BEM-AVENTURADA GISELA - 985-1060
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Gisela, filha
dos duques bávaros Henrique, o briguento, ou Gisela da Borgonha, nasceu no ano
985. Era a irmã mais nova de Henrique II da Alemanha, de Bruno, que depois se
tornaria bispo de Augsburgo, e de Brígida, futura abadessa de Mittelmuenster.
Como se vê,
uma família nobre e católica. Gisela, desde pequena, queria tornar-se religiosa,
mas decidiu aceitar um casamento, que contribuiria muito para a expansão do
cristianismo, deixando sua vocação para mais tarde.
Em 996, ela
foi pedida em casamento por Estevão, príncipe da Hungria. Gisela aceitou e se
tornou a primeira rainha católica húngara. Logo depois, devido à sua atuação cristã, o
rei, seu marido, se converteu, e com ele todos os seus súditos.
Gisela construiu
muitas igrejas, inclusive a catedral de Vezprim, decorando-a com trabalhos dos
mais importantes artistas da época, até mesmo de escultores gregos.
Além da
importância religiosa e cultural que seu reinado obteve, há de considerar-se,
que graças a seu casamento e à conversão da Hungria, que as boas relações com a
Alemanha chegassem até o século XXI. Gisela cumpriu essa missão com muito
sofrimento pessoal.
Primeiro
morreu seu filho mais velho, depois uma filha. As duas outras filhas seguiram
seus maridos para terras distantes e ela nunca mais as viu. Seu primogênito,
Américo, que era o sucessor natural do trono, também morreu quase ao mesmo
tempo em que o marido, Estevão. Mais tarde, os dois seriam canonizados.
Embora tivesse
enfrentado todas estas tragédias, foi a morte do marido que mais a fez sofrer.
Os húngaros da oposição que assumiram o poder desejando neutralizar a sua
influência junto ao povo a mantiveram presa por vários anos, impossibilitando-a
de qualquer contato com os parentes do exterior.
Finalmente,
depois de muitas negociações com o rei Henrique III, em 1042 Gisela pôde retornar
para a Alemanha, onde se recolheu no mosteiro beneditino de Niedernburg. Essa
cidade era uma abadia principesca, isto é, a abadessa eleita era,
automaticamente, a princesa do Império Alemão. Por seus dons e experiência,
pouco depois de sua entrada, Gisela foi eleita abadessa-princesa, governando
até o dia 7 maio de 1060, quando faleceu.
Assim, o fim
do primeiro milênio assistiu à atuação dessa grande figura feminina da história
da Igreja: Beata Gisela, a rainha cristã, que se fez abadessa-princesa da Alemanha,
que patrocinou grandes obras de caridade, construiu igrejas, ajudou a converter
a Hungria e por isso teve grande participação na expansão do cristianismo.
O seu culto é
muito antigo e ainda intenso em todo o norte da Itália, Hungria, Alemanha,
França, por todo o Oriente e pelos países onde os beneditinos se instalaram,
levando com eles essa comemoração litúrgica.
São lembrados
também, neste dia: Santo Agostinho Roscelli, Santas Flávia Domitila, Eufrosina,
Teodora (virgens e mártires de Roma), São Juvenal e Santa Rosa Venerini, São
Domiciano de Huy (bispo), São João de Beverley (monge e bispo), São Juvenal de
Benevento (mártir).
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