SANTA
MADRE TERESA DE CALCUTÁ, A MÃE DOS POBRES - 1910-1997
Fundou a
Congregação das Missionárias da Caridade. Agnes Gouxha Bojaxhiu, que é
conhecida na vida religiosa com o nome de madre Teresa de Calcutá, nasceu, no
dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses.
Seus pais,
Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, Agnes tornou-se membro
de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu
em ambiente cristão. Aos doze anos, já estava convencida de sua vocação
religiosa, atraída pela obra dos missionários.
Agnes pediu
para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como
missionárias em sua região. Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na
Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de
iniciar seu noviciado.
Feitos os
votos, adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de
Lisieux, padroeira dos missionários.
Primeiramente,
irmã Teresa foi incumbida de ensinar história e geografia no colégio da
Congregação, em Calcutá.
Essa atividade exerceu por dezessete anos.
Cercada de
crianças, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que
via quando saia à rua: pobreza generalizada, crianças e velhos moribundos e
abandonados, pessoas doentes sem a quem recorrer.
O dia 10 de setembro
de 1946 ficou marcado na sua vida como o "dia da inspiração".
Numa viagem de
trem ao noviciado do Himalaia, percebeu que deveria dedicar toda a sua
existência aos mais pobres e excluídos, deixando o conforto do colégio da
Congregação.
E assim fez.
Irmã Teresa tomou algumas aulas de enfermagem, que julgava útil a seu plano, e
misturou-se aos pobres, primeiro na cidade de Motijhil.
A princípio,
juntou cinco crianças de um bairro miserável e passou a dar-lhes escola.
Passados dez dias, já se somavam cinquenta crianças.
O seu trabalho
começou a ficar conhecido e a solidariedade do povo operava em seu favor, com
donativos e trabalho voluntário.
Para irmã
Teresa, o trabalho deveria continuar a dar frutos sem depender apenas das
doações e dos voluntários. Seria necessário às suas companheiras que tivessem o
espírito de vida religiosa e consagrada. Logo, uma a uma ouviram o chamado de
Deus para entregarem-se ao serviço dos mais pobres.
Nascia a
Congregação das Missionárias da Caridade, com seu estatuto aprovado em 1950. E
ela se tornou madre Teresa, a superiora.
As
missionárias saíram às ruas e passaram a recolher doentes de toda espécie. Para
as irmãs missionárias, cada doente, cada corpo chagado representava a figura de
Cristo, e sua ajuda humanitária era a mais doce das tarefas.
Somente com
essa filosofia é que as corajosas irmãs poderiam tratar doentes de lepra,
elefantíase, gangrena, cujos corpos, em putrefação, eram imagens horrendas que
exalavam odores intoleráveis. Todos eles tinham lugar, comida, higiene e um
recanto para repousar junto às missionárias.
Certo dia
Madre Teresa de Calcutá estava dando banho em um leproso que, em seu corpo, não
tinha mais lugar para ter chagas. Chegou-se a ela um turista inglês e ficou
enojado de ver aquela cena e disse: “Irmã, nem por um milhão de dólares eu
daria banho num leproso”, ao que Teresa de Calcutá respondeu: “O senhor não daria banho a um leproso nem
por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um
leproso”.
Quando alguém chamava a atenção de Tersa
de Calcutá para que ela descansasse, ela respondia: “Quando descanso? Descanso
no amor”. E dizia para as suas irmãs que a ajudavam no atendimento aos pobres:
“Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e
mais feliz”, e mais: “Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por
admiração, pois um dia você decepciona-se... Ame apenas, pois o tempo nunca
pode acabar com um amaor sem explicação!”.
Quando Madre Teresa de Calcutá recebeu o
Prêmio Nobel, perguntaram-lhe: “O que podemos fazer a fim de promover a paz
mundial?”. Ela respondeu: “Voltem para seus lares e amem suas famílias.”
Reconhecido
universalmente, o trabalho de madre Teresa rendeu-lhe um prêmio Nobel da Paz,
em 1979. Esse foi um dos muitos prêmios recebidos pela religiosa devido ao seu
trabalho humanitário. Nesse período, sua obra já se havia espalhado pela Ásia,
Europa, África, Oceania e Américas.
No dia 5 de
setembro de 1997, madre Teresa veio a falecer, na Índia. A comoção foi mundial.
Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São
Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado.
Ao fim de uma
semana, o corpo da madre foi trasladado ao estádio Netaji, onde o cardeal
Ângelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano, celebrou a missa de corpo
presente.
Em 2003, o
papa João Paulo II, seu amigo pessoal, ao comemorar o jubileu de prata do seu
pontificado, beatificou madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como
a "Mãe dos Pobres".
Na emocionante
solenidade, o sumo pontífice disse: "Segue viva em minha memória sua
diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais
pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia
interior: a energia do amor de Cristo".
No dia 04 de
setembro de 2016, num domingo, O Papa Francisco declarou santa a madre Teresa de Calcutá, em
uma missa de canonização celebrada na praça de São Pedro, no Vaticano, frente a
100 mil fiéis. "Declaramos a beata Teresa de Calcutá santa e a inscrevemos
entre os santos, decretando que seja venerada como tal por toda a Igreja",
afirmou Francisco.
São
comemorados também, neste dia: São Lourenço Justiniano (bispo), São Bertino,
Santos Eudóxio, Macário Zeno e companheiros (mártires de Militene), São
Genebaldo de Laon (bispo), Santo Herculado do Porto (mártir).
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