terça-feira, 7 de julho de 2020

MARIA, CONSOLO DAS MÃES ATRIBULADAS


MARIA, CONSOLO DAS MÃES ATRIBULADAS

É muito comum ouvirmos mães reclamarem que seus filhos adolescentes em lhe trazendo desgostos, apreensão, contra tempos e muitas tristezas. Dizem que seus filhos estão envolvidos com pessoas perigosas, participam de brigas, e muitas mães desconfiam que seus filhos adolescentes estejam fazendo uso de drogas.
E essas mães, nesses desabafos, nessa angústia, perguntam o que poderia ser feito numa situação como essa. Esse é um problema muito comum nas nossas famílias, hoje em dia.
Jovens desajustados, carentes de compreensão, de afeto, do diálogo familiar e, por isso, partem para novas aventuras, procurando fora o que não encontram dentro de suas casas, com os pais, com  os irmãos. 

Um jovem que em casa não encontra a compreensão dos pais para ajudá-lo a superar e solucionar os seus problemas, que para ele não são poucos, não tem o afeto e o apoio da família quando enfrentam contra tempos, não tem diálogo em casa para, numa conversa franca e leal expor os seus problemas, as suas dúvidas, os seus receios, as suas amarguras, as suas desilusões, esse jovem logicamente tem necessidade de alguém que lhe dê atenção, que lhe ouça, de alguém que o compreende, de alguém que o apoie, e quando não encontra isso dentro de sua própria casa, com sua família, com seus pais, ele procura fora de casa, longe da família, pessoa ou pessoas que perdem um tempinho para ouvi-lo.
Mas, infelizmente, essas pessoas geralmente não são bem intencionadas, não são as mais recomendadas para servirem de conselheira para esse jovem necessitado. São pessoas que, a princípio, ouve o jovem com carinho e atenção, mas depois pervertem a sua personalidade, os seus costumes, e o introduz numa vida diferente e perigosa.
Mas, mesmo assim o jovem se sente bem, porque está encontrando naquela pessoa, ou naquele grupo de pessoas o que a família não lhe dá, o que ele não encontra no seio de sua família, o que os pais lhe negam: o diálogo, a atenção, a compreensão.
Na maioria das vezes a família dá tudo para o jovem: dá comida, dá roupas, dá clubes, dá piscina, dá motos, mas não dá o essencial, não dá aquilo que o jovem na sua idade, necessita: não lhe dá amor, atenção, diálogo.  
Os pais, muitas vezes, dão tudo para o jovem mais para se ver livre dele, para que ele não perturbe, e para que ele viva a sua própria vida, e, a partir daí  vemos tantos jovens em suas motos pondo em risco a sua vida e a vida dos outros, fazendo rachas nas avenidas, e, de vem em quando, tristemente, o rádio, o jornal noticiam a morte de um ou outro que, no desespero, procuram encontrar na velocidade e no ronco de sua moto o amor, o carinho, o afeto que seus pais não lhe dão. Essas mães que reclamam de seus filhos e que põe em evidência os defeitos e o mau caminho escolhido por seu filho,  talvez ainda não teve tempo de sentar e procurar ver qual foi sua parcela de culpa no desencaminhamento de seu filho.
Os pais geralmente criticam as atitudes de seus filhos, briga, gritam, e, muitas vezes até agridem o jovem, mas não tem a coragem de entrar dentro de si próprios para ver até onde a culpa é sua. Todos temos culpas no desencaminhamento de um jovem, de uma jovem.
E, geralmente, a culpa está dentro do próprio lar do jovem, que, no momento em  que eles mais precisam de amor, de afeto, de compreensão, de carinho e de diálogo, os pais lhe negam isso porque, dizem, tem coisas mais importantes para fazer.
É o momento de nós, pais, pararmos um pouquinho para verificar como está o nosso relacionamento com nossos filhos dentro de nossas casas.            E se tiver alguma coisa que está deixando os nossos filhos jovens e adolescentes com algum grilo, como eles mesmo dizem, é o momento do diálogo, da atenção, da conversa franca e sincera.
Nunca podemos nos esquecer que  nós pais já tivemos a idade que os nossos filhos tem hoje, e por isso nós temos e devemos ter condições de nos abaixarmos até eles, mas eles nunca tiveram a idade que temos agora, e eles jamais poderão estar na altura e compreensão que gostaríamos que eles estivessem.
Pai, mãe, querem evitar que seus filhos tenham grilos? Conversem  constantemente com eles; conversem muito com eles, e o que é o mais importante: procure ouvir mais do que falar...

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