sábado, 31 de agosto de 2019

BEATO EUSTÁQUIO VAN LIESHOUT, O VIGÁRIO DE POÁ

BEATO EUSTÁQUIO VAN LIESHOUT, O VIGÁRIO DE POÁ

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 Humberto van Lieshout nasceu em Aarle Rixtel, Holanda, em 3 de novembro de 1890.
Educado por pais dedicados e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se como rapaz generoso e piedoso. Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário Padre Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da Ilha de Molokai (já canonizado pelo Papa Bento XVI).
Quis imitá-lo e por isso conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais.
No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi ordenado sacerdote.
Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando pelo bom êxito do seu apostolado.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

“VINDE, BENDITOS DE MEU PAI...” (Mt 25,34).

“VINDE, BENDITOS DE MEU PAI...” (Mt 25,34).

          
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  Ao  se aproximar o momento de sua entrega total, antes do Senhor Jesus, voluntariamente, se entregar à morte para a salvação do gênero humano mergulhado no pecado, ele abre seu divino coração e revela a todos os seus amigos os segredos nele contidos; e esses segredos são como um testamento, uma aliança que Jesus Cristo deixa a todos aqueles que se propuserem seguir suas pegadas: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros. Nisso reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (Jo 13,34-35).
Os primeiros cristãos levaram tão a sério esse preceito de Jesus que assim viviam nos primeiros tempos do cristianismo: “Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum: vendiam suas propriedades e bens, e dividiam-nos entre todos, segundo as necessidades de cada um... Louvavam a Deus e gozavam da simpatia do povo.” (At 2,44-45. 47).

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

MARTIRIO DE JOÃO BATISTA

MARTIRIO DE JOÃO BATISTA

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Aproximadamente setecentos anos antes do nascimento de João Batista, o profeta Isaias já falava dele, profetizando: “Uma voz grita: ‘Abram no deserto um caminho para Yahweh; na região da terra seca, aplainem uma estrada para o nosso Deus. Que todo vale seja aterrado, e todo monte e colina sejam nivelados; que o terreno acidentado se transforme em planície, e as elevações em lugar plano.” (Is 40,3-4).
No seu Evangelho Mateus confirma a veracidade dessa profecia, quando afirma: “Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: ‘Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo’. João foi anunciado pelo profeta Isaias, que disse: ‘Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas’.” (Mt 3,1-3). A figura de João Batista começa a ser delineada através da profecia de Isaias.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

SANTO AGOSTINHO DE HIPONA - 354-430

SANTO AGOSTINHO DE HIPONA - 354-430

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Aurélio Agostinho, filho de Patrício e Mônica, nasceu no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África.
Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos, como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo.
Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz. Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

SANTA MÔNICA – MÃE DE SANTO AGOSTINHO

SANTA MÔNICA – MÃE DE SANTO AGOSTINHO

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Mônica, nascida em 331 e falecida em 386, é mãe de Santo Agostinho..
Monica nasceu na cidade de Tegaste, na Argélia, que fica no norte da África.
Filha de família abastada, foi criada por uma escrava que criava os filhos dos senhores. Os manuscritos que recolheram a tradição oral sobre Santa Mônica dizem que desde criança ela era muito religiosa e disciplinada. Sempre que podia, Mônica ajudava os mais pobres e demonstrava muita paciência e mansidão.
Casou-se aos dezessete ou dezoito anos com um nobre chamado Patrício.  
O casal ocupava razoável posição social. mas apesar disso Patrício era um decurião, (membro do conselho de Tegaste). Possuía terras, escravos e uma boa posição social. Patrício, porém, era homem rude e violento. Por isso, foi motivo de muito sofrimento e orações de Mônica. Mônica não era feliz no casamento, pois sofria com a infidelidade do marido. Por isso começou a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia embora sofresse.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

CARDEAL HELDER CÂMARA –1909-1999

CARDEAL HELDER CÂMARA –1909-1999

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Helder Pessoa Camara nasceu na cidade de Fortaleza, Brasil, no dia 7 de fevereiro de 1909.
A sua família era simples e católica, seus pais tiveram treze filhos e ele era o décimo primeiro. Sua vocação religiosa despontou na tenra idade, por influência da Escola dos Padres Lazaristas de Fortaleza, também conhecida como Seminário da Prainha de São José.
quatorze anos de idade, ingressou naquele seminário, onde estudou filosofia e teologia. Foi tão brilhante que a Santa Sé autorizou sua ordenação sacerdotal em 1931.

domingo, 25 de agosto de 2019

“FAÇAM TODO ESFORÇO POSSÍVEL PARA ENTRAR PELA PORTA ESTREITA” (Lc

XXI DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano – C; Cor – verde; Leituras: Is 66,18-21; Sl 117 (116); Hb 12,5-7.11-13; Lc 13,22-30.

