12
DE AGOSTO
BEM-AVENTURADO JOÃO LEÃO GUSTAVO DEHON - 1843-1925
Fundou a
Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus "Padres
Dehonianos".
João Leão
Gustavo Dehon nasceu, no dia 14 de março de 1843, no pequeno povoado de La Capelle , em Soissons, na
França. A sua mãe, Estefânia Adele Vandelet, era um exemplo de fé; mas o seu
pai, Júlio Alexandre Dehon, era indiferente e até mesmo anticlerical.
Ainda criança,
manifestou grande sensibilidade espiritual. Aos treze anos, durante um retiro,
sentiu o chamado para o sacerdócio e iniciou uma longa luta com o seu pai, que
não pretendia ter um filho padre.
Em 1859, foi
para a Universidade de Sorbonne, em Paris, onde recebeu o diploma de advogado.
Em 1865, aceitou a longa viagem que seu pai lhe proporcionou, com a clara
intenção de que não seguisse a carreira sacerdotal. Foi um roteiro fascinante,
começando pela Suíça, Itália, Grécia, Egito e finalizando na Palestina.
No regresso,
passou pela Síria, Constantinopla, Budapeste e Viena. Mas em vez de ir para
casa, foi para Roma, onde conseguiu uma audiência com o papa Pio IX, que o
aconselhou a fazer os estudos eclesiásticos ali mesmo, na Cidade Eterna. Assim,
entrou para o Seminário de Santa Clara, mesmo contra a vontade paterna, uma vez
que era Deus que o queria padre.
O dia 19 de
dezembro de 1868 foi o mais desejado e feliz da vida de Dehon. Mais desejado
porque recebeu sua ordenação sacerdotal. Feliz porque seu pai, convertido
sinceramente, recebeu a santa eucaristia das suas mãos, quando celebrava a sua
primeira missa.
Apesar de ter
concluído muitos cursos e doutorados, padre Dehon foi designado para ser um
simples vigário da pobre e problemática paróquia de São Quintino, da diocese de
Soissons. Ele assumiu a missão com todo ardor e entusiasmo.
Mas o
sacerdote tinha algo que o inquietava. Sentia um forte desejo de ingressar numa
congregação religiosa. Como não encontrou uma que atendesse seus anseios por
justiça social associada às missões, decidiu e fundou a Congregação dos
Sacerdotes do Coração de Jesus em 1878.
Entretanto
surgiu a grande provação. O governo maçônico da França decretou a expulsão das
congregações religiosas. Padre Dehon, então, para proteger seus sacerdotes no
caso de expulsão, adquiriu uma casa na Holanda, pois assim teriam onde
refugiar-se.
Mas a situação
ficou tão complicada e confusa que foi o próprio Vaticano que suprimiu a
congregação. Quem o socorreu foi seu bispo, que o conhecia muito bem.
Em 1884, o
papa decretou a reabertura da congregação. Desde então, padre Dehon trabalhou
para consolidá-la, fundando novas Casas por toda a Europa. Depois, a
congregação também se estabeleceu nas Américas, na África e na Ásia.
E padre Dehon,
sempre movido pelo objetivo de difundir o pensamento de justiça social da
Igreja, proferiu muitas conferências, escreveu artigos em jornais e revistas e
publicou vários livros.
No dia 12 de
agosto de 1925, morreu em Bruxelas, na Bélgica, deixando uma obra notável e
duradoura como apóstolo social e, principalmente, como apóstolo do Coração de
Jesus. Ele experimentou o amor de Deus ao contemplar o Coração de Jesus
traspassado na cruz, testemunhou-o durante a sua vida terrena e imprimiu-o como
carisma de sua congregação.
No momento
extremo, padre Leão Dehon ainda afirmou, apontando para a imagem do Sagrado
Coração: "Para ele vivi, para ele morro".
Atualmente, os
religiosos "dehonianos" fazem o mesmo, evangelizando e trabalhando
pela justiça social em paróquias, colégios, faculdades, orfanatos, creches,
comunidades de recuperação de drogados, missões, shows musicais e meios de
comunicação social, nos quatro cantos do mundo.
O corpo do
venerável fundador está sepultado na igreja de São Martinho, em São Quintino , na
França.
São
comemorados também, neste dia: Bem-aventurado Inocêncio XI, São Graciliano,
Santa Felicíssima, Santa Hilária e Santa Joana Francisca de Chantal.
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