MUDANÇA DE VIDA E MENTALIDADE
Quando Jesus se
deparava com pessoas que viviam vida pouco digna, que se intitulavam santos e
exploravam o povo, que viviam mergulhados no pecado, na injustiça e que não
tinham qualquer intenção ou interesse de mudarem o seu modo de vida e
mentalidade, Jesus era duro, chamando-os de geração adúltera, raça de víboras,
sepulcros caiados: “Ai de vocês, escribas
e fariseus, hipócritas, porque vocês bloqueiam o Reino dos Céus diante dos
homens! Pois vocês mesmos não entram, nem deixam entrar os que querem fazê-lo.”
(Mt 23,13-14), e, na sequência, Jesus profere outras seis maldições contra os
escribas e fariseus e, dentre estas está esta terrível, que suscita em cada um
de nós motivo de reflexão: (Mt 23,27-28). “Ai
de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Vocês são semelhantes a sepulcros
caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de
mortos e de toda podridão. Assim também vocês: por fora parecem justos aos
homens, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e iniquidade.”
Aos que se
apresentavam arrependidos, procurando mudar de vida e de mentalidade, Jesus os
recebia com carinho e amor paternal; mas, pelo contrário, os que viviam uma
vida pecaminosa e, apesar dos ensinamentos do Divino Mestre, se mantinham na
sua trilha de pecado e iniquidade, para esses Jesus tinha palavras duras e
mostrava qual seria o destino deles se continuassem na trilha do desrespeito
aos mandamentos do Senhor.
Quando Jesus
disse que os publicanos e prostitutas chegariam aos céus primeiro ou
precederiam muita gente no reino dos céus, até hoje, muita gente que não vive o
espírito de Jesus Cristo e nem assume a sua mensagem evangélica, se
escandaliza, desconhecendo o sentido verdadeiro dessa afirmativa do Divino
Mestre.
Os ladrões e
prostitutas que tiveram uma vida de pecado mas que se arrependeram,
esclarecidos que foram pela luz e força
do espírito do Evangelho, esses precederão no Reino dos Céus a muitos que se
julgaram e se julgam santos.
O Reino dos
Céus é para todos os que tem o coração puro:
“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.” (Mt 5,8).
Assim o
salmista define os que herdarão o Reino dos Céus: “Quem pode subir a montanha de Iahweh? Quem pode ficar de pé no seu
lugar santo? Quem tem mãos inocentes e coração puro, e não se entrega à falsidade,
nem faz juramentos para enganar” (Sl 24 (23),3-4).
O Reino dos
Céus foi feito para os mansos e humildes de coração, para os que tem mãos
inocentes e coração puro, não se entrega à falsidade e nem faz juramentos para
enganar; para os que oram, reconhecendo a grandeza e misericórdia de Deus Pai,
para os que sabem que são pecadores mas fazem penitência e se arrependem
verdadeiramente de seus pecados.
Mas os que
estão no pecado e continuam na sua vida
irregular, pecaminosa, a esses Jesus tem
palavras duras e promessas pouco animadoras para a vida futura.
É por isso que
Paulo escreve a Timóteo, chamando-lhe a atenção de como deve viver o cristão
que está preocupado com a vida eterna e lutando para herdar o Reino de Deus: “Tu,, porém, ó homem de Deus, foge dessas
coisas. Segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão.
Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna,, para a qual foste
chamado, como o reconheceste numa bela profissão de fé diante de muitas
testemunhas.” (1Tm 6,11-12).
Assim João
escreve na sua primeira carta: “Todo o
que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus, e todos o que ama ao que gerou
ama também o que dele nasceu. Nisso reconhecemos que amamos os filhos de Deus:
quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Pois este é o amor de
Deus; observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, pois
todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo:
A NOSSA FÉ” (1Jo 5,1-4).
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