quarta-feira, 16 de agosto de 2017

SÃO CIPRIANO - SÉC. III

SÃO CIPRIANO - SÉC. III

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Cipriano era filho de uma nobre e rica família africana de Cartago, capital romana na no norte da África. Foi considerado um dos personagens mais empolgantes e importantes do século III. 
Primeiro pelo destaque alcançado como advogado, quando ainda era pagão. 
Depois por ser considerado um mestre da retórica e defensor irrestrito da unidade da Igreja. 
Mas o fator principal foi sua conversão ao cristianismo, já na maturidade, entre os trinta e cinco e quarenta anos de idade, causando um grande alvoroço e espanto na sociedade da época. 
Cipriano não deixou apenas sua vida de pagão, mas também distribuiu quase toda a sua fortuna entre os pobres, renunciando à ciência profana da qual se alimentara até então. 
Com muito pouco tempo, foi ordenado sacerdote e, por eleição direta do clero e do povo, imediatamente substituiu o bispo de Cartago logo após sua morte. 
Cipriano o fez contrariando seu próprio desejo, mas em obediência à Igreja. Nos anos de 249 a 258, durante o episcopado de Cipriano, a Igreja africana passou por sérios problemas. Os imperadores Valeriano e Décio empreenderam uma perseguição sem tréguas aos cristãos. 
Além disso, uma grande e terrível peste atacou o norte da África, causando muitas mortes e sofrimento. Como se não bastasse, a Igreja ainda se agitava com problemas doutrinários, internamente. 
Durante a perseguição do imperador Décio, em 249, grande número de fiéis e sacerdotes, até mesmo bispos, fraquejaram perante as torturas e renunciaram à fé cristã. Por esses atos ficaram conhecidos como "cristãos lapsos". 
A Igreja, então, mergulhou, definitivamente, na polêmica do "lapso", criando o seu primeiro grande cisma, isto é, uma divisão entre o clero.
       Não se sabia que atitude tomar contra os fiéis que abandonavam a fé e depois desejavam voltar para o seguimento de Cristo. Em Roma, fora eleito o papa Cornélio, com amplo apoio dos bispos liderados por Cipriano, que apreciava muito a conduta de seu colega bispo, com o qual trocava muita correspondência. Mas havia Novaciano, em Roma, que se elegeu antipapa e começou uma forte corrente a favor da não-reconciliação dos desertores.
Já na África, um certo Felicíssimo era completamente contra tal atitude, rogando pela clemência e reintegração do rebanho desgarrado. Assim, liderados, novamente, pelo bispo Cipriano, Novaciano foi perdendo força. 
Uma outra controvérsia, que assolava a Igreja na época, era a validade ou não dos batismos realizados por hereges. Essa era a única divergência que existia entre o papa Cornélio e o bispo Cipriano. 
O papa, seguindo a tradição da doutrina, considerava válidos os batismos, já o bispo dizia que "não se pode dar a fé a quem não a tem". Assim, a questão permaneceu sem solução. 
Em 258, ainda com a perseguição contra a Igreja, Cipriano foi denunciado e sentenciado à morte por decapitação. As atas escritas revelam que nesse dia, quando o pró-cônsul determinou a sentença, as únicas palavras proferidas por Cipriano foram "Graças a Deus!" Foi executado no dia 14 de setembro de 258. 
São Cipriano deixou-nos inúmeros escritos, entre os quais oitenta e uma cartas que se tornaram uma fonte de informação preciosa da vida eclesiástica daquele tempo. 
A Igreja declarou-o padroeiro da África do Norte e da Argélia, sendo sua festa litúrgica marcada para o dia 16 de setembro, quando se comemora a festa do santo papa Cornélio, o amigo de fé que ele tanto defendeu. 
São comemorados também, no dia de hoje: São Cornélio (papa e mártir), Santos Luzia e Geminiano (mártires de Roma), Sanato Niniano de Cândida Casa (bispo), Santos Rogelio e Serdeus. 

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