terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

SÃO ROMANO - 390-463

SÃO ROMANO - 390-463

Resultado de imagem para SÃO ROMANO - 390-463

Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. 
No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses. Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. 
Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. 
Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. 
Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. 
Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. 
A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. 
Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2017

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2017

Resultado de imagem para MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2017

Amados irmãos e irmãs!
 A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa de Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus «de todo o coração» (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor.
Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).
A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo. Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31).
Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão.

1. O outro é um dom
A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). 

domingo, 26 de fevereiro de 2017

OLHEM AS AVES DO CÉU... OLHEM OS LÍRIOS DO CAMPO...

VIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

“EM PRIMEIRO LUGAR BUSQUEM O REINO DE DEUS E A SUA JUSTIÇA, E DEUS DARÁ A VOCÊS, EM ACRÉSCIMO, TODAS ESSAS COISAS.” (Mt 6,33).

Resultado de imagem para OLHEM AS AVES DO CÉU... OLHEM OS LÍRIOS DO CAMPO...

Diácono Milton Restivo

A presença do profeta Isaias é uma constante nas leituras de nossas liturgias, principalmente quando o amor de Deus é colocado em pauta e exaltado.
Na primeira leitura desta liturgia Isaias enaltece o amor de mãe que é tão grande e tão bonito que chega a ser comparado, na Bíblia, com o próprio amor de Deus: “Pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas?” (Is 49,15a).
Para justificar o sucesso do homem, costuma-se dizer que, por trás de um homem realizado há sempre a figura de uma grande mulher e, com mais definição, quando essa mulher é a mãe.
As Sagradas Escrituras nos mostram exemplos disso.
O grande profeta e juiz israelita Samuel não teria sido o que foi se não fossem as insistentes orações para ter um filho, de sua mãe, Ana, que era estéril, isto é, não podia ter filhos.
A oração de agradecimento a Yahweh de Ana por ter tido um filho, encontra-se no primeiro livro de Samuel, 2,1-10. Além de muitos outros exemplos, as Sagradas Escrituras também citam os de Sara, a mulher de Abraão, em favor de seu filho Isaac (cf Gn 21,8-10) e de Rebeca, esposa de Isaac a favor de seu filho Jacó (cf Gn 27).
O amor de mãe é tão importante e indispensável na vida e na formação de um filho que, para se fazer homem, o Filho de Deus quis ter uma mãe para ser gerado como homem: “Quando, porém, chegou à plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho. Ele nasceu de uma mulher...” (Gl 4,4) e, por isso, por ter escolhido entre os humanos uma mãe e ter nascido de mulher, podemos dizer que “é em Cristo que habita, em forma corporal, toda plenitude da divindade” (Cl 2,9) e, ainda mais, que Isabel reconheceu em Maria a mãe de um Deus que se fez homem: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” (Lc 1,42-43). 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

“A RELIGIÃO PODE FAZER O BEM MELHOR E TAMBÉM O MAL PIOR” POR LEONARDO BOFF

“A RELIGIÃO PODE FAZER O BEM MELHOR E TAMBÉM O MAL PIOR”
POR LEONARDO BOFF


Resultado de imagem para “A RELIGIÃO PODE FAZER O BEM MELHOR E TAMBÉM O MAL PIOR” POR LEONARDO BOFF

Tudo o que é sadio pode ficar doente. Também as religiões e as igrejas. Hoje particularmente assistimos a doença do fundamentalismo contaminando setores importantes de quase todas as religiões e igrejas, inclusive da Igreja Católica. Há, às vezes, verdadeira guerra religiosa. Basta acompanhar alguns programas religiosos de televisão especialmente, de cunho neopentecostal, mas também de alguns setores conservadores da Igreja Católica, para ouvir a condenação de pessoas ou de grupos, de certas correntes teológicas ou a satanização das religiões afro-brasileiras.
A expressão maior do fundamentalismo de cunho guerreiro e exterminador é aquele representado pelo Estado Islâmico que faz da violência e do assassinato dos diferentes, expressão de sua identidade.
Mas há um outro vício religioso, muito presente nos meios de comunicação de massa especialmente na televisão e no rádio: o uso da religião para arrebanhar muita gente, pregar o evangelho da prosperidade material, arrancar dinheiro dos fregueses e enriquecer seus pastores e auto-proclamados bispos.
Temos a ver com religiões de mercado que obedecem à lógica do mercado que é a concorrência e o arrebanhamento do número maior possível de pessoas com a mais eficaz acumulação de dinheiro líquido possível.  

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

PAPA FRANCISCO: O SACERDOTE É UM MINISTRO NÃO UM SHOWMAN

PAPA FRANCISCO: O SACERDOTE É UM MINISTRO NÃO UM SHOWMAN

Recuperar a fascinação pela beleza é o central do "ars celebrandi", da arte de celebrar, afirmou o Papa
Resultado de imagem para PAPA FRANCISCO: O SACERDOTE É UM MINISTRO NÃO UM SHOWMAN

 Francisco na manhã desta quinta-feira no tradicional encontro com o clero romano na Sala Paulo VI que durou cerca de duas horas.
Embora o Vaticano ainda não tenha divulgado a íntegra do diálogo do Santo Padre com os sacerdotes, o jornal Avvenire da Conferência Episcopal Italiana adiantou alguns extratos deste importante encontro.
Diante de centenas de presbíteros, o Santo Padre pediu “recuperar o assombro” tanto de quem celebra como do povo. “Precisa-se entrar em uma atmosfera espontânea, normal, religiosa, mas não artificial, e assim se recupera um pouco o assombro, aquilo que se sente durante o encontro com Deus”, informou Avvenire.
Assim, “quando encontramos o Senhor na oração sentimos este estupor, quando não rezamos formalmente temos o sentimento do encontro, o assombro, aquilo que escutaram os apóstolos quando foram convidados, o estupor atrai e te deixa em contemplação, isso é importante, e contra o estupor vai tudo aquilo que é artificial”.
O Pontífice explicou que “se deve rezar diante de Deus com a comunidade”. Assim, “quando encontramos padres que celebram de maneira sofisticada, artificial, ou com gestos um pouco... ou que abusam um pouco dos gestos, não é fácil que se dê este estupor ou esta capacidade de fazer entrar no mistério”. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