“FAÇAM TODO ESFORÇO POSSÍVEL PARA ENTRAR PELA PORTA ESTREITA” (Lc 13,22-30).
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Diácono Milton Restivo

Na primeira leitura da liturgia de hoje vemos que há uma revelação profética da segunda vinda de Cristo. “Eu que conheço suas obras e seus pensamentos, virei para reunir todos os povos e línguas; eles virão e verão a minha glória”. (Is 66,18).
Nessa segunda vinda Jesus vai reunir todas as nações juntas por causa de suas obras e de seus pensamentos. Isso não aconteceu na sua primeira vinda. Vai haver um último dia. “Porei no meio deles um sinal...” (Is 66,19a).
Que sinal seria esse? A cruz, conhecida mundialmente.
A cruz, em primeiro lugar, é a declaração do amor de Deus para a sua criação e suas criaturas: “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou seu filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3,16).
Para os que crêem, a cruz tem um significado mais profundo.
A cruz significou, para Jesus, uma luta para ir onde não queria, fazer o que não queria, dar o que não queria, mas que a vontade do Pai fosse feita independente do que ele gostaria que fosse: “Meu Pai, se é possível, afasta de mim esse cálice. Contudo, não seja feito como eu quero, e sim como tu queres”. (Mt 26,39b): “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga”. (Lc 9,23b).

sábado, 24 de agosto de 2019

SÃO BARTOLOMEU – APÓSTOLO

SÃO BARTOLOMEU – APÓSTOLO

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Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos.
Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael.
Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa.
Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

SANTA ROSA DE LIMA - 1586-1617/2019

SANTA ROSA DE LIMA - 1586-1617

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Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos treze filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva.
À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

VIRGEM MARIA RAINHA

VIRGEM MARIA RAINHA

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"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc. 1,37-38).
Ainda Lucas, nos Atos dos apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo.
Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

SÃO PIO X – PAPA - 1835-1914

SÃO PIO X – PAPA - 1835-1914

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Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835.
Desde cedo José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.
Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos.
Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.
No Vaticano José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja.
Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a.
Reformou, também, o breviário. Sua intensa devoção à eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade. Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo.
Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença. Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo".
Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres.
Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.
No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.
São lembrados também neste dia: São Pio X (papa), Santo Anastácio de Savona (mártir), São Balduíno (abade), São Bassa e seus três filhos: Teogônio, Agapito e Fidelis (mártires), Santa Ciríaca, Santa Humbelina.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 1090-1153



SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 1090-1153

Resultado de imagem para SÃO BERNARDO DE CLARAVAL - 1090-1153Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França.
Bernardo era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia.
A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.
Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

SANTA HELENA

SANTA HELENA

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Flávia Júlia Helena, esse era o seu nome completo.
Nasceu em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor. Era descendente de uma família plebéia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa.
Trabalhava numa importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio Cloro. Apaixonados, casaram-se.
Mas quando o imperador Maximiano nomeou-o co-regente, portanto seu sucessor, exigiu que ele abandonasse Helena e se casasse com sua enteada Teodora. Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.
O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada do filho por quatorze anos. Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte.

domingo, 18 de agosto de 2019

“QUEM ESTÁ COM MARIA, NÃO ESTÁ LONGE DE DEUS...”.

“QUEM ESTÁ COM MARIA, NÃO ESTÁ LONGE DE DEUS...”.

“SALVE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO.” (Lucas, 1, 28).

           
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Maria, a predestinada a ser a mãe do Filho de Deus desde que o Redentor fora prometido à humanidade contagiada pelo pecado, aceitou a sua missão à convite de Deus por intermédio de seu anjo mensageiro, Gabriel. A partir do seu “sim” ao Anjo, Maria iniciou a sua caminhada, juntamente com seu Filho e Filho de Deus, rumo ao Calvário: em primeiro lugar a incompreensão do povo por vê-la grávida sem haver se casado com José; em segundo lugar a desconfiança de José por não compreender o que estava acontecendo com ela.
            Após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram de livrá-lo da fúria sanguinária do rei Herodes que queria matá-lo para, futuramente, não disputar com ele seu trono (Mt 2,13-18).

sábado, 17 de agosto de 2019

“AMARÁS O SENHOR, TEU DEUS...” (Lc 10,27).

“AMARÁS   O   SENHOR, TEU   DEUS...” (Lc 10,27).

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Desde toda a eternidade o Senhor Nosso Deus amou o homem. Amou-o tanto que fez o homem à sua  imagem e semelhança: “Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...” (Gn 1,26).
O Senhor criou o homem num estado de graça  de extrema perfeição que,  enquanto o homem permaneceu  no paraíso para ele feito por Deus, vivia a própria vida  de Deus, a vida de felicidade total. Mas o homem não soube se manter nesse estado de vida.
Preferiu seguir as suas próprias idéias, caprichos, inclinações, os seus próprios impulsos e cometeu o pecado da desobediência, da soberba, tentando ser igual a Deus, o seu Criador, deixando-se iludir  pelo demônio que, segundo as Sagradas Escrituras, investido na figura de uma serpente,  o tentou, através de sua companheira:  “A serpente então disse à mulher:  não, não morrereis!  Mas Deus sabe que no dia em que dele (o fruto) comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como deuses, versados no bem e no mal.” (Gn 3,4-5).

