SANTA MARIA, MÃE DE DEUS - ANO “C”
Cor: branco – Leituras: Nm 6,22-27; Sl 66; Gl 4,4-7; Lc 2,16-21.
“MARIA, A MÃE DE JESUS.” (At 1,14)
Diácono
Milton Restivo
Maria, a mãe de Jesus, reconhecida no Novo Testamento:
§
“Como
posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” (Lc 1,43).
§
“Simão
abençoou-os e disse à Maria, a mãe: ‘Eis que este menino está posto para a
ruína e para ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição.
E uma espada trespassará a tua alma, a fim de descobrirem os pensamentos
escondidos no coração de muitos’.” (Lc 2,34-35).
§
“E sua mãe
conservava no coração todas essas coisas. E Jesus crescia em sabedoria, em
estatura e graça, diante de Deus e dos Homens.” (Lc 2,51b-52)
§
“Ao entrar
na casa, (os magos), viram o menino com Maria, sua mãe...” (Mt 2,11).
§
“Não é
este o carpinteiro, o Filho de Maria”? (Mc 6,3).
§
“Perto da
cruz permaneciam de pé sua mãe...” (Jo 19,25).
§
“Todos
estes, unânimes, preservaram na oração com algumas mulheres entre as quais
Maria, a mãe de Jesus...” (At 1,14).
Segundo o
testemunho dos quatro Evangelistas, Maria, antes de tudo e em todos os níveis,
é a “Mãe de Jesus”. Quando Maria deu
à luz Jesus (Lc 1,1-7), sua tarefa estava apenas começando, pois, como mãe,
assim como todas as mães, teve que cuidar, educar e criar seu filho.
Maria esteve
sempre presente com Jesus em toda a sua vida terrena, desde o seu nascimento
(Lc 1,1-7), até a sua morte de cruz no Calvário (Jo 19,25-27). Estando com
Jesus em seu ventre, quando da visita à Isabel (Lc1,39-56), que Isabel
reconheceu em Maria a mãe do seu Senhor: Como posso merecer que a mãe do meu
Senhor me venha visitar? (Lc 1,43).
Obviamente,
foi Maria quem primeiro tocou, afagou, abraçou, beijou, banhou e envolveu Jesus
em mantos e fraldas em seu nascimento.
Foi nos braços
de Maria que Jesus foi apresentado às suas primeiras visitas depois do seu
nascimento, os pastores, que haviam sido alertados por uma milícia celeste de
Anjos sobre o nascimento do Salvador (Lc 1,8-20).
Foi nos braços
de Maria que Jesus foi conduzido e apresentado no Templo para que fosse cumprida
a lei de Moisés, e lá, nos braços de Maria, o velho Simeão e a profetisa Ana,
inspirados pelo Espírito Santo, anteviram o destino do menino e as dores pelas
quais sua mãe passaria: “Eis que este menino está posto para a ruína e para ressurreição
de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a
tua alma, a fim de descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de
muitos”. (Lc 2,34-35).
Foram os
braços de Maria que serviram de altar e trono onde estava depositado o Menino
Jesus para que os magos, que vieram do Oriente, o adorassem e lhe ofertassem
presentes: ouro, incenso e mirra, como símbolos de majestade, oração em
permanente contato com o Pai, e sofrimento extremo (Mt 2,1-12).
A primeira
espada preconizada pelo velho Simeão não se fez de rogada para acontecer; Herodes,
ao se ver enganado pelos magos (Mt 2,16-23), ordenou a morte dos meninos de
dois anos para baixo de Belém e arredores, e foram os braços de Maria que
envolveram, protegeram e apertaram
contra o seu seio maternal, durante longos dias sob o calor abrasador e
causticante do deserto e intermináveis noites gélidas e tenebrosas, levando-o
para as longínquas terras do Egito, lugar seguro e longe do perigo da sanha
assassina de Herodes, preservando a sua vida e cuidando para que nenhum mal lhe
acontecesse, cumprindo-se, assim a profecia de Jeremias: “Em Ramá se ouve uma vós, uma lamentação, um choro amargo: Raquel chora
seus filhos, ela não quer ser consolada por seus filhos, porque eles já não
existem.” (Jr 31,15), e depois, quando de lá voltaram, Oséias profetizou:
“...do Egito chamei meu filho.” (Os
11,1).
Também, a
segunda espada que trespassaria a alma de Maria não tardaria a chegar. Quando
Jesus completou doze anos de idade saiu com sua mãe, Maria, e seu pai adotivo,
José, da cidade de Nazaré, segundo o costume dos judeus, e foi até a cidade de
Jerusalém, para a festa da Páscoa (cf Lc 2,41-52), uma distância de,
aproximadamente, cem quilômetros.
