14
DE DEZEMBRO
SÃO
NIMATULLAH KASSAB AL-HARDINI
![]() |
O padre
Nimatullah Kassab Al-Hardini nasceu em 1808, na aldeia de Hardin, situada nas
montanhas ao norte do Líbano, no oeste da Ásia. Foi o quarto filho da família
Kassab, que era composta de cinco meninos e duas meninas, sendo batizado com o
nome de José. A família, cristã maronita fervorosa, deu sólida educação
intelectual, religiosa e moral aos filhos, por isso todos seguiram a vida de
religioso, exceto o primogênito e a caçula.
Durante a
infância, frequentou os mosteiros e os ermos do seu povoado. Terminados os
estudos, foi viver com o avô, também padre maronita, cujo exemplo solidificou sua
vocação para o sacerdócio. Na Igreja Maronita, como em todas as igrejas
orientais, se conserva a tradição de os homens casados poderem tornar-se padres
e continuar a ter vida conjugal, desde que seja garantido o ministério
paroquial; mas uma vez diácono ou padre, não pode mais casar-se. José
participava das atividades litúrgicas no mosteiro com os monges e, na paróquia,
com o avô e os fiéis.
Aos vinte
anos, em 1828, ingressou na Ordem Libanesa Maronita. Tomando o nome de
"irmão Nimatullah", que significa "graça de Deus", fez os
dois anos do noviciado do Mosteiro de Santo Antônio de Qozhaya, entregando-se
com fervor à oração comunitária, ao trabalho manual e às visitas ao Cristo
eucarístico.
Em 1830,
recebeu o hábito monacal e fez a profissão solene dos votos, consagrando-se,
totalmente, a Deus. Na ocasião, foi enviado para o Mosteiro de São Cipriano e
Santa Justina para estudar filosofia e teologia, onde também trabalhava na
lavoura e como encadernador de manuscritos e livros. Por causa do rigoroso estilo
de vida monástica que ele impunha a si mesmo, acabou doente e teve de mudar
para uma tarefa mais leve: foi trabalhar na alfaiataria.
Terminando
seus estudos eclesiásticos, com grande sucesso, em 1835, foi ordenado sacerdote
e nomeado diretor dos estudantes e professor, cargo que ocupou até morrer.
Disciplinado, não tinha tempo ocioso; dividia seu dia entre a oração e o
trabalho intelectual, manual ou religioso. Ciente da dura realidade que as
famílias libanesas viviam, fundou uma escola para educar e dar formação
religiosa gratuita os jovens.
Viveu duas
guerras civis, uma em 1840 e a outra em 1845, durante as quais mosteiros e
igrejas foram saqueados e incendiados e numerosos cristãos maronitas morreram.
Era severo consigo mesmo, mas misericordioso e indulgente para com os irmãos.
A partir de
1845, reconhecendo o seu zelo na observância das regras monásticas, a Santa Sé
o nomeou, em três ocasiões, assistente geral, o que o obrigou a residir no
Mosteiro de Nossa Senhora de Tâmish, que na época era a Casa-matriz da Ordem.
Mas nunca descuidou do seu trabalho de encadernador, que exercia com espírito
de grande pobreza.
No inverno de
1858, pegou uma forte pneumonia, da qual não se recuperou mais. Padre
Nimatullah Kassab Al-Hardini faleceu em 14 de dezembro de 1858, invocando a
Virgem Maria, confiando-lhe sua alma.
Viveu como
homem de oração e morreu como homem de oração. Foi enterrado no mosteiro da São
Cipriano de Kfifan, e seu corpo ficou incorrupto. Beatificado pelo papa João
Paulo II em 1998, sendo canonizado pelo mesmo pontífice em 2004. A sua festa ocorre no
dia de sua morte.
Também são venerados
neste dia: São Venâncio Fortunato, Santo Esperidião, São João da Cruz, Santo
Agnelo, São Druso, Satnos Zózimo e Teodoro (mártires de Antioquia), Santo
Experidião de Trimithonte (bispo), Santo Eutrópia e companheiros (mártires de
Reims).
Nenhum comentário:
Postar um comentário