segunda-feira, 26 de março de 2018

A SEMANA SANTA

A SEMANA SANTA

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Semana Santa é uma tradição religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.

Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração.
Segundo o evangelho, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos e entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!”. Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão e Morte e Ressurreição.
A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.


Segunda-Feira Santa
É o segundo dia da Semana Santa, seguinte ao Domingo de Ramos, no qual se recorda a prisão de Jesus Cristo.

Terça-Feira Santa
É o terceiro dia da Semana Santa, onde são celebradas as Sete Dores de Nossa Senhora Virgem Maria. E muito comum também por ser o dia de penitência no qual os cristãos cumprem promessas de vários tipos ou o dia da memória do encontro de Jesus e Maria no caminho do Calvário.

Quarta-Feira Santa
É o quarto dia da Semana Santa. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da morte de Jesus.

Quinta-Feira Santa
É o quinto dia da Semana Santa e, na manhã deste dia, nas catedrais das dioceses, o bispo se reúne com o seu clero para celebrar a Celebração do Crisma, na qual são abençoados os santos óleos que serão usados na administração dos sacramentos do Batismo, Ordenação de Padres e Bispos, Crisma e Unção dos Enfermos. Com essa celebração se encerra a Quaresma.
A Quinta-Feira Santa é marcada pela Instituição da Eucaristia, do Sacerdócio Ministerial e um dos gestos significativos deste serviço é o lava-pés. “Lembramos o Senhor que serviu com sua vida e seu amor à humanidade. O Senhor do céu e da terra se humilha e lava os pés dos seus discípulos. Nós, também em nossa vida, independente da missão de cada um, somos chamados a servir com humildade os irmãos e irmãs, a exemplo do Mestre”, ressalta. Neste mesmo dia, à noite, são relembrados os três gestos de Jesus durante a Última Ceia: a Instituição da Eucaristia, o exemplo do Laca pés, com a instituição de um novo mandamento (ou "ordenança") segundo algumas denominações cristãos, e a instituição do sacerdócio. É neste momento que Judas Iscariotes sai para entregar Jesus por trinta moedas de prata. E é nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e, no amanhecer da sexta-feira, açoitado e condenado. A igreja fica em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos de Jesus, que tiveram início nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza, desnudando os altares (quando são retirados todos os enfeites, toalhas, flores e velas), tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer.
Também cobrem-se todas as imagens existentes no templo, com panos de cor roxa.

Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão
É quando a Igreja recorda a morte de Jesus. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e a Adoração da Cruz. A recordação da morte de Jesus consiste em quatro momentos: A Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração da Cruz e Rito da Comunhão. Presidida por diácono, presbítero ou bispo, os paramentos para a celebração são de cor vermelha.
A Sexta-Feira Santa, segundo momento do Tríduo, é o único dia do ano em que a Igreja Católica no mundo inteiro não celebra missas e comumente, nenhum sacramento.
“Celebra a Paixão, Morte e Sepultamento do Senhor. É o Servo Sofredor de quem nos lembra o profeta Isaías, que diz que tudo se realiza na pessoa de Jesus Cristo. A própria cerimônia tem preces universais pela Igreja e é marcada especialmente pelo beijo da Cruz”, afirma o bispo.
O grande gesto de amor de Jesus Cristo é lembrado também através das celebrações da Via Sacra, procissões, caminhadas, encenações no meio de comunidades e paróquias, dentro de igrejas e principalmente pelas ruas. “Além de todo o relato da Paixão e Morte do Senhor, com a Via Sacra, a Procissão do Senhor Morto, à noite, lembra as figuras de Maria e Nicodemos, junto de mais alguns discípulos, que levaram o corpo de Jesus da cruz até a sepultura. A procissão pode ser silenciosa, para que nos unamos a todas as pessoas que hoje sofrem com a perda dos filhos, entes queridos e passam por este mesmo sofrimento”. Com templos e igrejas cheias, católicos no mundo inteiro se preparam para celebrar, nestes próximos três dias, o Tríduo Pascal.
“A Semana Santa, de modo especial, o Tríduo Pascal, é o centro de toda a celebração litúrgica anual, momento alto em que se celebra a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor”.
O Tríduo Pascal compreende a Quinta-Feira Santa, a Sexta-Feira Santa e o Sábado Santo e designa-se à preparação para a maior festa da Igreja, que é a Páscoa.

Sábado Santo ou Sábado de Aleluia
É o dia da espera. Os cristãos junto ao sepulcro de Jesus aguardam sua ressurreição. No final deste dia é celebrada a Solene Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, como disse Santo Agostinho, que se inicia com a Benção do fogo movo e também do Círio Pascal; proclama-se a Páscoa através do canto do Exultet e faz-se a leitura de 14 passagens da Bíblia (7 leituras e 7 Salmos) percorrendo-se toda história da salvação, desde Adão até o relato dos primeiros cristãos. Entoa-se o Glória e o Aleluia, que foram omitidos durante todo o período quaresmal.
Há também o batismo daqueles adultos que se prepararam durante toda a quaresma.
A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as missas.
No Sábado Santo, ou Sábado de Aleluia, celebra-se o grande momento da Ressurreição do Senhor. “Quando a luz vence as trevas e a Ressurreição vence a Morte. Nossa esperança é renovada mais uma vez, de que Cristo ressuscitou e ressuscita e de que a vida vence a morte”.
Nesta celebração, realizada na véspera do dia da Páscoa, acontece a Benção do Fogo Novo e da Água. “Quando da rocha sai a luz que ilumina a escuridão, pois o Cristo ressuscitou. A água nos lembra o Batismo, pelo qual somos purificados e nos tornamos filhos e filhas de Deus”.


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