SACERDOTES NEGROS NOS TEMPOS DA ESCRAVIDÃO

SACERDOTES NEGROS NOS TEMPOS DA ESCRAVIDÃO

Resultado de imagem para SACERDOTES NEGROS NOS TEMPOS DA ESCRAVIDÃO

Sabe aquele seu professor que diz que a Igreja Católica, na época da escravidão no Brasil, pregava que os negros não tinham alma? Aposto que ele vai ficar boladão se você perguntar a ele sobre os padres e bispos negros, que foram ordenados entre os séculos XVI e XIX.

O PRÍNCIPE BISPO 
Mvemba Nzinga (Afonso I do Congo) era um rei católico. Ele marcou a história do Congo com o primeiro governante a denunciar o tráfico de escravos negros, que era feito com a autorização da Coroa Portuguesa.
Além disso, foi responsável pela implementação de um sistema educativo moderno (voltado para meninos e meninas), além de ter trazido diversos avanços para o país.
Quando o príncipe Henrique tinha 14 ou 15 anos, Mvemba Nzinga o enviou a Lisboa, onde estudaria para ser padre. O Rei de Portugal gostava tanto de Henrique que o enviou à frente de uma delegação para prestar homenagem ao Papa Leão X. Cinco anos depois do encontro com o bispo de Roma, o padre negro foi eleito bispo, tendo apenas 26 anos.
A partir de 1518, ele se tornou o representante máximo da Igreja Católica em todo o território do Congo. O apostolado rendeu bons frutos para o Reino. Ele faleceu em 1531, e, doze anos depois de sua morte, metade da população do Congo já havia sido batizada.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

SANTA MARGARIDA DE CORTONA - 1247-1297

SANTA MARGARIDA DE CORTONA - 1247-1297

Resultado de imagem para SANTA MARGARIDA DE CORTONA - 1247-1297

A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis. 
Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. 
O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. 
Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. 
No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas. 
Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. 
Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A VOCAÇÃO DO JOVEM RICO

A VOCAÇÃO DO JOVEM RICO

Resultado de imagem para A VOCAÇÃO DO JOVEM RICO

A narrativa do jovem rico traz-nos a mensagem de que nada pode ser colocado acima do amor a Deus! Na última viagem de Jesus a Jerusalém, Mateus, no Evangelho, diz-nos que um jovem muito rico procura Jesus. Enquanto que Marcos e Lucas narram que se trata de uma pessoa rica, líder e de alta posição, uma pessoa importante na sociedade judaica procura Jesus.
Este fato impressionou os discípulos e muitas pessoas, pois não imaginavam que uma pessoa da alta sociedade pudesse mostrar interesse em falar com o Mestre. Com certeza, o jovem rico já conhecia, a vida, o ministério de Jesus, talvez tivesse até presenciado alguns de seus milagres, sinais e ensinamentos; tudo isso o levou a ter um fascínio por Jesus.
Diante da pergunta do jovem rico, Jesus respondeu que seria necessário cumprir os mandamentos da lei de Deus. Perante a resposta de Jesus, o jovem se mostrou puro, íntegro, enfim, um exemplo para a sociedade israelita.
Mas o jovem perguntou: “O que ainda me falta”? respondeu-lhe Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que possuis, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me”.  Ao ouvir isso, o jovem foi embora triste, porque era muito rico (Mt 19,20-22).
É interessante observar que Jesus não impediu o jovem de ir embora. Jesus exigiu dele a mesma coisa que exige de qualquer um de nós, que queira ser seu discípulo: estar totalmente disponível, sem nenhum apego.
Jesus queria libertar aquele jovem, pois percebeu que seu apego à riqueza impedia de segui-lo.
No seguimento de Jesus há o convite ao jovem para se libertar do ídolo da riqueza material, partilhando o que tinha com os pobres, somente assim, estaria apto para segui-lo. No entanto, o amor do jovem à Jesus não fui suficiente para que o fizesse desapegar da riqueza.
A mensagem do evangelho, vale para nós: conviver com os bens que Deus nos deu não nos tornando dependentes deles. Que possamos sempre nos apegar a Jesus, nosso Salvador, aquele que veio para trazer-nos vida e vida em abundância.
Padre Rafael Dalben

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

ACOMPANHAR A MISSA PELA TELEVISÃO VALE COMO MISSA DOMINICAL?

ACOMPANHAR A MISSA PELA TELEVISÃO VALE COMO MISSA DOMINICAL?

Resultado de imagem para ACOMPANHAR A MISSA PELA TELEVISÃO VALE COMO MISSA DOMINICAL?

Os especialistas respondem à pergunta de um leitor

Pergunta:
O caso é de um idoso que, apesar de ser autossuficiente e capaz de sair de casa, tem medo de arriscar sua saúde no inverno e, por isso, acompanha a santa missa dominical pela televisão. Ele cumpre o preceito dominical?

