decidiu unificar os dois dias e festejar apenas o dia 22 de fevereiro, que é a mesma data do livro "Dispositio Martyrum", único motivo da escolha para a celebração. 
Cátedra significa símbolo da autoridade e do magistério do bispo. 
É daí que se origina a palavra catedral, a igreja-mãe da diocese. 
Estabeleceu-se então, a Cátedra de São Pedro para marcar sua autoridade sobre toda a Igreja, inclusive sobre os outros apóstolos. Sem dúvida alguma foi o mais importante dos escolhidos por Jesus Cristo. 
Recebendo a incumbência de se tornar a pedra sobre a qual seria edificada Sua Igreja,

domingo, 21 de fevereiro de 2016

TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS

I DOMINGO DA QUARESMA – ANO “C”

"ESTE É O MEU FILHO, O ESCOLHIDO. ESCUTAI O QUE ELE DIZ!" – (Lc 9,35).



Diácono Milton Restivo

A transfiguração de Jesus é uma passagem que se encontra em todos os Evangelhos sinóticos: Lucas 9,28-36, Mateus 17,1-9 e Marcos 9,2-10, mas cada um dos evangelistas sinóticos trabalhou a seu modo a narrativa dentro dos objetivos específicos que lhe era peculiar.
A transfiguração de Jesus é o ponto culminante da sua vida pública, assim como o seu batismo é o seu ponto de partida, e sua ascensão aos céus é o seu termo.
Pedro refere-se a esse glorioso evento na sua segunda carta: “De fato, não tiramos de fábulas complicadas o que lhes ensinamos sobre o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Pelo contrário, falamos porque somos testemunhas oculares da majestade dele. Pois ele recebeu de Deus Pai a honra e a glória, quando uma voz vinda de sua Glória, lhe disse: ‘Este é o meu Filho amado: nele encontro o meu agrado’.” (2Pd 1,16-18).
João, também, no seu Evangelho, não deixa passar despercebida a contemplação da glória de Jesus que foi testemunhada por ele, por Pedro e Tiago: “E nós contemplamos a sua glória; glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade.” (Jo 1,4b). Então, podemos dizer que duas das testemunhas oculares privilegiadas fazem alusão à transfiguração de Jesus.  

sábado, 20 de fevereiro de 2016

PARA VOCÊ, QUEM É JESUS?

PARA VOCÊ, QUEM É JESUS?


Certa vez Jesus perguntou aos seus discípulos: “Quem vocês dizem que eu sou?” (Lc 9,20). Jesus está continuamente na nossa vida perguntando-nos quem achamos que ele seja. Essa pergunta não é respondida apenas com palavras, mas com atitudes, com ação, com trabalho, com muito amor, com vida. 
O que responderíamos, hoje, a Jesus, quando ele, olhando diretamente nos nossos olhos, nos fizesse essa pergunta? Será que pelas nossas atitudes e na nossa vida testemunharíamos quem seria Jesus para nós?
É muito difícil afirmar isso com segurança.  Os nossos atos não testemunham que Jesus é o Filho de Deus e Salvador da humanidade, em primeiro lugar porque não cumprimos fielmente os seus mandamentos; em segundo lugar porque desconhecemos a sua palavra transmitida pelo Evangelho; em terceiro lugar porque não vivemos a sua verdade que é a verdade por excelência e fora dessa verdade não existe outra; em quarto lugar porque não trilhamos o caminho por ele apontado e, em quinto lugar, porque não vivemos a vida de um verdadeiro filho de Deus resgatado do pecado pelo sacrifício de Jesus na cruz, ignorando o que ele afirma: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”. (Jo 14,6).

