sexta-feira, 31 de maio de 2019

VISITAÇÃO DE MARIA À SUA PRIMA ISABEL

VISITAÇÃO DE MARIA À SUA PRIMA ISABEL

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Estamos encerrando o mês de maio, dedicado especialmente a Maria, Mãe de Deus e nossa. Nada melhor do que contemplarmos Maria que caminha no meio do seu povo, na condição de primeira e mais perfeita discípula e missionária do Senhor, nestes tempos em que a Igreja nos pede um novo ardor evangelizador em todo o continente.
Como membro eminente da Igreja do Seu Filho, Maria nos testemunha e ensina aquilo que devemos hoje e sempre fazer a fim de que todos conheçam a boa-nova do amor misericordioso do Senhor (cf. Documento de Aparecida, nn. 266-272).
Vem, Maria, vem nos visitar! O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que o encontro de Maria com Isabel não é apenas mais um encontro entre parentes. Deus – Pai, Filho e Espírito – estava agindo de um modo particular na vida daquela humilde jovem de Nazaré, desde que fora concebida no ventre de sua mãe, Sant’Ana.
São Lucas relata que Maria havia sido escolhida para ser a Mãe do “Filho de Deus”, pelo poder do “Espírito Santo”. Não é, pois, um visita qualquer a de Lc 1,39-45: “A visitação de Maria a Isabeu tornou-se (...) a visita de Deus ao seu povo” (Catecismo, 717).

No mistério da Visitação, Maria se revela a nós como a nova e definitiva Arca da Aliança.
O paralelo entre ambas é sugestivo (cf. 2Sm 6), como propõe o mariólogo René Laurentin. Maria estava repleta da presença divina, assim como a Arca com a glória de Iahweh (Javé). Isabel com um grande grito prorrompe em uma exclamação, a exemplo do rei Davi (2Sm 6,12); Isabel se considera indigna de receber tamanha graça, como também Davi: Como virá a Arca de Javé para ficar na minha casa? (v. 9); a visita de Maria foi para Isabel uma fonte de bênçãos, como também o foi para a casa de Obed-Edom (v. 11); até o período – três meses – é o mesmo nos dois episódios (v. 11). Impelida pela caridade, Maria dirige-se à casa da sua parente.
Assim o Papa João Paulo II contemplava o mistério da Visitação, num dos mais importantes documentos Marianos da história da Igreja, a Encíclica Redémptoris Máter (“A Mãe do Redentor”), de 1987 (n. 12b).
E observa que as últimas palavras da saudação de Isabel a Maria – Feliz daquela que acreditou (Lc 1,45) – junto com as palavras que o Anjo Gabriel lhe havia comunicado – Cheia de graça – nos fornecem a verdade essencial sobre Maria: imenso foi o dom que Maria recebeu do Senhor, generosa foi a resposta que Lhe deu. Por isso Maria pode ser comparada a Abraão, sendo-lhe mesmo superior: “Na economia salvífica da Revelação divina, a fé de Abraão constitui o início da Antiga Aliança; a fé de Maria, na Anunciação, dá início à Nova Aliança” (n. 14 a).
Neste dia são lembrados também: São Heras da Capadócia (mártir), Lupicínio de Verona (bispo), São Pascácio de Roma (diácono), Santa Petronila de Roma (virgem e mártir), São Câncio, São Félix de Nicósia, Bem-aventurada Camila Batista da Varano.

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