quinta-feira, 14 de abril de 2022

 

FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM...

 

Quando participamos do Santo Sacrifício da Missa e, durante a oração eucarística, o presidente da celebração toma em suas mãos a hóstia, levanta-a sobre o altar para que todos os participantes possam vê-la, e diz em voz alta, para que todos possam ouvi-lo, repetindo aquilo que o Apóstolo Paulo passou para a Igreja de Jesus Cristo o que ele ouvira do próprio Senhor, conforme a primeira carta aos Corintos, conforme ele mesmo diz:

·         “De fato, eu mesmo recebi do Senhor aquilo que lhe transmiti. A saber: “Na véspera de sua paixão, durante a última ceia, Jesus tomou o pão, deu graças e o partiu, e deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomai, todos, e comei: isto é o meu corpo, que será entregue por vós.”  Depois, do mesmo modo, ao fim da ceia, Jesus tomando o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou aos seus discípulos, dizendo: “Tomai, todos, e bebei: Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna  aliança, que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.” (1Cor 11,23-25).

Todas as vezes que participamos da Santa Missa e todas as vezes que o sacerdote presidente da celebração repete essas palavras, essa atitude, estamos participando da ceia sagrada e estamos vivendo o maior mistério da nossa fé, porque, como diz Paulo Apóstolo:

·         “Toda vez que se come deste pão, toda vez que se bebe deste vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando a sua volta.” (1Cor 11, 26).

A Santa Ceia, esta cena maravilhosa, tocante e imorredoura, aconteceu na noite em que o Jesus, já sabendo que tinha sido vendido aos judeus por um de seus apóstolos, pelo preço de um escravo, Judas Iscariotes, para ser condenado à morte, e ele, Jesus, tendo reunido todos os seus apóstolos para a despedida final, promoveu o que chamamos hoje de “Santa Ceia”, que seria a seu último encontro como os seus discípulos e apóstolos, e ali, naquela oportunidade, institui o Sacramento da Eucaristia.

O Sacramento da Eucaristia é o Sacramento em que Jesus se faz presente de corpo, alma e divindade e Jesus instituiu esse sacramento exatamente para permanecer entre nós, para que ele jamais nos deixasse e para que nós não ficássemos como ovelhas sem pastor, perdidas neste vale de lágrimas entre os espinhos do pecado e as intempéries da própria natureza humana que tem suas inclinações sempre contrárias ao Caminho, à Verdade e à Vida que é Jesus Cristo, e, num último esforço de amor e doação total, Jesus se entrega a nós no mistério infinito da Eucaristia.

Todas as vezes que participamos de uma Santa Missa é como se estivéssemos ao redor da mesa, com Jesus, como aconteceu na última ceia; todas as vezes que participamos do sacrifício da missa nós estamos, como estiveram na última ceia os doze apóstolos, ao redor da mesa, tendo Jesus Cristo ao centro, e estamos participando do banquete pascal, onde se serve, como alimento, o pão que se transforma no corpo de Jesus Cristo, e se bebe, como bebida, o vinho, que se transforma no sangue de Jesus Cristo que foi derramado “por todos os homens para o perdão dos pecados.”

Mas, para participarmos dessa Santa Ceia o Senhor Jesus quer que seus apóstolos e discípulos estejam limpos, sem a poeira do pecado, sem a mancha das más inclinações, sem a sujeita dos maus pensamentos, e foi por isso que Jesus se propôs a lavar os pés de seus apóstolos com a água do perdão e enxugá-los com a toalha da misericórdia do Pai.

Jesus nos quer limpos para participarmos efetiva e dignamente da mesa da sua santa ceia, porque, como diz Paulo Apóstolo, todos aqueles que não estiverem preparados para receber a Sagrada Eucaristia e o fazem ou se dirigem à mesa da comunhão impuros, estão comendo e bebendo a sua própria condenação:

·         “Por isso, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação.” (1Cor 11,27-29).

E é por isso que, em uma das Orações Eucarísticas o celebrante reza, e nós repetimos com a Santa Igreja, dizendo:

·         “Jesus Cristo, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a Deus Pai pela nossa salvação, instituiu o sacramento da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. Sua carne imolada por nós é o alimento que nos fortalece, e o seu sangue por nós derramado, é a bebida que nos purifica.” (V oração eucarística).

Nosso Senhor Jesus Cristo é a realização plena de todas as promessas de salvação feita por Deus Pai aos homens de todos os tempos.

Desde a queda do homem, Deus promete a salvação, e todo o Antigo Testamento das Sagradas Escrituras é a preparação dessa salvação prometida por Deus; e, tanto a vinda de Jesus Cristo como toda a sua vida, a sua paixão, morte e ressurreição e ascensão aos céus, tudo isso aconteceu como havia sido anunciado pelos profetas e Santos do Antigo Testamento.

E tudo o que o Senhor Jesus fez, falou e ensinou em toda a sua vida, deve ser aceito e vivido por todos aqueles que dizem e acreditam que ele é a Salvação que vem de Deus. Não adianta dizermos que Jesus Cristo é o Filho de Deus, não adianta dizermos que Jesus Cristo é Deus se duvidamos ou não acreditamos em qualquer coisa que ele tenha feito, falado ou ensinado.

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