Resposta de Gilberto Aranci, professor de Teologia Pastoral:
A resposta precisa pelo menos de duas premissas gerais: uma litúrgica e outra moral.
Segundo a liturgia cristã, o culto prestado a Deus é principalmente comunitário (liturgia = culto do povo) e enriquece a participação pessoal. Sempre é assim a celebração da Eucaristia: toda a assembleia participa (não apenas assiste) da celebração eucarística presidida pelo sacerdote e, junto dele, exerce o sacerdócio comum unindo a oferenda de si à de Cristo, feita de uma vez para sempre.
Como consequência – eis aqui o aspecto moral – o preceito festivo da missa não pode ser cumprido sem a participação pessoal da Eucaristia dominical. Além disso, leva-se em consideração o outro princípio moral segundo o qual ninguém é obrigado a cumprir atos “impossíveis”.
Por isso, quem, por sérios ou graves motivos, está impedido ou impossibilitado não está sujeito ao preceito: por exemplo, quem está doente ou é idoso, ou quem está particularmente longe do lugar da celebração dominical, ou onde, por falta de padres, a missa não é celebrada etc. 

domingo, 19 de fevereiro de 2017

VII DOMIGO DO TEMPO COMUM

“SEJAM PERFEITOS COMO É PERFEITO O PAI DE VOCÊS QUE ESTÁ NO CÉU”.
(Mt 5,48)

Resultado de imagem para “SEJAM PERFEITOS COMO É PERFEITO O PAI DE VOCÊS QUE ESTÁ NO CÉU”.  (Mt 5,48)

Diácono Milton Restivo

Desde o quarto domingo do Tempo Comum o Evangelho lido na liturgia aborda os ensinamentos de Jesus proferidos no monte das bem-aventuranças, numa sequência lógica, e assim irá continuar até o nono Domingo do Tempo Comum.
O sermão da montanha trata dos ensinamentos básicos para o seguimento a Jesus, ou seja, para que os seus discípulos “sejam perfeitos como é perfeito o Pai que está nos céus”. (Mt 5,48).
A liturgia de hoje foca essa perfeição e, na primeira leitura, “Yahweh falou a Moisés: ‘Diga a toda a comunidade dos filhos de Israel: Sejam santos, porque eu, Yahweh, o Deus de vocês sou santo”. (Lv 19,1) como já havia dito a esse mesmo povo, anteriormente, em outra oportunidade: “E vocês foram santificados e se tornaram santos, porque eu sou santo [...] Eu sou Yahweh, que os tirei do Egito, para ser o Deus de vocês: sejam santos porque eu sou santo” (Lv 11,44.45), e diria mais tarde: “Sejam santos para mim, porque eu, Yahweh, sou santo. Eu separei vocês de todos os povos para que vocês pertençam a mim”. (Lv 20,26).
Essa ordem de o povo de Israel ser santo como Yahweh é santo, foi determinada pelo próprio Yahweh a Moisés.
No Evangelho de hoje Jesus repetirá essa ordem aos seus discípulos: “sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está nos céus”. (Mt 5,48).
Na sua carta, Pedro reforça essa ordem, transmitindo-a à Igreja de Jesus Cristo daquele tempo e também para a Igreja, do mesmo Cristo, do terceiro milênio: “Assim como é santo o Deus que os chamou, também vocês tornem-se santos em todo o comportamento, porque a Escritura diz: ‘sejam santos porque eu sou santo.”. (1Pd 1,15-16).
Paulo, Apóstolo, assimilou de tal maneira e com perfeição essa chamada para a santidade, e escreve aos tessalonicenses: “Deus não nos chamou para a imoralidade, mas para a santidade. Portanto, quem despreza essas normas, não despreza um homem, mas o próprio Deus, que dá o Espírito Santo para vocês” (1Ts 4,7-8).
Mas, o que é ser santo? 

sábado, 18 de fevereiro de 2017

SETE BRASILEIROS QUE A IGREJA CATÓLICA PODERÁ PROCLAMAR SANTOS

SETE BRASILEIROS QUE A IGREJA CATÓLICA PODERÁ PROCLAMAR SANTOS

Resultado de imagem para SETE BRASILEIROS QUE A IGREJA CATÓLICA PODERÁ PROCLAMAR SANTOS

Atualmente, o rol de santos brasileiros, natos ou não, conta com São Roque Gonzáles e companheiros, Santa Paulina, Santo Antônio de Sant’Ana Galvão e São José de Anchieta. Os beatos já são onze, além de dois grandes grupos de mártires, um de quarenta fiéis e outro de trinta. Boa parte dessas beatificações e canonizações aconteceram dentro dos últimos 15 anos.
Mas além desses 87 católicos que deram testemunho da santidade de Deus em nossas terras, há um grande número de brasileiros cujo processo de beatificação está em andamento ou em vias de se iniciar. Saiba um pouco mais sobre sete daqueles que podem estar entre os próximos brasileiros a serem beatificados.

João Luiz Pozzobon
Nascido em 1904, João era dono de um pequeno empório quando conheceu o Movimento de Schoenstatt e o seu fundador, o padre alemão José Kentenich, em 1947, na cidade gaúcha de Santa Maria. Foi um grande propagador da devoção a Nossa Senhora, levando a imagem da Mãe Três Vezes Admirável, venerada pelo movimento, a escolas, prisões, casas e hospitais, rezando o terço com as pessoas, pregando o Evangelho e ajudando as famílias necessitadas. Casado e pai de sete filhos, Pozzobon foi ordenado diácono em 1972. Morreu atropelado em 1985. A fase diocesana de seu processo de beatificação foi concluída em 2009.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

