OSCAR ROMERO – ARCEBISPO DE EL
SALVADOR - 1917-1980
Oscar Arnulfo Romero Y Gadamez nasceu
em 15 de agosto de 1917,
Com apenas 13 anos entrou no
seminário.
Foi para Roma completar o curso de
teologia com 20 anos e se ordenou sacerdote, em 1943. Retornou a El Salvador,
na função de pároco. Era um sacerdote generoso e atuante: visitava os doentes,
lecionava religião nas escolas, foi capelão do presídio; os pobres carentes
faziam fila na porta de sua casa paroquial, pedindo e recebendo ajuda.
Durante 26 anos, na função de vigário,
padre Oscar Romero conheceu a miséria profunda que assolava seu pequeno país. A
maioria dos países sul-americana vivia duras experiências de ditaduras
militares, na década de 1970.
Também para El Salvador era um período
de grandes conflitos. Em 1977, padre Oscar Romero foi nomeado Arcebispo de El
Salvador, chegando à capital com fama de conservador.
No fundo era um homem do povo,
simples, de profunda sensibilidade para com os sofrimentos da maioria, de firme
perspicácia aliada à coragem de decisão. Em 1979, o presidente do país foi
deposto pelo golpe militar.
A ditadura se instalou no país e,
pouco a pouco, se acirrou a violência. Reinou o caos político, econômico e
institucional no país.
De janeiro a março de 1980 foram
assassinados 1015 salvadorenhos. Os responsáveis pertenciam às forças de
segurança e às organizações conservadoras do regime militar instalado no país.
Nessa ocasião, dois sacerdotes foram assassinados violentamente por defenderem
os camponeses, que foram pedir abrigo em suas paróquias.
Dom Romero teve que se posicionar e,
de pronto, se colocou no meio do conflito.
Não para aumentá-lo, mas para ajudar a
resolvê-lo. Esta atitude revelou o quando sua espiritualidade foi realista e o
seu coração, sereno e obediente ao Evangelho. No dia 24 de março de 1980, Dom
Romero foi fuzilado, em meio aos doentes de câncer e enfermeiros, enquanto
celebrava uma missa na capela do Hospital da Divina Providência, na capital de
El Salvador.
Sua ação pastoral visava ao
entendimento mútuo entre os salvadorenhos.
Criticava duramente tanto a inércia do
governo, as interferências estrangeiras, como as injustiças praticadas pelos
grupos "revolucionários". O Arcebispo Dom Oscar Arnulfo Romero foi
fiel a Igreja, e pagou com a vida o preço de ser discípulo de Cristo.
O seu nome foi incluído na relação dos
1015 salvadorenhos que foram assassinados, em 1980.
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