24 DE NOVEMBRO
A ESCOLHA DE DEUS
RECAIU SOBRE MARIA, A MAIS POBRE.
Vamos procurar
ver Maria como a viram os primeiros cristãos com os dados que os Santos
Evangelhos lhes forneceram – Maria mulher – Maria esposa – Maria dona de casa –
Maria humilde – Maria doce – Maria meiga – Maria pobre.
No tempo de
Maria, como hoje, deveriam existir mulheres que se destacavam na sociedade, na
política, no poder, na riqueza. Mulheres que., sem dúvida, poderiam oferecer ao
Filho de Deus um palácio com todas as mordomias, ao invés de uma gruta úmida e fria – poderiam
oferecer um berço de ouro, ao invés de um cocho de animal como primeiro leito –
aquecedores de ar ao invés do respirar quente dos animais para aquecer o
recém-nascido.
Mulheres que
poderiam providenciar e determinar para que as primeiras visitas ao Filho de
Deus recém-nascido fossem os mais ricos e poderosos monarcas que existiam na terra naquele tempo,
ao invés de as primeiras visitas serem, como foram, pobres e humildes pastores.
Mas,
a Divina Providencia age diferentemente dos pensamentos humanos. Deus não quis
para o seu Filho um palácio, já que o mundo inteiro é seu. O Senhor não quis
para o seu Filho um berço de ouro, já que tem a aböboda celeste para lhe servir
de suporte dos pés.
Deus
não quis para o seu Filho um aquecedor de
ar para aquecë-lo, já que os ventos que sopram dos quatro cantos do Universo
obedecem as suas ordens, obedecem a sua voz.
Deus
não quis para visitar seu Filho pela primeira vez ricos monarcas e poderosos
reis e nem esnobes gentes da sociedade, porque ele é o Rei dos Reis, e todos os
reinos do mundo lhe pertence.
Deus
não quis para mãe de seu filho uma mulher rica, poderosa, da sociedade, porque
sabia que no coração dessas mulheres não havia lugar para a Vida que deveria
ser vivida pelos homens e para a Verdade que seria transmitida a toda a
humanidade, porque os corações das mulheres ricas estariam encharcados e
inchados das coisas da terra e não teriam espaços para as coisas do céu.
Para ser a mãe de seu Filho, o
Senhor não procurou mulheres em palácios ou sociedades, mas procurou a mais
pobre, a mais humilde exatamente numa das mais
pobres e humildes casas de Nazaré, na Galiléia.
Para
a mãe de seu Filho, o Senhor não escolheu a mulher mais rica da terra, mas
aquela que estava mais familiarizada com as coisas do céu.
Deus
não escolheu uma mulher comprometida com a sociedade e com o mundo, com o coração
cheio das preocupações passageiras e apegado demais as coisas que perecem – mas
escolheu uma mulher com o coração desapegado, um coração pobre, um coração que
ele sabia, poderia não entender o que estivesse acontecendo mas que se
submeteria dócil e livremente a vontade de Deus, ainda que isso lhe custasse as
mais cruciantes dores
E
Jesus Cristo foi exigente na escolha de sua mãe.
Nós
não escolhemos a mãe que temos, embora agradecemos a Deus pelas mães que ele
nos deu, mas o Senhor Jesus teve um privilégio a mais que nós –ele teve o
privilégio de poder escolher a sua mãe, e nisso ele foi exigente,, porque
escolheu a mais bela, a mais pura, a mais santa, a mais imaculada, a mais
inviolável, e, além de tudo isso, a mais humilde. Maria foi pobre em toda a
extensão da palavra. Não só teve
espírito de pobre, mas viveu a pobreza materialmente com todas as suas consequências.
Ela se sentiu um instrumento humilde e pobre para os planos do Providência.
E foi exatamente por isso que o
Senhor a julgou apta para operar nela as suas maravilhas. Poderia haver algo de
mais pobre do que uma Virgem para ser mãe?
Deus
opera as suas maravilhas nos pobres, humildes e corações desapegados das coisas
do mundo, e Maria preencheu em tudo os desejos do Pai.
E
por isso pedimos – Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja, nossa Mãe, dai-nos sermos
pobres e humildes e voltados somente para as coisas do Pai. Sede o espelho onde
devemos nos mirar para estarmos de acordo com a vontade do Pai.
São
Comemorados também neste dia: Clemente I, papa, São Columbano, Santo Anfilóquio
de Icônio (bispo), São Gregório de Girgenti (bispo) e Santa Lucrecia.
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