02
DE OUTUBRO
SANTOS ANJOS DA GUARDA
SANTOS ANJOS DA GUARDA
Deus, que
criou todas as coisas, criou também os anjos, para que o louvem, obedeçam e
atendam. Criou-os para serem eternamente felizes e para que nos ajudem e guiem,
especialmente toda a sua Igreja. Entretanto uma grande parte desses anjos
cometeu o grave pecado da soberba, desejando tornar-se iguais ao próprio
Criador.
Por isso Deus
os condenou e os precipitou no inferno, onde permanecerão para todo o sempre.
Esses anjos rebeldes são chamados espíritos maus, diabos ou demônios, e têm
como chefe Satanás.
Os anjos que
ficaram fiéis a Deus são os chamados anjos bons ou simplesmente: anjos. Dentre
esses é que Deus escolhe nosso Anjo da Guarda, que é pessoal e exclusivo, cuja
função é proteger-nos até o retorno da nossa alma à eternidade. Ele nos ampara
e nos defende dos perigos com que os espíritos maus nos tentam, na nossa vida
terrena. "Porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus
caminhos, eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma
pedra" (Sl 90,11-12).
Os Anjos da
Guarda estão repletos de dons e privilégios especiais, com uma missão
insubstituível ao longo da criação. Eles possuem a natureza angélica
espiritual, que é a síntese de toda a beleza e de todas as virtudes de Deus,
por isso impossível de ser representada.
Em um dos seus
textos, são Francisco de Sales esclarece que a tarefa dos anjos é levar as
nossas orações à bondade misericordiosa do Altíssimo e de informar-nos se elas
foram atendidas. Assim sendo, as graças que recebemos nos são dadas por Deus,
que é o princípio e o fim de nossa vida, através da intercessão de nosso Anjo
Bom.
Deus confiou
cada criatura a um Anjo da Guarda. Esta é uma verdade que está em várias
páginas da Sagrada Escritura e na história das tradições da humanidade, sendo
um dogma da Igreja Católica, atualmente também confirmado pelos teólogos.
A devoção dos
anjos é mais antiga até que a dos próprios santos, ganhando maior vigor na
Idade Média, quando os monges solitários receberam a companhia dessas
invisíveis criaturas, cuja presença era sentida nas suas vidas de silenciosa
contemplação e íntima comunhão espiritual com Deus-Pai.
Todavia o Eterno
Guardião, como o Anjo da Guarda também é chamado, tão solicitado e cuidado
durante a infância, está totalmente esquecido no cotidiano do adulto, que,
descuidando de sua exclusiva e própria companhia, não se apercebe mais de sua
angélica presença. Mas este espírito puro continua vigilante, constante dos
pensamentos e de todas as ações humanas.
O Anjo da
Guarda é um ser mais perfeito e digno do que nós, criaturas humanas. Não
podemos ignorá-lo. Devemos amá-lo, respeitá-lo e segui-lo, pois está sempre pronto
a proteger-nos, animar e orientar, para cumprirmos a missão da vida terrena,
trilhando o caminho de Cristo e, assim, ingressarmos na glória eterna.
A celebração
especialmente dedicada aos Anjos da Guarda começou na Espanha, no final do ano
400, propagando-se por toda a Europa em poucos séculos. Antes, ela ocorria no
dia 29 de setembro, junto com a do arcanjo Miguel, guardião e protetor por
excelência.
O dia 2 de
outubro foi fixado em 1670, pelo papa Clemente X, para celebrar separadamente o
nosso santo Anjo da Guarda. E para ele a Igreja ditou uma das mais belas
orações, que diz: "Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti
me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, me guarda, me governa e ilumina,
agora e sempre. Assim seja".
São comemorados
também no dia de hoje: São Custódio, São Leodegário e São Domingos Spadafora.
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