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DE NOVEMBRO
SANTO
SERAPIÃO - 1179-1240
Procedente de
família cristã da nobreza inglesa, Serapião nasceu em Londres no ano 1179. Seu
pai era Rotlando Scoth, capitão da esquadra do rei Henrique III. Muito jovem,
já estava atuando ao lado do pai na cruzada comandada pelo lendário Ricardo
Coração de Leão.
Porém, no
retorno, o navio naufragou próximo de Veneza e a viagem continuou por terra.
Nesse percurso, acabaram prisioneiros do duque da Áustria, Leopoldo, "o
Glorioso", que libertou o rei e seu pai. Mas Serapião e os demais tiveram
de ficar. Logo o duque percebeu que o jovem militar, além de bom militar, era
bom cristão, muito bondoso e caridoso. Por isso o manteve na Corte. Mais tarde,
quando recebeu a notícia da morte dos pais, Serapião decidiu ficar na Áustria.
Com os soldados do duque, seguiu para a Espanha, para auxiliar o exército
cristão do rei Afonso III, que lutava contra os invasores muçulmanos. Quando
chegaram, eles já tinham sido expulsos.
Serapião
decidiu ficar e servir ao exército do rei Afonso III, para continuar defendendo
os cristãos. Participou de algumas cruzadas bem sucedidas, até que, em 1214, o
rei Afonso III morreu em
combate. Serapião, então, voltou para a Áustria e alistou-se
na quinta cruzada do duque Leopoldo, que partiu em 1217 com destino a Jerusalém
e depois ao Egito.
O vai-e-vem da
vida militar em defesa dos cristãos levou, novamente, Serapião para a Corte
espanhola, em 1220. Dessa feita, acompanhando Beatriz da Suécia, que ia
casar-se com Fernando, rei de Castela. Foi quando conheceu o sacerdote Pedro
Nolasco, santo fundador da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, os chamados
frades mercedários, os quais se dedicavam em defesa da mesma fé, mas não
guerreando contra os muçulmanos, e sim buscando libertar do seu poder os
cristãos cativos, mesmo que para isso tivessem de empenhar suas próprias vidas.
Serapião ingressou na Ordem e recebeu o hábito mercedário em 1222.
Junto com
Pedro Nolasco e Raimundo Nonato, santo co-fundador, realizou várias redenções.
Na última, que
ocorreu em Argel, na África, teve de ficar refém para libertar os cristãos que
estavam quase renegando a fé, enquanto o outro padre mercedário viajou
rapidamente para Barcelona para buscar o dinheiro. Mas o superior, Pedro
Nolasco, estava na França.
Quando foi
informado, escreveu uma carta ao seu substituto na direção para arrecadar esmolas
em todos os conventos da Ordem e enviar o dinheiro para libertar Serapião o
mais rápido possível. Como o resgate não chegou na data marcada, os muçulmanos
disseram a Serapião que poderia ser libertado se renegasse a fé cristã. Ele
recusou. Enlouquecidos, deram-lhe uma morte terrível.
Colocado numa
cruz em forma de X, como o apóstolo André, teve todas as juntas dos seus ossos
quebradas, e assim foi deixado até morrer. Tudo aconteceu no dia 14 de novembro
de 1240, em Argel, atual capital da Argélia.
O culto que
sempre foi atribuído a são Serapião, protetor contra as dores de artrose, foi
confirmado em 1625 pelo papa Urbano VIII. A festa religiosa ao santo mártir
mercedário ocorre no dia de sua morte.
São
comemorados também neste dia: São Nicolau Tavelic, São José Pignatelli, Santa
Veneranda, São Filomeno, Santo Alberico de Utrecht (monge e bispo), São
Clementino, Santos Teodoro e Filomeno (mártires de Heracleia, na Trácia) e São
Dubrício de Madley (bispo).
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