SÃO JOSÉ OPERÁRIO - PADROEIRO DOS
TRABALHADORES
A devoção a São José na Igreja
Católica é antiquíssima.
A Igreja do Oriente celebra-lhe a
festa desde o século nono, tendo os Carmelitas introduzido tal festa na Igreja
ocidental.
Os Franciscanos em 1399 já festejavam
a comemoração do santo Patriarca. Xisto IV inseriu-a no breviário e no missal;
Gregório XV generalizou-a em toda a Igreja. Clemente XI compôs o ofício com os
hinos para o dia 19 de março e colocou as missões da China sob a proteção de
São José.
Pio IX introduziu, em
Nada sabemos a respeito da
infância de São José, tampouco da vida que levou, até o casamento com Maria
Santíssima.
Os santos Evangelhos não nos dizem
cousa alguma a respeito; limitam-se apenas a afirmar que José era justo,
o que quer dizer: José era cumpridor da lei, homem santo.
Que a virtude e santidade de São José
foram extraordinárias, vemos pela grande missão que Deus lhe confiou. Segundo a
Doutrina de São Tomás de Aquino, Deus confere as graças e privilégios à medida
da dignidade e da elevação do estado, a que destina o indivíduo.
Pode imaginar-se dignidade maior que a
de S. José que, pelos desígnios de Deus, devia ser esposo de Maria Santíssima e
pai nutrício de seu divino Filho?
Maria Santíssima, consentindo no
enlace com o santo descendente de David, não podia ter outra cousa em mira,
senão uma garantia para o futuro, uma defesa de sua virtude e uma satisfação
perante a sociedade, visto que no Antigo Testamento não era conhecida, e muito
menos considerada, a vida celibatária. Celebrando o contrato, Maria Santíssima
certamente o fez com a garantia absoluta da pureza virginal, que por
inspiração divina votara a Deus.
Ao realizar-se a grandiosa obra da
Encarnação do Verbo , o Arcanjo Gabriel comunicou-se o grande mistério, que
nela se havia de realizar e, após pronunciar o "fiat", consentindo
sua maternidade operada pelo Espírito Santo, deixou São José em completa
ignorância.
Com esse consentimento, dirigiu-se à
casa de Isabel, onde se demorou três meses e, de volta para casa, seu estado
causou no espírito se São José as mais graves preocupações e cruéis dúvidas.
A virtude e a santidade da esposa
estavam acima de qualquer suspeita, não lhe permitindo explicação menos
favorável. Nesta perplexidade invencível, resolveu abandonar a esposa e, quando
tudo já estivesse providenciado para a partida, um Anjo do Senhor lhe aparece
em sonhos e lhe diz: "José, filho de Davi, não temas admitir Maria, tua
Esposa, porque o que nela se operou é obra do Espírito Santo".
Foram assim de vez dissipadas as
negras nuvens do espírito de José. Com quanto respeito, com quanta atenção não
teria tratado aquela, que pela fé sabia ser o tabernáculo vivo do Messias.
Ignora-se quando São José
morreu. Há razões que fazem supor que o desenlace se tenha dado antes da
vida pública de Jesus Cristo.
Certamente não se achava mais vivo
quando seu Filho morreu na cruz; do contrário não se explicaria porque Jesus
recomendou a Mãe a São João Evangelista, não tendo por isto razão, se estivesse
vivo São José.
Que morte santa terá tido o pai
nutrício de Jesus! Que felicidade morrer nos braços do próprio Jesus Cristo,
tendo à cabeceira a Mãe de Deus! Mortal algum teve igual ventura.
A Igreja com muita razão invoca São
José como padroeiro dos moribundos e os cristãos se lhe dirigem com
confiança, para alcançar a graça de uma boa morte.
Não existem relíquias de S. José,
tampouco sabe-se algo do lugar onde foi sepultado. Homens ilustrados e versados
nas ciências teológicas houve e há que defendem a opinião que São José,
em atenção a sua alta posição e grande santidade, foi, como São João Batista,
santificado antes do nascimento e já gozava de corpo e alma da glória de Deus
no céu, em companhia de Jesus, seu Filho e Maria, sua Santíssima esposa. Grande
deve ser a nossa confiança na intercessão de São José.
Não há pessoa, não há classe que não
possa, que não deva se lhe dirigir. Santa Tereza, a grande propagandista da
devoção a São José, chegou a dizer: "Não me lembro de ter-me dirigido a
São José, sem que tivesse obtido tudo que pedira".
Neste dia são lembrados também: São
Peregrino Laziosi, Santa Grata, Santos Acácio e São Aceólo (mártires de
Amiens), Santo Andeólo de Esmirna (mártir), Santo Asaf de Llan-Elwy (bispo),
Santa Berta de Avenay (abadessa, mártir).
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