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

SÃO ROQUE

SÃO ROQUE

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São Roque, Protetor contra pestes e epidemias.
“... Olho para direita e vejo: não há ninguém que cuide de mim. Não existe para mim um refúgio ninguém que se interesse pela minha vida, eu vos chamo Senhor, vós sois meu refúgio, sois meu quinhão na terra dos vivos. Atendei o meu clamor...” (Salmo 141, 5-7).
Montpellier, na França, foi no ano de 1295, cenário e berço do nascimento de um de seus mais ilustres filhos; Roque! O nobre Fidalgo João e sua esposa Libéria, aguardavam com ansiedade a chegada dessa criança, era afinal, uma benção desejada.
Roque foi levado a pia Batismal, já nos primeiros dias de vida; sua mãe Libéria, era mulher virtuosa, mulher de fé e piedosa, que via naquele frágil bebê, um sinal de amor de Deus.
O pequeno Roque teve uma educação primorosa, estudou nos melhores colégios e herdou de sua mãe os mais vivos sentimentos de fé, e vida de oração.
Quando completou vinte anos, foi duramente provado com a morte repentina de seus pais, vendo-se sozinho e com uma herança invejável, sentiu em seu coração um forte apelo ao despojamento. Dispos de todos os seus bens móveis em favor dos mais necessitados e os imóveis foram entregues aos cuidados de seu tio; Roque em condições de pobre peregrino, dirigiu-se a Roma.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA

ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA

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Não há maior glória do que a que recebeu Maria, escolhida para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus. De seu ventre virginal nasceu o Salvador da humanidade. Por isso, Deus lhe reservou a melhor das recompensas. Terminado seu tempo de vida terrestre, Maria foi "assunta", isto é, levada ao céu em corpo e alma. O que a tradição cristã diz é que Ela nem mesmo morreu, apenas "dormiu".
Narra também que foram os anjos Gabriel e Miguel que A levaram ao céu. Deus queria conservar a integridade do corpo daquela que gerou seu Filho. A solenidade da Assunção da Virgem Maria existe desde os primórdios do catolicismo.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE - 1894-1941

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE - 1894-1941

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Fundou o apostolado mariano "Milícia da Imaculada".
Maximiliano Maria Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1894, na Polônia, e foi batizado com o nome de Raimundo. Sua família era pobre, de humildes operários, mas muito rica de religiosidade. Ingressou no Seminário franciscano da Ordem dos Frades Menores Conventuais aos treze anos de idade, logo demonstrando sua verdadeira vocação religiosa.
No colégio, foi um estudante brilhante e atuante.
Na época, manifestou seu zelo e amor a Maria fundando o apostolado mariano "Milícia da Imaculada". Concluiu os estudos em Roma, onde foi ordenado sacerdote, em 1918, e tomou o nome de Maximiliano Maria. Retornando para sua pátria, lecionou no Seminário franciscano de Cracóvia.
O carisma do apostolado de padre Kolbe foi marcado pelo amor infinito a Maria e pela palavra: imprensa e falada.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

SÃO JOÃO BERCHMANS - 1599-1621

SÃO JOÃO BERCHMANS - 1599-1621

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João nasceu em 12 de março 1599, em Diest, uma pequena cidade localizada no Flandre, Bélgica. O modesto curtidor de peles e sapateiro Carlos Berchmans era seu pai.
A sua mãe era Isabel, uma das filhas do líder daquele povoado.
O casal, muito católico, esmerou-se na criação não só de João, mas também dos outros quatro filhos. Filho amoroso, irmão amável e companheiro caridoso, amava os estudos demonstrando muita sabedoria e inteligência desde a infância.
Em 1609, sua mãe foi acometida de uma incurável e lenta doença. Seu pai enviou João, com os irmãos, para o internato dos padres premostratenses, onde a sua imensa capacidade para o aprendizado, principalmente de idiomas, aflorou. E, extremado devoto de Jesus e da Virgem Maria, ali decidiu que seria um sacerdote, iniciando seus estudos eclesiásticos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL - 1572-1641

SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL - 1572-1641

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Fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria.
Filha de um político bem posicionado na França,
Joana recusou matrimônio com um fidalgo milionário, por ser ele protestante calvinista.
Casou-se, então, com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma vida profundamente religiosa e feliz. Joana nasceu em Dijon, França, em 28 de janeiro de 1572, filha de Benigno Frèmiot, presidente do parlamento de Borgonha.
Após seu casamento, foi morar no castelo de Bourbillye, e sua primeira ordem na nova casa sinalizou qual seria o estilo de vida que se viveria ali. Mandou que, diariamente, fosse rezada uma missa e que todos os servidores domésticos participassem.

domingo, 11 de agosto de 2019

“A QUEM MUITO FOI DADO, MUITO SERÁ PEDIDO.” (Lc 12,48b).