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"PADRE IBIAPINA" - SANTO POPULAR DO NORDESTE BRASILEIRO - JOSÉ ANTÔNIO DE MARIA IBIAPINA - 1806-1883

"PADRE IBIAPINA" - SANTO POPULAR DO NORDESTE BRASILEIRO - JOSÉ ANTÔNIO DE MARIA IBIAPINA - 1806-1883


José Antônio de Maria Ibiapina nasceu aos 5 de agosto de 1806, em Sobral, Ceará. Era o terceiro dos oito filhos de Francisco Miguel Pereira e Teresa Maria de Jesus, um casal de fazendeiros decadentes, porém dotados de fé e humildade. 
Em 1816 a família se transfere para a vila de Icó, onde o pai assume as funções de escrivão. 
A família está com muitas dificuldades financeiras. Ibiapina se hospeda, então na casa do padre Antônio Manuel de Sousa, que se ocupou de sua educação religiosa e foi um importante padrinho. 
Nesta época, Ibiapina já estava consciente da fragilidade da justiça e da política de sua região, especialmente pela convivência com seu pai, serventuário a justiça, que o fez conhecedor dos bastidores do poder.
Ele estava certo de que iria se tornar um defensor dos oprimidos e carentes daquela terra sem lei. José Ibiapina ingressa no seminário de Olinda em 1823 mas o deixa para iniciar os estudos de direito. 
Em 1828 ingressa no curso Jurídico, finalizando os estudos em 1832. Em 1834 é eleito deputado. Desde o começo se posicionava como um defensor das questões sociais e como um autêntico nacionalista, opondo-se, muitas vezes, a políticos e autoridades influentes. 
Terminada sua legislatura, Ibiapina não mais desejava continuar na vida pública e se dedicou ao seu ofício de advogado, principalmente em causas de pessoas humildes e sem posses.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

QUARESMA – TEMPO DE CONVERSÃO

QUARESMA – TEMPO DE CONVERSÃO


Quaresma é o período de quarenta dias que antecedem a maior festa do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. 
A Quaresma é uma caminhada de quarenta dias que nos conduz à Páscoa, festa máxima da cristandade. 
A quaresma tem seu inicio na quara-feira de cinzas e seu término ocorre na quinta-feira santa, na celebração da última ceia de Jesus Cristo com os doze apóstolos. 
Portanto, a Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos por recordar o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo Páscoa).
Os israelitas caminharam quarenta anos no deserto para só depois alcançarem a Terra Prometida; foram quarenta anos de vida dura, sacrificada, de purificação da idolatria. Moisés permaneceu quarenta dias no monte Sinai antes de receber as táboas Lei, em oração e penitência diante da majestade de Yahweh. Elias caminhou quarenta dias no deserto para chegar ao monte de Deus. Cristo jejuou quarenta dias e quarenta noites no deserto antes de iniciar a sua vida pública.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

TODO AQUELE QUE REPUDIAR A SUA MULHER E DESPOSAR UMA OUTRA COMETE ADULTÉRIO.

TODO AQUELE QUE REPUDIAR A SUA MULHER E DESPOSAR UMA OUTRA COMETE ADULTÉRIO.


No Antigo Testamento, e, pela Lei de Moisés, o casamento não era uma instituição indissolúvel; Moisés legisla sobre o casamento e, em sua Lei determina que: “Quando um homem tiver tomado uma mulher e consumado o matrimônio mas esta logo depois não encontra mais graça aos seus olhos, porque viu nela algo de inconveniente, ele lhe escreverá então uma ata de divórcio e a entregará, deixando-a sair de sua casa em liberdade. Tendo saído de sua casa, se ela começar a pertencer a um outro, e se também este a repudia, e lhe escreve e lhe entrega em mãos uma ata de divórcio, e a deixa ir de sua casa em liberdade (ou se este outro homem que a tenha desposado venha a morrer), o primeiro marido que a tinha repudiado não poderá retomá-la como esposa, após ela ter se tornado impura...” (Dt 24,1-4). 
No Novo Testamento, como não poderia deixar de ser, os escribas e fariseus, preocupados com os ensinamentos e a doutrina de Jesus Cristo sobre o amor verdadeiro, não com o intuito de aprender mais, pois julgavam que já sabiam tudo, mas para tentar fazer Jesus entrar em contradição sobre o que ensinava, “...se aproximaram dele, querendo pô-lo à prova. E perguntaram: “É lícito repudiar a própria mulher por qualquer motivo que seja?” Ele respondeu: “Não lestes que deste o princípio o Criador os fez homem e mulher? e que disse: Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne?  De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não deve separar.” Eles, porém, objetivaram: “Porque, então, ordenou Moisés que se desse carta de divórcio e depois se repudiasse?” Ele disse: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas desde o princípio não era assim. E vos digo que todo aquele que repudiar a sua mulher - exceto por motivo de ‘fornicação’ - e desposar uma outra comete adultério.” (Mt 19,3-9). “E, em casa os discípulos voltaram a interrogá-lo sobre esse ponto. E ele disse: “Todo aquele que repudiar a sua mulher e desposar outra, comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar o seu marido e desposar outro, comete adultério.” (Mc 10,10-12). “Os discípulos disseram-lhe: “Se é assim a condição do homem em relação à mulher, não vale a pena casar-se.” Ele acrescentou: “Nem todos são capazes de compreender  essa palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.” (Mt 19,10-11).

