EUCARISTIA - O
MILAGRE DE LANCIANO
Na Itália
existe uma cidade de nome “Lanciano”, e, nessa cidade tem uma igreja dedicada a São Longuinho, nome que se
atribui ao soldado que traspassou o peito e o coração de Jesus Cristo com a
lança na cruz.
No século
VIII um padre, um monge da ordem de São Basílio, durante a celebração da santa
missa e depois de ter realizado a consagração do pão e do vinho, começou a
duvidar da presença do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo na hóstia e no cálice.
E a dúvida
desse padre que era da ordem de São Basílio que, infelizmente não temos nem o
nome, fez com que se realizasse um dos maiores, senão o maior dos milagres
eucarísticos: ali no altar, devido a dúvida do celebrante e diante dos olhos atônitos do padre
incrédulo a hóstia consagrada se tornou um pedaço sangrento de carne viva e, no
cálice, o vinho consagrado tornou-se verdadeiro sangue que, depois de algum
tempo, que, depois de algum tempo, se coagulou em cinco pedrinhas irregulares
de formas e tamanhos diferentes.
Esses
acontecimentos se deram a doze séculos, ou seja, a mais de mil e duzentos anos,
e os pedaços de carne que eram a hóstia e o sangue que era o vinho conservam-se
até hoje em exposição na igreja da cidade de Lanciano, na Itália.
No correr dos
séculos foram feitas várias pesquisas patrocinadas pela Igreja. Atualmente, nos
nossos dias, para se certificar da autenticidade desse milagre, no dia 18 de
novembro de 1.970, os Frades Menores Conventuais que cuidam atualmente dessa
Igreja onde se realizou esse milagre, esses frades decidiram , com a
autorização de Roma, confiar a um grupo de cientistas e peritos a análise
científica daquelas relíquias datadas de doze séculos.
As pesquisas
foram feitas em laboratórios com estrito
rigor, com a maior seriedade possível, e foram realizadas pelos professores e
cientistas Linoli e Bertelli, sendo que Bertelli é da Universidade da cidade de
Siena, na Itália.
E, a 4 de
março de 1.971, estes cientistas davam o
seu veredicto, davam as suas conclusões que foram publicadas em inúmeras
revistas de ciências do mundo inteiro.
E olhem as
conclusões que os cientistas chegaram: “A
carne é verdadeiramente carne. O Sangue é verdadeiro sangue. Tanto a carne como
o sangue são carne e sangue humanos. A carne e o sangue são do mesmo grupo
sanguíneo (AB). A carne e o sangue são de uma pessoa viva. O diagrama desse
sangue corresponde ao de um sangue humano que tenha sido retirado de um corpo
humano, NAQUELE DIA MESMO. A carne é constituída de tecidos musculares do coração
(miocárdio). A conservação dessas relíquias, deixadas em estado natural durante
séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos,
permanece um fenômeno extraordinário.”
Quem é que
não fica estupefato diante de tais conclusões, que manifestam de maneira
evidente e precisa a autenticidade desse
milagre eucarístico. Antes mesmo de darem a conhecer essas conclusões de modo
oficial, os cientistas e peritos, no fim de suas análises, enviaram aos padres
franciscanos da igreja de Lanciano, o seguinte telegrama, dizendo: Et Verbum
caro factum est.”, que, traduzindo, quer dizer: “E o Verbo se fez carne.”
Este
telegrama não é mais do que um ato de fé dos cientistas que examinaram
minuciosamente aquele material que antes era pão e vivo e que se transformara
em carne e sangue.
Outro detalhe
inexplicável e impressionante: se se
pegassem as pedrinhas de sangue coagulado (que eram cinco e cada uma de um
tamanho diferente), cada uma delas tem exatamente o mesmo peso entre si, e
todas juntas tem o mesmo peso de cada uma.
Deus parece
brincar com o peso normal dos objetos. O Senhor Nosso Deus, por meio de tão
grande milagre, vem verdadeiramente em socorro da nossa incredulidade. Depois
que foram conhecidas as conclusões desta pesquisa científica, os peregrinos vão
de toda parte venerar a Hóstia que se tornou carne e o vinho consagrado que se
tornou sangue.
Dois fatos
podem espantar a todos nós: o primeiro é que se trata de carne e sangue de uma
pessoa viva, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse
sido retirado naquele mesmo dia de uma pessoa viva. É bem uma prova direta de
que Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, de que a Eucaristia é o Corpo e o
Sangue de Cristo Glorioso, assentado à direita de Deus Pai e que, tendo saído do
túmulo na manhã do domingo da Páscoa, não pode mais morrer.
Tantas
tolices tem sido ditas nestes últimos anos contra a ressurreição de Cristo. Alguns
desejariam, com empenho, que essa ressurreição não fosse senão um símbolo,
elaborado como um rito pela piedade muito ardente dos primeiros cristãos...
Ora, e aí vem
a ciência que, de certo modo vem em nosso socorro, e a própria ciência
autentica o que a nossa fé nos dá a certeza: a Eucaristia é verdadeiramente o
Corpo, o carne e o sangue de Jesus Cristo. Foi verdadeiramente na carne que o
Cristo morreu e foi verdadeiramente também na carne que Jesus ressuscitou no
terceiro dia.
E a mesma
carne - verdadeira carne - nos é dada viva na Eucaristia para que possamos
viver a vida de Cristo. Portanto, vendo a Hóstia Consagrada, podemos dizer,
como disse o Apóstolo Tomé, oito dias depois da Páscoa, quando colocou os dedos nas chagas de Cristo: “Meu Senhor e meu Deus”. A Eucaristia é
bem a carne viva do Deus vivo.
Um segundo
fato impressiona ainda muito mais: A carne que lá está é a carne do Coração, é
um pedaço do coração de uma pessoa viva.
Não é a carne
de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a carne do músculo que
propulsiona o sangue - e, portanto, a vida - ao corpo inteiro, do músculo que é
também o símbolo, o mais manifesto e o mais eloquente do amor do Salvador por
nós.
Quando Jesus
se entrega a nós na Eucaristia, é verdadeiramente seu próprio Coração que ele
nos dá a comer, é ao seu amor que nós comungamos, um amor manso e humilde como
este Coração mesmo, um amor poderoso e forte mais do que a morte, um amor que é
o antídoto dos ferimentos de morte física e espiritual que carregamos em nossa
“carne de pecado.”
(Padre Jean
Ladame - compilado da tradução de “La revue du Rosaire”, de junho de 1.976, em
“Lar Católico, de Juiz de Fora.).
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