MÃES, PRESENÇA DE MARIA NA FAMÍLIA
Maria é virgem e mãe. Única na
história da humanidade a ter essa dignidade. Única escolhida por Deus para uma
missão específica: a de ser virgem e, ao mesmo tempo, ser mãe do Filho de Deus.
O Pai, que escolheu Maria para essa missão divina, continua a convidar todas as
mulheres para essa missão: a vocação da maternidade. Para a vocação da maternidade
o Pai não faz acepção de mulheres: são mães as mulheres ricas e as mulheres
pobres; são mães as mulheres que moram nos palacetes e as mulheres que moram
nas favelas. São mães as mulheres de todas as raças, cores, credos. Faz parte
do divino ser mãe.
Um poeta já disse: “ser mãe é padecer
no paraíso”.
Concordo em parte com esse poeta
porque, ser mãe é sempre padecer, mas nem sempre no paraíso, porque um coração
de mãe está sempre apreensivo pela educação, bem estar e segurança de seu
filho, assim como esteve o coração de Maria desde a concepção de Jesus no seu
ventre virginal, depois por toda a vida, até a sua morte na cruz.
Lembramos hoje das mães que estão
esperando os seus bebês, numa expectativa alegre e emocionante de poder, por
uma primeira vez, dar à luz a alguém e depois dar a vida por esse alguém que
nascerá do seu ventre. Quando vejo uma mulher grávida eu me lembro de Maria
esperando o seu Menino Jesus já, com o ventre bastante crescido e acariciando o
seu ventre como que acariciando aquele que viria para a salvação do mundo. Cada
criança que nasce é mais uma esperança que o Pai nos dá de que o mundo pode ser
modificado para melhor. Enquanto mulheres estiverem dando à luz seus filhos, é uma certeza de que Deus
não se esqueceu dos homens.
Todas as mulheres são vocacionadas
para a maternidade. Talvez fosse o momento de pedirmos a Maria pelas mães
solteiras, essas mulheres que foram e são valentes e corajosas e, na maioria
das vezes, abandonadas pelo homem que amou, pela família, e condenada pela sociedade,
respeitaram a vida e conservaram no seu ventre o fruto de um amor frustrado e
que em momento algum pediu para ser gerado. Apesar dos pesares respeitaram a
vida e suportaram em seus ombros e em suas almas a dor do abandono e a tristeza
da incompreensão da família, co companheiro e da sociedade. São solteiras, sim,
mas são mães como todas as mães, em toda a extensão da palavra.
Vamos pedir a Maria pelas mães que se
casaram pensando em uma vida de paz e felicidade no seu lar, mas que facilmente
se desiludiram ao sofrerem a incompreensão do marido e ao sentir que em
determinado momento foi jogada sobre os seus ombros a responsabilidade de,
sozinhas, terem que cuidar e educar seus filhos. Peçamos à Maria pelas mães
abandonadas pelos seus maridos, mulheres valentes e corajosas que, mesmo com o
abandono do marido, assumem sozinhas o papel que deveria ser dos dois, marido e
mulher, os cuidados e a educação dos filhos.
Peçamos a Maria por todas as mães que
têm os seus lares bem estruturados e formados, bem constituídos e que vivem
felizes com seus maridos e filhos. Como Maria, todas são mães e, como mães,
todas merecem a nossa veneração, o nosso respeito e consideração, o nosso amor.
Peçamos à Maria que coloque no coração
de cada um de nós o respeito por todas as mães que são a face feminina de Deus
no nosso meio.
Peçamos à Maria pelas mães das mães,
que são as avós, que já cumpriram com sua missão de mãe e agora vêem o fruto de
seus trabalhos se realizarem no nascimento de seus netos.
Peçamos, de uma maneira especial,
pelas mães falecidas, por aquelas que deram a sua vida por seus filhos, por
aquelas que já cumpriram a sua missão nesta terra e agora, junto com Maria, no
Reino dos Céus, recebem o merecido prêmio pela doação total de suas vidas pelos
seus filhos.
Só o fato de uma mulher ser mãe dá a
essa mulher o direito de um lugar privilegiado junto de Deus e em companhia de
Maria. Peçamos à Maria que abençoe todas as mães e a todas dê a alegria íntima
de que a salvação de todos os homens depende delas, assim como dependeu de
Maria que foi a mãe de nosso Salvador e Senhor.
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