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

“PORTANTO, O QUE DEUS UNIU, O HOMEM NÃO DEVE SEPARAR.” (Mt 19,4-6).

“PORTANTO, O QUE DEUS UNIU, O HOMEM NÃO DEVE SEPARAR.” (Mt 19,4-6).


“Yahweh Deus  modelou, então, do solo, todas as feras selvagens e todas as aves do céu e as conduziu ao homem para ver como ele as chamaria: cada qual devia levar o nome que o homem lhe desse. O homem deu nome a todos os animais, às aves do céu e a todas as feras selvagens, mas, para o homem, não encontrou a auxiliar que lhe correspondesse.” (Gn 2,19-20). 
Interessante!!! Dentre todas as criaturas criadas, depois do homem, nenhuma se encaixou como “a auxiliar que lhe correspondesse.”  "Yahweh Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer uma auxiliar que lhe corresponda.”... Então Yahweh Deus fez cair um torpor sobre o homem, e ele dormiu. Tomou uma de suas costelas e fez crescer carne em seu lugar. Depois, da costela que tirara do homem, Yahweh Deus  modelou uma mulher e a trouxe ao homem. Então o homem exclamou: “Esta sim, é osso de meus ossos e carne de minha carne! Ela se chamará ‘mulher’, porque foi tirada do homem.” Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne.” (Gn 2, 18.21-24). 
Na criação do homem Deus sentiu a necessidade de lhe fazer uma companheira que fosse superior a todas as demais criaturas já criadas, que se igualasse a ele em dignidade e que, com ele, fosse dividida a responsabilidade de zelar das coisas que o Senhor havia criado e lhe dado responsabilidade de delas cuidar. 
Primeiro “...modelou, então, do solo, todas as feras selvagens e todas as aves do céu... ...mas, para o homem não encontrou a auxiliar que lhe correspondesse.” (Gn 2,19 e 20).

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO E A VIDA CONJUGAL

PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO E A VIDA CONJUGAL



A preparação para o matrimônio, para a vida conjugal e familiar, é de importância relevante para o bem da Igreja. 
De fato, o Sacramento do Matrimônio tem um grande valor para toda a comunidade cristã e, em primeiro lugar, para os esposos, cuja decisão é tão grande que não poderia ser sujeita à improvisação ou a escolhas apressadas. 
Em outras épocas, tal preparação podia contar com o apoio da sociedade, a qual reconhecia os valores e os benefícios do matrimônio. 
A Igreja, sem obstáculos ou dúvidas, tutelava a sua santidade, sabedora do fato de que o Sacramento do Matrimônio representava uma garantia eclesial, qual célula vital do Povo de Deus. 
O apoio eclesial era, pelo menos nas comunidades realmente evangelizadas, firme, unitário, compacto. Hoje, ao contrário, em não poucos casos assiste-se a um acentuado deterioramento da família e a certa corrupção dos valores do matrimônio. 
Em numerosas nações, sobretudo economicamente desenvolvidas, o índice de casamentos é reduzido. Costuma-se contrair matrimônio numa idade mais avançada e aumenta o número das separações, até mesmo nos primeiros anos de vida conjugal. 
Tudo isto leva, inevitavelmente, a uma inquietação pastoral, mil vezes reforçada. Quem contrai matrimônio está realmente preparado para isso?

domingo, 14 de fevereiro de 2016

"VOCÊ ADORARÁ O SENHOR SEU DEUS E SOMENTE A ELE SERVIRÁ" - Lc 4,1-13

PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA - ANO “C”

