XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano – C; Cor – Verde; Leituras: Ecl 1,2; 2,21-23; Sl 89 (90); Cl
3,1-5.9-11; Lc 12,13-21.
“ATENÇÃO! TOMAI CUIDADO CONTRA TODO TIPO DE GANÂNCIA...” (Lc
12,15).
Diácono
Milton Restivo
A liturgia de
hoje aborda o tema “ganância e avareza”.
A ganância é o sentimento de busca
incondicional e desmedida que uma pessoa propõe a si própria para alcançar
sonhos e objetivos, muitas vezes escusos ou indevidos.
Ganância é um sentimento humano negativo que se
caracteriza pela vontade de possuir somente para si próprio tudo o que existe,
não se preocupando com as necessidades do próximo. É um egoísmo excessivo
direcionado, principalmente, para a riqueza material, para o dinheiro. É o
apego exorbitante e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro,
priorizando-os e deixando Deus e o
próximo em segundo plano.
A ganância é a irmã gêmea da avareza. A ganância e
a avareza são consideradas o pecado mais tolo por se firmar em possibilidades. A
avareza é um dos sete pecados capitais que são considerados os mais condenáveis
sob o ponto de vista cristão porque esses pecados geram outros pecados, outros
vícios que deterioram a vida cristã. O avarento prefere os bens materiais ao
convívio com Deus e a partilha com o irmão.
Neste sentido, o pecado da avareza
conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não seja Deus, como se fosse
um deus, tendo Jesus chanado a atenção a respeito disso: “Ninguém pode servir a dois senhores. Porque, ou odiará um e amará o
outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e às
riquezas” (Mt 6,24).
Avareza é sinônimo de ganância, ou seja, é a
vontade exagerada de possuir tudo e qualquer coisa. Para o avarento os bens
materiais deixam de ser um meio para aquisição de bens e serviços e para a
satisfação das necessidades, mas um fim em si. A avareza opõe-se à virtude da generosidade. “Quem ama o dinheiro jamais se saciará do
dinheiro. Quem é apegado às riquezas, nunca se farta com a renda. Isso também é
vaidade. Quando as riquezas aumentam, crescem também aqueles que as devoram.
Que vantagem tem o proprietário além de ficar sabendo que é rico?” (Ecl 5,9-10).
O acúmulo de riqueza é uma grande vaidade, senão a maior.
Diz a primeira
leitura, tirada do livro do Eclesiastes: “Vaidade
das vaidades, diz Coélet; vaidade das vaidades, tudo é vaidade. [...] Por exemplo: um homem que trabalhou com
inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a
outro que em nada colaborou para conseguir. Também isso é vaidade e grande desgraça.
De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o
desgastam debaixo do sol? Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação, um
tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade!”.
(Ecl 1,2; 2,21-23).
O livro do Eclesiastes todo discorre sobre a vaidade do mundo, a
fugacidade das coisas, o desejo de ter sempre mais por parte do homem. A
palavra “fugaz” ou “vaidade” em hebraico é “hêbel” que expressa tudo aquilo que
é fugaz, vaidade, passageiro, rápido. Hêbel (vaidade) é vento, sopro, hálito,
respiro, vapor, névoa, fumaça, vão, fútil, inútil, vaidade, ilusão, mentira,
que desaparece rapidamente.
O salmista
afirma: “O homem é como um sopro; os seus
dias como sombra que passa”. (Sl 144 (143),4). E o profeta Isaias declara: “Todo ser humano é erva e toda a sua beleza
é como a flor do campo: a erva seca e a flor murcha, quando sobre ela sopra o
vento de Iahweh; a erva seca e a flor murcha, mas a palavra de nosso Deus se
realiza sempre” (Is 40,6-8; 1Pd 1,24-25).
A palavra vaidade
(fugacidade – fugaz) é repetida trinta e sete vezes em todo o livro do
Eclesiastes.
Quanta gente
que não resiste a um tapete vermelho e a toque de trombetas. Não foi isso que
Jesus falou a respeito daqueles que querem aparecer tanto na vida social como
na religião? “Por isso, quando você der
esmola, não mande tocar trombeta na frente, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês:
eles já receberam a recompensa” [...] “Quando
vocês rezarem, não sejam como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas
sinagogas e esquinas, para serem vistos pelos homens. Eu garanto a vocês: eles
já receberam a sua recompensa.” (Mt 6,2.5). Quanta gente gosta e adora ser
ovacionada e aplaudida pelos benefícios que prestaram apenas para aparecer.
Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
O Salmo da
liturgia de hoje discorre sobre a instabilidade e a rápida passagem do homem
por esse mundo, o que não passa de uma vaidade, fugacidade, e que, aos olhos de
Deus seria como um vento rápido, uma erva que nasce de manhã e à tarde já
secou, uma névoa passageira que passa até despercebida: “Mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem, que passou, uma
vigília dentro da noite. Tu os semeias (os homens) ano por ano como erva que ser renova; de manhã ela germina e brota, de
tarde a cortam e ela seca. [...] ...como
suspiro nossos anos se acabaram. Setenta
anos é o total de nossa vida, os mais fortes chegam aos oitenta. A maior parte
deles, sofrimento e vaidade, porque o tempo passa depressa e desaparecemos. [...]
Ensina-nos a contar os nossos anos, para
que tenhamos coração sensato” (Sl 89,4-6.9-10.12). Em outro Salmo o salmista
diz: "Eis que mediste os meus dias a
palmos; o tempo da minha vida é como que nada diante de ti. Na verdade, todo
homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade." (Sl 39,5).
Depois de chegar à
conclusão de que a vaidade é um cupim que corrói o coração do homem por dentro,
o escritor de Eclesiastes, sabiamente, chega ao seguinte termo: “E cheguei à seguinte conclusão: Deus fez o
homem correto, mas o homem inventa muitas complicações” (Ecl 7,29).
Ancorado nessa verdade o
salmista define quem pode se aproximar de Yahweh: “O que tem as
mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca as vaidades nem perjura
para enganar seu próximo” (Sl 23,4).
O Evangelho de
hoje nos traz à realidade esse problema fundamental: a ambição, a ganância, a
avareza. Alguém estava querendo roubar, ludibriar alguém na divisão de bens; um
irmão tentando passar para trás outro irmão na partilha dos bens possivelmente
deixados pelos pais: “Mestre, dize a meu
irmão que reparta a herança comigo” (Lc 12,13).
Quando
aconteciam disputas ou desentendimentos sobre propriedades e possessões os
intrigantes procuravam o parecer dos escribas e doutores da lei que se
arvoravam como os guardiões da lei até nesses assuntos. Quem fez essa pergunta
viu em Jesus um rabi enviado por Deus e, portanto, em condições de dar um
veredicto a respeito do assunto. Jesus, porém, lhe responde: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de
dividir vossos bens?” (Lc 12,14).
Com sua
resposta Jesus deu mostras que esse assunto não estava enquadrado na sua
missão, mas não perdeu a oportunidade de doutrinar sobre a ganância e a
avareza. Questões de herança ainda hoje, como sempre, dividem famílias,
envenenam parentes, fazem irmãos se tornarem inimigos, não importando se a
herança corresponda a fazendas, indústrias, carrões e mansões, ou a uma simples
casa de periferia ou ainda, que a herança seja uma bicicleta velha e surrada.
A herança, para
quem a vai receber, torna-se a coisa mais importante da vida, ficando, todas as
demais, para segundo plano. Jesus não perde a oportunidade de chamar a atenção
para a ânsia exagerada de ter sempre mais e responde: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância...” (Lc
12,15). Jesus já havia dito: “Pelo
contrário, em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e Deus
dará a vocês em acréscimo todas essas coisas”. (Mt 6,33).
Em lugar nenhum
dos Evangelhos vemos Jesus desestimulando alguém ou incentivando para que não
trabalhe. Muito pelo contrário, e ainda mais ele diz: “O trabalhador merece o seu salário” (Lc 10,7), e o Apóstolo Paulo
corrobora essa afirmativa: “O operário é
digno de seu salário” (1Tm 5,18). Aos tessalonicenses Paulo, no que diz
respeito ao trabalho, alerta: “Irmãos, em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo ordenamos: fiquem longe de qualquer irmão que
vive sem fazer nada e não segue a tradição que recebeu de nós. Vocês sabem como
devem imitar-nos: nós não ficamos sem fazer nada quando estivermos entre vocês,
nem pedimos a ninguém o pão que comemos; pelo contrário, trabalhamos com fadiga
e esforço noite e dia para não sermos um
peso para nenhum de vocês. [...] ...
quem não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3,6-8.10).
O que fica
claro nos ensinamentos bíblicos e evangélicos é que é condenável viver somente
para acumular riquezas e se transformar em máquinas de fazer dinheiro. O homem
deve ter dinheiro, sim, para viver, e não viver pelo dinheiro. O dinheiro é
necessário para a sobrevivência; a riqueza é uma benção de Deus e Deus coloca o
homem como o administrador dessa riqueza para compartilhar com os irmãos. Todos
somos administradores dos bens que Deus nos faculta.
Aproveitando a
oportunidade Jesus conta uma parábola: a parábola do rico estulto, avarento e
insensato a quem chamou de “louco”. “Louco”
uma palavra que significa sem razão, sem sanidade mental, falta de percepção
natural das coisas naturais e espirituais.
