SÃO
PIO X – PAPA - 1835-1914
Seu nome de
batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de
vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese
de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835.
Desde cedo
José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram
grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o
menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso
apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade
de ser padre.
Quando seu pai
faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele
abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no
seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito
nos estudos.
Teve uma
rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena
aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de
Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do
grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.
No Vaticano
José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza.
Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado
"restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante
atenção à vida interna da Igreja.
Realizou
algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e
efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música
sagrada, renovou-a.
Reformou,
também, o breviário. Sua intensa devoção à eucaristia permitiu que os fiéis
pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira
comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade.
Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades,
como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo.
Outra
importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante
que todos notavam e sentiam na sua presença. Pio X não foi apenas um teólogo.
Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação
em definir-se como "um simples pároco do campo".
Ficou muito
amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de
nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda
em vida intercedeu em vários milagres.
Consta dos
relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam.
Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das
chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo",
ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao
seu sobrenome de família.
No dia 20 de
agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato,
passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente
canonizado.
São lembrados
também neste dia: São Pio X (papa), Santo Anastácio de Savona (mártir), São
Balduíno (abade), São Bassa e seus três filhos: Teogônio, Agapito e Fidelis
(mártires), Santa Ciríaca, Santa Humbelina.
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