18 DE FEVEREIRO
BEM-AVENTURADO
JOÃO DE FIESOLE OU FRA ANGÉLICO - 1387-1455
Guido de
Pietro, nasceu em 1387, na cidade de Mugelo, na Toscana, Itália. Até o final da
juventude foi pintor de quadros na cidade de Florença, quando se decidiu pela
vocação religiosa. Em 1417, ingressou na congregação de São Nicolau, onde
permaneceu por três anos. Depois, junto com seu irmão Bento, foi para o convento
dominicano de Fiesole, no qual se ordenou sacerdote adotando o nome de João.
A ação dos
seus dons de santo e de artista, se desenvolveu de forma esplendida no clima de
alta perfeição espiritual e intelectual, encontrado no convento. Assim pode
fazer da pintura a sua principal obra evangelizadora, ao se tornar um Frade
Predicador desta Ordem. Pela singeleza e genialidade de sua figura passou a ser
chamado de "Beato Angélico" ou "Fra Angélico", nome que
ficou impresso inclusive no mundo das artes.
Este frade-pintor
foi um dom magnífico feito por Deus para a Ordem, pois deu também um imenso
auxílio financeiro aos co-irmãos, porque, obedecendo ao voto de pobreza,
destinou à Ordem todos os seus ganhos como artista, que eram tão expressivos
quanto a sua genialidade. A santa austeridade, os estudos profundos, a perene
elevação da alma a Deus, mediante as orações contemplativas, apuraram o seu
espírito e lhe abriram horizontes ocultos.
Com este preparo e com seus mágicos
pincéis, pode proporcionar a todos o fruto da própria contemplação,
representando o mais sagrado dos poemas, a divina redenção humana pela Paixão
de Jesus Cristo. As suas pinturas são uma oração que ressoa através dos
séculos. Esta alma de uma simplicidade evangélica, soube viver com o coração no
céu, se consagrando num incessante trabalho.
Entre 1425
e1438, viveu retirado, onde retomou o trabalho pintando os afrescos de quase
todos os altares da igreja do convento de Fiesole. Depois foi a vez do convento
de São Marcos, em Florença, onde deixou suas obras impressas nos corredores,
celas, bibliotecas, claustros, ao longo de seis anos. A partir de 1445 foi para
Roma, onde trabalhou para dois papas: Eugênio IV e Nicolau V. Este último,
tentou consagrá-lo bispo de Florença, mas Fra Angélico recusou com firmeza,
indicando outro irmão dominicano.
Retornou para
o convento de Fiesole, cinco anos depois, no qual foi eleito o diretor geral.
Alí trabalhou com seu irmão Bento, que nomeou inicialmente como seu secretário
e depois conseguiu que fosse eleito seu sucessor, em 1452. Frei João de
Fiesole, voltou para Roma, onde morreu no dia 18 de fevereiro de 1455.
Fra Angélico,
que nunca executou uma obra, sem antes rezar uma oração, foi beatificado pelo
papa João Paulo II em 1982, que indicou sua festa litúrgica para o dia de sua
morte. Até porque, muito antes, a sua sepultura no convento de Santa Maria
sobre Minerva se tornara o local escolhido pelos peregrinos que desejavam
cultua-lo, não tanto devido à sua genialidade artística, que podia ser
apreciada nos museus do mundo, como por seu caráter sincero carregado de
profunda santidade. Dois anos depois, o mesmo pontífice o declarou
"Padroeiro Universal dos Artistas", uma honra pela sua obra
evangelizadora que promoveu a arte sacra através dos séculos.
São lembrados,
também, neste dia: São Flaviano, São Angilberto de Cêntula (abade), Santa
Bernadete de Soubirous (religiosa, vidente de Lourdes), São Colmano de
Lindisfarne (bispo), Santo Eládio de Toledo, Bem-aventurada Gertrude Comensoli.
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