SÃO GREGÓRIO MAGNO PAPA - 540-604
Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo
se edificou.
Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e
da fé de muitos cristãos que o sucederam.
Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes
papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o
Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.
Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte
romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira
indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas
realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a
introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano".
Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema
humildade, caridade e piedade. Sua
vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso -
sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se
santas.
As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua
formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem,
mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma. Nessa época, buscava refúgio na
capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora
atacado pelos invasores longobardos.
Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio,
onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com
eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi
para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais
tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida. Como sua sabedoria não poderia ficar
restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante
missão em Constantinopla.
Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra
literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André
e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo. Assim, após a morte do papa Pelágio,
Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já
que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo.
Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o
liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e
ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro
de 590.
Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a
história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de
monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um
apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da
doutrina cristã.
No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses,
protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as
atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade,
prudência e magnanimidade.
Morreu em 604, sendo sepultado na basílica de São Pedro.
Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já
aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja.
Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.
São comemorados
também, neste dia: São Marino, Santa Febe (mãe de família e diaconisa, citada
na Carta aos Romanos 16,1-2), São Frugêncio de Fleury (monge e mártir), Santo
Aristeu, Santa Basilissa.
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