quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

SÃO VICENTE - MÁRTIR

SÃO VICENTE - MÁRTIR

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A história da origem do nome de São Vicente começou há muito tempo, no ano 325, na cidade espanhola de Huesca, uma então Província de Saragoza. Lá nasceu o jovem Vicente, diácono dedicado que se destacava por seu trabalho, tanto que o bispo de Saragoza, Valério, lhe confiou a missão de pregador cristão e doutrinador catequético.
Desde menino Vicente foi entregue por seus pais à orientação do bispo Valério, de Saragoza, recebendo uma sólida formação religiosa e humana. Muito jovem ingressou na vida religiosa e logo foi ordenado diácono da Igreja. Depois, devido ao seu preparo intelectual e tendo o dom da palavra, foi escolhido para assistir o bispo, ficando encarregado do ministério da pregação do Evangelho.
Isto porque o bispo, em virtude da idade avançada, já não tinha mais forças para exercer esta tarefa. Vicente desempenhou este cargo com total dignidade e, graças a eloquência dos seus sermões e obras, obteve expressivos resultados para a Igreja convertendo à fé, grande número de pagãos.

Neste período, iniciava a terrível perseguição decretada pelos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano, no solo espanhol. Daciano, governador da província de Saragoça e Valência, querendo mostrar a sua lealdade e obediência aos decretos imperiais, mandou prender Valério e Vicente, ordenando que fossem levados para a prisão de Valência. Depois de processados foram condenados à morte, mas o governador mostrando certa clemência para o bispo muito idoso, mandou que fosse exilado.
Entretanto reservou seu requinte de crueldade para Vicente, que foi barbaramente chicoteado e esfolado, tendo os nervos e músculos esmigalhados.
O martírio sofrido por Vicente foi tão brutal, a ponto de surpreender os carrascos.
Eles relataram a impressionante resistência do rapaz que, mesmo com gravetos de ferro entre as unhas e colocado sobre uma grelha de ferro para ser queimado aos poucos, não negou a fé cristã. Mas ele continuava vivo entoando hinos de louvor à Deus.
Ao final daquele dia 22 de janeiro, os carrascos ficaram tão espantados e assustados que decidiram matar-lhe com garfos de ferro, dilacerando-o completamente.
Era o ano 304. Segundo a tradição, Daciano mandou que seu corpo fosse atirado num terreno pantanoso, para que os animais pudessem devorá-lo, mas acabou protegido por um corvo enorme, que não permitiu que seus restos fossem tocados. Por isto, transtornado o governador mandou que o jogassem ao mar, com uma grande pedra amarrada no pescoço.
O corpo de Vicente não afundou. O Senhor o conduziu à praia, onde os fiéis o recolheram e sepultaram fora dos muros da cidade de Valência.
O corpo de Vicente foi resgatado por cristãos, que o sepultaram em uma capela perto de Valência. Depois, seus restos mortais foram levados à Abadia de Castes, na França, onde foram registrados milagres. Em seguida, foram levados para Lisboa, na Catedral da Sé, onde estão até hoje. Vicente foi canonizado e recebeu o nome de São Vicente Mártir, hoje santo padroeiro da primeira cidade fundada no Brasil, São Vicente e de Lisboa.
Desde então, o dia 22 de janeiro é dedicado a ele. Em Lisboa foi construída a belíssima Basílica dedicada à ele e que guarda suas relíquias até hoje. São Vicente, diácono, é o mártir mais célebre da Espanha e Portugal. Um século após o seu testemunho da fé no Cristo, Santo Agostinho, doutor da Igreja, lhe dedicava todos os anos neste dia uma missa. Por este motivo a Igreja manteve a sua festa nesta data.
Por isso, quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou aqui, em 22 de janeiro de 1502, deu à ilha o nome de São Vicente, pois o local era conhecido, até então, como Ilha de Gohayó. Outro navegador português, Martim Afonso de Sousa, chegou aqui exatamente 30 anos depois, em 22 de janeiro de 1532. Ele foi enviado pela Coroa Portuguesa para constituir aqui a primeira Vila do Brasil e resolveu batizá-la reafirmando o nome do santo daquele dia, São Vicente, pois era reconhecidamente um católico fervoroso.
São venerados também, neste dia: São Vicente Pallotti (presbítero e fundador), Santo Anastácio, o Persa (mártir), Snata Blesila de Roma (viúva), São Bertoldo de Sarum (monge, bispo), Vicente de Digne (bispo).Bem-aventurados Laura Vicunha, José Nascimbeni e Guilherme José Chaminade. 

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