OS SETE FUNDADORES DA ORDEM DOS SERVITAS - SÉCULO XIII

OS SETE FUNDADORES DA ORDEM DOS SERVITAS - SÉCULO XIII

Resultado de imagem para OS SETE FUNDADORES DA ORDEM DOS SERVITAS - SÉCULO XIII

Fundaram a Ordem dos Servidores de Nossa Senhora "Os Servitas". 
Na Europa dos séculos XII e XIII houve uma grande ruptura dos valores cristãos, tanto por parte da sociedade civil e dos religiosos. 
Com isso surgiram várias confrarias de penitências onde os leigos buscavam viver a plenitude do evangelho, em oposição à ganância, luxo, prazeres fúteis e o gosto pelo poder que imperava. 
Algumas ordens são bem conhecidas, mas uma estendeu suas raízes por quase todo o mundo, foi a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas. Conta a tradição que, no dia 15 de agosto de 1233 os sete jovens estavam reunidos para as orações, onde também cantavam "laudas" de poemas religiosos dedicados à Virgem Maria e a imagem da Santa se mexeu. 
Mais tarde, quando atravessavam a ponte para voltar para casa, Nossa Senhora apareceu vestida de luto e chorando. Falou que a causa de sua tristeza era a guerra civil que ocorria em Florença, há dezoito anos. 
Naquele momento, os setes nobres, abandonaram os bens e as famílias, e se dedicaram às orações e à assistência aos pobres, para "vivenciar o compromisso cristão da pobreza, humildade e caridade".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

BEM-AVENTURADO JOSÉ ALLAMANO - 1851-1926

BEM-AVENTURADO JOSÉ ALLAMANO - 1851-1926

Resultado de imagem para BEM-AVENTURADO JOSÉ ALLAMANO - 1851-1926

Fundou o Instituto Missões Consolata e o Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata. 
Ele nasceu em Castelnuovo d'Asti, Itália, em 21 de janeiro de 1851. Também a cidade natal de São João Bosco, "o apóstolo da juventude"; e de seu tio São José Cafasso, irmão de sua mãe. 
Ambos foram seus orientadores e educadores desde a infância. Assim, José Allamano viveu no seio de uma família extremamente cristã. 
Com vontade própria e decidido, ingressou no Oratório do Seminário Diocesano de Turim, onde recebeu a ordenação sacerdotal aos 22 anos e se formou em teologia um ano depois. 
Com 25 anos, foi convocado para continuar no mesmo seminário, como Diretor espiritual, demonstrando ter, apesar de jovem, excelentes qualidades de formador. 
Repetiu e inculcou, biblicamente aos noviços, a seguinte frase: "Fazer bem o Bem". 
Quando padre Allamano foi nomeado Reitor do conceituado Santuário Mariano da "Consolata", tinha apenas 29 anos e permaneceu na função durante quarenta e seis anos, quando faleceu. 
A "Consolata" se tornou o campo de ação para todas as suas atividades sacerdotais. Muito atento, e com a mente aberta às necessidades e exigências pastorais do seu tempo, direcionou todas as iniciativas da diocese em favor da promoção da ação social da Igreja, da imprensa católica, da defesa e assistência ao clero, das associações operárias.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

SÃO CLÁUDIO COLOMBIERE - 1641-1683

SÃO CLÁUDIO COLOMBIERE - 1641-1683

Resultado de imagem para SÃO CLÁUDIO COLOMBIERE - 1641-1683

Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. 
Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia. 
Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. 
De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. 
Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.
Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. 
A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. 
Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

POR QUE É IMPORTANTE O SINAL DA CRUZ?

POR QUE É IMPORTANTE O SINAL DA CRUZ?

Resultado de imagem para POR QUE É IMPORTANTE O SINAL DA CRUZ?

Os católicos são criticados por fazer o Sinal da Santa Cruz. Mas há sólido fundamento nessa prática, como veremos.
A Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz no dia 14 de setembro. Essa festa origina-se nos primórdios da cristandade, porque a Morte do Senhor sobre a Cruz é o ponto culminante da Redenção da humanidade. 
A glorificação de Cristo e a nossa salvação passam pelo suplício da Cruz. Cristo, encarnado na Sua realidade concreta humano-divina, se submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene.
Os Apóstolos resumiam sua pregação no Cristo crucificado e ressuscitado dos mortos, de quem provém a justificação e a salvação de cada um. São Paulo dizia que Cristo cancelou “o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na Cruz” (Cl 2,14). É por isso que cantamos na celebração da adoração da santa Cruz na Sexta-feira Santa: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo: Vinde! Adoremos!”.
O caminho da cruz, da humilhação e da obediência foi o que Deus escolheu para nos salvar. Por isso, amamos e exaltamos a santa Cruz.
São Paulo resumiu tudo, dizendo aos filipenses: “sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente” (Fl 2,6-9).

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

SÃO BENIGNO

SÃO BENIGNO

Resultado de imagem para SÃO BENIGNO

Muito interessante a história do culto deste Santo de nome Benigno, até porque o seu próprio nome é um adjetivo que significa "bom", "benevolente", "benéfico", portanto, um atributo concedido a todos os Santos. 
No Calendário Litúrgico da Igreja, são vários os personagens festejados com este nome, cerca de dezoito, entre mártires, bispos, sacerdotes, monges e ermitões. 
Entretanto, o primeiro Benigno a ser venerado, foi o que nasceu e viveu em Todi, na região da Úmbria, próxima de Roma, no início do Cristianismo. 
Os registros confirmam que era um sacerdote muito querido, sendo considerado por sua retidão de caráter e bondade. 
Padre Benigno enfrentou corajosamente o martírio durante a última perseguição do imperador Maximiano. Segundo a tradição, ele estava sendo conduzido à Roma para ser jogado às feras, quando morreu, em conseqüência das incessantes torturas a que foi submetido. 
O fato teria ocorrido na estrada vizinha à cidade de Vicus Martis, onde seu corpo que alí fora abandonado, foi recolhido e sepultado secretamente pelos cristãos, que o acompanhavam à distância e assistiram ao seu testemunho. 
Anos depois, quando os cristãos puderam deixar a clandestinidade, no lugar onde Benigno esteve sepultado, foi construída uma igreja e um mosteiro beneditino, e com o passar dos tempos a região se tornou uma pequena cidade chamada Priorado de São Benigno.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

SERMÃO DA MONTANHA... ALICERCE DA JUSTIÇA E DO AMOR.

