SANTA
ROSA DE VITERBO - (VITERBO, ITÁLIA, + 1252)
Rosa viveu
numa época de grandes confrontos, entre os poderes do pontificado e do
imperador, somados aos conflitos civis provocados por duas famílias que
disputavam o governo da cidade de Viterbo. Ela nasceu nesta cidade num dia
incerto do ano de 1234. Os pais, João e Catarina, eram cristãos fervorosos. A
família possuía uma boa propriedade na vizinha Santa Maria de Poggio, vivendo
com conforto da agricultura. Envolta por antigas tradições e sem dados oficiais
que comprovem os fatos narrados, a vida de Rosa foi breve e incomum.
Como sua mãe,
Catarina, trabalhava com as Irmãs Clarissas do mosteiro da cidade, Rosa recebeu
a influência da espiritualidade franciscana, ainda muito pequena. Ela era uma
criança carismática, possuía dons especiais e um amor incondicional ao Senhor e
a Virgem Maria. Dizem que com apenas três anos de idade transformava pães em
rosas e aos sete, pregava nas praças, convertendo multidões. Aos doze anos
ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, por causa de uma visão em que Nossa Senhora
assim lhe determinava. No ano de 1247
a cidade de Viterbo, fiel ao Papa, caiu nas mãos do
imperador Frederico II, um herege, que negava a autoridade do Papa e o poder do
Sacerdote de perdoar os pecados e consagrar. Rosa teve outra visão, desta vez
com Cristo que estava com o coração em chamas. Ela não se conteve, saiu pelas ruas
pregando com um crucifixo nas mãos.
A notícia correu toda cidade, muitos foram
estimulados na fé, e vários hereges se converteram. Com suas palavras confundia
até os mais preparados. Por isto, representava uma ameaça para as autoridades
locais. Em 1250, o prefeito a condenou ao exílio. Rosa e seus pais foram morar
em Soriano onde sua fama já havia chegado. Na noite de 5 de dezembro 1251,
Rosa recebeu a
visita de um anjo, que lhe revelou que o imperador Frederico II, uma semana
depois, morreria. O que de fato aconteceu. Com isto, o poder dos hereges
enfraqueceu e Rosa pode retornar a Viterbo. Toda a região voltou a viver em paz. No dia 6 de março de
1252, sem agonia, ela morreu. No mesmo ano, o Papa Inocêncio IV, mandou
instaurar o processo para a canonização de Rosa. Cinco anos depois o mesmo
pontífice mandou exumar o corpo, e para a surpresa de todos, ele foi encontrado
intacto. Rosa foi transladada para o convento das Irmãs Clarissas que nesta
cerimônia passou a se chamar, convento de Santa Rosa. Depois desta cerimônia a
Santa só foi "canonizada" pelo povo, porque curiosamente o processo
nunca foi promulgado.
A canonização
de Rosa ficou assim, nunca foi oficializada. Mas também nunca foi negada pelo
Papa e pela Igreja. Santa Rosa de Viterbo, desde o momento de sua morte, foi
"canonizada" pelo povo. Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou
Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana
. No Brasil ela é A Padroeira dos Jovens Franciscanos Seculares. Santa Rosa de
Viterbo é festejada no dia de sua morte, mas também pode ser comemorada no dia
4 de setembro, dia do seu translado para o mosteiro de Clarissas de Santa Rosa,
em Viterbo, Itália.
São
comemorados, também, nesta data: Santa Coleta ou Nicoleta, Santa
Inês de Praga (ou Boemia), São Basílio de Bolonha (bispo), São Bilfredo de
Lindisfarne (eremita), São Ccirilo de Constantinopla (carmelita), São
Marciano, São Cônon, Santo Olegário, São Lúcio de Cirene, Santa Benta, Santo
Evódio, São Hiliodoro, São Idiberto e Bem-aventurada Ana Rosa Gattorno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário