VISITAÇÃO DE MARIA
À SUA PRIMA ISABEL
Estamos
encerrando o mês de maio, dedicado especialmente a Maria, Mãe de Deus e nossa.
Nada melhor do que contemplarmos Maria que caminha no meio do seu povo, na
condição de primeira e mais perfeita discípula e missionária do Senhor, nestes
tempos em que a Igreja nos pede um novo ardor evangelizador em todo o
continente.
Como membro
eminente da Igreja do Seu Filho, Maria nos testemunha e ensina aquilo que
devemos hoje e sempre fazer a fim de que todos conheçam a boa-nova do amor
misericordioso do Senhor (cf. Documento de Aparecida, nn. 266-272).
Vem, Maria,
vem nos visitar! O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que o encontro de
Maria com Isabel não é apenas mais um encontro entre parentes. Deus – Pai,
Filho e Espírito – estava agindo de um modo particular na vida daquela humilde
jovem de Nazaré, desde que fora concebida no ventre de sua mãe, Sant’Ana.
São Lucas
relata que Maria havia sido escolhida para ser a Mãe do “Filho de Deus”, pelo
poder do “Espírito Santo”. Não é, pois, um visita qualquer a de Lc 1,39-45: “A
visitação de Maria a Isabeu tornou-se (...) a visita de Deus ao seu povo”
(Catecismo, 717).
No mistério da
Visitação, Maria se revela a nós como a nova e definitiva Arca da Aliança.
O paralelo
entre ambas é sugestivo (cf. 2Sm 6), como propõe o mariólogo René Laurentin.
Maria estava repleta da presença divina, assim como a Arca com a glória de
Iahweh (Javé). Isabel com um grande grito prorrompe em uma exclamação, a
exemplo do rei Davi (2Sm 6,12); Isabel se considera indigna de receber tamanha
graça, como também Davi: Como virá a Arca de Javé para ficar na minha casa? (v.
9); a visita de Maria foi para Isabel uma fonte de bênçãos, como também o foi
para a casa de Obed-Edom (v. 11); até o período – três meses – é o mesmo nos
dois episódios (v. 11). Impelida pela caridade, Maria dirige-se à casa da sua
parente.
Assim o Papa
João Paulo II contemplava o mistério da Visitação, num dos mais importantes
documentos Marianos da história da Igreja, a Encíclica Redémptoris Máter (“A
Mãe do Redentor”), de 1987 (n. 12b).
E observa que
as últimas palavras da saudação de Isabel a Maria – Feliz daquela que acreditou
(Lc 1,45) – junto com as palavras que o Anjo Gabriel lhe havia comunicado –
Cheia de graça – nos fornecem a verdade essencial sobre Maria: imenso foi o dom
que Maria recebeu do Senhor, generosa foi a resposta que Lhe deu. Por isso
Maria pode ser comparada a Abraão, sendo-lhe mesmo superior: “Na economia
salvífica da Revelação divina, a fé de Abraão constitui o início da Antiga
Aliança; a fé de Maria, na Anunciação, dá início à Nova Aliança” (n. 14 a ).
Neste dia são
lembrados também: São Heras da Capadócia (mártir), Lupicínio de Verona (bispo),
São Pascácio de Roma (diácono), Santa Petronila de Roma (virgem e mártir), São
Câncio, São Félix de Nicósia, Bem-aventurada Camila Batista da Varano.
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