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

“O QUE DEUS PREPAROU PARA OS QUE O AMAM É ALGO QUE OS OLHOS JAMAIS VIRAM NEM OS OUVIDOS OUVIRAM NEM CORAÇÃO ALGUM JAMAIS PRESSENTIU”.   (1Cor 2,9).

Resultado de imagem para SERMÃO DA MONTANHA... ALICERCE DO AMOR.

Diácono Milton Restivo

 Como temos visto, as primeiras leituras do Tempo Comum é sempre tirada de um dos livros do Antigo Testamento: Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Números. Levítico e Deuteronômio), do livro dos profetas, dos livros chamados históricos e dos livros chamados Sapienciais.
A primeira leitura da liturgia de hoje é tirada de um livro sapiencial, o livro do Eclesiástico, que quer dizer “Livro da Igreja” porque, na Igreja primitiva, esse livro era utilizado com frequência para a instrução dos fiéis. O Eclesiástico está relacionado entre os “livros sapienciais” da Bíblia (como o Eclesiastes, com o qual não se confunde, Salmos, Provérbios e outros).
O livro, formado por reflexões pessoais do autor, era comumente lido em templos cristãos, aliás, o nome Eclesiástico (Livro da Igreja ou da Assembléia) provém do uso oficial que a Igreja fazia desse livro, em contraposição à sinagoga judaica, que não o aceitava como Palavra de Deus.
Desde os primeiros séculos do Cristianismo até há pouco tempo, o nome mais comum para designar este livro era “Eclesiástico” (do latim “Ecclesiasticus liber”), o que significa o livro da igreja ou da assembléia. O bispo são Cipriano, falecido em 248, parece ter sido o primeiro a usar esse nome, devido ao uso que dele se fazia na Igreja antiga.
Este livro também é conhecido como livro de Sirac ou, simplesmente, Sirácida, em relação ao seu autor, Jesus Ben Sirac: “Jesus, filho de Sirac, neto de Eleazar de Jerusalém, gravou neste livro uma instrução de sabedoria e ciência, derramando como chuva a sabedoria do seu coração.” (Eclo 50,27). O livro do Eclesiástico é formado por reflexões pessoais do autor e era comumente lido em templos cristãos para a formação dos convertidos para o cristianismo e para a catequese daqueles que se preparavam para receber o Batismo, os catecúmenos. 

sábado, 11 de fevereiro de 2017

POR QUE VOLTAMOS A CAIR EM PECADOS JÁ CONFESSADOS?

POR QUE VOLTAMOS A CAIR EM PECADOS JÁ CONFESSADOS?

Resultado de imagem para POR QUE VOLTAMOS A CAIR EM PECADOS JÁ CONFESSADOS?

Quando Jesus entrou na casa de Zaqueu, não chegou como quem fosse arrancar frutos, mas como quem cuida e cura a árvore com amor.

Por que cometemos uma e outra vez os mesmos pecados, apesar de termos confessado? Por que costuma ser tão difícil a conversão? Primeiro, porque ela é uma graça de Deus; segundo, porque a conversão não é uma meta, mas um caminho; terceiro, porque a utilizamos de forma errada.
A compreensão geral que se costuma dar à palavra conversão nos remete à correção que damos a nossa vida e que nos lava a deixar de fazer o mal para se agarrar ao bem. Mas isso, que parece tão fácil de falar, na prática é um exercício cujos resultados nem sempre são os esperados.
Partamos do fato de que a conversão não aponta simplesmente a buscar o cessar dos pecados, que neste caso chamarei de “frutos da árvore”, mas pretende alcançar o fim do Pecado.
Utilizei o termo Pecado com P maiúscula para que compreendamos que os pecados (essas ações cotidianas que deterioram nossa relação com Deus e que nos levam a ferir sua lei) são a expressão de uma realidade interior que danificou a estrutura da personalidade, passando pelas emoções, os afetos, o intelecto, a vontade e a liberdade e que impulsiona o homem a que pouco a pouco se afasta do plano de Deus, para fazer de si mesmo o arquiteto de seu destino, que é o que atrevo chamar de O PECADO. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

SANTA ESCOLÁSTICA - 480-547

SANTA ESCOLÁSTICA - 480-547

Resultado de imagem para SANTA ESCOLÁSTICA - 480-547

Fundou a Ordem das Irmãs Beneditinas. 
O nome de Santa Escolástica, irmã de São Bento, nos leva para o século V, para o primeiro mosteiro feminino ocidental, fundamentado na vida em comum, conceito introduzido na vida dos monges por ele. 
Foi o primeiro a orientar para servir a Deus não "fugindo do mundo" através da solidão ou da penitência itinerante, como os monges orientais, mas vivendo em comunidade duradoura e organizada, e dividindo rigorosamente o próprio tempo entre a oração, trabalho ou estudo e repouso. 
Escolástica e Bento, irmãos gêmeos, nasceram em Nórcia, região central da Itália, em 480. Eram filhos de nobres, o pai Eupróprio ficou viúvo quando eles nasceram, pois a esposa morreu durante o parto. 
Ainda jovem Escolástica se consagrou a Deus com o voto de castidade, antes mesmo do irmão, que estudava retórica em Roma. 
Mais tarde, Bento fundou o mosteiro de Monte Cassino criando a Ordem dos monges beneditinos. Escolástica, inspirada por ele, fundou um mosteiro, de irmãs, com um pequeno grupo de jovens consagradas. 
Estava criada a Ordem das beneditinas, que recebeu este nome em homenagem ao irmão, seu grande incentivador e que elaborou as Regras da comunidade. 
São muito poucos os dados da vida de Escolástica, e foram escritos quarenta anos depois de sua morte, pelo o santo papa Gregório Magno, que era um beneditino. Ele recolheu alguns depoimentos de testemunhas vivas para o seu livro "Diálogos" e escreveu sobre ela apenas como uma referência na vida de Bento, mais como uma sombra do grande irmão, pai dos monges ocidentais.
Nesta página expressiva contou que, mesmo vivendo em mosteiros próximos, os dois irmãos só se encontravam uma vez por ano, para manterem o espírito de mortificação e elevação da experiência espiritual. Isto ocorria na Páscoa e numa propriedade do mosteiro do irmão. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

