quarta-feira, 28 de abril de 2021

 

SANTA JOANA (GIANNA) BERETTA MOLLA - 1922-1962

 

Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes ocorridas na primeira infância.

Desses oito, saíram uma pianista, dois engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José, depois se fez sacerdote, e dois médicos fizeram-se religiosos missionários: madre Virgínia e padre Alberto. Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 4 de outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã, com especialização em pediatria, concluída 1952.

Porém preferiu exercer clínica geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo era dever, tudo era sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo", dizia. Em 1955, ela se casa com Pedro Molla.

O casal vive na tradição religiosa familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com harmonia na Modernidade. Joana ama esquiar na neve, pintar e a música também. Ela frequenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor industrial, sempre muito ocupado. Residem em Magenta mesmo, onde Joana participa ativamente também da vida local da Associação Católica Feminina.

Os retiros espirituais são momentos de forte interiorização e ela é a verdadeira colaboradora dessas novidades felizes da comunidade católica. Vive essa atribuição como sua missão de médica.

Nascem os filhos: Pedro Luiz , Maria Rita e Laura . No mês de setembro de 1961, no início da quarta gravidez, é hospitalizada e então é descoberto um fibroma no útero.

Diante da gravidade, sempre mais evidente, do caso, a única perspectiva de sobreviver é renunciar à gravidez, para não deixar órfãos os três filhos.

Mas Joana possui valores cristãos firmemente consolidados e coloca em primeiro lugar o direito à vida. E assim decide, com o preço da sua vida, ter o bebê. Joana Emanuela nasce e sua mãe ainda a segura nos braços antes de morrer, no dia 28 de abril de 1962. Uma morte que é uma mensagem iluminada do amor em Cristo.

Após sua morte, o marido lê as anotações pessoais de Joana que antecediam os retiros espirituais, e descobre sua conexão indissolúvel com o amor, o sacrifício e a fé inabalável.

Ao proclamar santa Joana Baretta Molla, em 2004, o papa João Paulo II quis exaltar, juntamente com seu heroísmo final, a sua existência inteira, os ensinamentos de toda uma vida no seguimento de Jesus, exemplo para os casais modernos. Joana Emanuela, a filha nascida do seu sacrifício, em pronunciamento nessa ocasião, disse: "Sinto em mim a força e a coragem de viver, sinto que a vida me sorri".

Ela ainda disse que rende homenagem à mãe "dedicando a minha vida à cura e assistência aos anciãos".

São comemorados também, neste dia: São Pedro Chanel, São Luiz Maria Grignion de Montfort, Santa Valéria, São Luquésio, Santo Agapito I, São Prudêncio de Tarazona (bispo), Santos Teodora e Dídimo (mártires), Santa Valéria de Milão (mártir), São Vital de Milão (mártir). 

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