"VOCÊ ADORARÁ O SENHOR SEU DEUS E SOMENTE A ELE SERVIRÁ" - Lc 4,1-13


Diácono Milton Restivo

Estamos entrando no tempo da Quaresma. Este é o primeiro domingo da Quaresma. Geralmente, os fieis cumprem, para desencargo de consciência, com aquilo que chamam de “obrigação”, participando das santas missas aos domingos e dias santos de guarda, mas desconhecem a sequência normal do Ano Litúrgico que tem como centro e ápice a Ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa. Então, vamos nos ater um pouco sobre um assunto que, temos certeza, todos conhecem, mas que nunca é demais reavivá-lo.
Segundo os ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica (CIC) e dos documentos da CNBB, a palavra Quaresma vem do latim “quadragésima” e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecede a festa maior do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no glorioso Domingo de Páscoa.
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que tem a conotação de penitência, recolhimento na oração, desprendimento pela caridade. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal. Neste tempo a Igreja, interpretando na íntegra os ensinamentos de Jesus, convida-nos à mudança de vida e de mentalidade: “Convertam-se, porque o Reino de Deus está próximo”. (Mt 4,17).
A Igreja convida-nos a viver a Quaresma como um caminho que leva à conversão e adesão à mensagem de Jesus, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. 

sábado, 13 de fevereiro de 2016

DIREITOS DOS DOENTES

DIREITOS DOS DOENTES


No dia 11 de fevereiro celebramos o Dia Mundial do Doente. 
A doença traz consigo, inevitavelmente, um momento de crise e de confronto com a própria situação pessoal. 
O progresso nas ciências oferece com freqüência os meios necessários para ir ao encontro deste desafio. 
Contudo a vida humana tem limites e, mais cedo ou mais tarde, termina com a morte. 
Trata-se de uma experiência à qual cada ser humano é chamado e deve estar preparado. 
O DIA do Doente visa sensibilizar as instituições de saúde e toda a sociedade para necessidade de proporcionar boa assistência aos doentes; ajudar os doentes a lutar contra a doença e procurar com empenho a saúde; dar atenção a formação humana, espiritual e ética aos profissionais de saúde.
AS ENFERMIDADES sempre foram consideradas como um grande problema que aflige a humanidade. E não há no mundo criatura alguma, que não tenha algum sofrimento. 
O sofrimento é o pão nosso de cada dia.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

QUAL O SIGNIFICADO DO NÚMERO QUARENTA NA BÍBLIA?


QUAL O SIGNIFICADO DO NÚMERO QUARENTA NA BÍBLIA?



Por que quarenta dias? 
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material e o quarenta é a duração de uma geração. Em quarenta dias ou quarenta anos tudo se renova.
Quarenta foram os dias em que Moisés recebeu das mãos de Deus as Leis e Mandamentos que orientaram o povo escolhido a deixar para trás a escravidão e a viver a vida de liberdade total.
Quarenta foram os dias em que Jesus esteve no deserto, entrando ali como simples e humilde carpinteiro e de lá saindo como o Salvador da humanidade.
Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia.
A Quaresma evoca as passagens que se referem ao número quarenta. Dos quarenta dias do dilúvio: “Durante quarenta dias caiu o dilúvio sobre a terra. [...] No fim de quarenta dias, Noé abriu a clarabóia que tinha feito na arca, e soltou o corvo, que ia e vinha, esperando que as águas secassem sobre a terra.”  (Gn 7,17; 8,6 ). Dos quarenta anos de peregrinação do povo israelita pelo deserto: “A ira de Yahweh se inflamou contra Israel, e ele o fez andar errante pelo deserto durante quarenta anos, até que desaparecesse aquela geração que fez o que Yahweh reprova.” (Nm 32,13; 14,33; Dt 8,2; 29,4; etc.). 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

