SÃO ROQUE
São Roque, Protetor contra pestes e epidemias.
“... Olho para direita e vejo: não há
ninguém que cuide de mim. Não existe para mim um refúgio ninguém que se
interesse pela minha vida, eu vos chamo Senhor, vós sois meu refúgio, sois meu
quinhão na terra dos vivos. Atendei o meu clamor...” (Salmo 141, 5-7).
Montpellier, na França, foi no ano de
1295, cenário e berço do nascimento de um de seus mais ilustres filhos; Roque!
O nobre Fidalgo João e sua esposa Libéria, aguardavam com ansiedade a chegada
dessa criança, era afinal, uma benção desejada.
Roque foi levado a pia Batismal, já
nos primeiros dias de vida; sua mãe Libéria, era mulher virtuosa, mulher de fé
e piedosa, que via naquele frágil bebê, um sinal de amor de Deus.
O pequeno Roque teve uma educação primorosa, estudou nos melhores colégios e
herdou de sua mãe os mais vivos sentimentos de fé, e vida de oração.
Quando completou vinte anos, foi
duramente provado com a morte repentina de seus pais, vendo-se sozinho e com
uma herança invejável, sentiu em seu coração um forte apelo ao despojamento.
Dispos de todos os seus bens móveis em favor dos mais necessitados e os imóveis
foram entregues aos cuidados de seu tio; Roque em condições de pobre peregrino,
dirigiu-se a Roma.
Quando Roque chegou a Aguapendente, na
Toscana, um terrível epidemia (Peste Negra) se alastrava, e nosso jovem
peregrino ofereceu-se prontamente para tratar dos doentes que lotavam as
enfermarias dos hospitais.
De Aguapendente seguiu para Caesena e
Rimini, por toda parte onde chegava o jovem Roque, via-se desaparecer a
terrível epidemia, como que a fugir do Santo.
Foi em Roma que a caridade de Roque
achou um novo campo de ação, dedicando-se durante 3 anos, ao tratamento dos
pobres e abandonados doentes. Depois voltou aos lugares onde já tinha estado, e
seu zêlo escolhia entre os mais doentes, mais abonados, sempre nutrindo o
desejo ardente de poder oferecer a Deus o sacrifício da vida.
Por vária vezes foi provado pela
doença e em todas, o Senhor conservou-lhe a vida, no que todos reconheceram uma
especial proteção Divina.
Na Itália, Roque conheceu o carisma
franciscano e fez votos na Ordem Terceira, como irmão penitente.
Restabelecidas as forças, Roque seguiu
para Piacenza, onde a Peste dizimava a população. Com uma abnegação, que lhe
era peculiar, dedicou-se ao serviço de enfermeiro no hospital, sendo também
atingido pelo terrível mal. Após um sono profundo, foi acometido duma febre
violenta e atormentado por uma dor fortíssima na perna esquerda, causando-lhe
uma terrivel chaga.
Roque aceitou a doença, como uma Graça Divina, as dores chegaram, porém, a tal
ponto que fizeram chorar e gritar continuamente.
Em pouco tempo, Roque, viu-se
abandonado e desprezado por todos, decidiu em seu coração, não se tornar um
peso para ninguém. Com muito custo arrastou-se até um bosque e lá acomodou-se
em uma cabana abandonada.
Confiando no Senhor e entregando-se a
sua Divina Providência, Roque experimentou o amor de Deus, que todos os dias
enviava um cão para alimentá-lo, trazendo um pão tirado da mesa do Fidalgo
Gottardo.
Certa manhã Gottardo, observando as
atitudes do cão, resolveu segui-lo e qual não foi sua surpresa ao encontra-lo
na choupana em companhia de Roque. Assim todos descobriram o paradeiro do
Santo.
Gottardo ficou algum tempo em
companhia de Roque e este, sentindo-se restabelecido de sua forças decidiu
voltar para sua terra natal.
A França, por aquele tempo, estava em
guerra, e assim se explica que Roque, lá chegando fosse tomado por espião.
O sofrimento e a dor tinham deixado
marcas significativas em seu rosto, em seu corpo, que até o próprio Tio, que
era o juiz da cidade, não o reconheceu e condenou-o à prisão.
Toda essa humilhação, Roque aceitou
sem protesto algum, e todas as injustiças sofridas, ofereceu por amor a Jesus e
pela conversão dos pecadores.
Por cinco anos permanceu encarcerado
sem que ninguém o reconhecesse foi acometido por uma grave e terminal
enfermidade, lá no cárcere recebeu os Santos Sacramentos.
Confessou sua identidade ao Sacerdote, exalava de seu corpo um suave perfume de
santidade que se-espalhou por todo o presídio, Roque com seus 32 anos, entregou
sua santa alma ao Senhor humilde e silenciosamente, era o ano de 1327.
(O primeiro milagre póstumo que lhe é
atribuido foi a cura do seu carceireiro, que se chamava Justino e era manco de
uma perna. Ao tocar no corpo de Roque, para verificar se estaria morto
realemente, sentindo algo estranho percebeu sua perna milagrosamente curada).
Seu sepultamento, foi marcado por muitas honras e grandes milagres, agora
reconhecido com nobre filho de Montpelier. Tempos mais tarde seus restos
mortais foram transladados para Veneza, onde seus devotos lhe erigiram um belo
templo.
Assegura-se que por intercessão de São
Roque, muitas cidades foram poupadas da peste, entre elas Constança, na ocasião
em que dentro dos muros se lhe reunia o grande concílio, em 1414.
O povo católico sempre nutriu especial
confiança em devoção a São Roque e venera-o como padroeiro poderoso contra
epidemias.
Será que não está a hora do povo
Católico se unir em oração e clamar a intercessão de São Roque, junto ao
Senhor, para que a “Gripe A”,
seja definitivamente extinta. Devemos sempre acreditar, o Senhor tudo pode.
Para alcançar a vida eterna é
necessária a prática da virtude. Em São Roque temos o modelo de homem virtuoso
de fato.
Os Santos são setas que nos indicam o
caminho que é Jesus, a verdade de Jesus e a vida que está em Jesus.
São lembrados também, neste dia: Santo
Estevão da Hungria, São João Francisco Régis, Santo Alsácio, São Bento José
Labre (peregrino mendicante), Santos Caio e Cremêncio (mártires de Zaragoza).
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