DEFINIÇÃO PARA
SANTIDADE
Um santo pode ser designado como um santo padroeiro de
causas específicas ou profissões, ou invocado contra doenças específicas ou
catástrofes, mas isso é somente pensamento popular, não sendo uma doutrina oficial
da Igreja.
Os santos não têm poderes próprios, mas apenas que os
concedidos por Deus. Relíquias de santos são respeitados e muitas vezes
preservadas em igrejas.
O processo de reconhecimento oficial de um santo é
chamado, na Igreja Católica, de canonização. Isto só pode ter lugar após a sua
morte uma vez que, segundo os princípios do Catolicismo Romano, mesmo a mais
santa pessoa viva pode cair em pecado mortal até o último momento. Na Igreja
Ortodoxa, é mais no sentido de evitar a pressa e permitir um amplo tempo de
reflexão sobre a vida da pessoa.
"A Igreja Católica sempre acreditou que desde
os primeiros tempos do cristianismo os Apóstolos e os Mártires em Cristo estão
unidos a nós mais estreitamente, venerou-os particularmente juntamente com a
bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos, e implorou devotamente o auxílio
da sua intercessão. Às vezes, costuma-se pensar que a santidade é uma
condição de privilégio reservado a uns poucos escolhidos. Na realidade, ser
santo é tarefa de todo cristão, de todo homem. A eles se uniram também outros que imitaram mais de perto
a virgindade e a pobreza de Cristo e além disso aqueles cujo preclaro exercício
das virtudes cristãs e dos carismas divinos suscitaram a devoção e a imitação
dos fiéis. (...) A Sé Apostólica (...) propõe homens e mulheres que sobressaem
pelo fulgor da caridade e de outras virtudes evangélicas para que sejam
venerados e invocados, declarando-os Santos e Santas em ato solene de
canonização, depois de ter realizado as oportunas investigações." (João
Paulo II, Const. Apost. Divinus perfectionis Magister).
Segundo Bento XVI, a santidade é uma tarefa que não é
exclusiva apenas dos cristãos, mas de todo ser humano. Recordou que nos
primórdios do cristianismo os cristãos eram chamados de "os santos".
Com efeito, afirmou que "o cristão já é santo, porque o Batismo o une a
Jesus e a seu Mistério Pascal, mas, ao mesmo tempo, deve chegar a sê-lo
identificando-se com Ele mais intimamente.
Segundo a epístola de São Paulo aos Efésios: "Deus
sempre nos abençoou e nos escolheu em Cristo para sermos santos e
irrepreensíveis em sua presença, no amor". Todos os seres humanos são,
portanto, chamados à santidade. Em última instância, a santidade consiste em
viver como filhos de Deus, na "semelhança" com Ele, segundo
a qual foram criados. Todos os seres humanos são filhos de Deus e
todos devem chegar a ser aquilo que são, mediante o exigente caminho da
liberdade." (Bento XVI, por ocasião da Solenidade de Todos os Santos de
2007)
Em conclusão, a santidade é uma vocação única e universal
do Homem e consiste na "plenitude da vida cristã e [na] perfeição da
caridade".
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