XIX DOMINGO COMUM
Ano – C; Cor – Verde; Leituras: Sb 18,6-9; Sl 33 (32); Hb 11,1-2.8-19; Lc 12,32-48.

“A QUEM MUITO FOI DADO, MUITO SERÁ PEDIDO.” (Lc 12,48b).

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Diácono Milton Restivo

“Feliz o povo cujo Deus é o Senhor e a nação que escolheu por sua herança!” (Sl 33 (32),12). O Salmo responsorial da liturgia de hoje é um hino de louvor a Yahweh que cria o universo e intervém na história, conduzindo o seu povo para a vida.
A carta aos Hebreus, contida na segunda leitura, aborda o tema “fé”.
O escritor adota como parâmetro de fé as atitudes dos patriarcas do povo israelita que aderiram ao chamamento de Yahweh sem questionamento. Sara, esposa do patriarca Abraão, também é citada como exemplo e fé que “... embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa” (Hb 11,11).
é a firme convicção de que algo seja verdade sem nenhuma prova concreta de que este algo seja realmente verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou na pessoa que tenha nos prometido aquilo a que passamos a crer.

sábado, 10 de agosto de 2019

SÃO LOURENÇO – DIA DO DIÁCONO

SÃO LOURENÇO – DIA DO DIÁCONO

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O cargo de diácono era de grande responsabilidade, pois consistia no cuidado dos bens da Igreja e a distribuição de esmolas aos pobres. No ano 257, o imperador romano Vaaleriano decretou a perseguição aos cristãos e, ao ano seguinte, foi detido e decapitado o Papa Sisto II.
Segundo as tradições, quando o Papa São Sisto se dirigia ao local da execução, São Lourenço ia junto a ele e chorava. "aonde vai sem seu diácono, meu pai?", perguntava-lhe. O Pontífice respondeu: "Não pense que te abandono, meu filho, pois dentro de três dias me seguirá".

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

OS ÚLTIMOS ANOS DO CURA D'ARS

OS ÚLTIMOS ANOS DO CURA D'ARS

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No último ano da sua vida, o Cura d'Ars viu passar pela sua igreja, pelo menos, uns 100 mil peregrinos. Diante de tal afluência havia em Ars diversos sacerdotes para auxiliar o santo cura. Mas muitos fiéis não se conformavam e preferiam ficar até seis dias à espera para poder falar-lhe por alguns minutos. O abnegado sacerdote embora reduzisse o seu precário descanso a uma ou duas horas por dia não vencia a avalanche dos que o procuravam.
Os catecismos a que se dedicava com extremado amor já não passavam duma série de exclamações que acabavam em lágrimas. Apenas a custo se podia ouvi-lo ou entende-lo. Com sobre-humano esforço, a sua voz debilitada por uma tosse intermitente, já quase não lhe permitia articular palavras inteligíveis.
Eis o relato do jornalista, Jorge Seigneur, em Março de 1859, cinco meses antes da sua morte: O Cura d'Ars estava no confessionário. Ao ajoelhar-me ouvi um soluço que não posso reproduzir: era um gemido de sofrimento? Era um grito de amor? O soluço repetia-se a cada 10 minutos.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

“EIS AQUI A ESCRAVA DO SENHOR” (Lc 1,38).

 “EIS AQUI A ESCRAVA DO SENHOR” (Lc 1,38).

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Nazaré, cidade da Galiléia. “A Galiléia ocupava o norte da Palestina: o Jordão e o lago de Tiberíades formavam seus limites ao oeste; a Samaria  a separava da Judéia  no sul, e ao oeste, a Fenícia a isolava do mar. Era um país aprazível e fértil, no qual a natureza se revestia de uma graça incomparável.   O lago de Tiberíades, com suas belas águas de um azul cinzento, agitadas às vezes por tempestades repentinas,  era emoldurado  por uma vegetação luxuriante, e sulcado por numerosos barcos de pesca...  Nas montanhas, Nazaré achava-se a cem  quilômetros de Jerusalém; Canaã achava-se um pouco mais ao norte e Naim mais ao sul.”       
Assim H. Lesêtre, no seu livro “Guia através do Evangelho”, edição de 1944, descreve a situação geográfica da Galiléia, onde se localiza A cidade de Nazaré, para nós, cristãos, de divina lembrança.
Nos últimos dias que antecederam a era cristã, lá, em Nazaré da Galiléia, morava uma jovenzinha, entre doze e quinze anos de idade, a quem o Senhor Nosso Deus, desde os primórdios da humanidade, preparava para ser a mãe de seu Filho, o qual seria o Salvador do gênero humano mergulhado no pecado.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