SANTA APOLÔNIA DE ALEXANDRIA - SÉCULO III

SANTA APOLÔNIA DE ALEXANDRIA - SÉCULO III

Resultado de imagem para SANTA APOLÔNIA DE ALEXANDRIA - SÉCULO III

Os seis anos de 243 a 249, durante os quais o rumo do Império Romano ficou sob a direção de Felipe o Árabe, foram considerados: um intervalo de trégua do regime do anticristianismo. 
No último ano, porém, houve um episódio que comprovou que a aversão aos cristãos, pelo menos na província africana, não havia desaparecido. 
O ocorrido era narrado por Dionísio, o bispo da Alexandria no Egito, em uma carta que enviou ao bispo Fabio da diocese de Antioquia, em 249. 
Na carta ele escreveu que: "No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino, "maligno adivinho e falso profeta", que insuflava a população pagã, sempre pronta a se agitar, provocou uma terrível revolta. 
As casas dos cristãos foram invadidas. 
Os pagãos saquearam os vizinhos católicos ou aqueles que estivessem mais próximos, levando as jóias e objetos preciosos. 
Os móveis e as roupas foram levados para uma praça, onde ergueram uma grande fogueira. Os cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem a fé em voz alta. 
A cidade parecia que tinha sido tomada por uma multidão de demônios enfurecidos". 
Os pagãos prenderam também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente no rosto porque se recusava a repetir as blasfêmias contra a Igreja, por isto teve os dentes arrancados. 
Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade. 
No meio da multidão enlouquecida, disseram que seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo." 
O martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé. Esta dúvida encontrou eco também no livro " 
A cidade de Deus" de Santo Agostinho, que também não apresentou uma posição definida. Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. 
Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos, e o seu culto se difundiu pelas dioceses no Oriente e no Ocidente. 
Em várias cidades européias surgiram igrejas dedicadas a ela. Em Roma foi erguida uma igreja, hoje desaparecida, próxima de Santa Maria em Trasteve, Itália. 
Sobre a sua vida não se teve outro registro, senão que seus devotos a elegeram, no decorrer dos tempos, como protetora contra as doenças da boca e das dores dos dentes. Mas restou seu exemplo de generosa e incondicional oferta a Cristo. 
A Igreja a canonizou e oficializou seu culto conforme a data citada na carta do bispo Dionísio. 
Também são lembrados neste dia: Santo Alberto de Fontenelle (monge e bispo), São Miguell Febres Cordero Munhos do Equador (religioso), São Reinaldo de Nocera (monge e bispo e Bem-aventurada Ana Catarinha Emmerich. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

SÃO JERÔNIMO EMILIANO - 1486-1537

SÃO JERÔNIMO EMILIANO - 1486-1537

Resultado de imagem para SÃO JERÔNIMO EMILIANO - 1486-1537

Fundou a Sociedade dos Clérigos Regulares. Jerônimo Emiliani, de nobre família, nasceu em Veneza, Itália, em 1486. 
Sua juventude foi bastante tumultuada, com comportamentos mundanos e desregrados. 
Desde os quinze anos serviu como soldado e durante muito tempo foi mantido como prisioneiro pelo exército imperial de Treviso. 
Neste período, ele foi envolvido numa forte experiência de conversão. Atormentado pela memória de seus pecados, reconheceu em Cristo Crucificado o amor misericordioso do Pai. 
Quando saiu em liberdade, se desfez de toda a fortuna e se consagrou a uma missão muito especial, baseada na revelação da paternidade divina: compartilhar e viver em comunidade com os órfãos, os pobres e os doentes. 
Assim, em 1531 fundou um instituto de religiosos na cidade de Somasca, Itália. Logo foram chamados de "padres Somascos". Jerônimo Emiliani permaneceu leigo e dedicou sua existência a Deus e à caridade. Seus trabalhos solidários se estendiam aos doentes e miseráveis como também as crianças órfãs e às prostitutas.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

BEM-AVENTURADO PIO IX – PAPA - 1792-1878 - #

BEM-AVENTURADO PIO IX – PAPA - 1792-1878 - #

Resultado de imagem para BEM-AVENTURADO PIO IX – PAPA - 1792-1878 - #

O Papa Pio IX nasceu na Itália aos 13 de maio de 1792. Seus pais pertenciam à nobreza local e o batizaram com o nome de Giovanni (João) Maria Mastai Ferretti. 
Em 1809, transferiu-se para Roma a fim de continuar os estudos, sem ter se definido pelo sacerdócio. Sua saúde era muito débil, tanto que, devido a uma enfermidade, teve de abandonar os estudos em 1812, sendo também dispensado do serviço militar obrigatório. 
O jovem Mastai teve um encontro com São Vicente Pallotti em 1815, que lhe profetizou o pontificado. Nessa época, João fazia parte da Guarda nobre pontifícia, mas teve que deixá-la por motivo de saúde. 
A partir daí, a Virgem de Loreto o curou, gradual e definitivamente, da enfermidade. Mastai resolveu optar pelo estudo eclesiástico em 1816, sendo ordenado sacerdote em 1819. 
Celebrou sua primeira Missa na igreja de Santa Ana dos Carpinteiros, do Instituto Tata Giovanni, para o qual fora nomeado reitor, permanecendo na função até 1823. Acompanhou o núncio apostólico ao Chile, onde ficou por dois anos. 
Aos trinta e seis anos de idade, o sacerdote Giovanni Maria Mastai foi nomeado Bispo e destinado à arquidiocese da cidade de Espoleto, Itália. Durante os anos 1831 e 1832, ocorreram revoluções nas cidades de Espoleto e Ìmola. 
O então bispo Mastai não quis derramamento de sangue e reparou, os destruidores efeitos da violência, com a paz, concedendo o perdão para todos os envolvidos. Foi nomeado Cardeal em 1840.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