Quantas vezes o
ambicioso, o avarento leva uma vida miserável e até de clandestinidade; não
pode nem mesmo gozar das riquezas acumuladas por medo de suspeitas sobre a sua
procedência, como acontece aos que se enriquecem ilicitamente e ou buscam
paraísos fiscais.
O Apóstolo Paulo
chama a atenção ao apego desordenado ao dinheiro: “Pois não a trouxemos nada para o mundo, e dele nada podemos levar. Se
temos o que comer, com que nos vestir, fiquemos contentes com isso. Aqueles,
porém, que querem tornar-se ricos, caem na armadilha da tentação e em muitos
desejos insensatos e perniciosos, que fazem os homens afundarem na ruína e
perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa
ânsia de dinheiro, alguns se afastam da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos”
(1Tm 6,7-10).
O santo homem
Jó, ao ver-se desamparado e impotente diante das calamidades que,
paulatinamente, sucediam em sua vida, reconhece que veio do nada e voltará para
o nada, e tudo o que tivera em sua vida fora recebido por benevolência de
Yahweh e, bem por isso, Yahweh poderia arrebatar tudo o que lhe dera, e nem por
isso Jó se revolta, muito pelo contrário, louva o nome de Yahweh: “Nu eu sai do ventre de minha mãe, e nu para
ele voltarei. Yahweh me deu tudo e Yahweh tudo me tirou. Bendito seja o nome de
Yahweh” (Jó 1,21). Jó desfrutou dos bens enquanto os possuía, mas não se
revoltou contra Deus por tê-los perdido, ao contrário daqueles que, enquanto possuem
bens e deles desfrutam jamais se lembram de Deus, mas, quando os perde se
revolta e amaldiçoa o nome do Senhor. Bem a propósito, bom é lembrarmos-nos da
oração de ação de graças feita pelo rei Davi em agradecimento a Yahweh: “A ti, Yahweh, pertencem a grandeza, o
poder, o esplendor, a majestade e a glória, pois tudo o que existe no céu e na
terra a ti pertence. Teu é o reino, e a ti cabe elevar-se como soberano acima
de tudo. A riqueza e a glória vem de ti. [...] Quem sou eu, e quem é o meu povo para podermos te oferecer tudo isso?
Tudo vem de ti, e a ti ofertamos o que de tuas mãos recebemos. Todos nós,
diante de ti, somos imigrantes e estrangeiros, como foram todos os nossos
antepassados. Nossa vida na terra é apenas uma sombra sem esperança” (2Cr
29,11-12.14-15).
Há algo que
podemos levar conosco, que nos acompanha em toda a parte e além da morte: não
são os bens, mas as obras. O Apóstolo Tiago nos diz que de nada adianta
dizermos que temos fé, se não demonstrarmos a nossa fé através do atendimento
ao irmão necessitado e das obras: “Meus
irmãos, se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por
acaso a fé poderá salvá-lo? Por exemplo, um irmão ou irmã não tem o que vestir
e lhes falta o pão de cada dia. Então alguém de vocês diz para eles: ‘Vão em
paz, se aqueçam e comam bastante’; no entanto não lhes dá o necessário para o
corpo. Que adianta isso? Assim também é a fé: sem as obras ela está
completamente morta. Alguém poderia dizer ainda: ‘Você tem a fé, e eu tenho as
obras. Pois bem! Mostre-me a sua fé sem obras, e eu, com as minhas obras, lhe
mostrarei a minha fé” (Tg 2,14-18).
O que importa
para Deus não é o que possuímos em vida, mas o que tivermos feito com os bens
que o Senhor nos cumulou. A coisa mais importante na vida não é, portanto,
possuir bens, mas fazer o bem, porque isto permanece para sempre: “Bem-aventurados os que morrem no Senhor;
suas obras os acompanharão” (Apo 14,13).
A ganância na
vida do homem é tão devastadora que, tristemente, fez Jesus mostrar uma
terrível realidade do destino daqueles que a tem por vício: “É mais fácil um camelo passar pelo fundo
de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus”. (Mc 10,25). E, a respeito disso, Jesus
alerta: “Não ajuntem riquezas aqui
na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e
roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem e onde
os ladrões não assaltam nem roubam. De fato, onde está ao teu tesouro, ai
estará também o teu coração” (Mt 6,19-21); “Não
fiquem preocupados com a vida, com o que comer, nem com o corpo, com o que
vestir. Pois a vida vale mais do que a comida, e o corpo mais do que a roupa. [...] Não vos inquieteis, procurando o que haveis de comer ou beber, porque
são os pagãos do mundo que se preocupam com tudo isso. Vosso Pai sabe que
tendes necessidades disso. Buscai antes o seu Reino e recebereis estas coisas
de acréscimo”. (Lc 12,22-23.29).
