sábado, 18 de julho de 2020

MARIA SOFREU POR TODOS...


MARIA SOFREU POR TODOS...

Quando o Senhor nosso Deus começou a realizar as suas promessas de salvação, ele não escolheu os ricos, os poderosos e nem os sábios das coisas deste mundo, nem os que pensavam que sabiam muito a respeito de Deus e dos outros. Para realizar os seus planos de salvação o Senhor Nosso Deus escolheu pessoas do povo, pessoas simples, humildes, pobres e puras.
Os pobres sempre receberam de Deus uma atenção especial e uma missão muito importante.
Mas não podemos nos iludir; o fato de sermos o povo pobre e humilde não é o suficiente para termos a pretensão de sermos salvos e termos a compreensão das coisas de Deus; muito pelo contrário.    Não eram somente os outros que não entendiam a gravidez de Maria; as próprias pessoas mais próximas de Maria e que lhe deveriam dar todo apoio  em sua gravidez; a bem da verdade, a princípio, até José o noivo e depois esposo de Maria, colocou em dúvida a gravidez de Maria, e o que dizer então dos parentes, do povo, dos vizinhos e amigos.

O povo só foi entender  o sentido da gravidez de Maria o sentido da gravidez de Maria depois da manifestação de Jesus como Messias, depois que Jesus começou a sua vida pública, fazendo milagres e curando a todos que a ele se socorressem, tanto as doenças do corpo como as doenças da alma.
E assim mesmo, esse mesmo povo que o Cristo tinha amado, curado e alimentado, quando Jesus estava sendo condenado à morte e diante do tribunal de Pôncio Pilatos, esse povo voltou atrás e pediu a sua morte. O mesmo povo que aplaudira Jesus quando ele entrou triunfalmente em Jerusalém gritando “Hosana ao Filho de Davi”, esse mesmo povo gritava diante do tribunal de Pôncio Pilatos pedindo pela sua morte na cruz.
Não é o fato de alguém pertencer ao povo pobre  que tenha a chave da compreensão, do mistério de Deus presente na vida. A historia de Maria prova o contrário. Às vezes o preconceito do povo é tão grande que impede esse mesmo povo de ver as coisas que estão ocorrendo como elas são na realidade.
Uma virgem põe em risco sua honra pela libertação do povo, e o próprio povo não quer entender  tão grande sacrifício.
O sofrimento que disso resultou para Maria deve ter sido bem maior do que todo sofrimento causado pela incompreensão dos orgulhos, dos poderosos e dos ricos de que ela fala no seu cântico.
Não foram somente os ricos e poderosos que fizeram sofrer Jesus e Maria; os pobres, o povão também teve a sua parcela de participação, e que não foi pequena, na incompreensão das coisas de Deus.          Deus pede conversão é de todos: tanto dos pobres como dos ricos, tanto dos pequenos como dos poderosos, tanto dos humildes como dos orgulhosos.
Só que, dentro do plano de Deus, são precisamente os pobres, os pequenos e os humildes  que entendem a mensagem do Evangelho e a aceitam.
E mais tarde Jesus diria e louvaria ao Pai por isso: “Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado”. (Mt 11, 26). Os pobres e os humilde são os que recebem com mais amor e mais confiança a mensagem de Deus, a mensagem de salvação que veio por Jesus Cristo.
Mas, para isso, os pobres precisam estar sempre também dispostos a receber a mensagem e a viver a mensagem; os pobres de Deus são os que nada possuem materialmente ou que não se apegam às coisas materiais; os corações dos pobres estão desapegados das coisas do mundo e só se preocupam mesmo pelo necessário indispensável para a sobrevivência.
Ser pobre como Jesus foi, que não tinha sequer  uma pedra para reclinar a cabeça, mas com o coração e alma cheia de Deus.
Ser pobre como José e Maria foram que se preocuparam somente com o bem dos outros, aceitando passivamente a entrega total do Filho à morte de cruz para a salvação da humanidade.
Maria nada tinha além de Jesus, e Jesus é o que poderíamos chamar de coisa mais cara e rica, mais sublime e santa que pisou o nosso chão; mas Maria  de Jesus para que os homens fossem salvos pelo seu sangue derramado na cruz.
Ser pobre e não ter nada seu, nada de si; ser pobre é doar-se a si próprio para o bem do outro, assim como Maria fez...
(do livro “Maria, a Mãe de Jesus” de Carlos Mesters).

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