NOSSA SENHORA DE LOURDES

NOSSA SENHORA DE LOURDES


Em 11 de fevereiro de 1858, na vila francesa de Lourdes, às margens do rio Gave, Maria, a Mãe de Jesus e nossa mãe, manifestou-se de maneira direta e próxima seu profundo amor para conosco, aparecendo a uma menina de 14 anos, chamada Bernadete (Bernardita) Soubirous. 
A história da manifestação começa quando Bernadete, que nasceu em 7 de janeiro de 1844, saiu, junto com duas amigas, em busca de lenha na Pedra de Masabielle. 
Para isso, tinha que atravessar um pequeno rio, mas como Bernadete sofria de asma, não podia entrar na água fria e as águas daquele riacho estavam muitas geladas. 
Por isso ela ficou de um lado do rio, enquanto as duas companheiras iam buscar a lenha do outro lado. 
Foi nesse momento, que Bernadete experimenta o encontro com Maria, experiência que marcaria sua vida, e é assim que ela narra o fato: “senti um forte vento que me obrigou a levantar a cabeça. Voltei a olhar e vi que os ramos de espinhos que rodeavam a gruta da pedra de Masabielle estavam se mexendo. Nesse momento apareceu na gruta uma belíssima Senhora, tão formosa, que ao vê-la uma vez, dá vontade de morrer, tal o desejo de voltar a vê-la. Ela vinha toda vestida de branco, com um cinto azul, um rosário entre seus dedos e uma rosa dourada em cada pé. Saudou-me inclinando a cabeça. Eu, achando que estava sonhando, esfreguei os olhos; mas levantando a vista vi novamente a bela Senhora que me sorria e me pedia que me aproximasse. Ms eu não me atrevia. Não que tivesse medo, porque quando alguém tem medo foge, e eu teria ficado alí olhando-a toda a vida. Então tive a idéia de rezar e tirei o rosário. Ajoelhei-me. Vi que a Senhora se persignava ao mesmo tempo em que eu. Enquanto ia passando as contas ela escutava as Ave-Marias sem dizer nada, mas passando também por suas mãos as contas do rosário. E quando eu dizia o Glória ao Pai, Ela o dizia também, inclinando um pouco a cabeça. Terminando o rosário, sorriu para mim outra vez e retrocedendo para as sombras da grupa, desapareceu”.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

ZÉLIA E JERÔNIMO – O PRIMEIRO CASAL A SER BEATIFICADO NO BRASIL

ZÉLIA E JERÔNIMO – O PRIMEIRO CASAL A SER BEATIFICADO NO BRASIL

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As histórias virtuosas de Zélia Pedreira Abreu Magalhães (1857-1919) e de Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1851 -1909) cruzaram-se pelo casamento. 
No entanto, mesmo antes disso, ambas apresentavam características da mais profunda fé cristã. Zélia, a primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz, secretário do Supremo Tribunal de Justiça e aposentado do Supremo Tribunal Federal, e de Elisa Amália de Bulhões Pedreira, nasceu em 5 de abril de 1857, no bairro do Ingá, em Niterói, capital da então Província do Rio de Janeiro. Recebeu primeiramente o nome da mãe, Elisa, logo trocado pelo anagrama Zélia, composto pelo pai. De família proeminente, Zélia teve como avós paternos o Desembargador Luís Pedreira do Couto Ferraz e Guilhermina Amália Correia Pedreira e como avós maternos, o Comendador José Manuel de Carvalho Bulhões e Justina Justa de Oliveira Bulhões. 
Entre os parentes próximos, havia o Barão do Bom Retiro, presidente da Província do Rio de Janeiro, cargo que hoje corresponde ao de Governador do Estado, seu tio paterno; a Baronesa de Anadia, sua tia materna; o Visconde de Duprat, seu cunhado; e o Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Claudio Ponce de Leão, seu primo. Filho do fazendeiro Fernando de Castro Abreu Magalhães e de Rosa Rodrigues Magalhães, Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1851-1909) nasceu em Magé, Província do Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1851. Seu pai, que veio para o Brasil acompanhar o irmão, Monsenhor Baccelar, 
Capelão do Imperador, construiu a grande fazenda de café Santa Fé, próxima ao Carmo do Cantagalo, e fez grande fortuna. Colaborou para o desenvolvimento da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, onde situava-se a fazenda, cooperou com a fundação do Colégio Anchieta em Nova Friburgo e extinguiu a escravatura em sua fazenda muito antes do decreto imperial.