sexta-feira, 30 de agosto de 2019

“VINDE, BENDITOS DE MEU PAI...” (Mt 25,34).

“VINDE, BENDITOS DE MEU PAI...” (Mt 25,34).

          
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  Ao  se aproximar o momento de sua entrega total, antes do Senhor Jesus, voluntariamente, se entregar à morte para a salvação do gênero humano mergulhado no pecado, ele abre seu divino coração e revela a todos os seus amigos os segredos nele contidos; e esses segredos são como um testamento, uma aliança que Jesus Cristo deixa a todos aqueles que se propuserem seguir suas pegadas: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros. Nisso reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (Jo 13,34-35).
Os primeiros cristãos levaram tão a sério esse preceito de Jesus que assim viviam nos primeiros tempos do cristianismo: “Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum: vendiam suas propriedades e bens, e dividiam-nos entre todos, segundo as necessidades de cada um... Louvavam a Deus e gozavam da simpatia do povo.” (At 2,44-45. 47).

O Senhor Jesus fez do amor ao próximo o sinal que servirá de julgamento no Juízo Final para distinguir os eleitos dos condenados, e para antecipar como será o Juízo Final, um julgamento baseado no amor que tivemos ao nosso próximo: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono de sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então dirá o rei aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e vieste ver-me’. Então os justos responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te ver?’ Ao que lhes responderá o rei: ‘Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses pequeninos, a mim o fizestes.’ Em seguida, dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer. Tive sede e não me destes de beber. Fui forasteiro e não me recolhestes. Estive nu e não me vestistes, doente e preso e não me visitastes.’ Então, também eles responderão: ‘Senhor, quando é que te vimos com fome e com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso e não te servimos?’ E ele responderá com estas palavras: ‘Em verdade vos digo: todas as vezes que o deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.” (Mt 25,31-46).
Através do mandamento do amor e dessa narrativa do fim do mundo e juízo final, Jesus afirma que a nossa sorte eterna será decidida pelo amor que tivemos a ele próprio na pessoa do nosso próximo.
Quando comparecermos diante do Juiz Eterno, no Juízo Final, ele não vai nos perguntar se jejuamos muito, se vivemos na penitência, se passamos muitas horas em oração, mas vai nos perguntar e nos julgar unicamente pelo amor que dispensamos ao próximo seguindo o seu grande mandamento do amor.
O amor é o distintivo, a marca pela qual serão reconhecidos os discípulos de Jesus Cristo, e Paulo Apóstolo, conhecedor profundo das verdades pregadas por Jesus Cristo, ensina: “Que vosso amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e apegados ao bem; com amor fraterno, tendo carinho uns para com os outros, cada um considerando o outro como mais digno de estima.” (Rm 12, 9-10). “Abençoai os que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. Tende a mesma estima uns pelos outros, sem pretensões de grandeza, mas sentindo-os solidários com os mais humildes, não vos deis ares de sábios. A ninguém pagueis o mal com o mal; seja a vossa preocupação fazer o que é bom para todos os homens, procurando, se possível, viver em paz com todos, porquanto de vós depende.” (Rm 12, 14-18). João, o Apóstolo do Amor, chama de mentiroso aquele que diz que ama a Deus mas despreza o seu irmão: “Se alguém disser: “amo a Deus” mas odeia o seu irmão, é um mentiroso, pois, quem não ama a seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar. E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão.”  (1Jo 4,20-21). “Aquele que diz que está na luz, mas odeia o seu irmão, está nas trevas até agora. O que ama o seu irmão permanece na luz, e nele não há ocasião de queda. Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas; caminha nas trevas, e não sabe onde vai, porque as trevas cegaram seus olhos.” (1Jo 2,9-11). “Se alguém, possuindo os bens deste mundo, ver o seu irmão na necessidade e lhe fecha o coração, como permanecerá nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas com ações e em verdade.”  (1Jo 3, 17-18). Assim nos diz Jesus Cristo: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros  como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos se praticais o que vos mando.” (Jo 15,12-14).
A vida eterna depende de como é colocado em prática o mandamento do amor; é o amor que nos une e nos faz filhos de Deus e herdeiros da vida que não se acaba mais.

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