“DEUS É AMOR.” (1Jo
4,7-8).
“...Amarás
o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com toda a tua
força e de todo o teu entendimento...” (Lc 10,27). Esse mandamento de amor
foi ensinado ao povo judeu enquanto caminhava no deserto à busca da terra
prometida.
O mínimo que o homem pode fazer a Deus
é amá-lo com todas as sus forças porque, antes que o homem pensasse ou
aprendesse amar Deus, Ele já o amava desde toda a eternidade.
O homem, amando ao Senhor de todo o
seu coração, não está fazendo favor nenhum, muito pelo contrário, está apenas
retribuindo, e muito mal e com extrema imperfeição o imenso amor que o Senhor
tem por todos os filhos seus. Jesus Cristo foi o modelo de como se deve amar o
Pai; viveu para nos ensinar como devemos amar. Muitos seguiram Jesus por amor,
convicção, fé.
Outros o seguiam por interesse, para
que as doenças lhes fossem curadas. Mas existiam também aqueles que se julgavam
os doutores da lei de Deus, seguiam a Jesus apenas para não deixá-lo em paz e
para observar se ele não cometia alguma falha, falasse alguma coisa que
contrariasse a lei de Moisés que fora ditada pelo Senhor para poder
denunciá-lo, prendê-lo a fim de que não mais doutrinasse e ensinasse ao povo o
caminho da justiça.
Esses doutores da lei, também
conhecidos como escribas ou fariseus não perdiam oportunidade de tentarem Jesus
e fazer-lhe perguntas capciosas para ver se ele caísse em alguma contradição.
Certa vez, estando Jesus em discussão
com os fariseus, e, “Um dos escribas que ouvira a discussão, reconhecendo que (Jesus)
respondera muito bem, perguntou-lhe: “Qual é o primeiro de todos os
mandamentos?” Jesus respondeu: “O
primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor Nosso Deus é o único Senhor, e amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu
entendimento e com toda a tua força.” (Mc 12,28-30).
Aquele escriba tinha a obrigação de
conhecer esse mandamento porque estava contido na lei de Moisés que ele próprio
tinha que obedecer e ensinar ao povo, mas Jesus não para por aí e dilata esse
mandamento para mostrar ao escriba e para todos os homens que o amor que se dedica a Deus não tem nenhum
valor se esse amor não atingir também todos os irmãos, e diz: “O Segundo (mandamento)é este: amarás o
teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior que esses.” (Mc 12,31).
O escriba certamente ficou admirado
com a resposta de Jesus e, talvez, contra a sua vontade ou quem sabe, tocado
pela graça e inspirado pelo Espírito de
Deus, porque o Espírito sopra onde, quando e como quer, disse a Jesus: “Muito bem, Mestre, tens razão de dizer
que ele é o único e não existe outro além dele, e amá-lo de todo o coração, de
toda a inteligência e com toda a força e amar o próximo como a si mesmo é mais
do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.” (Mc 12,32-33 ).
Aquele homem, que não era um seguidor
de Jesus, teve de se curvar ante a sabedoria infinita do Divino Mestre e
reconhecer que, se o homem não amar Deus através do seu irmão, o seu amor não
tem valor, ”e Jesus, vendo que ele respondera com inteligência, disse-lhe: “Tu não estás longe do reino de Deus.”
(Mc 12,34).
E agora, nós, que nos dizemos
cristãos, que nos rotulamos seguidores de Jesus Cristo, entendemos bem esse
mandamento de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós
mesmos?” Temos a certeza e a convicção
que somente chegaremos a Deus se for através do nosso irmão? Chegaremos aos
Senhor amando o irmão, convivendo harmoniosamente com o próximo, respeitando os
seus direitos, os seus pensamentos e trabalhando para mais nos melhorar nas
coisas do Senhor e com isso ajudar a melhorar a todos os que nos circundam.
Mas nós, que pertencemos ao Senhor e
buscamos mais e melhor entendermos a sua mensagem através das Escrituras
Sagradas, e que nos dizemos seguidores
dos ensinamentos do Senhor Jesus, ainda não entendemos, depois de dois mil anos de ensinamentos, que
o maior de todos os mandamentos é amar ao Senhor sobre todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos. Aquele escriba entendeu o que Jesus quis
dizer com ”amar a Deus “ e depois “amar o próximo” e, bem por isso, “Jesus, vendo que ele respondera com inteligência, disse-lhe: “Tu não
estás longe do reino de Deus.” (Mc 12.34).
Fica no ar a pergunta: Entendemos a
profundidade e a magnitude desse mandamento?
Se conversássemos com Jesus a respeito disso, ele também nos diria:
“Você não está longe do reino de Deus?” Quem poderá nos responder isso com exatidão
é o nosso modo de vida; nós podemos nos enganar, ele não... “...Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento.” (Lc 12,27). “...Amarás o teu
próximo como a ti mesmo... Não existe
outro mandamento maior que esses.” (Mc
12,31). “Caríssimos, se Deus assim nos
amou, devemos nós também amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais contemplou a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece
em nós e seu amor em nós é levado à perfeição.” (1Jo 4,11-12).
E João, o Apóstolo do Amor, insiste no amor que
devemos ter a Deus, e, através desse amor, amar o irmão: “Caríssimos,
amemo-nos uns aos outros, pois O AMOR E
DEUS, e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conheceu a Deus,
porque DEUS É AMOR.” (1Jo
4,7-8).
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