Na volta,
Maria, sempre preocupada com seu filho Jesus, nota que ele não está na comitiva
que reunia somente as mulheres. Julgou que ele estivesse na comitiva que reunia
os homens e, ao observar que o menino não se encontrava nem entre as mulheres e
nem entre os homens, que caminhavam durante o dia, separados em grupos, e à
noite se agrupavam para que a família pernoitasse reunida, Maria e José voltam
desesperados para Jerusalém à procura do jovenzinho Jesus, e lá o encontraram,
depois de três dias de angústia, sofrimento e intensa busca, no Templo,
conversando sobre as coisas do Pai com os doutores da lei.
Maria, com o
coração apertado e com a voz trêmula, amorosamente repreende seu filho Jesus,
dizendo: “Filho, porque você fez isso conosco?
Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura”, e Jesus com
sabedoria e prontamente, procura acalmá-la e aproveita a oportunidade para
antecipar a sua missão neste mundo, o porque de sua vinda até nós: “Por que me procuravam?Não sabiam que eu
devo estar na casa do meu Pai?” (Lc 2,48-49).
Coisa
interessante: a última referência que temos sobre a infância e adolescência de
Jesus, e nesse período estando sempre presente a figura protetora e maternal de
Maria, acontece nessa oportunidade, quando Jesus tinha doze anos de idade e,
com os seus pais, fora até Jerusalém para comemorar a páscoa dos judeus. Dos
doze anos de idade até a sua idade adulta, aproximadamente um período de vinte
anos, nenhum dos quatro Evangelistas ousou fazer qualquer referência, qualquer
comentário; nenhum deles narra qualquer fato histórico ou doutrinário sobre a
vida de Jesus durante esse período. Por quê? O Evangelista Lucas apenas
referencia a volta de Jesus de Jerusalém, após a festa da Páscoa, para Nazaré
quando ele tinha doze anos de idade: “Jesus
desceu então com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles. E sua
mãe considerava no coração todas essas coisas. E Jesus crescia em sabedoria, em
estatura e graça, diante de Deus e dos Homens.” (Lc 2,51-52), isto é, foi
um filho obediente, amoroso, prestativo, compreensivo, ajudando a sua mãe nos
afazeres domésticos e auxiliando seu pai na oficina de carpintaria aprendendo a
profissão de seu pai adotivo.
Naquela casa
pobre e humilde de Nazaré Jesus, Deus que se fez homem, estava sob a guarda de
duas de suas criaturas, as mais santas, as mais puras que já pisaram o nosso
chão para merecerem tão divina missão. A casa de Nazaré era o ponto de contato
entre o céu e a terra e, bem por isso, Evangelista algum tentou penetrar o
segredo maravilhoso e o amor imenso vivido por essas três pessoas: Maria, José
e Jesus, uma Sagrada Família, a Sagrada Família por excelência.
Lucas, o
Evangelista da infância de Jesus, não deixa passar despercebido um detalhe que
somente quem tem um coração extremamente sensível poderia ter observado: “Sua mãe conservava todas essas coisas no
seu coração.” (Lc 2,51).
Como Maria
deve ter acompanhado a par-e-passo todos os movimentos, todas as palavras, todos
os impulsos, todas as reações, todos os sentimentos de seu filho Jesus, que ela
sabia ser também o Filho de Deus; e ela, por toda a sua vida, “... conservava todas essas coisas no seu
coração.” (Lc 2,51). Os Evangelistas se calam nesse período. Apenas Lucas
deixa por conta do coração de Maria registrar e conservar tudo o que tenha
acontecido, e volta a pergunta: por que? A vida oculta de Jesus, Maria e José
em Nazaré deve ter sido maravilhosa, divina e para que não fosse profanada ou
mal interpretada e erroneamente transmitida, nenhum dos Evangelistas ousou
retratá-la, deixando para que a imaginação de cada um de nós navegasse sobre as
coisas maravilhosas e divinas que
conversaram e viveram Jesus e sua mãe, Maria, nesse período; o período da
preparação de Jesus para o início de sua vida pública “...para se ocupar das coisas do Pai.” (cf Lc 2,51).
Lucas
complementa sobre a infância de Jesus afirmando: “Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e
diante dos homens.” (Lc 2,52). Poderia ter havido alguma maneira mais digna
e perfeita de um jovenzinho se tornar homem?