AVE MARIA, CHEIA DE GRAÇA

AVE MARIA, CHEIA DE GRAÇA

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Quem é de Deus é escravo do amor.             Maria não nasceu escrava, não foi feita escrava: Maria se fez escrava. Maria não foi obrigada a fazer nada que não quisesse e não fosse a sua vontade, mas, perante a vontade de Deus, a sua vontade passou a ser nada e ela renuncia a sua vontade para fazer e cumprir somente a vontade de Deus.
E, a exemplo de Maria que se fez “escrava do Senhor” (Lc 1,38), que se consagrou totalmente ao serviço de Deus, em todos os tempos e ainda nos nossos dias existem cristãos verdadeiros admiradores e seguidores de Maria que renunciam a sua vontade e todo prazer e alegria que a vida e o mundo oferece para fazer realizar única e exclusivamente a vontade de Deus.
Muitos se proclamam escravos do Senhor a exemplo de Maria e se esvaziam de si mesmos para que a vontade do Senhor impere em todos os seus atos, desejos, pensamentos, atitudes, palavras e ações.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

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A festa da "Transfiguração do Senhor" acontece no mundo cristão desde o século V.
A transfiguração de Jesus nos convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus, como o fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua transfiguração no alto do monte Tabor, localizado no coração da Galiléia.
O episódio bíblico é relatado distintamente pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

MUDANÇA DE VIDA E MENTALIDADE

MUDANÇA DE VIDA E MENTALIDADE

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Quando Jesus se deparava com pessoas que viviam vida pouco digna, que se intitulavam santos e exploravam o povo, que viviam mergulhados no pecado, na injustiça e que não tinham qualquer intenção ou interesse de mudarem o seu modo de vida e mentalidade, Jesus era duro, chamando-os de geração adúltera, raça de víboras, sepulcros caiados: “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês bloqueiam o Reino dos Céus diante dos homens! Pois vocês mesmos não entram, nem deixam entrar os que querem fazê-lo.” (Mt 23,13-14), e, na sequência, Jesus profere outras seis maldições contra os escribas e fariseus e, dentre estas está esta terrível, que suscita em cada um de nós motivo de reflexão: (Mt 23,27-28). “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Vocês são semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Assim também vocês: por fora parecem justos aos homens, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e iniquidade.”

domingo, 4 de agosto de 2019

“ATENÇÃO! TOME CUIDADO CONTRA TODO TIPO DE GANÂNCIA...” (Lc 12,15).

XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano – C; Cor – Verde; Leituras: Ecl 1,2; 2,21-23; Sl 89 (90); Cl 3,1-5.9-11; Lc 12,13-21.

“ATENÇÃO! TOME CUIDADO CONTRA TODO TIPO DE GANÂNCIA...” (Lc 12,15).

