21
DE NOVEMBRO
LOUVORES A MARIA
APRESENTAÇÃO
DE NOSSA SENHORA NO TEMPLO
São Luiz Maria Grignon de
Montfort, no livro de sua autoria “Tratado
sobre a devoção à Santíssima Virgem Maria”, demonstra o grande amor que tem por
Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe: “Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio a este mundo, e
é também por meio de Maria que Jesus deve reinar no nosso meio. Maria
conservou-se muito oculta durante toda a sua vida; por essa razão Maria é
chamada pelo Espírito Santo e pela Igreja de Mãe oculta e secreta. Foi tão
profunda a humildade de Maria que não houve na terra encanto mais poderoso e
constante que ser ignorada por si mesma e por todas as criaturas para ser
conhecida somente por Deus. Deus Pai consentiu em que Maria não fizesse
milagres em sua vida, pelo menos que nós tenhamos conhecimento, ainda que lhe
tivesse dado o poder de fazê-los. Deus Filho consentiu que Maria pronunciasse
poucas palavras que chegassem até nós, embora lhe tivesse comunicado a sua
sabedoria divina.
Deus Espírito Santo consentiu que os Apóstolos e Evangelistas
falassem muito pouco de Maria, e ao falarem, só falassem muito pouco de Maria e
apenas o necessário para fazer conhecer a Jesus Cristo. Maria Santíssima é a
excelente obra prima de Deus Altíssimo cujo conhecimento e possessão reservou somente para si. Maria Santíssima é
o santuário e o repouso da Santíssima Trindade. Maria é o paraíso terrestre do
novo Adão, Nosso Senhor Jesus Cristo, que nela se encarnou por obra do Divino
Espírito Santo para ai realizar maravilhas incompreensíveis. Os santos disseram
coisas admiráveis sobre essa santa cidade de Deus que é Maria, e nunca foram mais eloquentes e felizes, como eles próprios
confessam, do que quando falam de Maria. A altura dos merecimentos de Maria são
elevados até o trono da Santíssima Trindade; a largura da caridade de Maria é
mais extensa que a própria terra, não se pode medir; a vastidão do poder de Maria
não se pode conceber; a profundeza da humildade de Maria e de todas as suas
virtudes e graças que são um abismo, não se pode sondar. Todos os dias, de uma
a outra extremidade da terra, no mais alto dos céus, no mais profundo dos
abismos, tudo publica, tudo exalta a admirável Maria. Toda terra está cheia de
sua glória, principalmente entre os cristãos que a tomaram por mãe, protetora e
padroeira, em muitos reinos, países, províncias, estados, dioceses e cidades.
Quantas igrejas e catedrais consagradas a Deus sob o nome de Maria. Não há
igreja que não possua um altar em honra de Maria; não há uma região em algum
pais em que não se encontra alguma de suas imagens milagrosas, a cujos pés
todos os males são curados e conseguidos todos os bens. Quantas confrarias e
congregações existem em honra de Maria. Quantas ordens religiosas estão sob o
nome e proteção de Maria. Quantos irmãos e irmãs de todas as confrarias e
quantos religiosos e religiosas que publicam os seus louvores e anunciam as
suas maravilhas e misericórdias. Não há criancinha que não a louve, balbuciando
a Ave Maria. Não há pecador, que mesmo no meio de sua descrença, não tenha em
Maria uma fagulha de confiança. Maria ainda não foi suficientemente louvada,
exaltada, honrada, amada e servida. Maria merece ainda mais louvores, mais
respeito, mais amor e mais serviços. Os olhos nunca viram, os ouvidos nunca
ouviram, o coração do homem nunca contemplou e nem compreendeu as grandezas e
excelências de Maria, o milagre dos milagres da graça, da natureza e da glória.
Se quisermos compreender a mãe, precisamos compreender o filho, porque Maria é
uma digna Mãe de Deus. Aqui, emudeça toda língua. Se Maria é ignorada entre nós até hoje, se ela não é amada como
deveria ser, esta é uma das razões pelas quais Jesus Cristo não é conhecido
como deveria ser. Amemos Maria para conhecermos melhor seu Filho e Nosso Deus,
Jesus Cristo.” (do livro “Tratado
sobre a devoção à Santíssima Virgem Maria” - pg 19-25).
São
comemorados, também, neste dia: Santo Alberto de Lovaina (bispo e mártir),
Santa Amelberga de Sustern (abadessa), Santos Celso e Clemente (mártires em
Roma) e são Gelásio I (papa).
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