Quando chegou
o momento de colocar em prática sua missão, Jesus deixa sua mãe na casa de
Nazaré e dá início ao seu ministério. A partir daí a figura de José já não é
mais citada, a não ser se referenciando a Jesus: “Porventura não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13,55). Possivelmente
José houvesse falecido no período dessa vida oculta de Jesus na cidade de
Nazaré, e qual morte mais santa poderia ter acontecido entre os homens? José,
moribundo, tendo de um lado de seu leito de morte Maria e do outro lado Jesus,
o Filho de Deus, o próprio Deus, que, sem dúvida lhe tenha dito: “Vinde, bendito de meu Pai, possuí o reino
que está preparado desde a criação do mundo...” (Mt 25,35).
E Jesus parte
para a sua vida pública. Mais uma vez a “espada” preconizada pelo velho Simeão
entra em cena; a dor no coração de mãe de Maria ao ver seu filho partir para a
mais perigosa das missões; o cordeiro entre os lobos, “... o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” (Jo 1,29); o
Cordeiro de Deus que iniciava sua caminhada entre os lobos do mundo e, em seu
coração de mãe, Maria, mais uma vez repete sua entrega total nas mãos do Senhor
seu Deus: “Eis aqui a escrava do Senhor,
faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,37). A partir daí,
discretamente, Maria continua acompanhando seu filho Jesus em sua caminhada, na
sua missão.
No Evangelho
de João, 2,1-11, numa festa de casamento, Maria manifesta-se para pedir, para
interceder a Jesus por alguém que estava em dificuldades, no caso, os noivos de
Caná da Galiléia quando, durante o casamento, faltou vinho para os convidados
da festa e Jesus, à solicitação de sua mãe, atendeu prontamente ao pedido de
sua mãe. Na oportunidade Maria dá uma ordem aos serventes do casamento que
ressoa em nossos ouvidos ainda hoje e por toda a eternidade, ordem que deve ser
levada à sério por todos aqueles que se predispuseram aceitar Jesus como seu
Senhor e Salvador: disse Maria aos servente, e nos diz Maria hoje: “Fazei tudo o que ele vos disser.” (Jo
2,5).
Em outra
oportunidade, Maria, com certeza, estava no meio da multidão, era uma ouvinte
assídua de seu filho Jesus em suas pregações quando “... uma mulher, levantando a sua voz no meio da multidão, disse-lhe:
Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado! Porém
Jesus disse: Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem
em prática.” (Lc 11,27-28).
Sutilmente este foi o maior elogio que Maria já recebera sobre a terra
em vida e esse elogio veio exatamente de quem mais a conhecia: da boca e do
coração de seu Divino Filho Jesus. Por que? Porque Maria não é feliz simples e
unicamente porque as suas entranhas trouxeram Jesus e os seus seios o
amamentaram; em primeiro lugar Maria é feliz porque, e antes de tudo, “... ouviu a palavra de Deus e a pôs em
prática.” (Lc 11,28). Não foi isso que sua parenta Isabel, esposa de
Zacarias e mãe de João Batista, dissera por ocasião de sua visita antes do
nascimento de João Batista? E o que
disse Isabel? Simplesmente se antecipou
ao que Jesus disse nessa oportunidade, e, na sua afirmativa, Isabel estava
repleta do Espírito Santo e disse: “...
feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será
cumprido.” (Lc 1,45). E isso Isabel disse antes do nascimento de Jesus; e
anos mais tarde o Senhor Jesus ratifica a afirmativa de Isabel que, na
oportunidade, “... ficou repleta do
Espírito Santo.” (Lc 1,41).
Maria não é
feliz porque, simplesmente, foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador,
do Filho de Deus. Maria é feliz porque, antes de ser mãe do Filho de Deus,
ouviu a palavra de Deus e a pôs em prática, conforme o próprio Senhor Jesus já
afirmara antes: “Minha mãe e meus irmãos
são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põe em prática.” (Lc 8,12; Mt
12,50).
Maria não
somente ouviu a palavra, mas engravidou da Palavra, e “A Palavra se fez homem e habitou entre nós” (Jo 1,14); Maria deu à
Palavra a natureza humana. Por Maria a Palavra se fez homem para que os homens
se tornassem filhos de Deus.
A presença de
Maria como mãe e seguidora das verdades trazidas pelo Filho de Deus foi uma
constante em todo o caminhar de seu Divino Filho Jesus.
A caminhada de
Maria com Jesus não foi feita só de elogios, não houve somente alegria.
O golpe mais
violento e terrível, mais dolorido da “espada” profetizada pelo velho Simeão
ainda estava por acontecer; a prisão programada pelos sacerdotes, fariseus,
escribas, autoridades e chefes do povo, o julgamento mentiroso e com falsos
testemunhos, a condenação forjada à cruz com requintes de brutalidade e
selvageria, a crucificação mais covarde e impiedosa e, por fim, a morte de seu
Divino Filho pendurado em uma cruz, “...
