09
DE JANEIRO
DOENTES,
OS AMADOS DO PAI
Quando lemos
os Santos Evangelhos, verificamos que Jesus Cristo jamais passou por um doente
sem lhe dirigir uma palavra, sem olhar para ele com carinho sem procurar
aliviar as suas dores, sem lhe dar esperanças de dias melhores.
Quando Jesus
Cristo encontrava um doente, ou um doente o procurava, jamais o doente partia
da mesma maneira como chegara; Jesus Cristo o transformava, o consolava, o
curava. Podia ser tanto doente do corpo como da alma.; e normalmente somos mais
doentes da alma do que do corpo.
Cristo sempre
procurou estar com os doentes para restabelecer a saúde, para dar a vida,
porque foi ele mesmo quem falou: “Eu vim para que vocês tenham vida, e a
tenham em abundância...” “...quem crer em mim, viverá eternamente...”.
É muito
difícil existir uma família onde não se tenha uma pessoa doente. Doente é uma
pessoa amada por Deus, é uma pessoa que sofre por aqueles que não sabem sofrer;
é uma pessoa que sofre para a salvação
de sua família, para a salvação de pessoas que ele conhece e até de pessoas que
ele não conhece, que ele nunca ouviu falar. Os doentes são as pessoas que
mantém a humanidade unida a Deus, porque, é através do sofrimento que nos
purificamos e é através do sofrimento dos nossos doentes que todos nos elevamos
até Deus. Os doentes são as pessoas que continuam por todo o tempo o sacrifício
de Jesus Cristo no Calvário. Os doentes são os queridos de Deus.
E nós, muitas
vezes, damos pouca importância aos nossos doentes. Quantas vezes ficamos
sabendo que um parente, um amigo, um conhecido ficou doente e não nos
preocupamos em visitá-lo; negamos aos nossos doentes uma visita, uma palavra de
conforto, uma presença amiga, uma afirmação de que estamos com eles naquele sofrimento, naqueles momentos difíceis.
Para uma pessoa doente, internada em um hospital ou permanecendo em casa, é
muito importante para o seu restabelecimento a nossa presença, a nossa visita,
e se isso não ajudar em sua cura, pelo menos estamos cumprindo uma norma
evangélica, um ato de caridade, uma ação de misericórdia, um ensinamento de
Jesus Cristo, porque, através do sofrimento, Jesus Cristo se faz presente
naquele doente, e isso ele confirma quando diz: “Estive doente e você foi me
visitar...”.
Muitas vezes
os nossos doentes passam muitos dias de cama, às vezes até semanas, meses, anos... Quando isso acontece, há a
necessidade de dar ao nosso doente uma assistência religiosa, um conforto
espiritual.
Tiago, em sua
carta, escreve: “Entre vocês, alguém sofre um contratempo? Recorra à oração.
Está alguém alegre? Cante. Alguém dentre vocês está doente? Mande chamar o
sacerdote da igreja para que ore sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do
Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; se tiver
cometido pecados, estes serão perdoados. A oração fervorosa do justo tem grande
poder.” (Tg 5, 13-15 e 16).
Quando
tivermos um doente grave, ou que corre risco de vida, ou que já faz algum tempo
que está acamado, é muito importante levar ao conhecimento do sacerdote da
nossa Igreja para que ele faça uma visita e reze para o doente e junto com o
doente, e também possa levar o alimento espiritual que é a Santa Eucaristia que
conforta e dá ânimo ao doente para suportar com amor e resignação seu sofrimento. E depois que o sacerdote fizer essa
primeira visita ele encarregará um cristão para representá-lo e continuar
levando, de tempo em tempo, a Sagrada Eucaristia para o doente.
Todos nós que
temos um doente em casa devemos chamar o sacerdote para dar a esse doente que
não pode se locomover ou dirigir-se até a Igreja, um conforto espiritual,
animá-lo na fé, rezar por ele e com ele e dar-lhe o alimento que cura tanto as
doenças do corpo como as doenças da alma e dá mais ânimo para continua
aceitando de Deus o sofrimento que purifica o mundo.
São
comemorados, também, neste dia: Santo André Corsini, Santa Apolinária do Egito
(virgem), São Celso de Antioquia (mártir), São Marcelino de Ancona (bispo),
Santo Adriano de Cantuária (abade).
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