BEM-AVENTURADO FRANCISCO SPINELLI - 1853-1913

BEM-AVENTURADO FRANCISCO SPINELLI - 1853-1913

Resultado de imagem para BEM-AVENTURADO FRANCISCO SPINELLI - 1853-1913

Fundou a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento. Francisco nasceu em Milão, aos 14 de abril de 1853, cujos pais, trabalhadores humildes, eram muito cristãos. 
Francisco cresceu forte, vivaz e ficava muito alegre ao brincar de teatro de fantoches com as outras crianças. Nas horas livres acompanhava a mãe nas visitas os pobres e doentes, sentindo-se feliz por amar e ajudar o próximo, conforme o ensinamento de Jesus. Assim foi que surgiu sua vocação. 
Apesar de seu pai desejar que estudasse medicina pode seguir o chamado de Cristo e se tornou um "médico" de almas. Apoiado pela família, Francisco foi estudar na cidade de Bergamo, onde concluiu os estudos e recebeu a ordenação sacerdotal, em 1875. 
Neste ano do Jubileu, ele seguiu em peregrinação para Roma e, durante as cerimônias na igreja de Santa Maria Maior, teve a inspiração para criar uma família de religiosas que adorassem Jesus Sacramentado. 
Padre Francisco compreendeu o projeto de sua vida esperando o momento certo para colocá-lo em execução. Retornando desta viagem, foi designado para lecionar na creche da paróquia de Bergamo, onde seu tio, padre Pedro, era o pároco. 
Desta maneira, desenvolveu seu apostolado entre os pobres, lecionando também no Seminário e orientando algumas comunidades religiosas femininas. Em 1882, encontrou uma jovem, Catarina Comensoli, que desejava se tornar religiosa numa congregação que tivesse por objetivo a Adoração Eucarística.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

“VOCÊS SÃO O SAL DA TERRA... VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO”. (Mt 5,13.14).

V DOMINGO DO TEMPO COMUM

“VOCÊS SÃO O SAL DA TERRA... VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO”. (Mt 5,13.14).

Resultado de imagem para “VOCÊS SÃO O SAL DA TERRA... VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO”. (Mt 5,13.14).

Diácono Milton Restivo

A liturgia de hoje versa sobre dois elementos básicos que, sem eles, o homem não teria condições de uma vida confiável, confortável e saudável: o sal e a luz.
O profeta Isaias, na primeira leitura, apela para a misericórdia, à sensibilidade e à generosidade de coração: “repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente” (Is 58,7), o que nos recorda aquilo Jesus diria mais tarde quando se referia ao fim dos tempos: “eu estava com fome e vocês me deram de comer; eu estava com sede e me deram de beber; eu era estrangeiro e me receberam em sua casa; eu estava sem roupa e me vestiram; eu estava doente e cuidaram de mim; eu estava na prisão e vocês foram me visitar”. (Mt 25,35-36). 
Como é interessante a semelhança entre essas duas passagens. Isaias diz que, “se você fizer isso, a sua luz brilhará como aurora, suas feridas vão sarar rapidamente, a justiça que você pratica irá à sua frente e a glória de Yahweh virá acompanhando você. Então você clamará, e Yahweh responderá; você chamará por socorro, e Yahweh responderá: ‘Eis-me aqui’”. (Is 58,8-9a). E Isaias já dissera: “... se você der o seu pão ao faminto e matar a fome do oprimido. Então a sua luz brilhará nas trevas e a escuridão será para você como a claridade do meio dia.” (Is 58,1).
O profeta Isaias relaciona a vinda do Messias com a luz que iluminará o mundo: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso” (Is 9,1).
Na primeira leitura Isaias diz que quem usar da caridade para com o próximo necessitado e oprimido, “a sua luz brilhará como aurora... a sua luz brilhará nas trevas”, e Jesus diz que, quem fizer isso, irá de encontro dele próprio, Jesus, que á a luz por excelência: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz da vida” (Jo 8,12). 

sábado, 4 de fevereiro de 2017

SANTA CATARINA DE RICCI - 1522-1590

SANTA CATARINA DE RICCI - 1522-1590

Resultado de imagem para SANTA CATARINA DE RICCI - 1522-1590

Aos 25 de abril de 1522, nasceu a linda menina na nobre e milionária família Ricci, de Florença, na Itália. 
Após três filhos varões, Pedro Francisco e Catarina exultavam de felicidade ao batiza-la com o nome de Alessandra. 
Ainda não tinha completado quatro anos de idade quando a mãe de Sandrina, como era chamada pelos familiares, faleceu. 
Quem foi encarregada de sua criação foi sua avó paterna, que percebia na pequena neta a vocação pela fé cristã. Por isso, aos seis anos foi entregue à educação das irmãs beneditinas em Prato, uma cidade muito próxima da sua. 
Ali sua vontade de seguir a vida religiosa de fato se concretizou. Quando completou os estudos e teve de voltar ao lar paterno, recusou a convivência com o luxo e a riqueza, que a família ostentava e escolheu continuar vivendo sob as regras do convento. 
Nessa mesma época explodia na Europa a revolta de Martinho Lutero, também conhecida como a contra-reforma da Igreja. Sandrina, enfrentando a riqueza da família, que desejava vê-la casada e rendendo nova fortuna ao clã, e o movimento contra a Igreja, manifestou seu desejo de se entregar de corpo e alma ao catolicismo. 
Seu pai, Pedro Francisco, ainda não estava convencido e lutava contra esse seu desejo. Mas ela insistiu na escolha de uma vida casta e religiosa, até que os familiares concordassem com seu ingresso num convento. Tinha treze anos, quando seu tio paterno, padre Timóteo intercedeu junto ao irmão e lhe mostrou que Sandrina já tinha plena convicção e demonstrava total firmeza para a vida que escolhera. 
Com a benção de seu amado pai e irmãos, que souberam das suas experiências de religiosidade mística, foi entregue ao convento das dominicanas em Prato.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

POR QUE FAZEMOS O SINAL DA CRUZ?


