Ângelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25
de novembro de 1881, na pequena cidade de Soto il Monte, em Bergamo, Itália,
quarto filho de uma família de camponeses pobres.
O ambiente religioso da família e a
fervorosa atividade paroquial foram a sua primeira escola de vida cristã,
marcando a sua feição espiritual. O menino Angelino, como era carinhosamente
chamado, era muito ativo, bondoso e inteligente.
Terminou os estudos num lampejo, tanto
que no seminário era o mais jovem da classe.
Aos quinze anos de idade, foi admitido
na Ordem Franciscana Secular, professando as regras no ano seguinte. E aos
dezenove anos já havia completado os cursos, mas pelas leis eclesiásticas não
poderia ser ordenado sacerdote antes dos vinte e quatro anos de idade.
Assim, foi enviado para Roma como
bolsista da diocese de Bergamo, para formar-se no Pontifício Seminário
Gregoriano. Também nesse tempo, prestou um ano de serviço militar. Recebeu a
ordenação sacerdotal em 1904, em Roma, e no ano seguinte foi nomeado secretário
do novo bispo de Bergamo, trabalhando também no seminário como professor.
Além disso, foi assistente da Ação
Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bergamo e pregador muito
solicitado pela sua eloqüência elegante, profunda e eficaz. Em 1915, quando estourou
a Primeira Guerra Mundial, serviu a Itália como soldado integrante do corpo de
saúde e, depois, como capelão militar. No fim da guerra, abriu a "Casa do
Estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Quando o papa
Bento XV o chamou a Roma em 1921, teve início a segunda parte da sua vida,
dedicada ao serviço da Santa Igreja.
Lá, exerceu a presidência nacional do
Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé, como tal percorreu
muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários. Foi o papa Pio XI
que o iniciou na carreira diplomática em 1925, na função de visitador
apostólico da Bulgária, e o elevou à dignidade episcopal.
No mesmo ano foi nomeado delegado
apostólico na Turquia e Grécia, onde ficou até 1935.
O trabalho intenso de Roncalli a
serviço dos católicos romanos ganhava cada vez mais destaque pelo tom do
diálogo e pelo trato respeitoso para com os cristãos ortodoxos e os muçulmanos.
Quando irrompeu a Segunda Guerra
Mundial, ele estava na Grécia, onde procurou dar notícias sobre os prisioneiros
de guerra e salvou muitos judeus com a "permissão de trânsito",
fornecida pela delegação apostólica. Já nos últimos meses da guerra, em 1944,
foi, como núncio apostólico, para Paris.
Uma vez restabelecida a paz, ajudou os
prisioneiros de guerra e trabalhou para normalizar a vida eclesial na França.
Consagrado cardeal em 1953, foi designado patriarca de Veneza.
No conclave de 1958, foi eleito papa,
tomando o nome de João XXIII, aos setenta e sete anos de idade. O seu pontificado
durou menos de cinco anos e tornou-se muito apreciado, sobretudo, porque lançou
as encíclicas "Pacem in Terris" e "Mater et magistra".
Também, convocou o sínodo romano, instituiu uma comissão para a revisão do
Código de Direito Canônico e convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II em 11 de
outubro de 1962. Este papa exalava odor de santidade, sendo assim reconhecido
pelo seu rebanho, que o chamava apenas de "papa bom".
Foi irradiando a paz, própria de quem
confia sempre na Providência Divina, que ele morreu no dia 3 de junho de 1963,
em Roma. No Jubileu do ano 2000, o papa João XXIII foi beatificado pelo sumo
pontífice João Paulo II, cuja celebração foi marcada para ocorrer no dia 11 de
outubro, dada a importância do Concílio iniciado por ele nesta data.
São comemorados também neste dia:
Santa Zenaide, São Jaime, São Alexandre Saulo, Santa Plácida de Verona
(virgem), São Sarmata de Tebaida (eremita e mártir), Santa Soledade Torres
Acosta (religiosa).
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