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Diácono Milton Restivo

A liturgia de hoje aborda o tema “ganância e avareza”.
A ganância é o sentimento de busca incondicional e desmedida que uma pessoa propõe a si própria para alcançar sonhos e objetivos, muitas vezes escusos ou indevidos.
Ganância é um sentimento humano negativo que se caracteriza pela vontade de possuir somente para si próprio tudo o que existe, não se preocupando com as necessidades do próximo. É um egoísmo excessivo direcionado, principalmente, para a riqueza material, para o dinheiro. É o apego exorbitante e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e deixando Deus e o  próximo em segundo plano.
A ganância é a irmã gêmea da avareza.
A ganância e a avareza são consideradas o pecado mais tolo por se firmar em possibilidades.
A avareza é um dos sete pecados capitais que são considerados os mais condenáveis sob o ponto de vista cristão porque esses pecados geram outros pecados, outros vícios que deterioram a vida cristã. O avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus e a partilha com o irmão.
Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não seja Deus, como se fosse um deus, tendo Jesus chanado a atenção a respeito disso: “Ninguém pode servir a dois senhores. Porque, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e às riquezas” (Mt 6,24).
Avareza é sinônimo de ganância, ou seja, é a vontade exagerada de possuir tudo e qualquer coisa. Para o avarento os bens materiais deixam de ser um meio para aquisição de bens e serviços e para a satisfação das necessidades, mas um fim em si. A avareza opõe-se à virtude da generosidade.
“Quem ama o dinheiro jamais se saciará do dinheiro. Quem é apegado às riquezas, nunca se farta com a renda. Isso também é vaidade. Quando as riquezas aumentam, crescem também aqueles que as devoram. Que vantagem tem o proprietário além de ficar sabendo que é rico?” (Ecl 5,9-10). O acúmulo de riqueza é uma grande vaidade, senão a maior.
Diz a primeira leitura, tirada do livro do Eclesiastes: “Vaidade das vaidades, diz Coélet; vaidade das vaidades, tudo é vaidade. [...] Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou para conseguir. Também isso é vaidade e grande desgraça. De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade!”. (Ecl 1,2; 2,21-23).
O livro do Eclesiastes todo discorre sobre a vaidade do mundo, a fugacidade das coisas, o desejo de ter sempre mais por parte do homem. A palavra “fugaz” ou “vaidade” em hebraico é “hêbel” que expressa tudo aquilo que é fugaz, vaidade, passageiro, rápido. Hêbel (vaidade) é vento, sopro, hálito, respiro, vapor, névoa, fumaça, vão, fútil, inútil, vaidade, ilusão, mentira, que desaparece rapidamente.
O salmista afirma: “O homem é como um sopro; os seus dias como sombra que passa”. (Sl 144 (143),4). E o profeta Isaias declara: “Todo ser humano é erva e toda a sua beleza é como a flor do campo: a erva seca e a flor murcha, quando sobre ela sopra o vento de Iahweh; a erva seca e a flor murcha, mas a palavra de nosso Deus se realiza sempre” (Is 40,6-8; 1Pd 1,24-25).
A palavra vaidade (fugacidade – fugaz) é repetida trinta e sete vezes em todo o livro do Eclesiastes.
Quanta gente que não resiste a um tapete vermelho e a toque de trombetas. Não foi isso que Jesus falou a respeito daqueles que querem aparecer tanto na vida social como na religião? “Por isso, quando você der esmola, não mande tocar trombeta na frente, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa” [...] “Quando vocês rezarem, não sejam como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e esquinas, para serem vistos pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a sua recompensa.” (Mt 6,2.5). Quanta gente gosta e adora ser ovacionada e aplaudida pelos benefícios que prestaram apenas para aparecer. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
O Salmo da liturgia de hoje discorre sobre a instabilidade e a rápida passagem do homem por esse mundo, o que não passa de uma vaidade, fugacidade, e que, aos olhos de Deus seria como um vento rápido, uma erva que nasce de manhã e à tarde já secou, uma névoa passageira que passa até despercebida: “Mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem, que passou, uma vigília dentro da noite. Tu os semeias (os homens) ano por ano como erva que ser renova; de manhã ela germina e brota, de tarde a cortam e ela seca. [...] ...como suspiro nossos anos se acabaram. Setenta anos é o total de nossa vida, os mais fortes chegam aos oitenta. A maior parte deles, sofrimento e vaidade, porque o tempo passa depressa e desaparecemos. [...] Ensina-nos a contar os nossos anos, para que tenhamos coração sensato” (Sl 89,4-6.9-10.12). Em outro Salmo o salmista diz: "Eis que mediste os meus dias a palmos; o tempo da minha vida é como que nada diante de ti. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade." (Sl 39,5).
Depois de chegar à conclusão de que a vaidade é um cupim que corrói o coração do homem por dentro, o escritor de Eclesiastes, sabiamente, chega ao seguinte termo: “E cheguei à seguinte conclusão: Deus fez o homem correto, mas o homem inventa muitas complicações” (Ecl 7,29).
Ancorado nessa verdade o salmista define quem pode se aproximar de Yahweh: O que tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca as vaidades nem perjura para enganar seu próximo” (Sl 23,4).
O Evangelho de hoje nos traz à realidade esse problema fundamental: a ambição, a ganância, a avareza. Alguém estava querendo roubar, ludibriar alguém na divisão de bens; um irmão tentando passar para trás outro irmão na partilha dos bens possivelmente deixados pelos pais: “Mestre, dize a meu irmão que reparta a herança comigo” (Lc 12,13).