POR QUE FAZEMOS O SINAL DA CRUZ?

Resultado de imagem para POR QUE FAZEMOS O SINAL DA CRUZ?

“É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso.” Proclo de Constantinopla, bispo
A primeira coisa que nossos pais católicos nos ensinam a fazer é o sinal da Cruz. É uma das mais belas marcas de nossa religião; é o ato que inicia e termina nossas orações particulares ou coletivas. É um sinal externo que “nos volta para Deus”.
Sua referência é bíblica. Uma delas está no livro de Ezequiel (9,3-4): “O Senhor disse: Percorre a cidade, atravessa Jerusalém e marca na fronte os que se lamentaram afligidos pelas abominações que nela se cometem.”
A marca é um tau (T), última letra do alfabeto hebraico, que tinha a forma de uma cruz. Os marcados são propriedade do Senhor, uma porção sagrada e intocável.
Em Apocalipse 7,3 temos outra cena semelhante: “Não causeis danos à terra nem ao mar nem às árvores, até que selemos a fronte dos servos do nosso Deus.” Em ambos os textos, a marca na fronte significava a salvação e sem ele o homem não seria poupado.
Tertuliano (†220) escrevia no ano 211 d. C.: “Nós marcamos nossa fronte com o sinal da cruz. Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).
Fazer o sinal da cruz já era um hábito antigo quando escreveu isso.
Há muitos textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo:
Mt 10,38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim” (Cf.Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27).
Mt 16,24: “Disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

BEM AVENTURADA MARIA DOMÊNICA MANTOVANI - (MADRE MARIA JOSEFINA DA IMACULADA) - 1862-1934

BEM AVENTURADA MARIA DOMÊNICA MANTOVANI - (MADRE MARIA JOSEFINA DA IMACULADA) - 1862-1934

Resultado de imagem para BEM AVENTURADA MARIA DOMÊNICA MANTOVANI - (MADRE MARIA JOSEFINA DA IMACULADA) - 1862-1934

Fundou a Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família. Maria Domenica, primogênita de quatro irmãos, nasceu em Castelletto de Brenzone, em Verona, no dia 12 de novembro de 1862. 
Teve nos seus pais João Batista Mantovani e Prudência Zamperini, e no seu avô, que vivia com eles, a influência profunda de uma família honesta e cristã de trabalhadores simples, piedosos e dignos. 
Frequentou apenas a escola primária, por causa da pobreza da família. Mas a falta de cultura foi compensada pelos dotes de inteligência, vontade e grande senso prático. 
Desde criança mostrou sua vocação religiosa e incentivada pelo avô, dedicava-se à oração e a tudo o que se referia a Deus. 
Casa, escola e igreja foram os campos que forjaram o seu caráter. Maria Domenica tinha quinze anos, quando chegou o novo pároco Padre José Nascimbeni, mais tarde também beatificado. 
Desde então ele se tomou o seu diretor espiritual, que intuindo seu temperamento generoso, a forte vontade de prosseguir na vida da perfeição, conduziu-a seguro e lúcido, para as mais altas conquistas espirituais. 
Ela foi a sua primeira colaboradora nas muitas atividades paroquiais. Dedicava-se ao ensino do catecismo às crianças, visitava e assistia os doentes e os pobres. Inscrita na Pia União das Filhas de Maria, foi sempre fiel na observância do Regulamento, tornando-se espelho e modelo para suas companheiras. 
Assim, aos vinte e quatro anos no dia da Virgem Imaculada da Conceição, aos 8 de dezembro de 1886, na presença do pároco, emitiu os voto de perpétua virgindade, dedicando-se completamente à Deus e empenhando-se no auxílio ao pároco em todas as suas iniciativas pastorais.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

SANTA BRÍGIDA DA IRLANDA

SANTA BRÍGIDA DA IRLANDA

Resultado de imagem para santa brígida da irlanda

Provavelmente a mais antiga vida de Santa Brígida (Brighid ou Brigit em irlandês antigo) seja a escrita por São Broccan Cloen, que faleceu em 17 de setembro de 650. 
Ela é escrita em versos. No século VIII, um monge de Kildare, Cogitosus, reescreveu a vida de Santa Brígida em um bom latim. Este trabalho é conhecido como a "Segunda Vida", e é um excelente exemplo da literatura irlandesa daquele século. 
Talvez a mais interessante informação do trabalho de Cogitosus seja a descrição da Catedral de Kildare em seu tempo. É extremamente difícil conciliar as informações dos biógrafos de Santa Brígida, mas as "Vidas" são unânimes em dizer que ela era filha de Brocca, uma escrava da corte de seu pai Dubtbach, um rei irlandês de Leinster. Brocca fora batizada por São Patrício, o Apóstolo da Irlanda. 
Brígida, que nasceu em 452 (ou 453), próximo de Dundalk, Louth, tinha ouvido ainda criança as pregações de São Patrício e nunca as esqueceu. Recusando muitos pedidos de casamento, ela resolveu se tornar monja e recebeu de São Macaille o véu de consagração. 
Ela se estabeleceu por algum tempo nas faldas do Monte Croghan com sete outras virgens, mas mudou-se para Druin Criadh, nas planícies de Magh Life, onde, sob um enorme carvalho, fez erigir o seu famoso Convento de Ciull-Dara, isto é, 'a igreja do carvalho'.