01 DE JANEIRO
ADEUS ANO VELHO...
FELIZ ANO NOVO...
Chegamos ao
final de mais um ano; mais um ano vivido em nossa existência; estamos no alvorecer
do ano novo. Quantas coisas aconteceram no ano
que se findou; quantas crianças nasceram, quantos entes queridos se
foram para a casa do Pai, quantas coisas boas aconteceram, quantas situações
desagradáveis nos foram impostas.
Para uns, o
ano que passou foi um ano de realizações, de alegria e felicidade; para outros
apenas um ano de luta onde a rotina imperou; para outros, ainda, desilusões,
tristezas, amargura, sofrimento, enfim, para todos, o ano velho chega ao final.
Neste ano que
se findou quanto amamos, quantos bens fizemos, quantas injustiças cometemos,
quantas negações aos nossos ideais.
Neste momento,
o que tenha acontecido no ano que passou de bom deve ser renovado, e o que aconteceu
de não tão bom deve ser aproveitado como lição de vida para que não se repita.
O ano novo já
é uma realidade, mas a vida continua dentro de sua normalidade.
Quando se
inicia um ano novo, temos a esperança de que muitas coisas mudarão, muitas dificuldades
serão sanadas, muitos problemas vão ser resolvidos, muitas coisas boas
acontecerão; mas, para que a nossa vida
possa melhorar no ano que se inicia depende de nós, somente de nós. A nossa
vida melhorará na medida em que formos melhores no ano que se finda.
Para termos
uma vida melhor, com a consciência mais tranquila, para que a paz reine em
nosso lar, no nosso trabalho, no nosso círculo de amizade, grande parte depende
de nós, somente de nós.
Não adianta
querermos a paz, se só promovemos a discórdia. O ano novo será bom na medida em
que cada um de nós for bom; o ano que se inicia será melhor que o ano que
termina dependendo da maneira em que formos melhores do que fomos no ano que
passou.
Todos temos
boa vontade de progredir; todos deveríamos ser um instrumento de paz.
Cada criatura
humana pode ser, na realidade, um instrumento de paz, daquela paz verdadeira,
da paz que somente Deus pode dar. O maior obstáculo à paz consiste na maneira
egoísta que cada um quer somente para si o que pertence a todos.
Neste ano novo
que se inicia deveríamos tomar como tema
e lema e como um objetivo a ser alcançado, a maravilhosa oração do pobrezinho
de Assis, Francisco de Assis: “Senhor,
faze de mim um instrumento de tua paz...” Instrumento da paz de Deus em
todos os ambientes onde possa imperar o ódio, a inveja, a ofensa, a discórdia,
a dúvida, o desespero, a tristeza, a mentira...
Quem se propor
a viver assim, com o esforço de cada dia, constante e sincero, há de ser um instrumento de paz nas mãos de
Deus, e conseguirá levar amor, compreensão, perdão, fé, união, verdade,
esperança, alegria e consolação a toda parte e a toda gente.
Neste ano novo
deveríamos ter como programa de vida esta linda oração do Pobrezinho de Assis;
mas este programa de vida requer uma grande dose de boa vontade; e não foi
exatamente aos homens de boa vontade que Deus prometeu a paz??? “Glória de
Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Lc
2,14).
É levando a
paz aos outros que cada um de nós terá esse tesouro no próprio coração. Se não
tivermos paz não podemos transmitir a paz, porque ninguém pode dar o que não
tem, mas, é dando que se recebe... Dando a paz é que recebemos a paz.
Cada um de nós
possui a paz no coração, mas, muitas vezes o nosso egoísmo impede os outros de
a terem. No ano novo que se inicia sejamos instrumentos da paz que vem de Deus.
Comecemos o
ano pedindo a Deus com Francisco de Assis:
Senhor, fazei de mim um
instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que
eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que
eu leve o perdão;
Onde houver discórdia,
que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que
eu leve a fé;
Onde houver erro, que
eu leve a verdade;
Onde houver desespero,
que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza,
que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que
eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure
mais
Consolar, que ser
consolado;
compreender, que ser
compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se
recebe,
é perdoando que se é
perdoado,
e é morrendo que se
vive para a vida eterna.
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