Quando aconteciam disputas ou desentendimentos sobre propriedades e possessões os intrigantes procuravam o parecer dos escribas e doutores da lei que se arvoravam como os guardiões da lei até nesses assuntos. Quem fez essa pergunta viu em Jesus um rabi enviado por Deus e, portanto, em condições de dar um veredicto a respeito do assunto. Jesus, porém, lhe responde: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” (Lc 12,14).
Com sua resposta Jesus deu mostras que esse assunto não estava enquadrado na sua missão, mas não perdeu a oportunidade de doutrinar sobre a ganância e a avareza. Questões de herança ainda hoje, como sempre, dividem famílias, envenenam parentes, fazem irmãos se tornarem inimigos, não importando se a herança corresponda a fazendas, indústrias, carrões e mansões, ou a uma simples casa de periferia ou ainda, que a herança seja uma bicicleta velha e surrada.
A herança, para quem a vai receber, torna-se a coisa mais importante da vida, ficando, todas as demais, para segundo plano. Jesus não perde a oportunidade de chamar a atenção para a ânsia exagerada de ter sempre mais e responde: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância...” (Lc 12,15). Jesus já havia dito: “Pelo contrário, em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês em acréscimo todas essas coisas”. (Mt 6,33).
Em lugar nenhum dos Evangelhos vemos Jesus desestimulando alguém ou incentivando para que não trabalhe. Muito pelo contrário, e ainda mais ele diz: “O trabalhador merece o seu salário” (Lc 10,7), e o Apóstolo Paulo corrobora essa afirmativa: “O operário é digno de seu salário” (1Tm 5,18). Aos tessalonicenses Paulo, no que diz respeito ao trabalho, alerta: “Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo ordenamos: fiquem longe de qualquer irmão que vive sem fazer nada e não segue a tradição que recebeu de nós. Vocês sabem como devem imitar-nos: nós não ficamos sem fazer nada quando estivermos entre vocês, nem pedimos a ninguém o pão que comemos; pelo contrário, trabalhamos com fadiga e esforço noite e dia  para não sermos um peso para nenhum de vocês. [...] ... quem não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3,6-8.10).
O que fica claro nos ensinamentos bíblicos e evangélicos é que é condenável viver somente para acumular riquezas e se transformar em máquinas de fazer dinheiro. O homem deve ter dinheiro, sim, para viver, e não viver pelo dinheiro. O dinheiro é necessário para a sobrevivência; a riqueza é uma benção de Deus e Deus coloca o homem como o administrador dessa riqueza para compartilhar com os irmãos. Todos somos administradores dos bens que Deus nos faculta.
Aproveitando a oportunidade Jesus conta uma parábola: a parábola do rico estulto, avarento e insensato a quem chamou de “louco”. “Louco” uma palavra que significa sem razão, sem sanidade mental, falta de percepção natural das coisas naturais e espirituais.
Quantas vezes o ambicioso, o avarento leva uma vida miserável e até de clandestinidade; não pode nem mesmo gozar das riquezas acumuladas por medo de suspeitas sobre a sua procedência, como acontece aos que se enriquecem ilicitamente e ou buscam paraísos fiscais.
O Apóstolo Paulo chama a atenção ao apego desordenado ao dinheiro: “Pois não a trouxemos nada para o mundo, e dele nada podemos levar. Se temos o que comer, com que nos vestir, fiquemos contentes com isso. Aqueles, porém, que querem tornar-se ricos, caem na armadilha da tentação e em muitos desejos insensatos e perniciosos, que fazem os homens afundarem na ruína e perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa ânsia de dinheiro, alguns se afastam da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos” (1Tm 6,7-10).
O santo homem Jó, ao ver-se desamparado e impotente diante das calamidades que, paulatinamente, sucediam em sua vida, reconhece que veio do nada e voltará para o nada, e tudo o que tivera em sua vida fora recebido por benevolência de Yahweh e, bem por isso, Yahweh poderia arrebatar tudo o que lhe dera, e nem por isso Jó se revolta, muito pelo contrário, louva o nome de Yahweh: “Nu eu sai do ventre de minha mãe, e nu para ele voltarei. Yahweh me deu tudo e Yahweh tudo me tirou. Bendito seja o nome de Yahweh” (Jó 1,21).
Jó desfrutou dos bens enquanto os possuía, mas não se revoltou contra Deus por tê-los perdido, ao contrário daqueles que, enquanto possuem bens e deles desfrutam jamais se lembram de Deus, mas, quando os perde se revolta e amaldiçoa o nome do Senhor. Bem a propósito, bom é lembrarmos-nos da oração de ação de graças feita pelo rei Davi em agradecimento a Yahweh: “A ti, Yahweh, pertencem a grandeza, o poder, o esplendor, a majestade e a glória, pois tudo o que existe no céu e na terra a ti pertence. Teu é o reino, e a ti cabe elevar-se como soberano acima de tudo. A riqueza e a glória vem de ti. [...] Quem sou eu, e quem é o meu povo para podermos te oferecer tudo isso? Tudo vem de ti, e a ti ofertamos o que de tuas mãos recebemos. Todos nós, diante de ti, somos imigrantes e estrangeiros, como foram todos os nossos antepassados. Nossa vida na terra é apenas uma sombra sem esperança” (2Cr 29,11-12.14-15).
Há algo que podemos levar conosco, que nos acompanha em toda a parte e além da morte: não são os bens, mas as obras. O Apóstolo Tiago nos diz que de nada adianta dizermos que temos fé, se não demonstrarmos a nossa fé através do atendimento ao irmão necessitado e das obras: “Meus irmãos, se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por acaso a fé poderá salvá-lo? Por exemplo, um irmão ou irmã não tem o que vestir e lhes falta o pão de cada dia. Então alguém de vocês diz para eles: ‘Vão em paz, se aqueçam e comam bastante’; no entanto não lhes dá o necessário para o corpo. Que adianta isso? Assim também é a fé: sem as obras ela está completamente morta. Alguém poderia dizer ainda: ‘Você tem a fé, e eu tenho as obras. Pois bem! Mostre-me a sua fé sem obras, e eu, com as minhas obras, lhe mostrarei a minha fé” (Tg 2,14-18).
