JESUS GOSTAVA DE FESTAS.
ESTEVE NO CASAMENTO DE CANÁ.
Com sua presença no casamento de Caná
da Galiléia (Jo 2,1-12), Jesus quer mostrar que está sempre presente nos
grandes momentos de nossa vida. Ele compartilha conosco de nossas alegrias e
realizações. Jesus se faz presente quando o nosso coração transborda de alegria
e está em festa.
Jesus é um Deus de alegria, da
alegria; gosta de ver as pessoas que ama alcançando a felicidade almejada,
realizando seus desejos, suas aspirações, e, para dois jovens que se amam, qual
seria o maior desejo, felicidade e aspiração senão de se unirem em matrimônio?
Jesus foi convidado para aquele
casamento. Não somente ele, mas também sua mãe, Maria, e seus discípulos
também: “No terceiro dia houve um
casamento em Caná da Galiléia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus foi convidado
para o casamento e os seus discípulos também.” (Jo 2,1-2).
Jesus e sua mãe, Maria, foram
convidados, e não se fizeram de rogados. Lá estava Jesus. Lá estava a mãe de Jesus, Maria; e não
somente Jesus e Maria, mas também os amigos mais íntimos de Jesus, os seus
discípulos, que também haviam sido convidados para aquele casamento.
Como em todos e em qualquer casamento,
a alegria era geral. Os noivos recebiam cumprimentos e presentes de todos os
convivas.
Jesus e Maria participavam
efetivamente daquela alegria.
Maria, por sua vez, não se prendeu
entre os convivas e, prestativa como sempre foi (Lc 1,39), colocou-se entre
aqueles que serviam os convidados, sempre atenta aos acontecimentos, sempre
preocupada para que nada empanasse a alegria dos noivos, de seus familiares e
dos convidados.
Mas, de repente “...não havia mais vinho, pois o vinho do casamento tinha-se acabado.”
(Jo 2,3), e, por isso, Maria observa que os rostos daqueles que serviam a festa
começaram a ficar preocupados, tensos, e ao verificar qual o motivo, descobriu
que o vinho da festa, que deveria durar por vários dias enquanto houvesse
festa, havia se acabado e, com certeza, aquilo seria uma decepção muito grande
para os convidados e uma infelicidade para os noivos e seus familiares.
Nem o mestre-sala, aquele que
organizava a festa, nem os noivos sabiam disso, e Maria se preocupou para que
eles não ficassem sabendo para não obscurecer a sua alegria.
Maria sabia que naquela festa havia
alguém que poderia resolver aquele problema.
Maria sabia que ali existia alguém que
não iria permitir que os noivos passassem por aquele vexame; no momento em que
a festa estava mais animada, acabara o vinho. Com todo amor que tinha em seu
coração, com toda a confiança que tinha e tem em Deus e no seu Amado Filho,
Filho também do Altíssimo, e com todo o desejo para que os noivos fossem
realmente felizes desde os primeiros momentos de seu casamento e que nada
turvasse aquela felicidade, Maria se aproxima de Jesus e lhe diz: “Eles não tem mais vinho.” (Jo 2,3).
Até aquela altura de sua vida Jesus
ainda não tinha realizado nenhum milagre, nenhuma maravilha; Jesus ainda não
havia se manifestado com toda a sua
misericórdia para atender as necessidades dos oprimidos de uma maneira mais
clara e precisa e, na nossa sensibilidade, dá-nos a impressão que, à primeira
vista, Jesus foi indelicado com sua mãe, e disse: “Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou.” (Jo 2,4).
Essa expressão “mulher” dá a impressão de um distanciamento entre Jesus e Maria,
mas, absolutamente, não é nada disso e, Paulo Apóstolo é de uma felicidade
divina ao se referir a isso, quando diz: Quando,
porém, chegou a plenitude do tempo, enviou Deus seu Filho, nascido de uma
mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam sob a Lei, a fim de que
recebêssemos a adoção filial.” (Gl 4,4-5).
Assim como a primeira “mulher”, Eva, foi causa de pecado e
degradação do gênero humano (Gn 3, 1ss), a “mulher”,
a que se refere Jesus, não é outra, senão Maria, que serviu de degrau para que
a Salvação chegasse ao mundo e de porta para que a misericórdia divina se
esparramasse sobre os homens: a primeira mulher,
Eva, a primeira mulher, foi causa de
queda; a segunda mulher, Maria, de
soerguimento do gênero humano mergulhado no pecado e elo de ligação entre o
Criador e as criaturas, entre o Pai e seus filhos. Maria foi a ponte sobre o
abismo do pecado que separava Deus dos homens e sobre a qual passou e nos veio
a salvação e a redenção na pessoa de Jesus Cristo!!!
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