MARIA,
MÃE DOS AFLITOS.
A você, meu
irmão, a você, minha irmã, que está conosco neste momento de meditação e
oração, desejamos o reconforto, a consolação, a luz e a paz de Deus, Nosso Pai,
e de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Hoje voltamos
à atenção a todos aqueles que estão tristes, acabrunhados, arrasados, àqueles
que se sentem abatidos, desesperados, injustiçados; os que perderam os seus
entes queridos e os que, de alguma maneira, foram violentados em seus direitos.
Todos estes que
sofrem, convidamos a se unirem conosco
nesta oração ao Senhor Nosso Deus, que muito nos amou e deu a sua vida por nós.
(Jo 10, 15 e 1Jo 3, 16).
Primeiro,
vamos olhar para a cruz de Jesus Cristo, a cruz onde Cristo se imolou por nós,
e coloquemo-nos por inteiro na presença de Deus e digamos juntos: “Senhor,
aqui estou, com minhas fraquezas, com meus fracassos, meus defeitos, minhas
angústias e sofrimentos. Olha, Senhor, a minha miséria e a minha dor e, na tua
bondade tem compaixão de mim e perdoa todos os meus pecados.”
Agora,
prestemos atenção! Lá, junto da cruz de Jesus está Maria, sua Mãe querida. (Jo
19, 25). A mãe ama a todos os filhos e a cada um se dedica de coração; mas, sem
dúvida nenhuma a mãe não exita em se sacrificar, em perder horas e horas de
sono para estar ali, atenciosa e orante, junto à cama do filho enfermo.
Por vezes,
aflita, sentindo a dor de seu filho, a mãe sempre tem uma palavra de ânimo, de conforto e de esperança.
Nem sempre
encontramos a mãe presente nas noites de
festa, mas, sem sombra de dúvidas, sempre que o filho estiver doente, a
encontraremos ao lado do leito de dor de
seu filho; a mãe está sempre ali, humilde e serviçal, com o seu olhar, com o
seu carinho, com o seu amor...
Maria aos pés
da cruz; e Jesus nos dá por Mãe a sua querida Mãe. (Jo 19, 26-27). Por isso,
meu irmão que está sofrendo, minha irmã que está angustiada, quero dizer que
você não está só; Maria, a Mãe de Jesus está com você. Sei que o sofrimento é
sempre muito difícil, muito duro de se aceitar e, por vezes, a tentação do
desespero ou da vingança pode estar batendo à nossa porta.
Pode estar
vindo até a tentação do ódio... Mas, não vamos entrar nessa...
Olhe,
acredite, eu estou com você! São benditas as lágrimas que lavam os olhos,
purificam o coração e nos fazem ver melhor a vida. Sim, fique tranquilo, você é
uma pessoa humana; você não é um anjo.
Continuemos
juntos, olhando de novo para a cruz. Jesus está ali, no maior dos sofrimentos. Tanto
bem que ele fez; fez os surdos ouvirem, os cegos verem, os mudos falarem, os
paralíticos andarem (Mt 11,5); acariciou as crianças, confortou os velhinhos,
acolheu os pobres, curou os doentes, expulsou os maus espíritos, perdoou os
pecadores... até os mortos se levantaram ao ouvir a sua voz, as suas
palavras... “Menina, eu te ordeno,
levanta-te”, disse ele para a filha de Jairo que havia morrido (Mc 5, 41); “Lázaro, vem para fora”, disse ele para
o irmão de Marta e Maria que estava morto já há quatro dias (Jo 11,43).
Deus é cheio
de vida e de verdade (Jo 1, 4-14). E Jesus disse: Quem crê em mim, mesmo que esteja morto, viverá...” (Jo 11, 25).
Havia muito
tempo, mas muito tempo mesmo, que ninguém fazia tanto bem aos homens. E Jesus
era um homem tão cheio de Deus, era o próprio Deus andando com os pés no chão.
(Mt 4, 12-18). E você sabe que ele gostava muito de dar atenção aos mais
esquecidos, aos abandonados, aos doentes, aos mais pobres, aos desesperados,
aos angustiados? (Mt 9, 13).
Sim, Jesus
era amigo dos pecadores, e por vezes até comia nas casas deles, almoçava ou jantava
com eles (Mt 11, 19). Jesus sabia perdoar, sabia acolher os corações mais
esmagados. Ele tinha uma bondade imensa no coração, e dizia assim: “Venham a mim todos vocês que estão cansados
e sobrecarregados e eu os aliviarei, pois o meu jugo é suave e o meu peso é
leve”. (Mt 11, 30).
E quando
Jesus se encontrava pregado na cruz, à beira da morte, pediu perdão para os
seus perseguidores, e ouviu a súplica do ladrão crucificado à sua direita,
quando disse: “Senhor, lembra-te de mim
quando estiveres no teu reino.” E Jesus respondeu: “Hoje mesmo estarás comigo
no paraíso.” (Lc 23, 42-43).
Meu irmão,
minha irmã, não perca a esperança! Deus ama você, do jeito que você é. Nos
orgulhosos e prepotentes a fé é muito difícil. Mas, nos humildes, nas pessoas
humanas como você, a fé é possível. Coragem, os braços de Cristo, na cruz,
também estão abertos para você.
Não se
esqueça que Cristo morreu de pé e de braços abertos para que nós não ficássemos
comodamente sentados e de braços cruzados.
Abra o seu
coração para o Cristo. Não se desespere, não busque desforras,
não aumente o mal que já fez tanto mal a tanta gente. Deixe isso para
lá... Acredite em Deus, creia em Deus. “Tudo
é possível a quem crê.” (Mc 9, 23). Eu estou rezando por você; não perca a
fé. Eu acredito em você. Você
pode ser melhor. Comece a fazer o bem.
Quero vê-lo
feliz, se ambição de muitas coisas, mas construindo o melhor de você mesmo; sua
vida, seu amor... Livre-se do orgulho, da vaidade, da mesquinhez, da
ociosidade.
O importante
é a paz em seu coração e, por você, a paz em muitos corações. Há sempre alguém esperando por você... descubra o seu
irmão...
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