sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

MARIA DE MINHA INFÂNCIA

MARIA DE MINHA INFÂNCIA

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“Eu era pequeno, nem me lembro, só lembro que a noite, aos pés da cama, juntava as mäozinhas e rezava apressado, mas rezava como alguém que ama...”
Essa música, do Padre Zézinho, Maria da minha infância, retrata bem como foi o nosso relacionamento com Maria, na nossa infância e adolescência, e como está sendo o nosso relacionamento com Maria ainda hoje. Com fé, amor e devoção, quando éramos crianças, juntávamos nossas mãos em oração e rezávamos, inocentemente a aprece da Ave Maria, repetindo palavras que nem sabíamos direito os seus significados, mas, com que confiança rezamos.           
Que segurança sentíamos quando nos dirigíamos a Maria, repetindo as palavras de nossa  mãe ou avó, aquela oração  que fazia e faz de Maria a mais cheia de graça, a mais pura entre as mulheres. Mas isso, quando éramos pequenos. Quando éramos crianças. Que confiança as crianças tem na maezinha do céu.

E o Senhor Jesus também foi criança nos braços de Maria – Jesus se entrega confiantemente nos braços virginais de sua mãe, Maria, e sem dúvida, sentia ali confiança, apoio, segurança, carinho, e que grande amor. E quando Jesus era criança nos braços de Maria, ele se sentia no céu e, talvez, tenha sido por isso mesmo que, anos mais tarde, ele tenha dito aos seus apóstolos e discípulos, e nos diz ainda hoje – SE VOCÊS NÄO SE TORNAREM CRIANÇAS, VOCÊS NÄO ENTRARÃO NO REINO DOS CÉUS -. Isso, sem dúvida, ele aprendeu nos braços de Maria, isso ele experimentou nos braços maternais e virginais de Maria – se nos entregamos nos braços de Maria, como fez Jesus Menino, nós também nos sentiremos nos céus.       Como confiamos em nossa mãe quando somos crianças, quando somos pequenos.
Nos entregamos totalmente aos seus cuidados, e jamais duvidamos de qualquer palavra que ela diz – quando somos crianças, a palavra de nossa mãe é lei.         
Confiamos em tudo o que ela diz e faz, e isso sem sombra de qualquer dúvida. 
E foi nossa mãe quem nos ensinou amar Maria, foi nossa mãe quem nos ensinou confiar em Maria, foi nossa mãe que nos ensinou a oração da Ave Maria.          
Quando éramos crianças, dificilmente dormíamos sem antes recitarmos pelo menos uma Ave Maria, muitas vezes, como diz a música do Padre Zézinho, apressados, correndo, engolindo palavras, mas rezávamos. Depois, fomos crescendo, fomos deixando de sermos crianças, e fomos achando que era cafona rezar, que rezar era coisa para beatos e beatas, e que as coisas do céu já eram, que as coisas do céu eram somente para crianças inocentes que não sabiam nada da vida, e a gente foi esquecendo aquela amizade pura, simples e santa, que sempre tivemos, quando crianças, com a Mãe de Deus.          
Mas, quando um filho parte, a mãe fica sempre com o coração na mão e sempre na expectativa do seu regresso.          E, quando ele volta, a mãe, como o pai do filho pródigo, o recebe nos braços com festas e carinho. Assim é Maria para todos nós.
Quando éramos crianças nós a amamos muito, nós confiamos muito nela, mas, depois, fomos crescendo, fomos deixando de ser crianças, fomos deixando de confiar, enveredamos por outros caminhos e julgamos que, sendo grandes, já não precisaríamos mais dos cuidados da mãe, da mãe da terra e nem da Mãe do céu. 
E como nos enganamos.  Como nos iludimos. Quantos encontrões damos na vida por faltar ao nosso lado a presença amiga de nossa mãe, o apoio de nossa mãe, principalmente da nossa Mãe do Céu. É por isso que Jesus nos diz – SE VOCÊS NÄO SE TORNAREM CRIANÇAS, VOCÊS NÄO  ENTRARÃO NO REINO DOS CÉUS -.           
É por isso que precisamos continuar sendo sempre crianças, porque, qualquer que seja a idade que tivermos, se continuarmos com a confiança e a inocência de uma criança, sempre teremos um espaço nos braços maternais de Maria, e ela jamais desampara quem se entrega de corpo e alma aos seus cuidados maternais.      Jesus Cristo passou por essa experiência, e por isso que ele nos diz e repete – SE VOCÊ NÄO SE TORNAR COMO UMA CRIANÇA, VOCÊ NÄO ENTRARÁ  NO REINO DOS CÉUS -. Se não permanecermos sempre crianças, sempre conversando com a nossa Mãe do céu, sempre confiando totalmente na sua guarda, jamais partilharemos do reino que Jesus veio  trazer para todos os homens de boa vontade, por meio de Maria.
Se já deixamos de ser crianças, é o momento de voltarmos a ser crianças e nos jogarmos nos braços maternais  de Maria, e confiar a ela todos os nossos problemas, nossas preocupações, nossas alegrias e tristezas, e ela, mais do que ninguém neste mundo, nos entenderia como mãe amorosa que é, jamais nos desamparará, e nos pegará no colo e nos levará na presença do Nosso Pai, por meio de Jesus Cristo.

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