15 DE AGOSTO
BEM-AVENTURADO
ISIDORO BAKANJA - +1909
Presume-se que
o jovem congolês de pele negra, futuro mártir do escapulário, de nome Isidoro
Bakanja, nasceu entre 1885 e 1890, em Bokendela, no seio de uma família da
tribo Boangi. Na época, o seu país era domínio exclusivo do rei Leopoldo II, da
Bélgica, fazia parte de seu patrimônio pessoal. Mais tarde, a propriedade foi
transformada na colônia chamada Congo Belga, atual República Democrática do
Congo. Os dados concretos revelam que, como todos os africanos de sua tribo,
conheceu a pobreza logo cedo. Ainda na infância, precisava trabalhar para o
sustento próprio, como pedreiro ou como lavrador no campo. Na adolescência,
conheceu a religião cristã por meio dos dois religiosos trapistas que foram, em
missão, converter essa tribo africana.
Totalmente
convertido e devoto de Maria, Isidoro foi batizado no dia 6 de maio de 1906. Na
ocasião, recebeu de presente um rosário e o escapulário de Nossa Senhora do
Carmo, que nunca mais deixou de usar. Ele conheceu a história do escapulário e
contava-a a todos os irmãos africanos que, interessados no cristianismo,
procuravam os dois missionários, os quais, por sua vez, chamavam Isidoro de o
"leigo do escapulário", pela vocação ao apostolado.
Mais tarde,
Isidoro foi trabalhar num seringal, em Ikiri, pertencente a um colonizador
belga, ateu, que não suportava os africanos cristãos e menos ainda os
missionários. Preferia a população africana como estava, era mais fácil para
ser explorada como mão-de-obra quase gratuita.
Não gostava de ter africanos convertidos
trabalhando na plantação, "perdiam tempo rezando", dizia. Isidoro, no
entanto, nunca escondeu que era cristão, usava o escapulário com fé e devoção.
Trabalhava duro e produzia bem, mas era cada vez mais perseguido.
Quando foi
impedido de rezar em voz alta enquanto trabalhava, resolveu deixar o seringal.
Mas foi proibido de voltar para casa, e ordenaram que jogasse fora o
escapulário de Nossa Senhora do Carmo, sinal de sua fé. Como Isidoro recusou,
foi chicoteado pelo próprio belga ateu até ter suas costas transformadas em uma
grande chaga. A ferida infeccionou e, ao longo de seis meses, Isidoro viveu um
calvário de sofrimentos. Sua agonia foi muito mais dolorosa que o açoitamento.
Durante esse período, foi solidário com seu povo e outros sofredores, repartindo
com eles a sua fé e os alimentos que recebia.
Morreu entre
seus irmãos africanos, com o rosário nas mãos e o escapulário de Nossa Senhora
do Carmo em seu pescoço. Perdoou e prometeu rezar pelo seu algoz ao ingressar
no céu. Foi o que disse antes de entregar sua alma ao Pai, envolto em seu
pequeno "hábito de carmelita", em 15 de agosto de 1909. O papa João
Paulo II beatificou esse jovem africano cristão, que chamou de o "mártir
do escapulário", em 1994. O bem-aventurado Isidoro Bakanja é celebrado no
dia de sua morte. O seu testemunho fez florescer muitas obras de caridade
promovidas pelos leigos carmelitas e devotos do escapulário de Nossa Senhora do
Carmo em todos os continentes.
São lembrados
também, neste dia: Assunção de Maria, Nossa Senhora da Guia, São Tarcísio,
Santo Arnulfo, São Tarcísio (jovem mártir da Eucaristia), Bem-aventurado
Isidoro Bakanja (o mártir do escapulário), Bem-aventurados Vicente Soler e
companheiros (mártires da revolução espanhola), Santo
Alfredo de Hildeshein (monge e bispo), Santo Arduíno de Rímini (eremita, (Santo
Arnulfo de Soissons (monge e bispo), Santo Estasnilau Kostka (noviço jesuíta).
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