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” (Jo 1,29). E nesse momento
terrível de supremo sofrimento do Filho de Deus e seu Filho, Maria estava
presente. Maria suportou tudo de pé, com dignidade e tolerância, sempre ao lado
de seu Filho até o momento derradeiro aos pés da cruz.
Assim nos
descreve esse momento crucial o Evangelista amado: “... estavam de pé junto à cruz de Jesus sua mãe, Maria, mulher de
Cleófas e Maria Madalena. Jesus vendo sua mãe e junto dela o discípulo que ele
amava, disse à sua mãe: Mulher, eis ai o teu filho. Depois disse ao discípulo:
Eis aí a tua mãe.” (Jo 19,25-26).
Maria aos pés
da cruz acompanhando seu Divino Filho até o momento derradeiro de sua entrega
total nas mãos do Pai. Mas não termina aí a participação de Maria no plano de
salvação do Senhor nosso Deus. Depois do julgamento iníquo, morte, ressurreição
e ascensão do Senhor Jesus aos céus (Lc 24,50-53), Maria permaneceu com os
Apóstolos do Senhor fortalecendo-os na fé e animando-os em seu apostolado,
conforme nos certifica o livro dos Atos dos Apóstolos: “Eram Pedro e João, Tiago e André, Felipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus,
Tiago, filho de Alfeu e Simão, o zelota; e Judas, filho de Tiago. Todos estes,
unânimes, perseveraram na oração com algumas mulheres, entre as quais, Maria, a
mãe de Jesus...” (At 1,13-14).
Assim, como
Jesus veio até nós por meio de Maria, por meio de Maria também chegaremos a Jesus;
foi o próprio Senhor quem escolheu esse caminho para chegar até nós e o exemplo,
quem nos deixa é o próprio Jesus; se ele escolheu Maria para chegar até nós,
nós também devemos escolher Maria para chegar com mais facilidade até ele,
conforme escreveu São Luiz Maria Grignon de Montfort no livro “Tratado da
Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”: “A
Santíssima Virgem é o meio de que Nosso Senhor se serviu para vir a nós; e é o
meio que nos devemos servir para ir a ele”.
Se ainda não
conhecemos bem Jesus como deveríamos conhecê-lo e amá-lo é porque ainda não conhecemos
e nem amamos suficientemente bem Maria. Maria é a Mãe de Jesus, portanto, Mãe
de Deus, porque Jesus assumindo a natureza humana não abdicou a natureza
divina, confirmando isso Isabel, quando disse, por ocasião da visita que
recebera de Maria: “Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” (Lc 1,43).
No seio de
Maria Jesus assumiu a natureza humana, sem abdicar a divina.
Repleta do Espírito Santo, Isabel exclama: "Donde
me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43).
Que quer dizer isso senão que Maria é a Mãe de Deus? “Mãe do Senhor” ou "Mãe de Deus"
são expressões idênticas.
São Luiz Maria
Grignon de Montfort, sacerdote falecido aos quarenta e três anos de idade em
1716 com apenas dezesseis anos de sacerdócio, como tantos outros santos, foi um
extremado devoto de Maria, tendo escrito o livro “Tratado da Verdadeira Devoção
à Santíssima Virgem”, nos deixando pensamentos maravilhosos sobre a beleza de Maria,
dos quais cito alguns:
“Deus Pai ajuntou todas as águas e
denominou-as mar; reuniu todas as suas graças e chamou-as Maria.”
“Maria produziu, com o Espírito Santo, a
maior maravilha que existiu e existirá: um Deus-homem.”
“Jesus é em toda parte e sempre o fruto e o
Filho de Maria; e Maria é em toda parte a verdadeira árvore que dá o fruto da
vida, e a verdadeira mãe que o produz”.
“O que Lúcifer perdeu por orgulho, Maria
ganhou por humildade. O que Eva condenou e perdeu por desobediência, salvou-o
Maria pela obediência. Eva, obedecendo à serpente, perdeu consigo todos os seus
filhos e os entregou ao poder infernal; Maria, por sua perfeita fidelidade a
Deus, salvou consigo todos os filhos e servos e os consagrou a Deus”.
“Maria está tão intimamente unida a vós
(Jesus) que mais fácil seria separar do sol a luz, e do fogo o calor; digo
mais: com mais facilidade se separariam de vós os anjos e os santos que a
divina Mãe, pois que ela vos ama com mais ardor e vos glorifica com mais
perfeição que todas as vossas outras criaturas.”
“Não tenha a pretensão de receber a graça de
Deus, quem ofende sua Mãe Santíssima”.
“Um filho que obedece a Maria, pode acaso
errar o caminho que leva à eternidade?”.
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