Não é
equivocado o acumular, mas o que contraria os ensinamentos de Jesus é acumular
por si mesmo, acumular para esta vida onde tudo é incerto menos o acumular por
e para Deus e fazer o bem ao próximo, assim estaremos “ajuntando
riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem e onde os ladrões não
assaltam nem roubam” (Mt 6,20), colocando nisso o nosso coração, porque “onde está ao teu tesouro, ai estará também
o teu coração” (Mt 6,21).
O Apóstolo Tiago não mede palavras para condenar
os gananciosos, os que buscam juntar tesouros em detrimento ao irmão
necessitado: “E agora vocês, ricos:
comecem a chorar e gritar por causa das desgraças que estão para cair sobre
vocês. Suas riquezas estão podres, suas roupas foram ruídas pela traça; o ouro
e a prata de vocês estão enferrujados; e a ferrugem deles será testemunha
contra vocês, e como fogo lhes devorará a carne. Vocês amontoaram tesouros para
o fim dos tempos. Vejam o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos
campos de vocês: retido por vocês, esse salário clama, e os protestos dos
cortadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Vocês tiveram na terra
uma vida de conforto e luxo; vocês estão ficando gordos para o dia da matança!
Vocês condenaram e mataram o justo, e ele não conseguiu defender-se.” (Tg 5,1-6).
Quantos colocam toda a sua esperança no dinheiro e
chegam ao cúmulo de querer comprar com dinheiro a misericórdia e a graça de
Deus (como fazem algumas igrejas pentecostais), ou querem comprar os dons do
Espírito Santo com o dinheiro que acumulou, como aconteceu com o mago Simão que
“...viu que o Espírito Santo era
comunicado através da imposição das mãos. Então ofereceu dinheiro a Pedro e
João, dizendo: ‘Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o
Espírito todo aquele sobre o qual eu
impuser as mãos’. Mas Pedro respondeu: ‘Pereça você junto com o seu dinheiro,
pois você pensou que podia comprar com dinheiro aquilo que é dom de Deus. De
nenhum modo você pode participar dessa
realidade espiritual, porque a sua consciência não é correta diante de Deus.” (At
8,18-21).
O autor do livro do Eclesiástico orienta-nos como
devemos dispor dos nossos bens: “Com o
pobre, porém seja compreensivo, e não o faça esperar muito pela esmola. Por
causa do mandamento, socorra o indigente conforte a necessidade dele. Não o
despeça de mãos vazias. Perca o dinheiro com o irmão e o amigo, para que ele
não se enferruje inultilmente debaixo de uma pedra. Use seus bens segundo os
mandamentos do Altíssimo, e eles serão mais úteis para você do que o ouro. Dê
esmola daquilo que você tem nos celeiros, e ela o livrará de qualquer desgraça;
mais do que forte escudo e lança pesada, ela combaterá por você diante do
inimigo”. (Eclo 29,8-13).
Jesus conforta-nos e nos transmite a confiança de
que o Pai cuida muito mais de cada um de nós do que cuida das aves do campo,
das flores do campo e de toda a sua criação: “Não fiquem preocupados com a vida, com o que comer; nem com o com o
que vestir. Pois a vida vale mais do que a comida, e o corpo mais do que a
roupa. Observem as aves do campo: elas não semeiam e nem colhem, não possuem
celeiros ou armazens. E, no entanto, Deus as alimenta. Vocês valem muito mais
do que as aves. Quem de vocês pode crescer um centímetro à custa de se
preocupar com isso? Portanto, se vocês não podem nem sequer fazer a menor
coisa, porque se inquietam com o resto? Observem como os lírios do campo
crescem; eles não fiam, nem tecem. Porém, eu digo a vocês que nem mesmo o rei
Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Se Deus veste
assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, quando
mais ele fará por vocês homens de pouca fé. Quanto a vocês, não fiquem
procurando o que vão comer ou beber. Não fiquem inquietos. Porque são os pagãos
deste mundo que procuram tudo isso. O Pai bem sabe que vocês têm necessidade
dessas coisas.Portanto, busquem primeiro o Reino dele, e Deus dará a vocês
essas coisas por acréscimo.” (Lc 12,22-31).
Depois desse conforto que nos é dado por Jesus,
será que ainda iremos incorrer na tentação de acumular bens que a traça roi e o
ladrão furta ou rouba e de nos entregarmos ao vício da ganância e da avareza?
Faz-se desnecessária qualquer outra
consideração...
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