O que importa para Deus não é o que possuímos em vida, mas o que tivermos feito com os bens que o Senhor nos cumulou. A coisa mais importante na vida não é, portanto, possuir bens, mas fazer o bem, porque isto permanece para sempre: “Bem-aventurados os que morrem no Senhor; suas obras os acompanharão” (Apo 14,13).
A ganância na vida do homem é tão devastadora que, tristemente, fez Jesus mostrar uma terrível realidade do destino daqueles que a tem por vício: É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus”. (Mc 10,25). E, a respeito disso, Jesus alerta: “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem e onde os ladrões não assaltam nem roubam. De fato, onde está ao teu tesouro, ai estará também o teu coração” (Mt 6,19-21); “Não fiquem preocupados com a vida, com o que comer, nem com o corpo, com o que vestir. Pois a vida vale mais do que a comida, e o corpo mais do que a roupa. [...] Não vos inquieteis, procurando o que haveis de comer ou beber, porque são os pagãos do mundo que se preocupam com tudo isso. Vosso Pai sabe que tendes necessidades disso. Buscai antes o seu Reino e recebereis estas coisas de acréscimo”. (Lc 12,22-23.29).
Não é equivocado o acumular, mas o que contraria os ensinamentos de Jesus é acumular por si mesmo, acumular para esta vida onde tudo é incerto menos o acumular por e para Deus e fazer o bem ao próximo, assim estaremos “ajuntando riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem e onde os ladrões não assaltam nem roubam” (Mt 6,20), colocando nisso o nosso coração, porque “onde está ao teu tesouro, ai estará também o teu coração” (Mt 6,21).
O Apóstolo Tiago não mede palavras para condenar os gananciosos, os que buscam juntar tesouros em detrimento ao irmão necessitado: “E agora vocês, ricos: comecem a chorar e gritar por causa das desgraças que estão para cair sobre vocês. Suas riquezas estão podres, suas roupas foram ruídas pela traça; o ouro e a prata de vocês estão enferrujados; e a ferrugem deles será testemunha contra vocês, e como fogo lhes devorará a carne. Vocês amontoaram tesouros para o fim dos tempos. Vejam o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos campos de vocês: retido por vocês, esse salário clama, e os protestos dos cortadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Vocês tiveram na terra uma vida de conforto e luxo; vocês estão ficando gordos para o dia da matança! Vocês condenaram e mataram o justo, e ele não conseguiu defender-se.”  (Tg 5,1-6).
Quantos colocam toda a sua esperança no dinheiro e chegam ao cúmulo de querer comprar com dinheiro a misericórdia e a graça de Deus (como fazem algumas igrejas pentecostais), ou querem comprar os dons do Espírito Santo com o dinheiro que acumulou, como aconteceu com o mago Simão que “...viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Então ofereceu dinheiro a Pedro e João, dizendo: ‘Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito  todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos’. Mas Pedro respondeu: ‘Pereça você junto com o seu dinheiro, pois você pensou que podia comprar com dinheiro aquilo que é dom de Deus. De nenhum modo você pode participar  dessa realidade espiritual, porque a sua consciência não é correta diante de Deus.” (At 8,18-21).
O autor do livro do Eclesiástico orienta-nos como devemos dispor dos nossos bens: “Com o pobre, porém seja compreensivo, e não o faça esperar muito pela esmola. Por causa do mandamento, socorra o indigente conforte a necessidade dele. Não o despeça de mãos vazias. Perca o dinheiro com o irmão e o amigo, para que ele não se enferruje inultilmente debaixo de uma pedra. Use seus bens segundo os mandamentos do Altíssimo, e eles serão mais úteis para você do que o ouro. Dê esmola daquilo que você tem nos celeiros, e ela o livrará de qualquer desgraça; mais do que forte escudo e lança pesada, ela combaterá por você diante do inimigo”. (Eclo 29,8-13).
Jesus conforta-nos e nos transmite a confiança de que o Pai cuida muito mais de cada um de nós do que cuida das aves do campo, das flores do campo e de toda a sua criação: “Não fiquem preocupados com a vida, com o que comer; nem com o com o que vestir. Pois a vida vale mais do que a comida, e o corpo mais do que a roupa. Observem as aves do campo: elas não semeiam e nem colhem, não possuem celeiros ou armazens. E, no entanto, Deus as alimenta. Vocês valem muito mais do que as aves. Quem de vocês pode crescer um centímetro à custa de se preocupar com isso? Portanto, se vocês não podem nem sequer fazer a menor coisa, porque se inquietam com o resto? Observem como os lírios do campo crescem; eles não fiam, nem tecem. Porém, eu digo a vocês que nem mesmo o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, quando mais ele fará por vocês homens de pouca fé. Quanto a vocês, não fiquem procurando o que vão comer ou beber. Não fiquem inquietos. Porque são os pagãos deste mundo que procuram tudo isso. O Pai bem sabe que vocês têm necessidade dessas coisas.Portanto, busquem primeiro o Reino dele, e Deus dará a vocês essas coisas por acréscimo.” (Lc 12,22-31).
Depois desse conforto que nos é dado por Jesus, será que ainda iremos incorrer na tentação de acumular bens que a traça roi e o ladrão furta ou rouba e de nos entregarmos ao vício da ganância e da avareza?
Faz-se desnecessária qualquer outra consideração...