SANTA APOLÔNIA DE ALEXANDRIA - SÉCULO III
Os seis anos de
Na carta ele escreveu que: "No
dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino, "maligno adivinho e falso
profeta", que insuflava a população pagã, sempre pronta a se agitar,
provocou uma terrível revolta. As casas dos cristãos foram invadidas. Os pagãos
saquearam os vizinhos católicos ou aqueles que estivessem mais próximos,
levando as jóias e objetos preciosos.
Os móveis e as roupas foram levados
para uma praça, onde ergueram uma grande fogueira.
Os cristãos, mesmo os velhos e as
crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a
morte, caso não renegassem a fé em voz alta. A cidade parecia que tinha sido
tomada por uma multidão de demônios enfurecidos". Os pagãos prenderam
também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada
violentamente no rosto porque se recusava a repetir as blasfêmias contra a
Igreja, por isto teve os dentes arrancados.
Além disso, foi arrastada até a grande
fogueira, que ardia no centro da cidade. No meio da multidão enlouquecida,
disseram que seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração
pagã renunciando a fé
O martírio da virgem Apolônia, que
terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande
questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito,
se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé. Esta dúvida
encontrou eco também no livro " A cidade de Deus" de Santo Agostinho,
que também não apresentou uma posição definida.
Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a
sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção
na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser
venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres
da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos, e o
seu culto se difundiu pelas dioceses no Oriente e no Ocidente. Em várias
cidades européias surgiram igrejas dedicadas a ela.
Em Roma foi erguida uma igreja, hoje
desaparecida, próxima de Santa Maria em Trasteve, Itália. Sobre a sua vida não
se teve outro registro, senão que seus devotos a elegeram, no decorrer dos
tempos, como protetora contra as doenças da boca e das dores dos dentes. Mas
restou seu exemplo de generosa e incondicional oferta a Cristo. A Igreja a
canonizou e oficializou seu culto conforme a data citada na carta do bispo
Dionísio.
Também são lembrados neste dia: Santo
Alberto de Fontenelle (monge e bispo), São Miguell Febres Cordero Munhos do Equador
(religioso), São Reinaldo de Nocera (monge e bispo e Santa Ana
Catarina Emmerich.
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