SÃO
JOÃO XXIII, PAPA - 1881-1963
Ângelo
Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881, na pequena cidade de Soto
il Monte, em Bergamo, Itália, quarto filho de uma família de camponeses pobres.
O ambiente
religioso da família e a fervorosa atividade paroquial foram a sua primeira
escola de vida cristã, marcando a sua feição espiritual. O menino Angelino,
como era carinhosamente chamado, era muito ativo, bondoso e inteligente.
Terminou os
estudos num lampejo, tanto que no seminário era o mais jovem da classe.
Aos quinze
anos de idade, foi admitido na Ordem Franciscana Secular, professando as regras
no ano seguinte. E aos dezenove anos já havia completado os cursos, mas pelas
leis eclesiásticas não poderia ser ordenado sacerdote antes dos vinte e quatro
anos de idade.
Assim, foi
enviado para Roma como bolsista da diocese de Bergamo, para formar-se no
Pontifício Seminário Gregoriano. Também nesse tempo, prestou um ano de serviço
militar. Recebeu a ordenação sacerdotal em 1904, em Roma, e no ano seguinte foi
nomeado secretário do novo bispo de Bergamo, trabalhando também no seminário
como professor.
Além disso,
foi assistente da Ação Católica Feminina, colaborador no diário católico de
Bergamo e pregador muito solicitado pela sua eloqüência elegante, profunda e
eficaz. Em 1915, quando estourou a Primeira Guerra Mundial, serviu a Itália
como soldado integrante do corpo de saúde e, depois, como capelão militar. No
fim da guerra, abriu a "Casa do Estudante" e trabalhou na pastoral
dos jovens estudantes. Quando o papa Bento XV o chamou a Roma em 1921, teve
início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja.
Lá, exerceu a
presidência nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé,
como tal percorreu muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários.
Foi o papa Pio XI que o iniciou na carreira diplomática em 1925, na função de
visitador apostólico da Bulgária, e o elevou à dignidade episcopal.
No mesmo ano
foi nomeado delegado apostólico na Turquia e Grécia, onde ficou até 1935.
O trabalho
intenso de Roncalli a serviço dos católicos romanos ganhava cada vez mais
destaque pelo tom do diálogo e pelo trato respeitoso para com os cristãos
ortodoxos e os muçulmanos.
Quando
irrompeu a Segunda Guerra Mundial, ele estava na Grécia, onde procurou dar
notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a
"permissão de trânsito", fornecida pela delegação apostólica. Já nos
últimos meses da guerra, em 1944, foi, como núncio apostólico, para Paris.
Uma vez
restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou para
normalizar a vida eclesial na França. Consagrado cardeal em 1953, foi designado
patriarca de Veneza.
No conclave de
1958, foi eleito papa, tomando o nome de João XXIII, aos setenta e sete anos de
idade. O seu pontificado durou menos de cinco anos e tornou-se muito apreciado,
sobretudo, porque lançou as encíclicas "Pacem in Terris" e
"Mater et magistra". Também, convocou o sínodo romano, instituiu uma
comissão para a revisão do Código de Direito Canônico e convocou o Concílio
Ecumênico Vaticano II em 11 de outubro de 1962. Este papa exalava odor de
santidade, sendo assim reconhecido pelo seu rebanho, que o chamava apenas de
"papa bom".
Foi irradiando
a paz, própria de quem confia sempre na Providência Divina, que ele morreu no
dia 3 de junho de 1963, em Roma. No Jubileu do ano 2000, o papa João XXIII foi
beatificado pelo sumo pontífice João Paulo II, cuja celebração foi marcada para
ocorrer no dia 11 de outubro, dada a importância do Concílio iniciado por ele
nesta data.
São
comemorados também neste dia: Santa Zenaide, São Jaime, São Alexandre Saulo,
Santa Plácida de Verona (virgem), São Sarmata de Tebaida (eremita e mártir),
Santa Soledade Torres Acosta (religiosa).
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